Monthly Archives: December 2015

2016 has arrived ! (at least in my mind it has !) so…..

Have a great year!!!! and just laugh all the way through this tragedy !!!

Gerald

Comments Off on 2016 has arrived ! (at least in my mind it has !) so…..

Filed under Uncategorized

2015 ! Get the hell away ! ALL STRANGE AWAY !!! And all things considered…..

IMG_0179IMG_0183

English:

London – What a year , this…2015 ! Man!!! I even started this odyssey by slitting my wrists just after the Charlie Hebdo attacks last January and almost did it again right after the Paris massacres of November 13th !!! Wrote an open letter to President François Hollande asking him to reconsider “This is not a War, Mr Hollande, it’s Terrorism!”, published in the Guardian and in Folha de São Paulo but….what the hell! This 2015 also brought some (shall I say…) good stuff, albeit, most of it, virtual. Beautiful friendships, beautiful people. People who came and went (disappeared and reappeared, all like a tango all like a choreography of enormous deja-vu. And now? No idea. Every moment, a surprise.

Oh yes. I did manage to finish and hand in my autobiography (not a laughing matter – perhaps more of a crying matter!), “AND DEAD, WE WALK”. Oh yes. I also did manage to finish but NOT hand in my novel, “THE LOST CASE OF A BRIEF OF A BRIEF CASE” . Oh, yes. Managed to hand in a compilation of my preferred 12 best plays and, who knows, they will – one day – become a book. Who cares ! This all goes to say: MISSION ACCOMPLISHED. (By a half!) Yet, accomplished. (By a half!)

I always ask myself: are these books really ever going to be published? (but then again, I have always asked the same question before every other book I did publish or before every other play I opened and before any other painting I hung and before any other love affair I had and before every time I had to open the door and face the world outside thinking the world would END ON THAT PARTICULAR DAY BECAUSE …. Well because it did end on one particular day for my relatives at Auschwitz or for us, on that September 11th day, say… I asked myself then as I do now: WILL IT EVER ???

I walk around London more so than in New York because more memories…well…yes, memories….on every corner smells on every corner and books and love affairs and well, let it just fucking STOP. 2015, get the fuck away.

That, in itself, will be quite an achievement.

Gerald Thomas

Portugues:

Londres – Que ano! Esse sim, esse 2015 ! Até eu comecei essa odisseia cortando os pulsos logo após o ataque ao Charlie Hebdo e quase o fiz de novo, depois dos ataques a mesma Paris em 13 de Novembro. Mas tive ganhos imensos, quase todos virtuais. Pessoas lindas que vieram e foram (e voltaram e se foram de novo: parece um enorme deja-vu …e hoje? Não sei! A cada momento, uma surpresa!).

Ah sim. Terminei a minha autobiografia “And Dead, We Walk”, e entreguei. Terminei a minha ficção “The Lost Case of a Brief Case”, e entreguei e o livro com as 12 peças está pra sair (mas sempre me pergunto: “será que está pra sair mesmo? Hmmm…..)

Pronto! Uma “espécie” de missão cumprida. Pela metade, mas cumprida (pela metade), mas cumprida. Pela metade.

Fico andando por essa cidade que mais amo (sim, Londres, bem mais que NYC) e onde me vem memórias de adolescente e onde cada esquina tem um cheiro e cada cheiro um livro e cada livro um amor e cada amor um romance e

…Bem, chega disso: feliz 2016 pra todos e que seja …. bem, que seja … que não seja 2015 ! Isso, em si já é alguma coisa!!!!

LOVE

Gerald

IMG_1758

Comments Off on 2015 ! Get the hell away ! ALL STRANGE AWAY !!! And all things considered…..

Filed under Uncategorized

Esse é o DEPOIMENTO MAIS EMOCIONANTE que já li e recebi de uma pessoa que amo, respeito e espero que vocês leiam com a mesma emoção: por WILLIAM OLIVEIRA

William Oliveira

William Oliveira

...e William Oliveira

…e William Oliveira

Gerald,

Por favor, acalme-se. Eu não tô fugindo de você. Tô apenas isolado sim com minha família, que funciona totalmente em outra frequência — parece que colocaram fotos no Facebook e me marcaram, então você pode ter uma ideia. Não estou me queixando; estou bem aqui, na medida do possível.

Como ninguém é cerebral na minha família, é mais fácil pra eu me “adaptar” e não enfrentar tão fortemente as consequências de uma cabeça como a minha, quando imersa nisso a que chamam de racionalidade.

Não foi o XXXX que me deixou assim, Gerald. Eu já estava nesse processo de desistência muito antes. O que aconteceu no processo com o XXXXX é que eu enxerguei aquilo como uma miragem no meio dessa terra devastada. Numa esfera em que tantas vozes parecem desconectadas ou gladiando-se entre si, afogar-se numa paixão carnal e mental parece ser a saída mais adequada. E de certa forma covarde também. Ou de quem já está cansado demais.

Esse tipo de barbárie que assusta você e a suposta classe pensante do Brasil, como a que aconteceu com Cacá Diegues e Chico Buarque, é testemunhado por mim já desde que me entendo por gente. A diferença é que como vocês vivem num mundo rarefeito, de algum modo acabam se protegendo disso. Experimenta só ir a qualquer almoço de domingo num subúrbio. Ok, você me dirá das oficinas que ministrou em Vigário Geral e tantas outras atividades empreendidas junto à “população carente”. Mas cadê a continuidade disso? Não há continuidade porque não é apenas uma avalanche de conceitos sobre o despertar da subjetividade que irá ter alguma relevância significativa nessas pessoas que se afogam na barbárie.

E você sabe disso.

E ao mesmo tempo não tô desmerecendo o trabalho que você fez lá. O que tô tentando dizer é que eu mais do ninguém, como fruto desse meio, posso dizer que as ditas instituições civilizadoras estão muito longe de chegar aqui.

Um primo meu de vinte e poucos anos (esse que tirou foto comigo embaixo do guarda-chuva com meu padrasto) tá fugido do bairro em que mora, pois se envolveu com “amizades erradas” e, se ele aparecer de novo lá, os policiais locais o matam. Simples assim. E com a maior legitimidade possível. E sem o menor questionamento de ninguém da minha família, pois eles sabem que se recorrerem à “justiça comum” pra tentarem provar que esse meu primo é inocente, essa instituição vai rir da cara deles. Não é à toa que eles não acreditam nas instituições.

Esses mesmos policiais, aliás, que ameaçam matar meu primo caso ele volte à vizinhança, são também a garantia pra essa vizinhança (e também pra minha família) de que a violência inconsequente do tráfico não retornará pra lá. São os chamados milicianos, como você já deve ter lido a respeito.

Então minha família faz parte do jogo, como se isso fosse um preço a se pagar: calam-se diante da intransigência autoritária policial (inclusive apoiando o pagamento de taxas aos oficiais) e conformam-se com a barbárie organizada resultante disso.

Não por acaso vez ou outra os homens da minha família dizem, quando veem manifestações de rua a favor dos “grandes valores”: Tem que atirar logo em todo mundo pra acabar com essa bagunça!

E não por acaso as mulheres reproduzem o discurso da igreja evangélica: Bastam um pastor eficiente e muita fé pra que todos os problemas sejam resolvidos.

Isso é apenas uma parte do cenário, mas imagino que a partir daí você já forme uma vaga ideia.

E no meio disso tudo tem eu: o primeiro sobrinho/filho a ter entrado pruma universidade federal, blablabla, que hoje é editor e frequenta outras rodas que minha família jamais vislumbrou — ou, se o fez, foi de longe, atuando como serviçal ou coisa do tipo.

E é claro que por um bom tempo eu banquei o condescendente com eles e tentei “levar a civilização” a eles, como uma oficina de teatro em Vigário Geral (ou mesmo uma oficina de música clássica que ocorreu uns anos atrás numa favela de São Paulo chamada Paraisópolis).

Mas não dá pra se ter continuidade, Gerald. E digo isso não por preguiça ou desistência. É uma constatação triste na verdade — de que se as bases de um sujeito não foram “bem trabalhadas”, qualquer desenvolvimento no meio do caminho vai sempre ser canhestro.

O texto do Cacá Diegues, que você republicou em seu blog, expressa exatamente essa derrota que sinto já há muito tempo — com a diferença de que como vocês vivem num mundo rarefeito, essa sensação não é tão evidente todos os dias. E não adianta mobilizar a história da guerra, Gerald, dos pais refugiados, da perseguição ditatorial ao Chico e tantos outros — pois de algum modo, por mais que vocês tenham sido vítimas da barbárie (e lutado contra ela), de algum modo vocês atingiram uma posição social que os protege disso — por mais informados, engajados e bem-intencionados que sejam. Daí, quando são confrontados numa esquina do Leblon por essa barbárie que ainda sobrevive ferrenhamente, vocês se assustam e danam a escrever e gritar aos quatro ventos pelos valores outrora defendidos por vocês.

Convenhamos: essa barbárie esteve aqui o tempo todo, e a racionalidade de vocês foi incapaz de vencê-la.

A gente pode entrar aqui no jogo das energias humanas, de ying e yang, de Freud e Lacan, mas não é este o caso.

O caso é que no meio dessa comida envenenada, da sensação de fracasso e inadequação que me persegue (lembra que uma vez eu te falei que os livros que eu publicava não chegavam à favela onde minha prima mora?), surgem você e o XXXXX.

E daí eu começo a acreditar em alguma coisa outra vez. Em outra possibilidade de existência que não seja essa de “sorrow” e “wasteland”.

Em uma possibilidade de satisfação micro, e não mais macro como eu vinha defendendo e me frustrando sempre.

Com o Marty não demora muito pra eu perceber que tudo é uma cortina de fumaça, mas as energias já haviam sido direcionadas, e retornar ao estado anterior demora um pouco — daí eu me isolar. Daí eu pedir esse tempo a você.

E com você há essa demanda constante da sua parte e eu nunca sei afinal quando é o bastante. Eu não sou o Cacá Diegues, Gerald, que não precisou ir pra “barra da saia da mãe” pra chorar as pitangas. E por mais que eu entenda o meu ato de covardia (e narcisismo) em fazer isto, eu simplesmente não tenho o background que você, Cacá e tantos outros têm pra lidar com revezes parecidos. Eu posso ter lido o mínimo pra entender alguns mecanismos, mas não tenho a meu favor a vantagem da experiência de vida. Por mais que você diga que tô com 33…

Cada um tem seu processos, Gerald.

É uma pena que através dessa minha reação diante de tudo, você coloque no meio termos como “confiança”, “profissionalismo” ou coisa que o valha. Pra mim esses termos não têm nada a ver. Eu apenas fiquei vulnerável demais, mas isso não quer dizer que eu tenha deixado de te amar ou pensar em você.

Mas aparentemente tudo precisa ser do seu jeito.

E não, não estou brigando com você. E tampouco tentando fazer terapia reversa. Tô apenas tentando trazer um pouco de relativização pra cá.

Se depois disso tudo o que escrevi, depois de toda essa energia que despendi aqui na casa da minha tia em Campo Grande, você ainda continuar alimentando sua birra a meu respeito, será então mais um fracasso que terei de encarar daqui pra frente. Mais uma relação que ficou no meio do caminho; mais uma conexão significativa que se perdeu… (a menos é claro que pra você seja fácil conseguir isso que temos, pois pra mim definitivamente não é).

E não, ao lançar mão disso, não estou sendo um chantagista barato.

Por favor, repense, Gerald. E deixe de melindres. Quer que eu banque o Paulo César Pereio e grite “Eu te amo, porra!“?

Abraços,

William Oliveira

GT- Sim William: EU TE AMO PORRA! 

PS: quando recebi esse email, chorei, fiquei completamente desnorteado, no chão, aos prantos e sem saber o que fazer. Tenho um vôo hoje pra Londres mas pensei em cancelar pois, depois de um depoimento desses, NADA mais faz sentido. Nada. 

Comments Off on Esse é o DEPOIMENTO MAIS EMOCIONANTE que já li e recebi de uma pessoa que amo, respeito e espero que vocês leiam com a mesma emoção: por WILLIAM OLIVEIRA

Filed under Uncategorized

Lindíssimo artigo de Cacá Diegues: “AMOR a VIDA” (antes que o pau comeu, lá com ele e o Chico no Leblon, com os fascistas e neo-nazis que pregam a Krystalnacht!

Amor à Vida

Cacá Diegues

18 dezembro 2015

Eu sei que ninguém tem nada a ver com isso, que o problema é meu e eu que o resolva. Mas, para começo de conversa, devo confessar que estou de saco cheio desse mundo. Do mundo, não da vida. A vida, cada um cuida da sua e eu tento cuidar da minha o melhor que posso. O que não mais suporto é o mundo e o que acontece nele, aqui, ali e acolá.

Não aguento mais ouvir falar em Estado Islâmico; não adianta muito acabar com ele, outro fanatismo fundamentalista surgirá por aí, em qualquer canto do mundo onde exista um povo maltratado e faminto. Pouco me importa se Donald Trump for eleito presidente dos Estados Unidos; há muito tempo que sei que quem manda por lá é o capitalismo financeiro, onde o dinheiro só serve para comprar mais dinheiro, a Bolsa e a vida.

Que importa se o Irã tem ou não tem a bomba atômica, se as crianças iranianas são proibidas de cantar na escola e suas meninas não podem estudar? Que importa se Cuba alfabetizou toda a sua população e alcançou nível excelente de saúde pública, se eles não podem ler o que querem, nem levar seu corpo aonde bem entenderem? Que importa se a China cresce e se moderniza, se seu povo não consegue respirar nas ruas?

Também não quero mais saber de impeachment, de Eduardo Cunha e Renan Calheiros, da lama em Mariana e da lama no Congresso, da inflação e do desemprego, de PMs assassinos e PMs assassinados. Não quero mais ouvir o que já ouvimos desde tantos anos, o poder do pensamento mágico a nos falar de nossas palmeiras, sabiás e carnavais, a nos dizer que somos uma terra abençoada, o país do futuro. Já fizemos passeatas pela democracia, pelo clima e pela moralidade, pelo transporte barato, pelas baleias e pelos golfinhos. Agora, o mico leão dourado que se foda.

A linha reta não existe na natureza. O homem a inventou porque não consegue conviver com a curva e suas surpresas, não é capaz de entender o acaso, bênção ou maldição. Segundo Deleuze, o sentido de “Em busca do tempo perdido” não está na lembrança da madeleine, não é um esforço de recordação de um tempo que já passou. A procura de Marcel Proust é a do tempo que se deixa de usar para viver, como na expressão “perder tempo”. Ou o medo do que há de vir e a gente não sabe, o tempo mais perdido. O medo da vida.

Os humanismos todos nos enganaram com a promessa do happy ending triunfal do céu eterno, da sociedade sem classes, da mente sã, do domínio sobre a natureza. A história nunca terá fim, muito menos triunfal. Estamos condenados a um mundo de falhas, erros, defeitos e pecados. Só nos resta tirar, de nossas fragilidades, a nossa grandeza. Só nos resta conter a distância daquilo que, cheios de boa vontade, consideramos humano – Romain Gary diz que, o que havia de mais humano nos nazistas, era a sua desumanidade.

É à vida que devemos nos entregar regozijantes. A vida como um poema composto apenas de fenopeia (imagem) e melopeia (música). A vida onde a única regra é a do acaso, que pode ser graça ou desgraça. Não existe o Ser, só existe o Sendo, aquilo que as circunstâncias nos permitem ser ao longo de um tempo e assim sucessivamente. Se os Capuleto tivessem cremado Julieta, Romeu estaria a salvo e, mesmo amargurado, ainda viveria por muitos anos.

Tampouco existe na vida homem que possa ser considerado feliz ou infeliz, o que existe são momentos de felicidade e infelicidade; temos a obrigação de valorizar a experiência dos primeiros e, sempre que possível, evitar os segundos. Se eu quiser, paro de trabalhar e vou para a praia, fico nas areias de Ipanema, sobrevivendo do que ganhar nos semáforos da cidade. Ou então morro de fome à beira do mar e ninguém tem nada a ver com isso. Meu sonho de vida é ser objeto de um milagre qualquer.

Deus é o que não sabemos, o que não conhecemos, o que não podemos controlar e atribuimos a Ele para evitar a depressão do sentimento de impotência. Mesmo que Ele exista, Deus também está portanto dentro de nós, agoniado com o que se passa. Conheço alguém que defende a tese de que o Juizo Final é para que Deus nos peça desculpas pela cagada que fez.

Como a vida real nem sempre é bela e minha fantasia não faz mal a ninguém, às vezes a troco por ela. E me dou bem. Os protagonistas de minha vida são meus amigos queridos (um deles me disse que minha filha vai acabar nos fazendo acreditar em Deus), minha companheira amada e os quatro filhos que temos, todos fortes e bonitos, capazes de resistir ao acaso, esse deus ou diabo, sol e escuridão em nosso caminho. Talvez a vida seja tão simples assim, “surpreendentemente bela, mesmo quando nada nos sorri”, como está numa nova canção de Lenine.

Enquanto isso, Adriano de Souza, o Mineirinho, montado em sua prancha de campeão, levanta as mãos para os céus e comemora, com seu parceiro Gabriel Medina, a eterna primavera do espírito. Quero ser um deles.

Cacá Diegues

Artigo originalmente publicado em O Globo.

carlosdiegues2015@gmail.com

Comments Off on Lindíssimo artigo de Cacá Diegues: “AMOR a VIDA” (antes que o pau comeu, lá com ele e o Chico no Leblon, com os fascistas e neo-nazis que pregam a Krystalnacht!

Filed under Uncategorized

RESPEITO ! Respeito caralho! Respeitem o Chico Buarque e o Cacá Diegues!

RESPEITO, CARALHO ! Não se pode atacar o Chico Buarque assim (alias, não se pode atacar ninguém assim, por causa de suas convicções politicas!). Mas, pegar o Chico e o Cacá Diegues (autor da genial frase “patrulhismo ideológico”), na saída de um restaurante, e praticamente linchá-los pelas suas posições politicas beira o fascismo.

O Chico e o Cacá são aqueles que DEFENDERAM grande parte desses pirralhos (ou os pais desses pirralhos) contra a ditadura militar e a tortura, censura, exilio, morte. Ou então não. Então esses são justamente os FILHOS dos militares que sobraram e querem aquela MERDA de regime de volta.

Não vou entrar na questão de PT ou seja lá qual for o partido. A questão aqui É O RESPEITO !!! RESPEITO / DIREITOS HUMANOS por seja lá quem for. Nesse caso, ainda MAIS respeito por DOIS dos mais conscientes artistas brasileiros. Conscientes políticos e conscientes de alma e coração. Ou não teriam mexido tanto assim com a preciosa CULTURA BRASILERIA (e, muito provavelmente com a alma desses pirralhos que ali berravam! Não duvido!) , e o que ela tem de melhor, a sua música, o cinema novo.

Que NOJO assistir essa cena !!

Que tristeza !!!

Que pena ver o Brasil degringolar por esse angulo !!!

VIVA você, Chico. E viva você meu grande e eterno amigo Cacá Diegues!!!

LOVE

Gerald Thomas

NYC, December 22, 2015

UPDATE : January 17, 2016 – http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/01/1730326-chico-buarque-abre-processo-contra-comentario-em-rede-social.shtml 

Comments Off on RESPEITO ! Respeito caralho! Respeitem o Chico Buarque e o Cacá Diegues!

Filed under Uncategorized

Fechando um ciclo: meus tres melhores espetáculos….(aos poucos)…

NIETZSCHE CONTRA WAGNER (year 2000), Cia de Ópera Seca

 

VENTRILOQUIST (year 1999 – 2003). Cia de Ópera Seca

 

NOWHERE MAN (1996 – 1999) Cia de Ópera Seca – Brazil, Copenhagen, Croatia, etc..

Comments Off on Fechando um ciclo: meus tres melhores espetáculos….(aos poucos)…

Filed under Uncategorized

Saved by Lenny Easter: THANK YOU MY DEAR. Your card came at the right moment (saved me from the horrible effects of the invasion I suffered a few days ago – as described below) LOVE YOU !

LENNY 1LENNY2

Comments Off on Saved by Lenny Easter: THANK YOU MY DEAR. Your card came at the right moment (saved me from the horrible effects of the invasion I suffered a few days ago – as described below) LOVE YOU !

Filed under Uncategorized

A CULTURA DO ESTUPRO NO BRASIL

A CULTURA DO ESTUPRO NO BRASIL

Passei hoje, por Skype, por um dos momentos mais horrorosos que já imaginei passar. Fui julgado “a revelia”, se bem que presente, virtualmente presente, desse lado de cá da tela. Ou seja, mais uma vez como em “O Processo” de Kafka, fui condenado sem ter sido sequer julgado.

Mas tudo bem. Isso me dá a chance de abordar esse episodio que ha tempos (bota tempo nisso!) estou querendo abordar.

Trata-se do tal momento em que, ao lançar o meu livro de desenhos “Arranhando a Superfície” na Livraria da Travessa no Leblon, em Abril de 2013, fui abordado pelo pessoal do “Panico”, que incluía a Nicole Bahls. Bem, mais adiante eu volto a esse assunto.

Agora, eu quero descrever esse MASSACRE que sofri. Sim, um estupro virtual (vale a pena ressaltar que fui vitima de estupro aos 12 anos de idade, aqui em NY).

Bem, trata-se de uma amiga de um amigo inteligentíssimo. Talvez o MAIS inteligente com quem troco uns 800 emails por dia. Sem reservas, sem censura. Vale tudo.

Pois bem, ela entra na moldura do Skype e começa a zombaria: “ah, você sabe o que é cerveja Antartica? Sabe o que é a Mangueira?”

Eu fico sempre meio pasmo, tendo em vista tratar-se de uma cinquentona, professora de leis, intelectual portanto! (mas que não sabe quem é Zuenir Ventura! Hmmm e duvida que eu, com 32 anos de carreira de teatro no Brasil e infância no Rio, duvida que eu saiba o que seja a Antartica…..hmmm)..mas, mesmo assim, confessa ter assistido o meu espetáculo “Esperando Beckett” com a Gabi em BH… Bem.. de repente, as equações batem:

Ela JULGA sem saber dos fatos. Mas não foi a única. Na época muita gente escreveu, muita gente me acusou. Artigos inteiros. Não dei bola, porque…não dou bola…e os artigos desaparecem.

Aqui eu dei bola porque….essa “professora” não leu a “Cidade Partida” ou “68, o Ano que não Terminou” do Zuenir, mas…certamente ficou sabendo do meu….”encontro” com a Nicole, através da “coluna social” “Gente Boa” do Joaquim. Na época era o Joaquim que escrevia.

Ah, então ela é de ler coluna social.

Então vamos aos fatos:

Herpes Zoster (SHINGLES – Catapora de adulto)

HERPES ZOSTER

É assim que se apresenta ! É isso que o público não enxerga.

Eu já havia desmarcado o lançamento o meu livro anterior, “Nada Prova Nada”, pela Record. Não queria, não podia cancelar (mais uma vez) esse, os de desenhos. Parecia mais uma desculpa. “Estou morrendo de febre” (e estava mesmo!). É assim que são as feridas debaixo da roupa.

Pois bem. Depois de uma semana tomando remédios fortíssimos, embarquei num voo da American Airlines, Nova York – São Paulo de 10 horas. Entre idas pra aeroporto e chegadas a hotel, todo mundo sabe, isso chega a 16 horas. O meu corpo estava coberto por emplastros que visavam neutralizar os nervos que terminam na pele, mais pomadas, mais uma tonelada de pílulas.

O schedule era brutal. Era Livraria Cultura, primeira rodada de sorrisos e assinaturas, dia seguinte era o programa do Jo Soares, Metropolis, mais a revista BRAVO outros programas que não me lembro ainda em SP, voo pro Rio, entrevistas ‘exclusivas’ no hotel, uma atrás da outra e, afinal, a ida pro Shopping Leblon.

Eu não podia comer, por causa da diarreia. E tinha que ficar acordado, então caƒé e IMOSEC. Linda combinação. Mais o Jet Lag. Maravilha.

E da-lhe a fila de amigos queridos, desde Zuenir até Jabor, Nanini, Guilinha, Burlamaqui, Ivo Meirelles, Ney, Globais e não globais…

Era gente que não tinha fim. E eu estava no fim. E veio o tal do Panico.

E veio a tal da Bahls que – juro – acreditei tratar-se de um homem.

Dai, meti a mão lá embaixo e vi que não tinha pau. Todos riram. Eu só queria que a fila andasse, me livrei do Panico (nossa! Que pânico! Até joguei um prato neles de longe….quebrou no meio da livraria…)…. e eu ainda tinha horas pela frente.

Acabou. Fui jantar. O primeiro prato de comida desde que cheguei no Brasil 3 dias antes.

Dia seguinte, antes de pegar um voo pra Londres, eu ainda tinha o programa do Roberto D’avila pra gravar então….

Bem. Então eu aproveito pra me desculpar a todas as mulheres que eu, inadequadamente ofendi – na época – se, sem querer (e sem querer mesmo), participei dessa “cultura do estupro”.

Mas quero que saibam que esta longíssimo de mim isso, vitima de estupro eu mesmo e, participante do #FlyToFreedom Project que lida, JUSTAMENTE com 35 – a – 45 milhões de crianças no mundo, escravas do sexo e de outras coisas.

Assim como trabalhei para a Amnesty International na década de 70, a favor dos presos politicos exilados políticos, torturados, desterrados (brasileiros) a partir do Secretariado Internacional em Londres, NUNCA deixei de ser um tipo de militante ou outro, por alguma causa ou outra.

E justamente por causa disso, ser julgado a revelia, por uma arrogantezinha de merda, que acha que pode me jogar na cara algo sobre marca de cerveja ou algo sobre a minha personalidade (que mal conhece da mídia), quero que vá a merda. Ela, assim como não sabe quem é o Zuenir, nada sabe sobre os meus antepassados assassinados nas câmaras de gás em Auschwitz. Ou será que torceria o nariz pra isso também ?

Vai a merda Senhora L !

E ao resto da população que ofendi na época: o meu mais sincero perdão.

Gerald Thomas

New York, December 17, 2015

PS: de um amigo : se a Bahls tivesse feito isso comigo, ninguém teria dado a minima. 

Interesting ! And true.

 

Comments Off on A CULTURA DO ESTUPRO NO BRASIL

Filed under Uncategorized

José Junior – AfroReggae – “No Fio da Navalha” – Luis Erlanger – IMPERDIVEL (Editora Record)

JUNIOR CONTRAPACAJUNIOR NO FIO

Não tem como não ler. É a história do AfroReaggae, do Júnior contada pelo Erlanger lindamente. Digo, lindamente! Prefácio divino, maravilhoso e emocionante de Zuenir Ventura. Graças ao destino, O Zuenir me uniu ao Junior no ano 2000 e nos tornamos amigos. Em 2005 conduzi alguns workshops com o grupo em Vigário Geral e no Pavãozinho. Esse livro é maravilhoso e imperdível, especialmente pr’aqueles que acham que não existem mais esperanças. Existem.

Eu (GT) dando um dos workshops em Vigário Geral em 2005

Eu (GT) dando um dos workshops em Vigário Geral em 2005

 

Gerald Thomas

 

Comments Off on José Junior – AfroReggae – “No Fio da Navalha” – Luis Erlanger – IMPERDIVEL (Editora Record)

Filed under Uncategorized

Please read this carefully: this is Obama at his BEST ! A speech on 150th year of the abolition of slavery BUT SO MUCH MORE ! A LESSON IN CIVIL RIGHTS + HUMAN RIGHTS!

Remarks by the President at Commemoration of the 150th Anniversary of the 13th Amendment

U.S. Capitol
Washington, D.C.

12:02 P.M. EST

THE PRESIDENT: “In giving freedom to the slave, we assure freedom to the free.” That’s what President Lincoln once wrote. “Honorable alike in what we give, and what we preserve. We shall nobly save, or meanly lose, the last best hope of earth.”

Mr. Speaker, leaders and members of both parties, distinguished guests: We gather here to commemorate a century and a half of freedom — not simply for former slaves, but for all of us.

Today, the issue of chattel slavery seems so simple, so obvious — it is wrong in every sense. Stealing men, women, and children from their homelands. Tearing husband from wife, parent from child; stripped and sold to the highest bidder; shackled in chains and bloodied with the whip. It’s antithetical not only to our conception of human rights and dignity, but to our conception of ourselves — a people founded on the premise that all are created equal.

And, to many at the time, that judgment was clear as well. Preachers, black and white, railed against this moral outrage from the pulpit. Former slaves rattled the conscience of Americans in books, in pamphlets, and speeches. Men and women organized anti-slavery conventions and fundraising drives. Farmers and shopkeepers opened their barns, their homes, their cellars as waystations on an Underground Railroad, where African Americans often risked their own freedom to ensure the freedom of others. And enslaved Americans, with no rights of their own, they ran north and kept the flame of freedom burning, passing it from one generation to the next, with their faith, and their dignity, and their song.

The reformers’ passion only drove the protectors of the status quo to dig in harder. And for decades, America wrestled with the issue of slavery in a way that we have with no other, before or since. It shaped our politics, and it nearly tore us asunder. Tensions ran so high, so personal, that at one point, a lawmaker was beaten unconscious on the Senate floor. Eventually, war broke out –- brother against brother, North against South.

At its heart, the question of slavery was never simply about civil rights. It was about the meaning of America, the kind of country we wanted to be –- whether this nation might fulfill the call of its birth: “We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable rights,” that among those are life and liberty and the pursuit of happiness.

President Lincoln understood that if we were ever to fully realize that founding promise, it meant not just signing an Emancipation Proclamation, not just winning a war. It meant making the most powerful collective statement we can in our democracy: etching our values into our Constitution. He called it “a King’s cure for all the evils.”

A hundred and fifty years proved the cure to be necessary but not sufficient. Progress proved halting, too often deferred. Newly freed slaves may have been liberated by the letter of the law, but their daily lives told another tale. They couldn’t vote. They couldn’t fill most occupations. They couldn’t protect themselves or their families from indignity or from violence. And so abolitionists and freedmen and women and radical Republicans kept cajoling and kept rabble-rousing, and within a few years of the war’s end at Appomattox, we passed two more amendments guaranteeing voting rights, birthright citizenship, equal protection under the law.

And still, it wasn’t enough. For another century, we saw segregation and Jim Crow make a mockery of these amendments. And we saw justice turn a blind eye to mobs with nooses slung over trees. We saw bullets and bombs terrorize generations.

And yet, through all this, the call to freedom survived. “We hold these truths to be self-evident.” And eventually, a new generation rose up to march and organize, and to stand up and to sit in with the moral force of nonviolence and the sweet sound of those same freedom songs that slaves had sung so long ago -– crying out not for special treatment, but for equal rights. Calling out for basic justice promised to them almost a century before.

Like their abolitionist predecessors, they were plain, humble, ordinary people, armed with little but faith: Faith in the Almighty. Faith in each other. And faith in America. Hope in the face so often of all evidence to the contrary, that something better lay around the bend.

Because of them — maids and porters and students and farmers and priests and housewives — because of them, a Civil Rights law was passed, and the Voting Rights law was signed. And doors of opportunity swung open, not just for the black porter, but also for the white chambermaid, and the immigrant dishwasher, so that their daughters and their sons might finally imagine a life for themselves beyond washing somebody else’s laundry or shining somebody else’s shoes. Freedom for you and for me. Freedom for all of us.

And that’s what we celebrate today. The long arc of progress. Progress that is never assured, never guaranteed, but always possible, always there to be earned -– no matter how stuck we might seem sometimes. No matter how divided or despairing we may appear. No matter what ugliness may bubble up. Progress, so long as we’re willing to push for it; so long as we’re willing to reach for each other.

We would do a disservice to those warriors of justice — Tubman, and Douglass, and Lincoln, and King — were we to deny that the scars of our nation’s original sin are still with us today. (Applause.) We condemn ourselves to shackles once more if we fail to answer those who wonder if they’re truly equals in their communities, or in their justice systems, or in a job interview. We betray the efforts of the past if we fail to push back against bigotry in all its forms. (Applause.)

But we betray our most noble past as well if we were to deny the possibility of movement, the possibility of progress; if we were to let cynicism consume us and fear overwhelm us. If we lost hope. For however slow, however incomplete, however harshly, loudly, rudely challenged at each point along our journey, in America, we can create the change that we seek. (Applause.) All it requires is that our generation be willing to do what those who came before us have done: To rise above the cynicism and rise above the fear, to hold fast to our values, to see ourselves in each other, to cherish dignity and opportunity not just for our own children but for somebody else’s child. (Applause.) To remember that our freedom is bound up with the freedom of others -– regardless of what they look like or where they come from or what their last name is or what faith they practice. (Applause.) To be honorable alike in what we give, and what we preserve. To nobly save, or meanly lose, the last best hope of Earth. To nobly save, or meanly lose, the last best hope of Earth. That is our choice. Today, we affirm hope.

Thank you. God bless you. May God bless the United States of America. (Applause.)

President Barack Obama

 

 

Comments Off on Please read this carefully: this is Obama at his BEST ! A speech on 150th year of the abolition of slavery BUT SO MUCH MORE ! A LESSON IN CIVIL RIGHTS + HUMAN RIGHTS!

Filed under Uncategorized

TRUMP-A-NAZI

TRUMP

Comments Off on TRUMP-A-NAZI

December 9, 2015 · 2:11 pm

DRUGGED.

Sketch for issue # zero of Vanity Fair, 1982

Sketch for issue # zero of Vanity Fair, 1982

Drugged.

Sitting in a corner of a posh European hotel observing posh people doing posh things I sip my espresso and wonder about this rather bizarre choreography of well behaved people doing well behaved things, never tripping over the wire, hair in place, buttons in place, high heels ever higher, champagne never dripping, smiles all smiles, concierges all Jacques Tatis and managers going wild behind the scenes just like us, stage directors. How funny.

It’s all so ‘kool’. Nobody loses their cool and yet, they’re all on a million and one drugs to keep them up, keep them smiling, keep them thin, keep them erect, keep them ‘clean’, shaved, smelling of no bad breath at all and. Wow. It’s exhausting!

Imagine! Inside their heads! To keep this engine running so smoothly! And this is just ONE lobby of ONE hotel. Everyone keeping it so so so posh! I’m sure they all just want SCREEEAAAAM and fall and burst and fart and shit. No, stop it. Stop it.

I notice that the lines to the bathrooms are huge and people are increasingly impatient. Yet, still smiling. Smiling and itching. Times change little, it seems.

Gerald

PS: Eugene Goldstein comments: 

“Next time, perhaps, try tea?”

Comments Off on DRUGGED.

Filed under Uncategorized

Befished !

Original drawing by GT - coffee on paper circa 2003 (London)

Original drawing by GT – coffee on paper circa 2003 (London)

Fish ?

I found myself looking at one at the market today. I guess a lot of people do. With the difference perhaps that I had been talking to it. By the look on its face, it had been remarkably dead for quite some time.

It looked like my aunt. But my aunt could plan things in advance. Yes, the marvels of intelligence. My aunt had credit cards and pens. My aunt could write and this fish could obviously not do these things. However, in the water….well…unfair game.

After some 20 minutes or so I was actually trying to determine its nationality and religion. How very strange. That is how far into this trance I was ‘befished’. It must have suffered a horrible death. Suffocation, like all others? Or, did it bite on a bait? Strange sound this thing…. “bite on a bait”.

Gasping for air, one way or another….I was too after a while. “Must be a horrible thing, not to able to write a check or mail a registered letter to a friend”. How can one survive like that?

Gerald Thomas

PS: A ‘gefilted‘ kind of comment from a wonderful friend in NY (Eugene Goldstein)

“Befished. Or besotted between befriend and bechert.  Belay and begone, betwixt pixillated buffoonery!”

 

 

Comments Off on Befished !

Filed under Uncategorized