Monthly Archives: January 2014

Estados horrendos de “ser ou não ser”.

GT walking away from the ice! Too warm!

GT walking away from the ice! Too warm!

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It's just life, right?

It’s just life, right?

Em nome da experimentação, artistas (poetas, pintores, autores, musicos) se metem com pessoas barra pesada e acabam tomando, cheirando, soprando, evaporando MIL coisas que são as mais perigosas que existem: o coquetel.

Alguns exemplos: Cocaina, heroina, GHB, Crystal Meth, bebida e outras coisas indiscritiveis pois somente agora estou entrando no Google pra ver o que fazem/destroem.

Mas esses artistas – e eu me incluo neles (dado o tamanho da minha obra, os anos e continuidade dela) tem duas saidas: ou transformam em poesia essa akucinação toda ou se matam.

Estou justamente no meio dessas duas possibilidades.

Isso não quer dizer que – por vezes, se perde o rumo, se exagera, como Jackson Pollock e Sid Vicious, por exemplo. Claro que existe o “estagio alem do estagio”. Mas qual será ele?

E quando isso acontece, não somos mais nós mesmos mas…uma entidade talvez?

“Altered States”, como dizem certos autores que vão de Freud até Huxley ou Leary, é um estado tao sinuoso e deformado quanto aquele que NAO QUEREMOS VER quando nos olhamos no espelho!!!!

Mas boa coisa PODE surgir disso, quando se trata de gente criativa, criadora! Voces sabem (e assistem a minha obra) e podem confirmar que ja me meti em zonas perigosas (assim como Rimbaud, Helio Oiticica, Artaud, Hendrix, Cobain, tambem se meteram) mas , dessa vez, sai arrependido. E muito, confesso!

Quem sabe isso tudo nao se traduzira pro meu trabalho e / ou pros livros? Espero que sim. Realmente espero que sim! Rezo que sim. Ah, e peço ou imploro perdão as pessoas MAIS QUERIDAS e aquelas que mais amo, a quem devo ter causado um enorme mal. Mas agora, preciso de ajuda e não criticas da pessoa mais proxima: DV.

Gerald Thomas

My drawing (DECADES AGO) and a perfect example of the vomit and the intake

My drawing (DECADES AGO) and a perfect example of the vomit and the intake

QUase 10 anos:

PS: Agradeço a todos os comentarios ( no Facebook) e mensagens de solidariedade. Estou consultando com advogados se posso fazer menção das pessoas envolvidas. Mesmo que não der, faço via iniciais, etc. EM VOLTA DE UM ARTISTA EXISTAM SANGUE SUGAS – OPORTUNISTAS (ou imitadores de oportunistas) : gente da PIOR qualidade. Parasitas.

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Entrevista no programa do Amaury Jr (gravado aqui em NY)

Chamada do programa

Chamada do programa

ATT: Não adianta clicar na foto: tem que clicar no link

Eis a entrevista que o Amaury Jr fez aqui em casa faz duas semanas – ontem foi ar: http://mediacenter.amauryjr.com.br/mediacenter/principal_video.asp?id=5355

Na integra:

http://mediacenter.amauryjr.com.br/mediacenter/principal_video.asp?id=5354
http://mediacenter.amauryjr.com.br/mediacenter/principal_video.asp?id=5355

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Matéria sobre Hamlet “prevista” pra sair num jornal – mas que se fodam!!!

Hamlet's home.

Hamlet’s home.

Eu gosto de Jan Kott (sim, um gênio !) – o maior autor e pesquisador de Shakespeare (que da de 10 X 0 em Harold Bloom e outros). Seu “Shakespeare Our Contemporary” mudou a vida de muita gente. Mudou a vida de muitos encenadores. Grotowski (seu conterrâneo Polonês) e Peter Brook são os dois melhores exemplos.

Kott compara cada peça de Shakespeare a um autor contemporâneo e acha um Prospero em todos os lugares, um Hamlet em todas as esquinas, e assim por diante. Mas isso faz muito tempo. E hoje? Faz sentido? Tem graça?

Hamlet esta em todos nos. É um arquétipo da melhor espécie de “duvidar da existência” que foi criado para os palcos. É um carinha travesso, avesso aos sentidos do establishment: era um punk rocker da sua época: era o Neil Young do seu tempo, já que o reino da Dinamarca não era o reino da Dinamarca e o Dr. William jogava seus porcos na cara da Rainha Elizabeth 1 – e ela o ovacionava quando o pobre príncipe (cara de velho príncipe) ia sendo levado por “Rosencrantz e Guildenstern Are Dead” (de Tom Stoppard), pra “ ilha dos loucos” , ou seja, os arredores do próprio Globe Theatre, sul ou norte do Tamisa ou o Avon, Londres ou em Stratford.

Orson Welles e Peter O’Toole discutem esse personagem numa discussão hoje meio antiquada, mas de enorme valor antropológico: o que se vê ali é uma direta e indireta pra aqueles que, como eu, tem essa mania de montar um CarmemComFiltro, ou uma EletraComCreta e os mitos com ou sem filtro, como se fosse um vicio da nossa eterna sociedade – agora virtual e vazia – repleta e cheia de Instagrams do nada, e comentários escrotos em tudo que é Twitter, Facebook, site, blog e o caralho a quatro.

Caberia um HamletComFiltro?

Desde Kurosawa, Samuel Beckett até Heiner Mueller ou Al Pacino, todos tentam “enxergar” algum ícone Shakepeareano em alguma sombra, seja através de uma “maquina” Hamlet ou um Lear mudo, cego e deseperado ou um ponto de ônibus em Nova York a resposta é obvia: Shakespeare é uma fonte inesgotável, se o dramaturgo quer ficar repetindo e ecoando frases cunhadas em circunstancias bastante peculiares a reinos, impérios, sistemas financeiros na beira da falência ou em plena ascenção de sociedades emergentes e burras (Polônio).

Sim, eu já construí e desconstruí meus mitos – mas isso já faz muito tempo. Desde as minhas inúmeras versões de Carmem ou Eletra, tento escrever sobre as MINHAS tragédias, sobre as MINHAS duvidas e as duvidas do MEU tempo. Esse é o meu depoimento.
Esse sou eu. E é você que me le.

Hamlet sou eu!

Gerald Thomas

Wengen, Suíça, Jan 4, 2014

Neil Young é um desses seres que não morrem (Hamlet também não morre: o atual príncipe vê o pai – fantasma no inicio da peça). Young é um grunge antes dos Grunges que até hoje se mantem fiel aos seus princípios: “Keep on Rocking in the Free World” – quer dizer “não se intimidem – lutem com suas convicções” . Mas quais são elas?

Neil Young, ao contrario do mundo rockeiro, não se VENDEU. Mantem os mesmo princípios que tinha, aos 15 anos, quando deixou o Canadá e se mudou pra Los Angeles. Ele é perseguido pelo seu pai ideológico (Bob Dylan) e resiste a uma serie de possíveis corrupções do mundo “real” em sua volta. E não somente resiste: da bronca e tudo. Young e Hamlet são estudiosos dos seus próprios hábitos e não os abandonam sob pressão. Neil Young – numa entrevista com Jean Luc Godard, diz que prefere ser enterrado em pé – como os ciganos – do que se vender pra industria fonográfica. E nessa conversa, ele menciona alguns filósofos mas não menciona Shakespeare como autor. Ele se refere a Hamlet como o autor de uma odisséia que deveria ser seguida por todo e qualquer artista que tenha uma MENSAGEM.

Sim, são poucos. Poucos querem honrar os fantasmas de seus pais como Hamlet. Poucos honram seus fantasmas (Johnny Rotten e Kurt Cobain) tão brilhantemente quanto Neil Young. No entanto – no final de cada concerto – Young balbucia as palavras de Hamlet (se metamorfoseando em… Fortimbras) “and the rest is silence”

Gerald Thomas.

______________________UPDATE – breaking news 🙂 _________________

Quinta, 16 Janeiro 2014 – saiu (finalmente) a salada do Fiurucci na Folha: OBS ; Sou autor-diretor (quem escreve as proprias peças é o que mesmo? ou dramaturgo, mas o Fiorucci não tem brains:14015626

Nos 450 anos de Shakespeare, artistas desvendam influência do dramaturgo
GUSTAVO FIORATTI
DE SÃO PAULO
16/01/2014 03h01

A brincadeira é a seguinte: identificar quais criações contemporâneas estão impregnadas pela obra de William Shakespeare, 450 anos depois do nascimento do autor inglês, comemorados mundo afora no mês de abril.
Difícil não cair nos casos óbvios, como “Exit Music”, canção da banda Radiohead que fala de Romeu e Julieta. Mas dá para arriscar menções mais ousadas, como um possível eco de Lady Macbeth em “House of Cards”.
A convite da Folha, autores teatrais, diretores e um roqueiro infiltrado entre eles (o cantor e compositor Supla) vasculharam suas memórias em busca de associações entre a produção contemporânea e Shakespeare.
“Hamlet está em todos nós. É um arquétipo da melhor espécie de duvidar da existência”, diz o diretor Gerald Thomas. “É um carinha travesso, avesso aos sentidos do establishment: era um punk rocker da sua época, era o Neil Young do seu tempo.”
O jogo acompanha uma onda de peças comemorativas que, no Brasil, já tem exemplares em cartaz.
Duas montagens estrearam no Rio: “Sonho de uma Noite de Verão”, com adaptação de Walcyr Carrasco (autor das novelas “Amor à Vida” e “O Cravo e a Rosa”), na sede da Cia. de Teatro Contemporâneo, e “Ricardo 3º”, com Gustavo Gasparani e Sergio Módena, no Espaço Sesc.
Também há Shakespeare na peça “Última Sessão”, em que trechos de vários textos do inglês estão por todo o cenário. A peça entra em cartaz hoje, com Laura Cardoso, em São Paulo. Também na cidade, uma versão de “Romeu e Julieta”, com direção de Ivan Feijó, deve estrear em abril.

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Dias Felizes (Happy Days) and Intense days !!!

Danilo Santos de Miranda and Cleo Miranda here in close conversation; my living room

Danilo Santos de Miranda and Cleo Miranda here in close conversation; my living room

The adorable Amaury Junior and TV crew here later in the day to do a 1 hour on GT

The adorable Amaury Junior and TV crew here later in the day to do a 1 hour on GT

As it was a foggy, cloudy day – the tv cameras could not capture the view of the river or…the other side.

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VIVA O LAERTE COUTINHO !!!! Maravilhoso!

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30 years ago TODAY, Jan 11 – 1984….Three decades since all this strange away….

Wow. It will soon be the 30th anniversary since……Screen Shot 2014-01-02 at 8.02.02 AMScreen Shot 2014-01-02 at 8.02.28 AM

STAGE: ‘STRANGE AWAY’ BY BECKETT, AT LA MAMA
By MEL GUSSOW
Published: January 11, 1984

”NO way in, none out.” In Samuel Beckett’s ”All Strange Away,” a man is caged in a hollow glass rotunda, like a ship model inside a bottle, surrounded by mirrored walls and by the sound of his own voice. He is talking to himself to death. In this Dantean vision of ”a place to die in,” when words ebb, the world ends. Fade to black.

Beckett’s short prose piece, written in 1976, is a variation of the even shorter 1965 narrative fragment, ”Imagination Dead Imagine”; the two share a vocabulary and an environment. ”All Strange Away” has been artfully brought to the stage by the director Gerald Thomas and by the solo actor Ryan Cutrona. The play – and it is very much a play and not a reading – is at La Mama.

As with other Beckett prose that has been dramatized, such as David Warrilow’s version of ”The Lost Ones” (which also deals with a man in a confined space), a transmutation occurs. Seeing ”All Strange Away” in performance, one is even more aware of the rhythmic flow of energy, the stops and starts of the man’s thoughts, how he tries, with increasing helplessness, to control ”the immeasurable turmoil” of his captive existence.

A key to Mr. Thomas’s version is in his punctuation of the first three words of the text: ”Imagination dead. Imagine!” In man’s extremity, imagination (dreams, reflections, language) is the last resort; it is unimaginable for anyone to exist without it. As with a man drowning, his past life rushes in a whirlpool, and each memory is a momentary anchor.

We hear about his love Emma and about his philosophical persuasions. Among the reiterated expressions is ”Fancy is his only hope.” As he defines his space, he becomes an architect labeling the corners of his cubicle and, in his mind, picturing the wall papered with parts of the female anatomy. In the end, the man is overwhelmed by images of himself, distorted reflections in a funhouse mirror.

Light becomes a catalyst for character, surprising the man and provoking him into speech. When the light dims or shifts its gaze – as in Beckett’s ”Play” – the man becomes silent. With the help of the actor, the audience is encouraged to use its imagination. When he describes how the cell is closing in on him, the walls of Daniela Thomas’s set remain stationary; the actor, in a crouch, mimes his claustrophobia.

On the basis of this performance, Mr. Cutrona would seem to be within reach of that handful of actors (Mr. Warrilow, Billie Whitelaw, the late Jack MacGowran) who share an empathy with the world of Beckett. On top of his head is a mushroom explosion of hair and his angular body could have been sculptured by Giacometti. The actor’s voice has the poetic grittiness that one associates with the material; he savors words as Krapp does his last tape.

Though the published story is brief, the play is full-length, and one would question a few of the director’s interpolations, such as a silent prologue in which Mr. Cutrona acclimatizes himself by practicing simian stances, and a later scene in which he lights a cigar that has appeared from nowhere (no way in, none out, but smoke flowing through the roof of the rotunda). On the other hand, some of the additions are enrichments, for example, a moment when the man pinches folds in his garment (long johns) as if trying to pluck mortality. Visually and aurally, ”All Strange Away” is mesmeric, as we watch Beckett’s man mark his last ”hours of time on earth.”

Caged in a Cubicle ALL STRANGE AWAY, by Samuel Beckett; directed by Gerald Thomas; set by Daniela Thomas; lights by Blu; costumes by Sally Lesser; production stage manager, Marybeth Ward. Presented by La Mama, 74A East Fourth Street. WITH: Ryan Cutrona

And on March 31st it will have been 30 years since Hans Gunther Sievers (my father) died.

Baffling.

Happy New Year
Gerald

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