Monthly Archives: September 2012

Partnerships made in heaven # 1 – Parcerias feitas no céu 1.

Fernanda Montenegro and Torres in my Flash and Crash Days (1991 - 1995), alo Luiz Damsceno and Ludoval Campos

Fernanda Montenegro and Torres in my Flash and Crash Days (1991 – 1995), alo Luiz Damsceno and Ludoval Campos

2 generations of Heiner Mueller's "Quartett": Tonia Carreiro and Sergio Britto (1986) and Ney Latorraca and Edilson Botelho (1996)

2 generations of Heiner Mueller’s “Quartett”: Tonia Carreiro and Sergio Britto (1986) and Ney Latorraca and Edilson Botelho (1996)

Bete Coelho as Hamm in my production of Beckett's Endgame in 1990

Bete Coelho as Hamm in my production of Beckett’s Endgame in 1990

Heiner Mueller and I chatting in his West Berlin apartment in 1985 before the Wall came down

Heiner Mueller and I chatting in his West Berlin apartment in 1985 before the Wall came down

Sergio Britto and Tonia Carreiro in the Brazilian premiere of Heiner Mueller's "Quartett" (1986)

Sergio Britto and Tonia Carreiro in the Brazilian premiere of Heiner Mueller’s “Quartett” (1986)

Samuel Beckett and I, Paris 1984

Samuel Beckett and I, Paris 1984

Ellen Stewart (La MaMa) and I (from 1981 to 2011)

Ellen Stewart (La MaMa) and I (from 1981 to 2011)

John Paul Jones and I discussing Ghost Sonata, the opera

John Paul Jones and I discussing Ghost Sonata, the opera

Philip Glass having a vegan pizza in lower Manhattan earlier this year

Philip Glass having a vegan pizza in lower Manhattan earlier this year

Julian Beck (Living Theater) in our American premiere of Beckett's "That Time" (1985)

Julian Beck (Living Theater) in our American premiere of Beckett’s “That Time” (1985)

Bete Coelho and I - Kafka Trilogy at La MaMa - New York (and world Tour, 1987, 88, 89

Bete Coelho and I – Kafka Trilogy at La MaMa – New York (and world Tour, 1987, 88, 89

Comments Off on Partnerships made in heaven # 1 – Parcerias feitas no céu 1.

Filed under Uncategorized

Victor Garcia – in memory of the 20th century greatest stage director

RIO – Victor Garcia era um mistério. Como tal, por onde passou suscitou especulações, versões e impressões nunca definitivas sobre sua personalidade e seu teatro. Não que os relatos de quem o acompanhou de perto ou de longe, parceiros de palco ou espectadores, não cheguem a um consenso. O problema é que o senso comum aponta para o mesmo lugar:
— Victor Garcia era um mistério. Era não, até hoje é.
Quem diz é Jefferson Del Rios, jornalista e crítico teatral que dedicou 16 anos a uma pesquisa que resulta agora na biografia “O teatro de Victor Garcia — A vida sempre em jogo” (Edições Sesc-SP). A lógica paradoxal do conhecimento — segundo a qual a dimensão da ignorância se alarga à medida que se aprofunda a investigação sobre algo — é aplicada à existência e ao teatro criado pelo diretor, morto há 30 anos.
Andarilho, Garcia vivia hospedado em casas de amigos e quartos de hotéis. Tinha uma mala e algumas peças de roupa. Nunca teve residência fixa, carro ou conta em banco. Apresentando espetáculos na América do Sul, na Europa e no Oriente Médio, suas criações foram parcamente documentadas, e suas teorias e práticas não levaram à estruturação de métodos. Por isso, seu nome inscreve-se no campo da memória, assim como seu teatro, sujeito às lembranças do espectador. E foi empenhado em manter essa memória viva que Jefferson Del Rios elaborou seu livro, que se divide entre uma biografia e um caderno de testemunhos, com entrevistas, críticas, artigos e depoimentos de artistas, pesquisadores e admiradores. Nascido em Tucumán, região Norte da Argentina, em 1934, Garcia viveu 47 anos e dirigiu 21 peças até ser encontrado caído e alcoolizado, esfarrapado como um indigente, nas ruas de Paris, em agosto de 1982.
Trazido ao Brasil por Ruth Escobar, no fim dos anos 1960, seu teatro revolucionou a cena do país. Suas montagens para “Cemitério de automóveis” (1968), que reunia textos de Fernando Arrabal, “O balcão” (1969), de Jean Genet, e “Autos sacramentais” (1974), de Calderón de La Barca, alteraram e ampliaram a visão dos artistas brasileiros:
— Victor rompeu com o naturalismo, com o realismo, o palco italiano, a investigação psicológica do personagem, a proposta do autor — enumera Stênio Garcia, que protagonizava “Cemitério…” em meio a um ferro-velho lotado de carcaças de automóveis. — Era tudo ao contrário. A teatralidade estava no corpo, na fala, fora do universo mental. Ele dizia para eu gritar, me comunicar como se precisasse atingir o Sputnik. Eu disse a ele: “Isso é absurdo.” E ele: “Eu quero o absurdo.” Toda palavra dita deveria causar uma sensação nova.
Sérgio Mamberti, que contracenou com Raul Cortez e Célia Helena em “O balcão”, relata sua experiência:
— Era um teatro ritualístico, provocava um despertar da pessoalidade. Victor propunha aventuras. Ele redimensionou o teatro no país, e foi a experiência teatral mais importante da minha carreira.
Para cada espetáculo, Victor elaborava um novo projeto arquitetônico: “O essencial é encontrar uma arquitetura”, dizia. Assim, destruiu o palco italiano do Teatro Ruth Escobar e instalou ali uma edificação de cinco andares, de onde descia uma rampa em espiral de nove metros cercada por elevadores, guindastes e gaiolas. Gerald Thomas, que assistiu a “O balcão” no começo da adolescência, recorda o impacto:
— Victor dirigia o que estava em volta, o entorno. Aprendi isso com ele. Instaurava climas, sensações, estados de percepção. Não conheci ninguém que fizesse isso — diz. — Ele estava à frente, tinha uma visão pós-moderna nos anos 1960, mas não era verbalmente articulado. Era um sujeito encantado, que olhava diferente, sempre meio fora do ar. Era a mistura de Artaud e Rimbaud. Não só um diretor de teatro, mas um artista completo que, por acaso, fazia teatro. Ele me influenciou, influenciou Bob Wilson e muitos outros. As pessoas devem muito a ele. Victor era um vaga-lume com uma luz na bunda.
Durante a entrevista, Del Rios justifica seu trabalho — “Fui atrás das marcas de um talento que não deixou pistas nem rastros” —, lembra dos bordões do diretor — “Tudo vai acabar e não resta nada” —, elabora sobre o niilismo escapista do biografado — “Ele não queria deixar provas da sua existência” — e discorre sobre sua acidentada peregrinação em busca de informação:
— Na Espanha e em Portugal não havia nada. É diferente de um Peter Brook ou de um Grotowski, sempre documentados — diz.
Mas, entre a desistência e a persistência em dimensionar o legado e desvendar os mistérios de Victor, Del Rios continua até hoje a somar impressões:
— O teatro dele era um ritual pagão, uma missa, um carnaval, candomblé, um pôr do sol no Arpoador, ou seja: inexplicável. Você assistia e saía do teatro perguntando: “O que é isso?” Ele queria registrar essa pergunta: “O que é isso?” — diz o autor. — É difícil falar dele sem soar melodramático, mas o Victor me fez enxergar o artista como um sacerdote, como um mágico capaz de mexer profundamente com a sensibilidade e as zonas mais profundas da consciência. Victor trabalhava no limite do cósmico, o resto é veludo vermelho. Eu poderia dizer que ele desestabilizou as concepções do teatro, mas não adianta. O resto é o mistério do cara.

Genet's "Balcony" in Sao Paulo (1969) (Teatro Ruth Eescobar)

Genet’s “Balcony” in Sao Paulo (1969) (Teatro Ruth Eescobar) – book by Jefferson Del Rios – material gathered and reproduced thanks to O Globo: Garcia was Argentinean.

Comments Off on Victor Garcia – in memory of the 20th century greatest stage director

Filed under Uncategorized

Aung San Suu Kyi: Courage and Inspiration.

Comments Off on Aung San Suu Kyi: Courage and Inspiration.

Filed under Uncategorized

9/11 – WE WILL NEVER FORGET !

SEP 11, 2001 - what I saw from my window on Kent Avenue, Williamsburg, Brooklyn

SEP 11, 2001 – what I saw from my window on Kent Avenue, Williamsburg, Brooklyn

From Kurt Eichenwald’s new and stunning book “500 days”

While those documents are still not public, I have read excerpts from many of them, along with other recently declassified records, and come to an inescapable conclusion: the administration’s reaction to what Mr. Bush was told in the weeks before that infamous briefing reflected significantly more negligence than has been disclosed. In other words, the Aug. 6 document, for all of the controversy it provoked, is not nearly as shocking as the briefs that came before it.
The direct warnings to Mr. Bush about the possibility of a Qaeda attack began in the spring of 2001. By May 1, the Central Intelligence Agency told the White House of a report that “a group presently in the United States” was planning a terrorist operation. Weeks later, on June 22, the daily brief reported that Qaeda strikes could be “imminent,” although intelligence suggested the time frame was flexible.
But some in the administration considered the warning to be just bluster. An intelligence official and a member of the Bush administration both told me in interviews that the neoconservative leaders who had recently assumed power at the Pentagon were warning the White House that the C.I.A. had been fooled; according to this theory, Bin Laden was merely pretending to be planning an attack to distract the administration from Saddam Hussein, whom the neoconservatives saw as a greater threat.

Comments Off on 9/11 – WE WILL NEVER FORGET !

Filed under Uncategorized

A matter of interest for the theater.

Me, moi speaking to a packed Teatro Poeira, Rio. In the audience, Fernanda Montemegro, Ney Latorraca, Aderbal Freire Filho, Marilia Martins and hundres of...

Me, moi speaking to a packed Teatro Poeira, Rio. In the audience, Fernanda Montemegro, Ney Latorraca, Aderbal Freire Filho, Marilia Martins and hundres of…

..and Bigode, of course.

Comments Off on A matter of interest for the theater.

Filed under Uncategorized