Monthly Archives: March 2019

NO MORE DICTATORSHIPS ! SAY NO !

Leave a comment

Filed under Uncategorized

DITADURA NUNCA MAIS !!!

Leave a comment

Filed under Uncategorized

STAND UP AGAINST THE PERPETUATION OF TORTURE, against the celebration of the military dictatorship – as Bolsonaro wants it ! ACT NOW!!!!

From my Instagram account

Leave a comment

Filed under Uncategorized

GASTROINTESTINAL PRAYER: opening scene – update: March 29, 2019

GT – Playwright + theater director

GASTROINTESTINAL PRAYER – @Gerald Thomas (amendment) EMOTIONAL SCENE 

SHE:

There’s nothing kinetic about my feelings. No. Nothing so so so so post-modern or….amazingly revolutionary. No. Nothing. Nothing so so so iconoclastic or kinetic or abstract or post-modern or atonal in meaning or metaphor, in linguistics or in semantics…. Whether in colorful terms of a woman in decay performing the role of “the eternally young blossoming cauliflower, shoving rusty sauce up her ass in order to appear rather anti-oxidated”.

Wow ! How semiological of me ! How….semiologistical of me ! How kinetic and iconoclastic of me ! Congrats to me. Congrats.

 He doesn’t know the first thing about me.

 He has no idea HOW MUCH I cry.

 He has no idea HOW MUCH I cry every time Mariska Hargitay looks eye to eye, say…. Into  some underprivileged kid’s retina  and says “YOU CAN BE WHATEVER YOU WANT TO BE” . “YOU CAN BE WHATEVER YOU WANT TO BE”  .

That is when I collapse. That’s when I feel the weight of it all and my time passing and my irrelevance and pointlessness go by the window like an aimless drone.

I burst into tears whenever there’s a strongly emotional family scene in those TV episodes. Those close ups are simply….incredible.

Yes, family.

 I had none. No siblings and no idea of belonging. I still don’t. But he…. Calls me a whore and makes me order smoked eel, always in that low, tenebrous, shadowy, collapsing voice of his. And I ? Me? By this time – as a whore and in a soup of tears because of the sentence “YOU CAN BE WHATEVER YOU WANT TO BE”, try not to notice anything other than the electric oily fish on my plate.

 Yes, I was a whore.

 But that was during the Diogenes period.

Gerald Thomas 

March 29, 2019

NYC

 

 

 

Leave a comment

Filed under Uncategorized

André Bortolanza escreve sobre FERNANDA MONTENEGRO: “O deslumbre da Diva está em nós”

O deslumbre da Diva está em nós

Eu era, mais uma vez, assistente de direção do Gerald Thomas numa peça que estava em cartaz em São Paulo. Pouco antes de uma apresentação de “Dilúvio”, o produtor do teatro me disse que a Fernanda Monteiro estava no saguão perguntando se poderia cumprimentar o diretor. Naquele momento, ninguém entraria mais no camarim. O Gerald tem umas fãs malucas que o perseguem nas temporadas. Invadiram bastidores e já foi necessário acionar seguranças. O rapaz assustou-se com a minha atitude e ficou em silêncio me observando. Achei estranho e resolvi ir até o saguão conversar com a mulher. Para minha surpresa, quando cheguei, Sir Fernanda Montenegro estava encostada no balcão tomando um café. Engoli o pânico e fui falar com ela. Ouvira Monteiro quando o produtor, também nervoso, disse Montenegro. Corri ao camarim, avisei ao Gerald e a acompanhei pelos corredores escuros e escadas estreitas dos bastidores do Teatro Anchieta. Ela me deu o braço e a conduzi sem pressa, me esforçando terrivelmente para fingir naturalidade. Então ela me disse: “Eu tentei comprar o ingresso pelo site, mas estava tudo esgotado. Então resolvi arriscar e vir aqui para ver se conseguiria entrar.” Como se fosse possível alguém negar-lhe um ingresso. Mas aquela frase de maneira alguma era um charme ou cena. Era uma real humildade que eu começara a conhecer. Muito já se escreveu sobre esse monumento cultural brasileiro, mas pouco se falou da mulher por trás do mito. Após ter lido muito sobre a sua trajetória, naquele noite eu imaginei que, quem de fato vive é a Arlete.  Fernanda Montenegro talvez seja apenas mais uma das suas personagens.

A euforia que se instalou na equipe com sua rápida passagem pelo camarim, transformou aquela apresentação em um evento único. Novamente fizemos o mesmo caminho de volta, de braços dados, em conversas tão corriqueiras em que ela me contava das vezes em que ficou em cartaz nesse teatro e como é sempre recebida de maneira maravilhosa pelo Sesc. Falou, somente pra mim naquele momento, que esse palco do Consolação é muito especial porque a plateia fica na altura do seu plexo solar e que isso traz uma intensidade peculiar para o ator e uma outra conexão com a plateia.

Com o ingresso, pude acompanhá-la até o seu lugar. A plateia estava vazia e silenciosa, ainda assim conversamos baixinho. Embora ela nem desconfiasse, atrasamos o primeiro sinal para a entrada do público naquela apresentação até que eu a acomodasse. E ela me perguntava com uma curiosidade genuína há quanto tempo eu era assistente do Gerald, se já tinha viajado com ele para outros países, quais as peças havíamos feito juntos. Ela disse que ele é um apaixonado, que estava feliz por estar novamente na sua plateia e me contou brevemente alguns casos das viagens internacionais com a peça que fizeram.  Na Índia, não senta-se na mesma altura de um mestre. Por essa lembrança, sentei-me no chão, entre as fileiras de poltronas para ouvir suas palavras. Começamos a conversar com uma naturalidade que me desmontou. Não era uma diva, um mito ou um ícone. Era uma senhora que viveu seu ofício com tal dignidade que tornou-se um ser humano mais íntegro e simples. Ninguém estava ali assistindo nossa conversa e era desnecessário qualquer representação da sua parte. Fiquei impressionado com tamanha humildade e gentileza. Por mais contraditório que pareça, nem toda grande atriz torna-se um grande ser humano. Muitas se distraem nas alcunhas de diva ou musa. Falta empatia, generosidade, delicadeza e respeito. Já conheci alguns casos assim. Enfim… eu lhe disse que, ao final da apresentação, retornaria para acompanhá-la novamente até o camarim.

Além de assistente, eu fazia breves entradas na peça. Como sabia o lugar exato, pude identificá-la do palco, no meio da plateia, na poltrona D1. Sensação estranha estar no palco e reconhecer Fernanda Montenegro como espectadora. Quando acabou a apresentação, corri para tirar um salto alto e os acessórios sadomasoquistas do figurino para encontrá-la. Como isso levou um tempo, quando cheguei, o público já havia saído e ela estava novamente sentada sozinha naquela plateia vazia e silenciosa. Do alto da escada do Sesc eu a vi de costas, imóvel. Aos meus olhos, aquele ambiente que ainda pulsava a presença do público e a energia do palco, assumiu um ar quase místico, como se tivesse o filtro de um filme antigo ou o silêncio de um quadro do Hopper. Me aproximei e novamente sentei-me no chão, entre as poltronas, ao seu lado. “É forte… é intenso… é violento… estou impactada… im-pac-ta-da… como ele se superou… como ele conseguiu se superar… como ele avançou.” E continuou me contando suas impressões da peça. Estávamos novamente sozinhos naquele espaço. Observando com distanciamento, era difícil acreditar que eu estava, de fato, vivendo aquilo, que era real. Uma vontade egoísta me dizia para estender aquele momento para sempre e assim eu o fiz por um tempo. Mas a razão me obrigou a interrompê-la e dizer: “Mas eu acho que o Gerald e o elenco também gostariam de ouvir o que a senhora está me contando. Vamos até o camarim?” “Ah… mas eu não quero incomodá-los” “Não será incômodo algum. Tenho certeza. Ao contrário, será uma alegria para todos”

Naquele período, apesar da peça ser um sucesso, vivíamos nos bastidores a trama absurda de um thriller psicológico. Ainda é tão comum na nossa profissão, a vaidade e a arrogância de egos inseguros e imaturos ou as disputas de poder. Ainda temos muito a aprender com Fernanda Montenegro. Nós, os artistas. Nós, os brasileiros. “É um conjunto sublime. Ninguém está solando. Ninguém se destaca” Como aquela Nossa Senhora do Suassuna, ainda que nada soubesse dos problemas surreais que estavam acontecendo na equipe, ela trouxe, com simpatia e doçura, o antídoto para o veneno que se espalhava naquele tempo. Considerada a atriz soberana desse país, ali era uma senhora que distribuía gentileza e humildade. Era impossível encontrar uma celebridade ali, ainda que eu me esforçasse para isso.

Pela terceira vez a acompanhei pelos corredores e escadas. Novamente de braços dados. Ela queria saber tudo sobre as bailarinas. Quem eram elas, de qual país e qual a formação. Estava muito impressionada com o trabalho da coreografia aérea. Disse que havia assistido em Paris “A Tempestade” com um Ariel aéreo, mas que não fora executado com a maestria dessa peça. Seguimos conversando com muita naturalidade e, a todo momento eu buscava a grande atriz célebre que, antes mesmo de começar minha história no teatro, eu já conhecia das telenovelas da minha infância. Aquela atriz que já é, no nosso inconsciente brasileiro, a unanimidade incontestável quando o assunto é interpretação. Chegando ao camarim, ela e Gerald começaram a conversar. Ele me deu o celular e, pelo olhar, compreendi que queria que eu filmasse a conversa. Novamente me sentei no chão e registrei suas palavras cuja gravação hoje está disponibilizada no site do Gerald.

Eu era o cinegrafista daquela conversa, mas o tempo adquiria novas perspectivas. Era também  a testemunha próxima do reencontro de dois monstros com trajetórias memoráveis e legados fantásticos ao teatro. Além das palavras, havia um silêncio extremamente carinhoso e cúmplice na troca de olhares. Eram dois apaixonados, dois amantes em uma qualidade rara de amor. Talvez a fria tela de um celular seja incapaz de captar as sutilezas daquele encontro que será, certamente, inesquecível para o elenco que esteve presente.

Então pela quarta e última vez, a acompanhei naquele mesmo trajeto, de braços dados. Agora, as atrizes nos seguiam e aquilo era quase uma procissão. O deslumbre da diva está em nós, ela era apenas uma mulher saindo emocionada de uma apresentação. Na frente do teatro alguns fãs a esperavam. Ela tirou fotos com todos e agradecia, sem afetação e quase constrangida, os elogios exagerados. Quando uma moça disse que se tornara atriz por sua influência, ela respondeu que era apenas uma artesã do seu ofício e não era diferente de outras profissões. Ela age com sincero estranhamento, como se a exibição da personalidade que a sua profissão exige, fosse apenas um consequência inevitável. Depois de atender a todos com extrema paciência, ela me deu um beijo de despedida, um abraço e entrou no carro que já a aguardava. E disse assim: “Muito agradecida pelo seu carinho e atenção, pelo seu cuidado. Agora eu vou pro hotel descansar. Descansar nada… eu vou é decorar o texto da novela.” E fechou a porta, rindo. Quando o carro saiu, eu estava sim envolto por aquele elã silencioso de quem acabara de encontrar um santo, uma divindade ou uma celebridade hollywoodiana. Mas isso era apenas o encanto da minha ilusão. Quem saiu naquele carro era somente uma mulher incansável que levou às últimas consequências o dom que a habita e o trabalho que veio realizar. Com extremas dedicação, disciplina, persistência e paixão. Isso a enobrece de tal maneira que a alcunha esnobe de diva lhe é desnecessária e banal.

André Bortolanza.

São Paulo, March 27, 2019

Fernanda Montenegro e Gerald Thomas em seu camarim camarim no SESC Anchieta

 

 

 

Leave a comment

Filed under Uncategorized

Fatima Vale + GT Memories… Poems.

Leave a comment

March 27, 2019 · 10:53 am

Upon closer examination of conscience I’ve decided that it’s worth continuing examining it even further !

Leave a comment

Filed under Uncategorized

M.O.R.T.E. in English by Gerhard Dressel. GREAT ESSAY / REVIEW 1990

GERHARD DRESSEL

M.O.R.T.E. program cover

 

Leave a comment

Filed under Uncategorized

Gerhard Dressel’s Playbill note to M.O.R.T.E. (Obsessive and Redundant Movements for so Much Aesthetics: Movimentos Obsessivos e Redundantes para Tanta Estética) in TAORMINA, Sicilia (Teatro Antico) 1990.

PS Bio of Gerhard Dressel https://www.geisteswissenschaften.fu-berlin.de/en/v/interweaving-performance-cultures/fellows/fellows_2016_2017/gerhard_dressel/index.html

Leave a comment

Filed under Uncategorized

This is who I am: “An all round theatrical being.”

gt roda-viva-no-instagram

BETWEEN TWO LINES autobiography  by GERALD THOMAS just the intro

This stage has given me the best and the worst of times; made me loved and hated and nothing in between.

This stage has placed me on a list of the most-wanted inventive minds of my generation. Yet, I have always told the truth and nothing but the truth here in this place, on this platform, looking at you.

As for my life outside this theatre, I’ve lived a very interesting one. Beyond interesting. Fantastic. Beyond fantastic. Almost always caught and dead. But not quite!

That’s who I am.
I’m here to tell you my story.
The powerful men and women who inhabit this planet of mine

are part of a strange organization, a weird play, a never-ending script. They are also part of a global conspiracy, my own, a shadow organization that spans across every continent and has for the last six decades. Some say this group wanders between two lines. Others call it: the theater.

I want you to follow my life and live in the world I want you to think you live in.

They start wars, create chaos.
I start wars, I create chaos. I solve them.
And when it suits them and when it suits me, it’s all resolved.
In Between Two Lines, all characters are real and, unlike any other

biography or autobiography, they’re physical as well as metaphysical, functional and will move more money in the next quarter than the World Bank will in the next year. Stage money. Fake currencies.

Their alliance affects sea change, climate chaos in every aspect of human life – the value and distribution of commodities, money, weapons, water, fuel, the food we eat to live, the information we rely on to tell us who we are.

Let me be clear. In the end, “The truth will come out.” Let us begin.

Ah, yes: before the lights go on and the sun sets in this room, I will kindly ask you to switch your cellphones off. And NO chatting. Please concentrate. I’m in ruins and am hard to follow!

I belong to nothing. That’s what they always told me, “Prepare to gather your valuables QUICK!!! We’re fleeing.”

“We’re fleeing.”
As a kid I always believed that my family was a family of criminals.

Or else, why would we always be prepared to “flee”? It took me a while, but then I learned the truth. And the truth was so sad to learn that I almost wanted to go back to the belief that we were criminals.

Please concentrate. I’m in ruins and hard to follow!

I shaped myself into something nobody would ever be able to grasp or hold accountable. I was, as it were, above the law! Did that make me a criminal? No. I’m not talking about that kind of law.

The law I’m referring to is the law of commonality, the law of ignorance and the law of hosts. Hosts of prejudice and hosts of values that only destroy.

Philip Glass explains me (and my life’s work) in the following manner:

“An all round theatrical being.”
HA HA HA HA HA HA!!! That is funny, Phil. That’s funny! And

that’s what I am.
I see the world as THEM and never as US.

-THEM, the Germans. -THEM, the English. -THEM, the Brazilians. -THEM, the Americans.

Yes, one could say that I am an American by choice, by birth, by chance or by fate. Chance. L’azar. Azar in Portuguese means bad luck. I’m never included in the picture because I AM the stage. I look

on, as you watch.
Throughout my life, and especially here on this stage, I am “THE

artist as a PUBLIC persona,” a BEING who belongs to the public eye

and that is a basic premise! Therefore, the very notion of keeping a “private” life is, in itself, absurd. Yes, I’m talking about THE artist as

the creator, the illuminator!
Everything about THE artist (in the eyes of Saul Steinberg or Artaud,

Duchamp) is what “moves” that being to exist, his or her FUEL, their idiot-syncs and so on. Plus, THE artists get their feedback from the public reaction to tantrums, antics, often fueled by secret potions and obsessions and compulsions! To censor them would be to dissect the human body and exclude the spinal chord or a vital organ. Albeit that my feelings are obviously personal, when expressed and externalized, they now belong to you and no longer to me.

So, don’t worry. I won’t take it personally. Attack if you will. Attack! I’m ready.

This stage is my face and my face is, mostly, a neutral place, a plat- form, from which to start.

My genitals are my rehearsal rooms, the backstage is my dick and ass, and my mind is a comprehensive mosaic of the images unfolding and the spoken words, words, words.

I do believe in characters, in how we all play a twisted and heroic role in this incredible attempt to “comprehend it all,” comprehend life, comprehend the science of a lifetime or a death sentence, depend- ing on what one believes in or not. It’s all make belief. It’s all acting.

But, in this acting, “the truth will come out.”

I DO Believe in Death. That’s where the curtain draws, that’s the only time when the acting stops!

Truth? You’re obviously thinking: a role. A bad one. It impresses me how much these world characters – from revolutionary leaders to philosophers, from warriors to refugees, believe in their roles! It’s all historically a great manifestation of hysteria – a telephony with- out a listener –, yet (surprisingly enough), people pretend to listen but what they really do is… They transform their beliefs and project them on to a narrow path they call: “thinking”.

PLEASE listen and PLEASE stop coughing!!!!

Thank you!
Tribal wars, leopard skins, winners and losers, all the uniforms,

soldiers, generals: all formidably bad roles! Who wrote them? Roles and costumes, traditions played out like a terribly badly written script.

Who wrote it?
It’s a sinister vision of myself as a stage and not as a person, yes,

I realize that.
What was it? Harold Bloom’s The Invention of the Human? In my

case, it would be the reverse or the opposite. The opposite of the hu- man or, better still, The Killing of the Human within the Microcell.

In more than certain ways, I see the world in a comic way. A sar- donic comedy, of errors or not, destroys all that lives and rebuilds its optic from the bottom of the ashes. And that is who I am.

I keep saying this: “And that is who I am.”

Maybe it’s because I’ve lost you at some point or…. someone coughed over my pinnacle death sentence: “the truth will come out.”

Maybe, before I continue telling you my life story, I ought to say – this is who I was.

This is about someone who “used to be.” A biography by a dead man who intends to…well, intends to survive a little longer by telling it as it is in “real time.” I know it’s hard.

I live to voice my vision and my vision is shaped by a very strange way of perceiving the world. Yes, please pay for your ticket at the box office.

So, it may be presumptuous of me to say that my face is a stage and that I am the theater. OK.

It’s maybe more fair to say that I am a blueprint for such. A sketch of a map for a stage.

Oh! Something is happening. I can’t get up. I mean, I can…but am dizzy. Legs swollen, arms not reaching out and head exploding.

Will you please excuse me? I need to go out for a quick walk. Back soon. Let’s take a seven-minute break. Thank you. 

Gerald Thomas

BETWEEN TWO LINES, intro – November 21, 2016

Brazilian edition

Leave a comment

Filed under Uncategorized

“A Primeira Vez” Texto erótico de Adriane Gomes. Maravilhoso.

ADRIANE GOMES in one of her performances, years ago

Mas… não é tão triste assim… a primeira vez… primeira vez que eu comi um homem, ele era um homem grande, bonito, rico, e claro poderoso. Eu gosto de homens poderosos, cheios de coragem, vencedores, conquistadores, normalmente o que tem neles em comum é que saíram de casa cedo e foram sozinhos através de estudo conquistaram o mundo, sim o mundo… cada um com a sua história de batalha e coragem, pessoas que são muito  apaixonadas. Ele sempre me contava de como se comportava na mesa nos primeiros anos de sucesso na vida, e isso me soava muito bonito, ele era inspiração e foi um momento muito divertido, até que um dia estamos na cama juntos e eu comecei a beijar suas orelhas e morder devagar seu pescoço, abraçando ele por trás e apertando minha buceta contra sua bunda, esse movimento de bater a xota contra o corpo dele me excitava, e quando mais eu batia mais eu mordia e chupava a sua orelha, até ter a sensação de que estava mamando a orelha dele enlouquecida enquanto ele se contorcia nas minhas mãos firmes e forte segurando seu quadril, e senti um tesão enorme quando segurei firme as duas bandas daquela bunda, aquele homem grande ali todo meu, passei bem devagar o dedo e senti ele travar o ânus, continuei beijando ele e deitei meu corpo sobre a sua bunda, apertei ele com paixão molhei os dedos, e fui só massageando devagar, bem devagar, nem mencionei de enfiar nada, depois bati gostoso uma punheta nele, bem molhada. ele gozou, e dormimos esgotados, no dia seguinte repeti tudo de novo, ele se contorcia, e era tudo muito mais forte, eu pegava nele com mais força, e então senti que quando suas pernas estavam mais soltas e menos travadas, podia colocar um dedinho, e daí pra frente, um dia ele me levou no motel e comprou um pau e me deu de presente, e foi assim a primeira vez que eu comi um homem.  

Adriane Gomes

São Paulo

March 8, 2019

 

Leave a comment

Filed under Uncategorized

“A Vergonha Moral” – novo texto fantástico de Guilherme Zelig.

Guilherme Zelig, autor

Um murro bem no meio da fuça, assim, seco, como se ele estivesse em um ringue de boxe e o adversário, impiedosamente, lhe desferisse a porrada. Entretanto, o soco fora dado sem luvas de proteção – com os nós dos dedos atracados à boca dele. O sangue voou quase um metro com o impacto. O som seco fora tão alto que todos que estavam ali, a se deliciar com o que estavam a ver, pensassem que a mandíbula do indivíduo estivesse se deslocado.

Alguns riram da desgraça dele. Cambaleou um pouco, desnorteado, antes de cair de cara no concreto do meio-fio e arranhasse toda a cara – que já estava fodida e inchada. Logo, no chão, com o sangue a esvair-se da boca, começou a vomitar todo o álcool que havia ingerido. Era um vômito horrível: escarlate, fétido, misturado a petiscos baratos de boteco. Sujou toda a camisa.

Aquela ocasião a si já lhe estava a se tornar normal: primeiro, a saída do trabalho. Segundo, a ida a qualquer bar que estivesse aberto. Terceiro, doses cavalares de tudo o que aprouvesse-se-lhe: vodca, uísque, conhaque. Qualquer coisa que tivesse mais de 40% de álcool. Em seguida, alguma discussão inviável: futebol, política, mulher, etc. Então, começavam as agressões verbais e evoluíam para as físicas. Impossibilitado que ficava em conseguir pôr-se de pé, mesmo assim dirigia-se fora dos bares e queria mostrar ser homem. Acabava apanhando feio, chegando vomitado e surrado em casa.

A esposa nada mais dizia. Já havia desistido dele. Bebera até no velório dos pais. Os filhos já não mais lhe respeitavam: um deles até cuspira-lhe à face certa feita que, mesmo sóbrio, lhe fora dar uma lição de moral. O alcoolismo virara-lhe regra na vida. Perdera todo o respeito que tinha dentro de casa. E o ciclo estava começando a definhar: no trabalho, todos sabiam de seus excessos, pois nas festas da empresa sempre passava do limite. Ademais, todos percebiam a cara estourada e o cheiro insuportável de álcool e vômito que exalava quando entrava no escritório.

Quando levantou-se minutos depois – com sangue, suor, lágrimas e vômito na face – percebera a vergonha moral a qual estava imbuído. Todos estavam a rir de si. A desgraça de um homem havia virado palco para o regozijo de outras pessoas que em si nada tinham de empáticas.

Aurélio havia decidido buscar um grupo de AAs no dia seguinte. A muito custo, pôs-se de pé. Recolheu alguns pertences seus do chão – nesse ínterim, havia quebrado um dente. Entrou em seu carro e deu partida. A visão estava turva. O carro entrou em movimento e, em seguida, atingiu velocidade considerável. Ziguezagueava pelas ruas.

Numa curva, Aurélio meteu o carro violentamente numa árvore. A força da batida fora tão forte que as ferragens haviam-se-lhe cortado todo o corpo.

Aurélio nunca tratar-se-ia do alcoolismo.

Guilherme Zelig

São Paulo, Brazil

Leave a comment

Filed under Uncategorized

Quem não gosta de samba é doente do pé (ou se considera uma espécie de Mick Jagger :)

Leave a comment

Filed under Uncategorized

Fernanda Montenegro e eu, no meu quarto de hotel no Rio em 2003, depois que fui preso por ter “mooning” depois de Tristan und Isolde no Theatro Municipal.

Leave a comment

Filed under Uncategorized

Paulo Autran e eu: uma LINDA conversa de amor e admiração no ano 2000

Leave a comment

Filed under Uncategorized