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Tortura (bem, sei lá… espero!) NUNCA MAIS!

Tortura sob Bush

New York- Não será fácil escrever esse post, já que me comove, emociona essa questão da tortura. Por seis anos da minha vida fui militante (eram 24 horas por dia, não se dormia) na Amnesty International, em Londres. Naquele Secretariado Internacional, na sede, eu convivia com todas as atrocidades, notícias, mutilações, assassinatos vindos de todas as partes do mundo. Meu trabalho era fazer contato com prisioneiros, advogados, exilados, parentes de desaparecidos nos porões, nos cárceres, etc.. Foi duro. Hoje, então, começa um longo processo de (espero) desmantelamento de uma máquina que espalhou pelo mundo uma técnica que causou tanto mal. 

Existem os terroristas. Quero que morram! Mas eles não são “o” governo.  Agem por conta própria e merecem o castigo ou o punishment apropriado! Não há nada pior do que quando um governo se rebaixa ao nível de uma organização terrorista e age como tal.

Começa o processo de denúncia contra o ex-presidente. Já nos primeiros CEM dias de Obama na presidência, uma “espécie” de revolução se torna visível. Viva!

Então, é isso: o Presidente Obama abre caminho para ações judiciais contra os torturadores: ou contra aqueles que praticavam “técnicas duras de interrogatório” do governo passado! Ah! Vamos ver quem vai surgir desse porão de sujeiras!!!

Obama disse ontem, numa coletiva em todas as redes, que apoiaria uma comissão de investigação bipartidária. Mas é óbvio que os Republicanos estão com o cu na mão! O diretor da C.I.A. escreveu que tortura levou a “informações valiosas”. Que loucura! Eu, que fui militante, por seis anos, na Amnesty International, em Londres, na década de 70, leio tudo isso meio que… de boca aberta. TORTURA NUNCA MAIS!

E NO ENTANTO… ainda se tortura e… aqui, debaixo do meu nariz. Sim, óbvio! Todos vimos as fotos de Abu Ghraib e Guantánamo e não sei quantas outras bases. Aqui perto de onde escrevo, em Riker’s Island, ou Sing Sing (prisões de New York), é comum ouvir-se que um “lock down” (prisioneiros são “recolhidos” de repente), significa que um ou dois são levados a “celas especiais” e de lá vão pra salas médicas.

(Enquanto escrevo, passa aqui no East River um enorme barco da Coast Guard… hmmm… será que serei o próximo?)

UMA declaração de amor à ROLHA!

Imaginem a vida de uma pobre rolha. Ela segura ali um belo vinho (digamos um Barolo ou um Tignanello ou um Brunello de Montalcino) por anos e anos e mais anos. Eis que de repente alguém vai – CRUELMENTE – e enfia-lhe aquele saca-rolha, pontudo, afiado, aquela coisa de metal encaracolada, penetrante, e… vupt! Como se num golpe entre o vácuo e o gozo, a rolha se foi! Semi-destruída e homeless, ela nada vale. Toda a atenção está no vinho. Sim, decantar o vinho!

E 98 por cento das rolhas vão pro lixo! Apodrecem, sofridas, amputadas, meio putas, Gregor Samsas que são, irão ao encontro de baratas e outros bichos! Sim, tiveram o privilégio de segurarem UM LITRO do mais caro e delicioso vinho por uma década. Agora estão fora da militância. Estão no lixo! TORTURA! E tortura que termina em MORTE.

Obama abriu caminho ontem para processos contra autoridades do governo Bush que criaram o marco legal para torturar suspeitos de terrorismo em interrogatórios. Nosso presidente disse que os EUA perderam “o patamar moral” com o emprego de táticas como simulação de afogamento (waterboarding) e “outros”, como sleep deprivation (material de comédia pro programa do David Letterman de ontem, que disse ter o mesmo problema, o de não conseguir dormir), que eram chamadas de “técnicas duras de interrogatório” pelo governo anterior.

O comentário de Obama foi feito um dia após reiterar, na sede da CIA – onde foi ovacionado – que os funcionários da agência envolvidos nos abusos não serão punidos por isso.  Pena! Mas em qual país algum torturador já foi punido? Me digam. Me contem. Nem a PIDE em Portugal… (bem, esqueçam Portugal porque ela não existe), mas Argentina, Chile, Espanha, etc. Alguém da Stasi foi punido? Até Werner Von Braun foi pra Nasa ao invés do cárcere!!!! Aliás, foi por causa de Von Braun que colocamos  o PÉ na Lua!!! “Quem tem os melhores nazistas? Os russos ou os americanos?” – Tom Wolfe, em “The Right Stuff”

CIA, tortura e América Latina

Phillip Agee, “Diários da CIA”: Quem ainda não leu, leia. É, no mínimo, interessante. E quem não sabe do envolvimento ou do TAMANHO DO GRAU DE ENVOLVIMENTO  entre os engenheiros da tortura (CIA) e como ensinavam aos militares sulamericanos nos anos da ditadura do Cone Sul, investiguem e se informem.

Nos DOI-CODI’s, nas Oban’s, nos DOPS, etc. houve muita criatividade, como o pau de arara, por exemplo.

Mas para mim é doloroso entrar nesse assunto, por motivos óbvios.

Ontem, Obama deixou a cargo do secretário da Justiça, Eric Holder, avaliar se os mentores dos interrogatórios com tortura devem ser processados. Holder agirá “dentro dos parâmetros de inúmeras leis e eu não pretendo prejulgar isso”, disse.
Ele declarou também que apoiaria uma investigação parlamentar bipartidária do programa de detenção de suspeitos de terrorismo da era Bush. A porta aberta ontem por Obama aparentemente contrariou a declaração de seu chefe de gabinete (equivalente no Brasil a ministro-chefe da Casa Civil), Rahm Emanuel, que dissera, no domingo, que o governo não apoia processos contra “os que planejaram a política”.
Assessores da Casa Branca depois informaram que ele tinha se referido aos superiores da C.I.A. e não às autoridades do Departamento da Justiça, autoras dos memorandos que os autorizavam.
Ontem o “New York Times” revelou que o diretor da C.I.A., Dennis Blair, escreveu um memorando a seus funcionários, também na quinta passada, no qual diz que as técnicas agora banidas forneceram “informações valiosas”. Na versão distribuída à imprensa não havia esse trecho e a agência disse que o documento passou por processo normal de edição.
A revelação deve munir as críticas de políticos republicanos e ex-funcionários, como o ex-diretor da C.I.A. Michael Hayden, que alegam que a revelação dos memorandos compromete a segurança nacional.
O ex-vice-presidente Dick Cheney (esse merda!), já havia pedido a divulgação de documentos que provariam que os órgãos de inteligência obtiveram dados importantes nos interrogatórios em que houve prática de tortura.
A revisão da política de combate ao terror de Bush representa um enorme problema para Obama.  Mas o fato é que Obama mostra uma enorme coragem em querer desmantelar essa máquina do mal, essa merdalha que levantou o lado RUIM desse país maravilhoso, mas que também teve o Macartismo e manteve uma guerra fria (parcialmente por inabilidade e arrogância de seus líderes em dar uma surra nos outros do lado de lá, que nada tinham a não ser um medíocre programa aeroespacial. Arrghhhg! O MURO, o PACTO de Varsóvia, quantas VIDAS perdidas em nome do QUÊ?  E tantos ismos e xismos! PRONTO. BASTA, entramos numa nova era!

BRAVO MR. PRESIDENT!

Gerald Thomas (autor e diretor de teatro e militante na Amnesty International em Londres na década de 70, por seis anos)

Agradeço aos mais de 600 comentários do post anterior.

 

 

Esclarecimento do leitor José Pacheco:

“Cada dia fico mais encantado por teus enviados.
Não etive nem estou cagado.
O mal eu conheço pois em Belmonte devido um caldo de sururú tanto obrei que quase me torno especializado.Foi terrivel. Bactéria brava e tinhosa.Um dia contarei em detalhes.Deste mal que fui atacado e por ter sido salvo pelo Doutor Luiz Brun daquela cidade é que tenho hoje um dos meus melhres amigos.Ele é o dono da Clinica Anacleto de Paula.Um atual Robin Hood dos tempos modernos.Cobra um a mais de quem pode e ajuda os que nada tem.E como ajuda!Com ele aprendi que uma simples visita e uma palavra de carinho a doentes hospitalizados é um bem tão grande que ajuda até na recuperação do doente.E tenho feito o que posso neste sentido.
Fique tranquila porque a caganeira não passou de um mal entendido.
Isto acontece .No frigir dos ovos lucrei ao perceber que eu existo.

E cagar todos cagamos.

Abaços.
Ou melhor.

Jose Pacheco”

 

 

(Vamp na edição)

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Michelle Obama, a nova "royalty" em Londres.

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As Duas Famílias Reais na mesma Inglaterra

G20 (à distância, de New York): Michelle Obama está se tornando uma espécie de replacement (linda, inteligentérrima e elegante que é) de Lady Diana. Ontem, em Londres, o que se viu foi uma família REAL cumprimentando a outra família REAL. E os tablóides que não cobriam a porradaria na “City” (Bank, etc), comparavam ela à Jackie Kennedy, ou à nova princesa, cuja morte em Paris até hoje é envolvida em mistério.

Confesso uma coisa: não, não confesso nada. Uma convenção enorme dessas não passa de um show. O que importa lá são os pequenos encontros. O “tete a tete”. O resto é a chamada “photo-opportunity”. Não muito diferente do teatro. São aquelas fotos que a gente tira ou que tiram da gente para publicidade: nada mais constrangedor do que foto posada. “A Po(u)sada das Fotos”. Poderia haver uma po(u)sada dessas. Ninguém iria alugar um quarto lá.

Aliás, o mau teatro tem vários quartos na “Po(u)sada das Fotos”. Político não é bom ator. Alguns foram bons e tinham assinatura: Churchill, por exemplo. Outros foram os maiores canastrões da História: Hitler, Stalin, Franco, Pol Pot, etc. Por acaso, canastrão mata, trucida, tortura e tem prazer em ver a morte lenta. O melhor político de todos: Chaplin.

O Presidente Obama, ainda ontem, pediu para que os líderes mundiais focassem numa solução (falando sobre o colapso financeiro), em vez de ficarem apontando dedos ou tentando culpar esse ou aquele (Bush, Reagan, Clinton ou seja lá quem for). “É o sistema em si que está podre, os bancos deveriam nos proteger”, dizia Brown. Ora, Gordonzinho! O sistema é TODO ele baseado em ESPECULAÇÃO, darling, haven’t they told you that? Proteger? Sério?  Investimento é para proteger ou para satisfazer a “ganância daqueles que JOGAM?”

Um dia antes da chegada de Obama, Brown dizia isso. Depois desembarcou Michelle Obama e o Reino Unido se calou, os queixos caíram e Brown (ainda atordoado com os olhos azuis de Lula) desconversou diante de Obama. É, o discurso era completamente outro. Quase um Rei Claudius diante de um Polonius. Já não sei mais quem está tentando abafar as mentirinhas de quem! “UM MERCADO CONSUMIDOR FAMINTO”, falava Obama, dizendo que provavelmente não se voltaria a isso tão cedo. Confesso que… Confesso que nada! Nada.

Na verdade o pau quebrou. O G20 ainda nem havia começado (ontem) e a “Obamatrona” já estava a mil por hora. Era encontro com presidente da China, Hu Jintao, e o da Rússia (estamos em plena guerra fria de novo, negociando ‘redução de armamentos nucleares com os russos’, ai que preguiça!). Ah, sim, claro: o fatídico encontro com a minha queridíssima (bored to death) Queen Elizabeth, a rainha em Buckingham Palace. Mais entrevista coletiva, e uma caralhada de… UFA! Mas quem trinfou mesmo foi a Michelle. Só se falava nela na cidade. Só dava Michelle Obama! VIVA!

E os “street fighting men” (uma adaptação coletiva da música dos Stones mais linda que existe) tentando ser contidos pela riot police no distrito financeiro (ha, ha, o William Burdett Coutts e uma filial do Royal Bank of Scotland aos pedaços!). Uma parte da cidade em pompa e circunstância e a outra às pedradas. Ah, a minha Londres que amo! Tudo começa num clima pacifista.Fantasias carnavalescas e tal, até que um, um único joga um sapato e PUM. Vem todos para cima e a coisa explode. Meio bêbados na melhor tradição do hooliganismo ou do punk rock, o pau quebra, o sangue rola, a pedra rola e estão todos stoned!

Vamos fazer um breve exercício de memória: parem por um segundo: foram os bancos e os especuladores que causaram essa porra desse meltdown em primeiro lugar. Foram empréstimos acima da conta, dinheiro de plástico, passos mais largos que as pernas podiam dar… usando, como instrumento colateral, um instrumento complexo como… ah, deixa isso para os colunistas econômicos! Eu sou mais econômico que eles!

Não tem que ter nada de G20, porra nenhuma! Esqueçam essa besteira. Daqui a pouco cresce para G43 ou G59. Não tem a menor graça. Os grandes especuladores estão certos: agora está na mãos de 2: USA e CHINA.

Então, gente fina: é G2 !

E o resto volta para casa em classe econômica e bebe suco de uva de canudinho.

Enquanto isso, amo ver a Michelle dando banhos de elegância por onde passa! LINDA! LINDA!

Bem, hoje é dia de palestra de Zé Celso e eu no TheaterLab (ler post abaixo, por favor)

M.E.R.D.A. para nós.

E G2 para o mundo, gente intrusa! Deixe o Obama conversando com o Hu Jintao. O resto poderia ir alugar quartos na “Pousada da Foto Posada”.

 

Gerald Thomas

 

 

(Vamp na edição)

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O Recalque dos Brasileiros

NEW YORK – Eu sei que não é fácil viver afastado do mundo. Sei como é difícil “tentar” estar envolvido e, no entanto, não estar. Imagino como deva ser enfurecedor. 

Digo, frustrantemente enfurecedor. O conflito em querer ter o poder e não tê-lo é difícil. Olhar para as grandes nações do mundo e sempre ter que imitá-las, importar seus produtos, “fazer tudo igual, mesmo com anos ou décadas de atraso” acaba virando um recalque. Sim, um furor de racalque. 

Do que eu falo? Desse blog, óbvio. E de alguns comentaristas e do Brasil como país, como nação, sempre tentando meter seu bedelho em tudo. Digo, opiniões impressionantes a respeito de tudo, quando não sabem nem onde fica a porra do Yemen, ou sua história. 

Uma nação conquista sua história com INDEPENDÊNCIA, sangue, e formula sua CONSTITUIÇÃO através de uma, duas, três ou mais Revoluções. São sanguinárias essas guerras internas, os conflitos internos, e, principalmente, a luta que se trava entre grupos de interesses e a moral da grande maioria silenciosa e os os direitos civis, e a liberdade INDIVIDUAL vai ganhando um preço! Um preço alto. 

Poucos de vocês (desculpe se os insulto) têm vida vivida (empírica)  em terras estrangeiras de PRIMEIRO MUNDO e tudo que conhecem já lhes chega em segunda mão! E vem destilado, babado, cagado, amerdalhado, assim como os (des)editores bem entendem, já que ninguém entende porra nenhuma: é sentindo o cheiro das esquinas e comprando no coreano que fica aberto 24 horas e cortando legume na calçada de NY que se conhece uma cidade, e não pelos seriados de TV. 

Resumido: Vocês aí no Brasil discutem e se arrastam, mandam “Ministro” (eita demagogia populista de merda) para “mediar” a crise entre Israelenses e Palestinos (óbvio que o cara não chegou nem perto ou sentou em poltrona alguma… ). Enfim, o Brasil é um país que se ARRASTA há décadas, há séculos, mas NUNCA CHEGA LÁ. É o tal GIGANTE DOPAMINADO, dopado. Antigamente, dizia-se “adormecido”. 

Hoje (antes isso não fosse verdade), infelizmente, não tenho mais esperanças em que ele acorde!  Ou roubos, a malandragem instituídas e a… 

A CULTURA do COITADINHO… me ouviram? A cultura que apadrinha o coitadinho…

E que, na verdade, ODEIA O VENCEDOR, mas adora dar um tapinha nas costas daquele que PERDE, porque se identifica com aquele QUE PERDE…. gente… que merda! Que merda! 

E, no entanto, vocês acham que sabem alguma coisa sobre a Commonwealth Britânica ou como os EUA estão enterrado até os dentes em todos, digo TODOS os conflitos Regionais MUNDIAIS porque, dede Reza Palevi até o Saddam Hussein, até Bin Laden, todos foram,de uma forma ou de outra, oportunizados por uma administração da Casa Branca ou por outra para conter os Russos ou os Iranianos ou os não sei quem, dependendo do jogador de xadrez da hora e de quem estava com a rainha na mão certa. 

O Brasil não está nesse meio. Não é um jogador mundial de política! É O PAÍS QUE DETESTA O (assim chamado) “IMPERIALISTA” . Amam nos odiar (me coloco agora como americano, apesar de ser brasileiro também!), mas DEPENDEM DO CONSUMO de produtos importados dos poros até o CHUÍ (Marilena inclusa). 

O BRASIL é um país que acaricia o PERDEDOR, é um país que tem ÓDIO do resto do mundo que ATROPELA a economia globalizada por pura falta de competência! Até a India está na frente e a Coréia do Sul, por exemplo… ah, essa já deu o pulo do gato há tanto tempo que exporta tecnologia!  

A única coisa sobre a qual  vocês podem MESMO ( e com AMBIÇÃO de Phd!) é sobre a PORRA DA NOVELINHA DAS 8, DAS 9, DAS 10, DAS 11, DAS 12, DAS 13, DAS 14, DAS 15…  

Ou sobre a impunidade dos salafrários que não vêem o olho da Justiça NUNCA porque num país que não se auto-respeita não existe JUSTIÇA! Existe JUSTIÇAMENTO, ou como dizia-se nos porões do DOI-CODI, “desaparecimento”. Mesmo nos anos Bush que, graças a deus tem 4 dias contados, a pior prisão (Guantânamo) não rivaliza com uma delegacia de polícia comum em, sei lá, preencha a lacuna!  

Recalque brasileiro por não fazer parte do G8, do G9 e querer inventar um G20 ou cadeiras como um idiótico Sarkozy sorridente aterrisando nas praias cariocas afirmando que o Brasil deveria fazer parte do Conselho da ONU? Que porra de ONU !  Talvez a melhor coisa que Israel fez foi bombardear aquela merdinha de esconderijo de ONU que não existe mesmo (moro do lado do prédio feio, ridículo e corrupto chamado UN, aqui na 1 Avenida!) 

Fazer parte de uma nação de verdade é fazer parte de um VERDADEIRO RISCO. VOCÊS NÃO SABEM O QUE É ISSO.  VOCÊS SEQUER TÊM UM EXÉRCITO DE VERDADE. MARINES, ESTOU FALANDO DOS MARINES OU DA US NAVY, CARALHO! 

O que um brasileiro sente quando olha para um soldado marchando em 7 de setembro? Nada. Não sente nada. Vocês não têm história. E se têm, não se orgulham dela. Por isso grudam esses olhos vesgos na televisão e vivem a vida DOS OUTROS, vivem no NOSSO CENÁRIO, FINGEM ODIAR , MAS ENCHEM NOSSAS RUAS, NOSSOS RESTAURANTES, COMPRAM NOSSOS PRODUTOS E POR QUÊ? 

PORQUE NÓS INVENTAMOS TUDO! 

Basta um mero exemplo para explicar a miséria estúpida em que vocês vivem: olhem o metrô de São Paulo e olhem o tamanho de São Paulo. E olhem a data dos metrôs das outras capitais mundiais. Não preciso dizer mais nada, preciso? 

E  vocês são um bando de reclamões opinativos.

Ociosos, retóricos, opinativos. Merecem um divã com pregos ou espinhos! Ah, e antes de me virem com respostas levantadas pelo Google (inventado aqui), lembrem-se que TUDO surgiu aqui, a não ser Confúcio ou Sófocles. Até a Bossa Nova veio do Jazz e o Chorinho veio do Blues, seus racistas inconformados com a terra que não brota. Só queima, queima, queima e entra em vossos pulmões para virar, digamos assim… rancor cancerígeno.

Gerald Thomas – NEW YORK, 15/01/2009

 

(O Vampiro de Curitiba na edição)

 

 

16/01/2009 – 16:34
Enviado por: Jose Pacheco Filho
Diverti-me tanto esta tarde ao ler todos os comentários já postados que estou pensando em continuar ficando sós na janela e apreciando.
Salvo brilhantes exceções a maioria confirma as palavras do Gerald.
Nem ao menos param para pensar no que escrevem e mandam para a moderação as asneiras escritas. O pior é que talvez se julguem os verdadeiros donos da verdade.RsRsRS.
O Gerald é e nasceu para ser teatrólogo. Seus textos são como peças que sua mente vai criando e usando o material que ele recolhe no dia a dia.Deve servir de tudo.Pessoas,tipos ,situações,acontecimentos e falas.E aqui no blog,principalmente as falas que são enviadas por escrito.
Gerald ao que eu saiba não é um ator. É antes de tudo um criador e diretor.Dirige e exige que o ator faça exatamente como ele imagina que deva ser a fala e principalmente a postura do dirigido.
Este blog funciona para ele (penso eu) como um celeiro de astros aos quais ele (o autor-diretor) conduz para o lado que ele mesmo deseja.
Seu amor pelo Brasil é evidente e só não percebe que não deseja enxergar senão somente seu ponto de vista pessoal.
O artigo forte lido as pressas leva os exaltados nacionalistas de araque e desejarem jogar pedras na Geni de plantão (no caso o Gerald) e mandam brasa destilando seus recalques e ódios contidos.
Calma porra. Pense antes de vomitar suas fraquezas e inibições.
Leia com auto-critica.Veja o lado bom da critica.
Só critica quem ama. Quem não ama despreza e esquece.
Quem critica com honestidade deseja consertar e melhora.
Gerald está tentando construir e não destruir.
Quem gosta de destruição é terrorista.
Ataque o terrorista. Talvez aquele que está dentro de você.
E aplauda quem merece.
Eu aplaudo o Gerald e outros que aqui souberam ler a mensagem que um autor e diretor escreveram.
Obrigado.
Pacheco.
___________________________________________
Sim, Reinaldo Pedroso, se eh pra me ofender, FORA CARA. Fora.

Contrera: tenho que ler teus comentarios com calma, porque te adoro e tenho que ler com calma e te responder com calma.

Mesma coisa com Tene Cheba que me entendeu mal. Desculpe Tene, acho que vc nao me entendeu direito e um emai pessoal ira resolver isso.

Ezir, mesma coisa.

Quanto ao resto, estou exausto. Vim de uma reuniao e tenho que resolver o que fazer aqui: estamos , OBVIAMENTE, num impasse.
Obviamente num impasse.

alias, desde que a Ellen Stewart me falou “what is this thing you’re writing for….a blog? You must keep on writing for the theater.”

e eh isso mesmo que eu vou fazer.

Paulo Francis – certa vez – falou assim: “Nao vou ficar recebendo ordem de fedelho!” Ele se referia a um periodo da Folha.

Passou. Francis evoluiu. Virou outra coisa.

A Folha evouliu , virou outra outra coisa.

Hoje me perguntaram : “Voce nao vai escrever sobre o aviao que caiu ai em NY?”

eu respondi: NAO SOU REPORTER!!!

me perguntaram em seguida: Voce vai pra posse do Obama? Vai escrever?

Vou pra posse do Obama sim: ESCREVO O QUE QUISER. SOBRE O QUE QUISER. OU QUEBRO MEU CONTRATO COM ESSA PORRA AQUI.

Sim, escrevi um texto sobre o que muitos brasileiros pensam sobre o Brasil.

Se eu tivesse escrito um Texto sobre os Estados Unidos, ah ha ha ha ha ha, talvez os Petistas estivessem construindo estatuas pra mim hoje, de bronze, prata ou OURO.,

Querem saber? Hay gobierno, soy contra. Mas existem sim algumas nacoes mais bem resolvidas. Querem que eu meta o PAU nos rednecks e nos hillbillies daqui? Sem nenhum problema’

Alias, o blog, juntando com o do UOL, em 1 de fevereiro FARIA 5 anos. Ja nem sei o que eh NAO TER UM BLOG.

ENFIM, PASSEI UM ANO OU UM ANO E MEIO

METENDO O PAU EM JOHN McCAIN e todos os Republicanos

no GOP inteiro.

Sofri ate nas maos do Vamp, perdi leitores

Ganhei outros

“Fui livrado” de um site (gracas ao bom deus) de um site (gratuito) que opera – de operar mesmo, no pior sentido) da Florida, mas de brasileiros, da pior especie.

2008 foi um ano pessimo. Pro final foi ficando melhor.

Volto pras minhas encenacoes!

e pra um OTIMO ano Obama
e,

um mundo melhor: espero.

e, sinceramente?

com mais respeito. Um pelo outro. Onde quem le, entende que a leitura as vezes atinge o nervo que o escritor nao enxerga cirurgicamente de PROPOSITO. NAO EH PROPOSITAL.
Jamais trataria o meu leitor assim, propositalmente. Pra que? e Por que?
Nao faz sentido? Mas a critica dura? Ela eh valida sim senhor. E foi atraves dela que movimentos como a Bauhaus e os poetas concretos, os Maravilhosos irmaos Campos atravessaram propriedades inteiras de “wasteland”, ou seja, de terreno baldio…
que vem a ser…
justamente aquilo que o escrtitor ou o poeta nao esperam atingir (mas atingem ao que me parece) no momento de fragilidade UNICA ao se posicionarem perante ao mundo em CRISE num momento da virada crucial de suas vidas

A todo pessoal do IG que tem sido do caralho: meu muito obrigado. Muito obrigado mesmo!
LOVE
Gerald Thomas

16 January 2009

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Os Dois Baracks e Uma MaMa

                                              

 

 (Foto de Gerald Thomas, do celular)

Há cerca de um mês estava tudo tranquilo. Quer dizer, tranquilo…Nunca nada, ever, está tranquilo. Mas Ellen Stewart, a fundadora do La MaMa ETC (Experimental Theater Club, que cunhou esse termo, ‘teatro experimental’), estava em seu apartamento, no 5 andar acima do teatro onde comecei minha carreira ‘oficial’ com as peças de, bem, vocês sabem de quem. De um irlandês famoso, o mais genial: Sam Beckett. E, até semana passada, nosso presidente Barack Obama ainda estava no Havaí de férias e o bombardeio entre Israel e o Hamas ainda não havia começado. Não era Natal ainda. Jesus ainda não havia nascido.

Bem. Os dois Baraks, ou Baracks, saíram de seus refúgios e Ellen Stewart entrou, em estado grave, para o hospital, para o refúgio de uma UTI. Algum paralelo? Talvez. Ontem, ao visitar a minha mamma, a pessoa a qual devo toda minha vida teatral, ela me dizia: “temos dois Baraks, dois Baracks, você precisa escrever sobre isso. E precisa escrever sobre como os judeus sefaradins são perseguidos por vocês!”

Eu, Mamma? Eu não persigo….

“Você, é maneira de dizer… vocês ashkenazis”

Ela se referia aos milhões de judeus Yemenitas, Etíopes e Somalianos ou  Egipcios ou Iraquianos e aqueles nascidos em solo “palestino” de cor escura. “São tratados como nós, negros, éramos, ou ainda somos, pelos brancos, aqui e no mundo”.

Sim, Ellen sabe tudo sobre racismo. Vinda de Chicago para New York nos anos cinqüenta pra trabalhar como estilista na loja Sack’s Fifth Avenue, ela tinha que entrar pela porta dos fundos. Era a única estilista negra. Lutou, berrou, esperneou e ralou até que chegou onde chegou: Fundadora do mais reconhecido teatro experimental do mundo, aquele que trouxe (da Polônia) Jersy Grotowsy e Tadeuz Kantor ou, do mundo, Peter Brook, Kazuo Ono, ou de paises confinados,  ou reduzidos a trapos, dezenas de artistas do palco  pra cena do East Village e deu ‘voz’ pra companhias como o ‘Mabou Mines” (de onde surgiu Philip Glass), e tantas milhares de outros, como Sam Sheppard ou até Robert de Niro e Bob Wilson….Ellen é, como diz Harvey Firestein (autor de “Torch Song Trilogy”), “Ellen é responsável por 80 por cento do que está nas telas e nos palcos americanos” (entrevista a Vanity Fair de anos atrás).

Estamos confinados.

Até semanas atrás, Ehud Barak, ministro da defesa de Israel e ex- Primeiro Ministro (deposto em 2000 ou 2001, não me lembro), era considerado um homem praticamente morto na vida política israelense. Ele é membro do mesmo partido trabalhista (o de Golda Meir e Ben Gurion, o fundador do Estado de Israel)…. ah, e, by the way, Barak é sefaradim , portanto não muito popular entre os “brancos” como Benjamin Netanyahu, também ex-primeiro ministro, educado aqui nos States, um perfeito sotaque inglês americano, um cara que era visto jogging em Central Park, digo, o Natanyahu.

Bem, ninguém está mais falando assim de Ehud Barak agora, nesse momento. Essa guerra contra o Hamas ou contra os palestinos, depende de como vocês queiram ler, é uma guerra ‘tida como pessoal’. Paralelos com George W Bush e o Iraque? Sim, já que o Pai, George Bush “Senior”, dono da guerra Desert Storm deixou o ditador Saddam Hussein, intacto? “W” foi lá e, crau! Estamos onde estamos. E a dívida? E a dívida humana?

Paralelos? Ontem, conversando pausadamente com a Ellen (nome da minha mãe biológica também), no hospital – (e não riam) – “Beth Israel”, ao sair para comprar uma barra de chocolate pra ela, perguntei pra alguns médicos judeus orthodoxos o que achavam do atual conflito: “DISGUSTING ! “Em tantos anos de intelligence gathering, deveria se achar uma outra maneira de desmantelar um grupo terrorista como o Hamas”. Já outro me dizia…”Crush them all” (massacrem, amassem todos!).

Barak está todo prosa: vestido com seu casaco de couro ele está respeitadíssimo entre seus pares no Knesset (parlamento) Israelense. Barack Obama está morando provisoriamente num hotel em DC. Faltam 12 dias para sua inauguração. Todo prosa, e com razão, ele está com seu terno e gravata tentando dar um jeito na economia americana que está um trapo: parece uma dessas fotos que se vê saindo de Gaza. Me desculpem pela péssima analogia, mas era evidente que um paralelo gráfico teria que ser feito.

Ellen Stewart apertava minha mão. Dificuldade em respirar. Mão enfaixada pelas injeções de insulina, etc. Ás vezes encostava a cabeça no meu ombro. Essa cena me é comum há três décadas, afinal, essa é a pessoa que me deu a vida no palco e comemora NOVENTA anos de idade. E me diz….”genocídio de crianças eh imperdoável…sob qualquer circunstancia….e a perseguição entre vocês….”. A enfermeira interrompeu. Era hora dos procedimentos médicos. Saí do quarto. Fiquei em pé no corredor pensando nessa mulher que passou metade de sua vida profissional amando Israel, montando um teatro lá.

Hoje, com o ataque do Hesbollah, ela já está em casa, sempre com a televisão ligada. “Gerald, escreve o que você tem que escrever, mas escreve para o palco. Não entendo isso de Blog que você fala”.

Essa é uma homenagem a Ellen Stewart.  Essa é uma homenagem a todos os que têm uma opinião, seja ela qual for. Mas cuidado: para se ter opinião mesmo, deve se saber onde, porquê e quando. E não arrotar ou reciclar bobagens.

Gerald Thomas

PS: Este artigo só faz sentido se lerem  antes “Israel Sexy”, no post abaixo, com seus quase 700 comentários.

 

(Vamp na edição)

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SAPATOS ASSASSINOS

Sapatos como Arma Preferida

Entrar numa guerra é fácil. Sair dela, muitíssimo difícil, já dizia Walter Cronkite.

Bem, ontem, George Bush levou um sapato voador na cara: “Vai e leva isso como presente de despedida, seu cachorro!!”

Wow! Sapatos têm um significado muito especial na política e na nossa cultura: Nikita Kruschev  martelava, meio histericamente, com um sapato (soviético?) na bancada da ONU porque queria falar sobre a crise dos míssseis (Baía dos Porcos), lembram? Mas não chegou a tacar seu sapato em ninguém.

JFK teve uma morte trágica. A mais trágica da minha vida. Assim como em 11 de setembro, todos se lembram o que estavam fazendo no dia em que JFK morreu. Meus pais fecharam as cortinas, choraram o dia inteiro e eu, pasmo, olhava aquilo tudo e chorava, pois o nosso apartamento era decorado com fotos do casal Jackie e Jack.

Sapatos: Bush merecia levar mais que isso. E também depende de QUAL sapato. Segundo Susan Sontag (uma colecionadora de botas de cowboy – tinha centenas) Bush (ex Governador do Texas) deveria ter levado uma bota daquelas de John Wayne ou daquelas que Larry King usa diariamente: especialmente pontiagudas.

Ou seria mais propício uma daquelas da coleção de Imelda Marcos? Ah, sim, um salto alto Filipino, comprado com o dinheiro da miséria do povo de Manilla e redondezas, a ex-mulher do ditador Ferdinando tinha mais de mil pares de sapatos em seu armário.

E no Brasil? O que se jogaria num presidente? Bem, considerando que metade da população nem os tem, ou quando tem são meros chinelos… (eles voam bem, mas não doem…) quase não surtiria efeito!

Bush mostrou que se esquivou bem! Se o “ataque” tivesse sido em algum ponto mais ao “norte” e dentro dos confins do assim chamado primeiro mundo, talvez tivesse levado uma boa Timberland na cabeça! Timberland é uma bota pesada, que agüenta qualquer coisa. Seria o Range Rover dos sapatos.

A 37 dias de entregar o governo para Barack Obama, Bush não sai do buraco e, quando tenta sair, BUM! Vem um sapato voador em sua direção. Nada mais teatral.

Eu ia, na verdade, escrever sobre o AUTO-Massacre do ex-marido da Suzana Vieira. E como essa estória me soa completamente absurda. Paranóia, tudo bem, mas se auto-esmurrar e ter energia pra isso até o fim? Como? Bem, nesse mundo existe imaginação pra tudo. Lembrei daquele brasileiro que foi baleado por engano em Londres. A polícia brasileira mandou representantes lá, cobrar satisfações de Ian Blair (chefe da Scotland Yard). Na entrevista coletiva, os repórteres ingleses perguntavam aos representantes do governo brasileiro: “mas vem cá, quantos cidadãos brasileiros não são baleados pela polícia dentro do próprio Brasil e… nada lhes acontece?”  – Silêncio.

Certas perguntas e alguns sapatos nos causam constrangimento e, à vezes… silêncio.

Gerald Thomas

PS: Da coluna do JORGE COLI (carderno MAIS da Folha de S Paulo de domingo, 14 Dez 2008)

O país do homem cordial (parte da coluna que diz respeito ao processo judicial que uma jovem pixadora está sofrendo pelo ataque à Bienal do Vazio. Como se trata também de uma “censura artística”, Coli também me cita  e faz referência à minha montagem de Tristão e Isolda, Municipal do Rio, 2003)

Nádegas
“A Bienal dizia ser um espaço interativo. Rolou de algumas pessoas entrarem lá para discutir arte contemporânea. O cara que ficou pelado (Maurício Ianês) estava integrado com o sistema, para a gente não é assim.
A arte tem que ser livre”. A frase do pichador Rafael Augustaitiz denuncia o caráter oficial e convencional das vanguardas.
As vanguardas se institucionalizaram e afastaram qualquer liberdade não autorizada, que não caiba em sua ordem autoritária e arbitrária.
Há tempos, Gerald Thomas sofreu um patético processo porque mostrou a bunda no Municipal do Rio, ao ser vaiado por uma excelente montagem.
Se sua bunda tivesse aparecido durante o espetáculo, antes de a cortina baixar, seria artística e livre de perseguições judiciárias.

 

(O Vampiro de Curitiba na edição)

 

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O Samba (ou rock and roll) do Branco Doido

Os chefões das companhias automobilísticas de Detroit estão se mostrando modestos, humildes. Ou então essa dança, essa valsa demagógica da falência tomou um rumo encenado por Augusto Boal! Hoje, ao invés de voarem em seus jatinhos, os CEO’s da GM (que perdeu 41%), da Ford (perdeu 39% nesse último quarto de ano), da Chrysler e de todas as outras, retornaram de Washington DC no volante de seus carros “híbridos”, ou seja, “flex”. Ai, ai… Agora vamos esperar o diagnóstico: ou racha de vez ou se vestem com outra roupa e perdem mais dinheiro. A raiz do problema não será resolvida com mais um bailout. Prova? A British Leyland sifu, apesar das intervenções (inúmeras) do governo britânico.

Estão reclamando muito sobre Obama e Robert Gates, Secretário da Defesa. Estão reclamando muito sobre Obama e Hillary Clinton, Secretária de Estado. Estão reclamando muito sobre Obama e Obama. Presidente eleito e de FATO, e estão reclamando muito sobre uma administração  conservadora, quando a promessa era “CHANGE”. Bem, estamos nos EUA. Lembram? Aqueles que nos atacavam dizendo que “ele não tinha experiência” ou que “ele montaria uma Casa Branca liberal demais” estão todos enfiando a cara na privada, pois os EUA ainda são uma instituição PRIVADA. Ah, claro, esqueceram! Sim, política aqui ainda é BIG BUSINESS, sim, mas até certo ponto!

SPLIT SCREEN PRESIDENCY

O fato é que praticamente não se encontra mais o Bush em lugar nenhum. Não se consulta mais o cara! Até os Republicanos estão com vergonha. E num programa da ABC ele FINALMENTE confessou (WASP raramente confessa) que NÃO estava preparado para guerra em que se meteu.

Poxa, Mr. Bush, a bit too late, don’t you think?

Tarde demais. Quando querem saber de alguma coisa, perguntam para o VERDADEIRO presidente: Barack Obama. Incrível! Se estou orgulhoso? Mais que orgulhoso! Claro que estou. Óbvio que estou.

Mas receio mesmo, tenho de blogs. Nos fazem mal.

Viraram algo que nem (nós mesmos) agüentamos mais. Espero, para o bem do mundo, que o blog tenha vida curta. Que encontrem um HIV para acabar com essa baboseira toda que infesta a internet. E rápido!

Enquanto escrevo, Obama encontra com os Governadores dos vários estados daqui de dentro (como soa estranho isso…) estados dos Estados Unidos. Hummm, Obama de cara com Sarah Palin? Não, ela se mandou para Mumbai para “ajudar” as vítimas. E para AJUDAR Sarah Palin, foi o McCain. A palhaçada não acabou nem mesmo depois da eleição.

Então, vamos à palhaçada, já que blog não passa disso! Somos o entretenimento de não sei muito bem quem, mas ainda hei de descobrir!

Ah, e quanto ao mundo? Esse efeito Dow Jones… “The devil in Miss Jones”, aquele filme pornô que andava lado a lado com “DEEP THROAT” – com Linda Lovelace. Engolia  tudo. Assim estamos, me parece. Como Linda Lovelace. Engolindo tudo! Digo, a boca dela, até  a garganta. Interessante o diálogo fictício que mantive de madrugada com um comentarista, o Garganta  (Mr. Throat), sobre “moralidade”. Deve estar aí embaixo, nessa coluna de baixo.

“Deep Throat”, vocês devem lembrar, também era o informante de Bob Woodward e Carl Bernstein, do Washington Post, que acabaram com a vida de Nixon ao revelarem o escândalo de Watergate.

Ao diálogo, então! Ah sim, é sobre Gays! (pelo que me lembro e, confesso, não me lembro muito bem):

Garganta
: “Caro senhor Gerald…”

GT: Sim, Mr Throat.

Garg: “Só mais uma coisa, como este pessoal gosta de chocar a sociedade, eles vão fazer de tudo para aparecer como vitimas, já imaginaram um domingo a churrascaria Porção lotada de famílias, e duas bibas se beijando na boca, é não se enganem isto vai acontecer.”

GT: Mr. Throat. Essa churrascaria seria o aumentativo do porco? Por que o cedilha? Bem, eu vivo na mais livre das sociedades desse MUNDO redondo que Colombo (ou Kojak) colocou em pé! NY e Londres! Fico triste pelo Sr.. Triste que seu império stalinista tenha despencado, mas despencou. Foi-se. Acabou. Estilhaços. Aqui homens, mulheres, qualquer “ser” se beija em restaurante, fora dele e nada acontece. Nada demais. A vida continua. Celebs gays e não gays adotam crianças, criam elas e a vida continua linda (ou péssima, pros niilistas, mas vamos deixar esse depto. pra Schopenhauer, que tal?). Desde Rosie o’Donnel até Ellen De Generis ou outros notórios Gays, Lesbians e Simpatizantes vivem vidas normais, pedem o mesmo prato que o Mr. Garganta Stalinista gostaria de mandar pros Gulags e…

Mr Throat: “já imaginou o constrangimento das famílias e seus filhos?”

GT- Que loucura! Já pensou?? Lembra quando Johnson assinou o FIM DA SEGREGAÇÃO aqui nos EUA? Que LOUCURA!!! Negros e brancos bebendo da mesma fonte. QUE LOUCURA E…
SENTADOS LADO A LADO NOS TRANSPORTES PÚBLICOS, MR. THROAT. QUE LOUCURA, QUE LOUCURA E… QUE LOUCURA!

Mr Throat: (me parafraseando) “Para o trem que eu quero descer!!!!!!!!” e Collor 2010 acho que vou te levar pra uma sauna gay que nem o teu idolo!!!!! o Collor himself.
De la voce nao sai mais! Ah nao sai mais….Especialmente quando eles fazem o “trenzinho”
Se rolar mais preconceito aqui no Blog, eu corto!
FALEI !  GT”. Quem foi mais preconceituoso de vocês dois? Por que alguém é obrigado a ir na padaria e ver dois rapazes se beijando?”

GT- Confesso que o pãozinho que vocês chamam de francês no BR é realmente constrangedor. Muito BROMATO. Pouca farinha. Muito BROMATO DE SÓDIO!!! De onde se conclui… embromação! Constrangedor mesmo. Jamais pisaria numa padaria (ih… rimou!)

Mr Throat: “É constrangedor para as velhinhas, as moças de família, os homens trabalhadores e os indivíduos que têm uma vida regrada.”

GT- Não entendi. Homens têm menstruação  no Brasil? É o que vc quis dizer com vida regrada???? De 28 em 28 dias a “coisa” desce e… ao verem homens se beijando… a ‘coisa’ não desceria mais??? QUE HORROR, QUE HORROR, QUE HORROR, QUE HORROR! AINDA EXISTEM MÉDICOS-ESPECIALISTAS DA KGB VIVOS QUE VCS POSSAM CHAMAR PRA RESOLVER ESSA GRAVE QUESTÃO DOS HOMENS TRABALHADORES QUE MENSTRUAM??

MR THORAT: “Por incrível que pareça, a maior parte da sociedade não usa cocaína…”

GT: Eu sei. Preferem encher a cara ou usar remédios “tarja preta” mesmo! Dopamina, serotonina, pânico, ansiedade, MEDO do CAOS, etc. Depressão que não se fala, etc.

Mr Thoat: “não sai de casa depois das dez da noite…”

GT: Não disse? PCC, armas pesadas ou estão  com o estômago dilatado porque foram à padaria de manhã comer o pão  com BROMATO DE SÓDIO e TIVERAM O GRAVE PROBLEMA, AGORA , essa TPM. Essa menstruação que não vem…

MR Throat: “vai na Igreja e bebe leite antes de dormir.”

GT: O sr. diz: macumba, umbanda, candomblé e cachaça ?
Péra aí!!! O sr. é um soviético em exilio em Cuba? Me escreve de Havana? Ah, esse é o regime de Fidel. Começando a enteder.
(Esse Garganta deve ter feito parte de Sierra Maestra e agora a serra dele está… ah… )

Mr Thorat: “Por que as pessoas que tem uma vida regrada( ou alienada, como quiserem) são obrigadas a ir na padaria e se constranger com pessoas que, por assim dizer, fogem da regra heterossexual?”

GT:  Me descreva mais Havana, Mr Throat. Estou interessado en los panes del su pais. Muy interessado. Aqui, nos paises del primero mundo, felizmente tenemos PROTECCION – me entiendes? PROTECCION que defenden el indivíduo…. Mas há lugar en Miami ainda se queres vos yo tengo amigos que pueden…

Bem, o diálogo continuou noite adentro. Nada convencia o Stalinista Pol Potiano. Ele queria (porque queria!) montar um pavilhão tipo campo de trabalho ou de concentração para gays ou blogueiros, ou para ambos. Sei lá: Cuba tem lá suas manias. Cuba Downey Jr. tem lá seus problemas também. A Ford, GM e Chrysler estão num processo de entrar numa padaria e a ponto de pedir uma “média com pão e manteiga” ou ajudar o Daniel Dantas a catar papel higiênico em Bangu 2 ou Bangu 1 ou qualquer Bangu.

Em Bangu deve ter angu. Não sei se angu tem milho mais puro do que o etanol que o petróleo que fez com que Bush… ah não… CHEGA!

Gerald Thomas

(Vamp na edição)

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TERRORISMO ESCOLHIDO A DEDO E OS DEZ MANDAMENTOS, COM GEORGE CARLIN

TERRORISMO ESCOLHIDO A DEDO

Por que digo isso? Caiu aqui na data de Thanksgiving. A maior parte de nossos “serviços” como telefonia, servidor de internet e coisas assim são feitas via Índia, via Mumbai: “Hello, my name is Paul and how can I help you today?”, uma voz carregada com sotaque indiano me atende todas as vezes que tenho problemas com a Verizon DSL ou com a Time Warner Cable ou com qualquer outra questão  resolvível por telefone. Não, o nome dele não é “Paul”, coisíssima nenhuma! Deve ser “Sanjay”, e é justamente aí que começam os problemas.

O ataque horrendo aos hotéis e ao Centro Judaico e aos restaurantes de Mumbai não são os primeiros na Índia. Ano passado e em 2006 foram estações de trem e trens em movimento. Isso sem contar com a guerra contra o Paquistão, a libertação de Kashmir, um sectário contra o outro, a luta contra os colonizadores (os ingleses) e a incrível batalha para estabelecer uma identidade própria e um parlamento.

Mas ataques com essa precisão e com essa formalidade, digo, com esse tipo de alvo: QUEREMOS PESSOAS DE NACIONALIDADE AMERICANA OU INGLESA…

Bem, a Índia, assim como tantos países europeus, tem um número enorme de muçulmanos. Claro que os governos não acham uma forma clara de diálogo com eles, mas…

Mas… quem é que disse realmente que  se trata de uma facção chamada “Deccan of Mujad Adeen”? Por que as agências de notícias nos dão essa informação?

Posso estar aqui dando um tiro no próprio pé, mas posso também “aventurar” um palpite:

Justamente alguns dias depois da FALÊNCIA prematura das 3 grandes fábricas da indústria automobilística em Detroit, acho que bateu fundo no coração americano a questão do OUTSOURCING.

Sim, Mumbai , e não a China, é o centro da concorrência do Outsourcing. Na Índia a segurança é fraca (na China não se entra. No país, militarizado e comunista, ninguém entra: pena de morte!)

Sim, Mumbai. Falar…. com quem falar?

Dia de Thanksgiving. Milhares de americanos desempregados e indo comer seu thanksgiving dinner em soup kitchens. O que é isso? Uma coisa linda, linda e triste. Mas tem que se viver aqui pra saber o que é.

A Índia e o Paquistão são potências NUCLEARES: estão a TRÊS minutos (eu disse TRÊS MINUTOS) de distância de apertar um botão que destruiria Nova Dehli ou Calcutta ou Puhna ou Islamabad ou…

Tudo por causa de Kashmir? Óbvio que não! Tudo por causa de um possível interesse num Afeganistão caindo aos pedaços porque a política de Bush não deu certo (a tática de derrubar o Taliban está se provando um total fracasso: forças divididas entre o Iraque, onde não deveríamos estar em primeiro lugar!).

De volta aos ataques!

Resolver o quê? Como?

O Paquistão é uma questão irresolvível. Mataram o Bhutto, o Zia era um cafajeste. Pula um, dois, o Musharaff era gillete e agora, o marido da Benazir (que todos nós tentamos amar) está lá sentado, depois de assaltar os cofres públicos e possuir as mansões/castelos mais fantásticos da Grã-Bretanha que existem. Não é lindo? E o “IRA” foi matar/explodir o Lord Mountbatten na década de 70, um dos que entediam do asssunto. Se não me engano, o homem nasceu em uma das ex-colônias. Sim, nasceu na Índia.

O PREÇO.

Esse é o preço do capitalismo? Esse é o preço que se paga?

E quem disse que os ataques param aqui?

Não, acho que não param. Esse é o preço que pagamos pelo tal “expansionismo”. Esse foi o 11 de Setembro, ou o Julho, em Londres, em 2005. A Espanha paga essse preço até hoje por uma (des)união por causa de Franco. Seja o ETA, seja a cabeça dura de alguns bascos separatistas.

Deixe os espanhóis e a Guernica pra lá!

 

A crise em Mumbai – terceiro dia.

– 143 mortos. E, pra quê? Para que os investidores americanos tenham MEDO de ir para lá? E os INGLESES e ALEMÃES também? Óbvio.

Foi um espetáculo horrendo escolhido a dedo para ser “tocado” na tv enquanto a classe média americana, horrorizada, dava seu Thanks e devorava seu peru recheado de coisicas. Era um espetáculo feito para ser televisionado e para que nós pensássemos!

Assim como aquilo que me traumatiza até hoje porque eu estava aqui, vendo da minha janela, os ataques que derrubaram as torres gêmeas – mas algo de estranho ainda me aflige a respeito! Inexplicável… estranho… 11 de setembro de 2001 até hoje não… Deixa pra lá!

Cinco reféns ainda estão nas mãos de não se sabe quem. E o impacto? Sei… o impacto! Talvez seja bom para a Bolsa de Valores de NY na Segunda-feira. Guerra é good business. Que horror! Terror é good business. Que horror! Pelo menos para mostrar, talvez, quem sabe, que, nesse dia de ontem, um velho e falido George W. Bush  estava em seu rancho, como sempre está… telefonando para as tropas no Iraque… e para mostrar como ainda ESTAMOS SEGUROS AQUI EM CASA!

Mais explosões chacoalharam o “Nariman House”, lar dos Judeus  Orthodoxos, parte do  Chabad Lubavitch, onde o Exército Indiano passou parte do dia lutando e matando os terroristas. Deverão matá-los todos. No final deverão dizer que são “estrangeiros” ligados a uma “nova facção disso ou daquilo”. Quem somos nós para duvidar? Quem somos nós para acreditar?

COMO SEGURANÇA CUSTA CARO!!!!

Só nos damos conta disso quando vemos o mundo em chamas ou quando descobrimos ou abrimos as portas de campos onde reina um Arbeit Mach Frei e o povo que se diz ignorante de tudo isso, abre a boca e, diante do horror e do terror, diz que não sabia o que estava acontecendo.

Agora sabemos. E sabemos em tempo real. Mas a conspiração continua tão bem escondida que pouca diferença faz quem são os jogadores/perdedores/ganhadores, uma vez que a questão do TEMPO nos mostra que, historicamente… historicamente essa coisa de atacar e lucrar e querer lucrar com a morte dos outros não é somente um crime, mas uma enorme ILUSÂO. Melhor ainda, um PESADELO. Um pesadelo entre entidades corporativas que se chama… (odeio isso) Movimentos Obsessivos e Redundantes entre Políticos, Deuses, Causas e EMPREGOS. Não há sigla para isso. Não há teatro e não há arte que acompanhe tamanha desgraça. Até o berro silencioso de Munch está aos gritos e eu aos prantos.

Gerald Thomas.

(Vamp na edição)

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Barack Obama – O novo presidente dos Estados Unidos da América

MAIS FORTES SÃO OS PODERES DO POVO!

New York- Não sei se conseguirei chegar até o fim deste post. Me desculpem. Lutei muito. Muitos lutaram e levaram muitos insultos por suas convicções e muitos foram objetos de gozação!

EUA é lugar de racista“, daí pra baixo.

Mas aqui ainda estamos em 4 de novembro de 2008. Tenho 54 anos de idade e, se fiz algo de importante na minha vida, foi participar dessa campanha! Tenho amigos íntimos que não concordam comigo. Tudo bem.

Não vou continuar a escrever…

O espirito Republicano não poderia mesmo ganhar. Por quê? Porque agora mesmo há pouco estavam com os ollhos e ouvidos fechados ouvindo uma banda de country music, telas de TV  e seus iPhones apagados em estado de DENIAL, dançando e cantando em seus headquarters em Phoenix, AZ. Assim, como se o mundo não existisse ou como se a vitória fosse fato consumado. Assim tem sido a gestão Bush, e por isso se distanciou tanto de todos que até McCain pediu que não aparecesse. Mas o GOP está mesmo out of touch.

Essa também é a metáfora perfeita para administração Bush: OUT of TOUCH.

Temos que tomar cuidado para não cairmos em euforia. Cautela é a palavra, pois agora é o primeiro e não o último dia de uma longa, perigosa e árdua jornada para Obama e Biden! Vão herdar a pior economia já vista. Vão herdar uma guerra horrenda que ninguém quer: e o voto mostrou isso. Digo, o voto mostrou que ninguém mais quer a guerra no Iraque, ninguém mais quer essa brincadeira com o dinheiro e esse outsourcing desvairado. Sim, muita coisa vai mudar. Mas o quê? Confesso que assim como muitos no partido democrata, estou pra ver. Não sei. Mas os danos deixados pela administração Bush levarão anos para serem desfeitos. Muitas ruínas. Muito Beckett e Heiner Mueller para reerguer, assim de um momento para o outro!

Chega. Chega de preconceito racial. Temos um negro na Casa Branca! Agora o mundo segue o exemplo, espero. Não preciso dizer mais nada. Quero comemorar no silêncio da minha alegria silenciosa. Ainda não é momento de grandes explosões. Os EUA já tiveram grandes líderes negros, brancos, tortos, não tortos, de ascendência irlandesa, protestantes e católicos (JFK).

Só posso agradecer a todos que tiveram fé!

Agradeço a todos que tiveram fé! Aos detratores, a resposta desse país fala mais alto, mas mesmo assim meu muito obrigado àqueles que me trataram durante esse ano inteiro como se eu fosse uma criança que nada sabe, que não entende lhufas de política, como se eu não fosse um politcoholic. Sou. Obcecado, louco, quase um doente mental, confesso!

McCain, depois de uma campanha vergonhosa, a smear campaign (até hoje, dia da eleição) agora fala manso. Ele mesmo adotou o slogan “CHANGE”. Não adiantou. Claro. Agora fala até da avó de Obama que não viveu para ver esse dia e, sim, nos comove.

Aqui, nesse país, mesmo em guerra, somos civilizados. Temos a tradição de lutar com luvas e com a retórica mas, no final do dia, nos damos as mãos! Talvez no BR, como diz o Reinaldo, as pessoas não entendam isso. Eis a diferença enorme entre os dois paises.

Um enorme beijo para todos. Eu não poderia estar mais feliz. E não poderia estar mais preocupado.

O mundo não acaba aqui. Começa aqui. Hoje é o primeiro dia. Agora começa uma longa e interminável escada.

Do fundo do meu coração agradeço, sem mágoas. Não é uma revolução, não se trata disso. Mas uma tremenda evolução. Existem três léguas e quarenta anos de diferença entre uma coisa e outra e estou com um nó na garganta! Me perdoem, mas agora vou desligar.

LOVE

Gerald Thomas, nessa data histórica e, deus do céu!, como estou orgulhoso do meu país!

Update: O Presidente Obama falou: digno, lindo. De certa maneira não enfatizou o fato de ser negro. Enfatizou o enorme trabalho pela frente. Congratulou McCain e disse que iriam trabalhar juntos. Agradeceu a todos, o Axelrod, Howard  Dean, Michelle (sua mulher), Biden, todos.

Continuo: as multidões em Chicago, aqui em NY em todos os pontos dos EUA são sem precendentes! Entramos numa nova era.

O telefone aqui não pára de tocar, e-mails não param de entrar.

1- A luta pelas liberdades civis da década de 60 chega aqui à fruição! As coisas não nascem do dia pra noite. Grassroots movements: Oprah e Jesse Jackson na platéia aos prantos é, de fato, contagiante. This is the best of the United States of América.

2- Não houve vaias quando ele mencionou McCain. Mas quando McCain mencionou Obama, houve vaias.

 

 

(O Vampiro de Curitiba na edição) 

 

 

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Na TPM das eleicões dos EUA + Brasileiro vence a Maratona de NY(leiam também matéria abaixo desta: Halloween mais polítco da História)

Stand up and fight my friends, defend your country, fight on, never stop fighting, fight for America, God Bless America!”

John McCain estava aos berros em Virginia nos últimos surros, urros e sussurros dessa campanha eleitoral. Mas “stand up and fight” de quem e do que, pergunta-se? Levantar e lutar contra si mesmo ou contra os números que o desfavorecem nas estatísticas?

A campanha do terror não está funcionando, obviamente. As malditas pesquisas estão sendo ignoradas por um zangado McCain cujo desespero agora está mais nítido que nunca. Seus discursos, hoje, o fizeram cair mais 4 pontos nas enquetes.

Bate-boca

Começando  conversas com pessoas em diversas partes da cidade  e até mesmo aqui, no prédio onde moro, uma delas foi enfática e procurei ouvi-la: “Vou votar nele, no McCain, porque tenho medo de mudanças. Não tivemos mais nenhum ataque doméstico desde o 11 de Setembro [2001]”.

“Mas o que o senhor me diz sobre o equívoco de invadir o Iraque e a morte de 100 mil civis iraquianos e mais de 4 mil soldados do nosso país?”, perguntei. “Acho que temos de tomar todas as precauções possíveis…” No meio de sua resposta, o saguão do prédio começou a se encher, e as pessoas se intrometeram na hora.

“Isso é um absurdo. Tenho vergonha de ser do mesmo país que você!!!”, berrava uma senhora de uns 60 , com um back up de adolescentes vestidos da festa de Halloween de ontem, ou de um concerto de rock.

“Guerra era uma palavra do passado e paz não era somente uma utopia, mas era a realidade. Temos que voltar a ter essa realidade” , a grande maioria do grupo de senhores e jovens berravam.

Existem grupos de negros que sequer admitem a possível derrota de Obama. Eles vivem, e com toda razão, o sonho quase impossível de Dr. Martin Luther King Jr.

Sábado foi somente o ensaio. Faltava ver o que a festa/protesto de ontem nos traria. Eu iria para  Dumbo, um dos  bairros de Brooklyn mais, digamos, “artísticos”.

Nesse pós-Halloween, eu queria ver qual seria a fantasia deles ou se simplesmente estariam olhando para o skyline de Manhattan com aquele famoso efeito de distanciamento brechtiano, chacoalhando as cabeças, o que, aliás, vem a ser muito saudável numa hora dessas.



Estamos em plena TPM da terça-feira que vem. Vai ser um deus-nos-acuda. 


Gerald Thomas

(Vamp, na edição)

 

A ELEIÇÃO DO CRASH

BARACK OBAMA OU JOHN MCCAIN. 
EM DOIS DIAS, UM DELES SERÁ ESCOLHIDO O SUCESSOR DE GEORGE W.BUSH, EM MEIO À MAIOR CRISE ECONÔMICA NOS EUA DESDE A GRANDE DEPRESSÃO DOS ANOS 30

O estouro da bolha de créditos podres, que invadiu a economia real, precipitou a radicalização da disputa política na superpotência. McCain, 72, começou a campanha como representante da ala moderada do governista Partido Republicano, mas vem adotando discurso mais conservador à medida que pesquisas apontam que a crise tende a favorecer o rival Obama, 47, do Partido Democrata, de oposição a Bush. Há décadas a eleição para o cargo mais poderoso do mundo não apresenta opções tão díspares nem ocorre em momento tão delicado. Este caderno apresenta os dilemas que serão enfrentados pelo próximo ocupante da Casa Branca, as posições programáticas que podem definir o futuro governo e a expectativa mundial em relação à eleição. 

 

PS: Que DIA!!!! UFA! MARILSON GOMES DOS SANTOS VENCEU A NEW YORK CITY MARATHON

COMO SE AS EMOCÕES NÃO BASTASSEM NESSA TPM PRÉ-ELEIÇÃO, AINDA VEM UMA NOTICIA DESSAS AQUI DO CENTRAL PARK !!!! DIA LINDO AQUI, E NENHUM PORTAL BRASILEIRO PARECE GIVE A DAMN!

GERALD

A Maratona de Nova York é uma das competições mais importantes e tradicionais do atletismo. Mais de 38 mil pessoas participaram desta edição (38.377).

Marílson fez o tempo de 2h08min44, correndo pela primeira vez abaixo dos 2h09min58 que ele tinha obtido na Maratona de 2006 – ano do seu primeiro título.

“Hoje eu provei que em 2006 não foi sorte”. “Este circuito é muito favorável para mim. Me lembra a minha casa”, declarou Marílson, que fez muita festa quando cruzou a linha de chegada, vibrando muito com a bandeira do país e com a sua esposa Juliana.

O marroquino Abderrahim Goumri liderou durante grande parte da prova, com Marílson sempre correndo entre o pelotão de elite. 

No fim, Goumri se desgarrou do pelotão, tendo Marílson em seu encalço. Mas nos minutos finais e a menos de 2km da chegada, em um belo “sprint”, o brasileiro não tomou conhecimento do rival e venceu a prova, com o marroquino em segundo com o tempo de 2h09min07. O queniano Daniel Rono terminou a prova em terceiro com 2h11min22.

“Nunca perdi as esperanças. Quando entrei no Central Park, os torcedores me inspiraram a continuar correndo e vencer a corrida”, disse Marílson.

Os outros dois campeões da Maratona de Nova York que disputaram a prova, o queniano Paul Tergat e o sul-africano Hendrick Ramaala, terminaram em 4º e 12º, respectivamente. 

No feminino, a britânica Paula Radcliffe conquistou o bicampeonato da prova, ao vencer com o tempo de 2h23min56. 

A russa Ludmila Petrova foi a segunda colocada com 2h25min43, seguida pela norte-americana Kara Goucher com 2h25min53.

Com agências internacionais, atualizada às 16h23

 

 

A Shifting LandscapeMap  

A Shifting Landscape

The Electoral Map

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Violência BRUTAL

Violência BRUTA

Ou BRUTAL.

Não pode ser normal. Meus amigos “estrangeiros” que estão chegando aqui para uma série de eventos me perguntam: ”Como está aí? Como é São Paulo?  O que devo vestir?”

Fico quieto aqui no meu canto e reflito um pouco.

1-   Polícia atacando polícia. Humm, será que conto isso pra eles? “Listen guys, down here two separate forces of the police are at each others throats, with FULL FORCE, tear gas, bombs, etc”.

2-Duas polícias diferentes? “WHAT?

2-   Ah, como os carabinieri e os polizzia na Itália? Sei lá, difícil de explicar. Se eles não conseguem se entender, como a população os entenderia? Ou como eles entenderão a população?

3-   Ou falo daquela garota mantida pelo seqüestrador… Não, melhor não falar nada sobre isso. Quero falar bem sobre São Paulo. Quero dizer que isso aqui é um prosseguimento da Bauhaus, que, se Gropius estivesse vivo, se orgulharia disso aqui. Ou Corbusier. Ou gostaria que Peter Eisenman e Gehri dessem um pulo aqui para fazer uma intervenção arquitetônica, misturar os vivos com os quase vivos.

4-   Mas… fora o Hotel Unique, a aquitetutura daqui é simplesmente a MAIS convencional das cidades modernas. Careta mesmo! Até Shanghai é mais moderna, mais criativa e não tem esses malditos postes, postes, postes, postes com os fios expostos, tranformador à vista e mais fios, fios, fios e poste, poste  e poste! Nem o Rio, Zona Sul tem mais isso.

5-   Mudo de assunto, então? “It’s a cool city, man!” Pode-se andar de noite na rua sem problemas. Catzo! Pode nada. Tem que se VOAR do lugar para onde se está para o carro e do carro para dentro de um recinto fechado. Muito carro BLINDADO aqui. Lojas: BLINDA-se em 48 horas! Que vida bela!

NENHUMA CAPITAL de lugar nenhum é assim. Nova York, onde moro, saio na rua as 3 manhã para fazer compras na Deli. Sei lá, coisas como açaí orgânico. Pão, coisas que não tenho saco pra comprar de dia, no meio da muvuca. Desço a pé uns 12 quarteirões, da 23 até o East Village, e não me passa pela cabeça olhar para trás.

Ontem, na 9 de julho, um motoqueiro morto, estirado no chão. O motorista de táxi nordestino dizia: “Ótimo, menos um”! Assim, com essa frieza.  Ótimo? Menos um? É isso que o brasieiro quente… REPITO… ”quente” virou?

Hoje estréia nos EUA o filme de Oliver Stone sobre George Bush. Chama-se simplesmente “W”. Vi trechos. Stone, às vezes acerta em cheio, às vezes erra feio, assim como eu e você. Stone, nesse filme, afirma que “W” mudou o mundo pra sempre e que essa esfera jamais vai se recuperar dos danos deixados pela dupla Cheney-Bush. Até McCain está afirmando: “I am NOT “W”. Somente ele sabe o que quer dizer com isso.

O skype toca: “Então, que roupa devo levar?”

Não sei, digo eu. Um dia faz 35 graus e não há ar para respirar, uma secura… uma poluição, um barulho de ônibus, dos escapamentos, os bip bip bip dos motoqueiros e os snif snif snif dos garotos cheiradores de cola nos faróis, semáforos/sinais de trânsito. Olha, paulicéia… Vocês estão de parabéns!

Daqui da janela vejo antenas e mais antenas.

Refúgios altos e helicópteros de pessoas que tentam se elevar além dos índices do DOW JONES.  Lá embaixo, uma população que dorme nos cantos, abaixo dos BAIXOS níveis do DOW JONES. Enquanto o Lula fala besteiras em Moçambique ou em algum alambique e tenta perpetuar sua história no poder, eu me lembro de que Hitler, Stalin e Franco e os grandes ditadores se perpetuaram através de juventudes, melhor, de movimentos juvenis que criaram (Hitler Jugend, por exemplo). Algum anão espanhol me lembrou disso.

Acho que um dia São Paulo acorda para São Paulo. Aliás, eu acordei para São Paulo faz tempo. E… e o quê? Aprendi que só há mesmo uma maneira de amá-la. É através da atonalidade. Através dos “pingos” do Pollock, dos traços mal traçados de qualquer movimento artístico da deformidade que, sim, tem a sua beleza.

Num dia cinza como o de hoje, Sampa fica ainda mais feia, digo, seu espelho a reflete ainda mais bela.

Gerald Thomas

 

 

(Vamp, na edição)

 

Ps. do Vamp: Caros, os comentários permanecem daquele jeito: Uns entram como se tivessem sido postados (do verbo postar)  com uma hora de antecedência. Outros não. Às vezes as respostas aparecem antes das perguntas.

Portanto, antes de começar a rogar pragas para o moderador (no caso, eu) por seu comentário não ter entrado, verifique se ele não está lá em cima. Vamos tentar organizar o caos!

 

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Vem aí o Inferno anual e o Império da Manipulação das Emoções. Quem sofre mesmo? Quem viveu DE FATO o 11 de setembro?

Contagem anual:  9, 10, 11… de setembro dos INFERNOS!!!!

E a cada ano fica pior. Eu achava, lá no inicio, digo, em 2002, 2003, que iria melhorar. Nada. Essa merda só piora! Vem mais um aí. A data está dobrando a esquina. E a lista de pedidos de entrevista são os mesmos ou um pouco diferentes, mas o martelo bate como se fosse o personagem Clov na cabeça de Hamm em “Fim de Jogo”, de Beckett. Som de lata! Sim, aquele dia foi um final de jogo, um fim de mundo, um final das contas, o holocausto ao vivo. O holocausto dentro dos EUA. Para aqueles que não estiveram em Kosovo, ou no Vietnam, ou em Sarajevo, Uganda, Ruanda, sim, esse aqui foi o que nos atingiu. Não me falem em Hiroshima, Nagasaki, Dresden, Auschwitz, Dachau, Buchenwald porque os ossos de meus parentes estão em cinzas lá. Sem lágrimas. Na boa!

Também vi Vigário Geral!

11 de setembro e as ruínas onde fui trabalhar e, ao voltar empoeirado, massacrado e sem fibra, escrevia meu depoimento para a “Folha”.

Mas o que veio depois foi ainda pior: A política de Bush. Não posso acreditar que estou em 2008 escrevendo isso. Leiam o que quiserem e acreditem em quem quiserem, juro que não agüento mais discutir como estrelar um ovo. Você agüenta? Não, não agüenta. Tenho aqui na minha frente todos os livros de Woodward e o 9/11 Commission Report e o livro de George Tenet e o de Frank Rich e uma pilha de livros que nem eu mais agüento ver ou ler. Náusea. Não, nada a ver com o Sartre, não.

Não posso acreditar que estou em 2008 me vendo diante de John McCain e Sarah Palin e sua pequena vila pentecostal no Alasca. Essa radical quase fundamentalista que transborda “pecados” por todos os lados. Transborda? Como assim? Sim. Marido bêbado que é pego dirigindo “sob a influência”… “DUI”, chama-se isso aqui.

Deus quis”… Ai, meu deus! Qual deus? Qual deus? “Deus é o maior problema, não a solução”, dizia um grafiti numa calçada em Brooklyn, nos dias após os ataques.

Não. Esse jogo de novo, não. Sou de teatro, mas odeio a repetição!

Será que escrevo sobre os ingressos do show da Madonna na Argentina que esgotaram em questão de horas? Digo, a mesma Argentina que vaiava Madonna por interpretar Evita Perón na sacada da Casa Rosada… Não, não irei entrar nessa de falar sobre a Madonna. Vou tentar me distrair com a ótima entrevista concedida por Alec Baldwin ao “60 Minutes” de domingo último, em que demonstrava ser  “outrageous”. Um cara de coragem singular por ter se “excluído” de Hollywood. Sim, e por quê? Porque sim! Porque George Bernard Shaw diria que ele seria um caso muito “peculiar” e que pertenceria ao equivalente a Fabian Society ou que ele atrairia muito mais atenção sendo um excluído! Faz sentido. Pouco. Tanto quanto Palin, Deus, Jews for Jesus ou campanha eleitoral onde VALE TUDO, ou seja, nada!

De volta a realidade, Gerald! Volta!  O ex-pastor, ministro, sei lá como se chama isso, da igreja de Sarah Palin (a Wasilla Assembly of God) falam em jivês, em gírias. Não, gírias, não. Falam como se fala no candomblé. Ou seja, quem é de fora não entende. É para não entender. É que nem o meu teatro. Epa! O ex-pastor de lá, o tal de Brickner, dos Jews for JESUS (Judeus por Jesus) acha que os ataques a Israel são justificados pelo seguinte: Ouçam bem: porque os judeus não procuraram por JESUS!!!

OLHEM o NÍVEL de loucura em que está metida a nossa potencial VICE presidente! E eu, tentando fazer o meu anual memorial sobre o 11 de setembro que vem sombrio, sóbrio, frio, estúpido, como todo setembro vem! ESTÚPIDO!

Olhem o potencial nível de loucura ao que chegou o Jihad propagandístico da políticaÉ um deus contra o outro.

O que eu vi da minha janela na Kent Avenue em Williamsburg, naquela terça-feira de manhã? Os aviões batendo no WTC, os prédios em chamas, os prédios caindo… muita gente morrendo e eu indo trabalhar em GROUND ZERO por VINTE E UM DIAS. Foi o que eu vi e vivi. Mas o que foi que aconteceu, por trás das paredes políticas dos que escrevem o DRAMA?

E, fora o petróleo, e a indústria bélica e a indústria do lucro, qual outra intenção? A de estabelecer uma nova ordem religiosa, a new religious RIGHT no mundo, usando Bin Laden (ex Cia nas Afghan mountains contra os russos)… Será? Não, estou sendo um Hamletzinho. Agora que o Musharaff nem “está” mais no Paquistão e o marido da Benazir pegou o poder… o que será? Caos total? A ordem é essa?

Para que liberassem um bando de mentiras?

E que construíssem uma CONSTITUIÇÃO paralela, mentirosa, ilegal… Não, não foi para isso que engoli kilos de asbestos, de amianto. Não foi para isso que segurei sapato com um pé dentro ou camisas… Chega!

Palin mudou de igreja, mas, como pergunta Larry King, “o que nós temos a ver com isso?” Por que isso determinaria o futuro do Commander-in-Chief? Desde quando isso é assunto? Agora ela freqüenta outra pentecostal , mais parecida com uma pipeline (oleoduto), a coisa mais cobiçada pelo estado do salmão, dos esquimós e do bacalhau negro!

Ah, a igreja agora é a outra, do outro lado da rua, e os pastores mudam de nome, vão de Tim McGraw até Larry Kroon, mas são todos a favor desse abominarrável Jews for Jesus, Jesus for Cheese, Cheese for Jesus, Jesus for Cristus, I for Isus, Pumpkins for Ravolis, Ricotas for Veal and so on, e assim por diante e com essa CARTA BRANCA se entra em qualquer país, se destrói, se desmonta, se mente em nome do santíssimo. E se sorri marotamente, assim como Madonna (olha o nome, que ironia!) sorria nos balcões da Casa Rosada com um sorriso amarelo quando a população portenha queria expulsá-la porque a sua santíssima Evita Perón havia sido manchada de um sangue impuro, assim como Brunhilde havia sido manchada com o sangue dos planetas e no desmanchar do castelo de Walhalla… E a Sarah Palin ainda vai me pertencer a uma organização obscura????? (sim, ela existe) Que acredita  QUE O MUNDO ESTÁ PERTO DO SEU FIM!!!! E QUE O ALASCA SERÁ O ÚNICO LUGAR SALVO PARA AQUELES QUE ACREDITAM EM JESUS. Caramba! Está uma coisa muito… o que mesmo?

Isso ultrapassou os limites de uma campanha presidencial. Isso aqui virou uma verdadeira AMEAÇA!

Gerald Thomas

Sobrevivente. Contagem regressiva e ainda sofrendo de Post Traumatic Shock Syndrome!

 

(Na edição: O Vampiro de Curitiba)

09/09/2008 – 23:29Enviado por: Tene ChebaGerald Thomas, sinceramente, o Iraque foi uma disponibilidade que não poderia ser dispensada, na minha opinião.Também para mim, foi um consenso político entre os Democratas e Republicanos, não se gasta o PIB do Chile por ano com uma alçada apenas.No meu ponto de vista,(coisa mais antiga, propaganda de ótica, Ponto de Vista, a melhor), o Iraque serviu para três coisas, desmobilizar um estado com tendências muito perigosas, criar uma barreira geográfica para proteger Israel, Arábia Saudita e menores laterais, vizualizar o Irã mais proximamente.Eu não acredito, que com as poderosas ferramentas disponíveis para tomar decisões, o despropósito ocorreu.A Jordânia vendia petróleo iraquiano, furando o bloqueio da ONU, Kofi Anan, este sim, através do seu filho, deitou os cabelos, e depois foi réu confesso.Não sei, alguém teria que alterar aquele absurdo, 5.000 curdos, mais os xiitas, um motivador e tanto. Gostei, só para variar, do seu texto, incrível que seus textos sempre nos desorganiza, ficamos atordoados, as quatro estações, rir, chorar, feliz e triste, perplexos, no parágrafo final, beijamos a lona. Você é demais.

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Lula como Batman, Sarney como Robin: UM manifesto GUGU DADAISTA- a quem pensam que enganam?

“O Brasil numa boa”. Afirma José Sarney! Entramos na era atrasada do teatro (pago) do absurdo!

E: O que Bush e Batman têm em comum? (de um artigo inspirado no Wall Street Journal)

Um pedido de socorro numa cidade fudida pela violência e pelo medo: Ah, sim, aquele ‘sinal’ de luz nos céus, aquele FLASH, o símbolo dark daquele morcego projetado nas nuvens que passam….

Epa! Pérai! Um Segundo! Não se trata de um morcego e… sim de um enorme… uma espécie de…“W”.

Existe, sim, um paralelo de orgulho e repugnância entre a política de “guerra contra o terror” que George Bush implementou no mundo. Isso está implícito no fime “The Dark Knight,”. As filas aqui em Leicester Square em Londres, como em Union Square em Manhattan, dão voltas em sí mesmas. Mas não digo isso à toa.

Dão voltas em si mesmas assim como José Sarney dá voltas em sí mesmo. José Sarney? Sim, ele mesmo.

Como assim, Batman, Bush e José Sarney? E tem mais. Marcel Duchamp e, se quiserem, ainda coloco Beckett e seu “Esperando NADA” e ninguém com seu Godot pairando pelas esquinas!

“W” significa Bush, “S” significa Sarney, “D” fica pra Duchamp e o resto a gente vai desvendando aos pouquinhos nesse mundo de ‘articulistas do absurdo’.

Vou tentar explicar: ainda estou me refazendo do artigo abaixo, “Fundamentalismo e Xenofobia”, que bateu nossos records (15 mil hits e os comentários mais interessantes! Com moderação!), mas já entro nessa discussão doida novamente: ou seja: numa sociedade LIVRE, os seres humanos tomam decisões erradas às vezes. E daí? Isso faz parte de nossos direitos e liberdades civis.

Mas corrupção não. Isso já está em outro território. Assim como o teatro do absurdo está para o naturalismo ou o dadaísmo está para o hiper-realismo, os articulistas que fazem a apologia de que tudo está OK com a “classe média” devem estar no meio de uma conspiração qualquer. Mas qual?

José Sarney diz que “notícias de crise no mundo inteiro, com os EUA comandando os receios de recessão, o Ipea e a Fundação Getúlio Vargas trazem as boas notícias de que a classe média já é maioria na população brasileira, chegando a 51,89% das pessoas, e que três milhões de brasileiros deixaram a faixa da pobreza absoluta.”

GT- Jura, Sarney? Jura mesmo? Estatística? Ainda existe mesmo isso? Já almocei muito bem na sua casa em São Luiz (foi uma delicia) e já tive o privilégio de ter seus números de telefones particulares. Mas… quer dizer que a maioria do Brasil hoje está na CLASSE MÉDIA?!

Quer dizer então que, quando eu viajo pelo Brasil e vejo a miséria que vejo… aquelas ENORMES favelas que ví a caminho de sua mansão, os garotos cheiradores de cola, o aumento do crime em todas as cidades brasileiras… Isso tudo faz parte da… classe média? Os barracões da Rocinha, do morro do alemão e de Vigário Geral estão sendo construídos pelo Adolfo Lindenberg ou pelo Gomes de Almeida Fernandes? Que doideira! Eu não notei aqueles triângulos piscando nos telhados dos barracos, sabia? Erro meu, vou trocar de óculos JÁ!

Bom, que seja dita a verdade: Entra governo, sai governo e Sarney está sempre lá. Ele tem a fórmula da ETERNA JUVENTUDE; deve ter sido concebido por médicos ortomoleculares na Suíça pela La Prairie.

Continua Sarney: “Lula agora colhe o que plantou”.
Fala-se numa “nova classe média”, a exemplo do que Clinton diagnosticou ao designar como “nova economia”, o advento da bolha das companhias pontocom. E então somos chamados a pensar o que essa mudança significa para o Brasil.
Primeiro, viramos um país de classe média, como sentenciou um grande jornal brasileiro. Segundo, a classe média sempre foi uma força social e uma alavanca para insatisfações e desejos. Seu primeiro sonho, ao ganhar mais dinheiro, é render-se ao consumismo hedonista e incorporar a seus hábitos celular, carro, viagens, grifes e toda essa parafernália milagrosa que é anunciada nas polishops.”

PÁRA, PÁRA, PÁRA, ZÉ Sarney! Pelo amor de deus, pára! Sei que você se ama, eu te amo, todos te amam, a Jordânia te Amam, mas como foi esse manifesto dadaísta?

COMO FOI ESSE MANIFESTO DADAÍSTA, SARNEY?

Pro Geisel você falava uma coisa, pro Tancredo outra, na tua gestão você… Não, essa não! Lula o quê?

Alguém tem que ligar a LUZ e mandar aquele facho enorme e pedir que George Bush ou a Barack Obama que venham salvar a alma perdida de Sarney. Daqui a pouco ele estará ingressando nas Forcas Armadas Revolucionárias Colombianas (FARCs) dizendo que elas são o supra sumo da classe média Florestal! Sim, acho que lá em Brasília ou no DF tudo é possível.

Articulistas do Congresso e do Senado entendem que não existe nenhuma equivalência moral numa sociedade livre: é só chutar mentiras e usar a mídia pra que as propague! O resto vira uma enorme cena de destruição em massa, que se auto-nutre da própria carcaça que cria! Nojo!

Talvez no futuro veremos Lula no papel de Batman e Sarney como o eterno Robin.

Uma terra inventada por Duchamp, Lewis Carroll e Samuel Beckett, uma Triste Terra do Nunca onde se Espera algo prometido mas que nunca vem, algo extremamente fundamentalista mas fundamentado no NADA, assim como tratado surreal de Breton, o papa do surrealismo.

Mas quem sou eu para usar a máscara da verdade, não é mesmo? Vou andar um pouco em Parliament Hill Fields e ver se minha cabeça cabe num buraco e se minha tolerância ou nível de intolerância ainda caminha na medida da minha generosidade. Sim, porque me senti ofendido com esse artigo de José Sarney. Juro que sempre gostei dele, até hoje de manhã, horário GMT.

Afinal, artista não precisa ter compromisso com a verdade: político sim: quem destrói para construir é aquele que consegue transformar o mundo num abrir e fechar de olhos e deixar todo mundo de pé, plantado em seu próprio mijo, sem ter o que dizer. Não à toa o urinol de Duchamp foi um dos primeiros ‘ready-mades’, um combate contra a arte artesanal, a pintura e a escultura tradicionais… A política de Sarney está MORTA, sim (moribunda, pelo menos) (estou me plagiando: esse último parágrafo está sendo copiado de um texto meu sobre Duchamp aqui do Blog e pra Folha). E faz anos que eles, os políticos, fazem como o BATMAM: filminho de representação infantil em torno de seu funeral dark para nos salvar do TERROR de nossos PESADELOS, como o Coringa ou algum PINGUIM!. Não passamos é de canastrões de última categoria, governados por CANASTRÕES ainda piores, como Lula, Bush e, que me perdoem… vou vomitar: estou sem o meu estoque de anti-ácido! No céu somente um sinal de luz: um enorme H

Hiroshima?

Hemingway?

Hidrogênio?

GERALD THOMAS

(Vamp na edição)

PS 1- Obrigado a todos; obrigado Vamp por aguentar o tranco: tem sido puxado aqui na ilha dos Mad dogs! 11 e meia da manha aqui em Londres: daqui a pouco (digo, mais tarde) escrevo algo sobre o BOICOTE as olimpiadas – A  MAIS INACREDITAVEL OVACAO A VIOLACAO AOS DIREITOS HUMANOS JA VISTA!!! UM ESPETACULO MONUMENTAL DE COMO VALIDAR  A PRISAO PERPETUA , MORTE, TORRRRRTURA, ETC, EM NOME DA LIVRE EXPRESSAO!!!!! e… um artigo que escrevi e que o Arthur Xexeo (colunista e editor do Segundo Caderno do Globo) conseguiu resgatar (thanks Xexeo!) dos arquivos) de 1999 sobre o Livro do Ruy Castro “Ela eh Carioca”, que deu inicio a lenta degradacao moral e fisica e acabou levando minha mae ao tumulo! . LOVE G

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FUNDAMENTALISMO: Eu e você, quem já não foi vítima desse preconceito???

FUNDAMENTALISMO e seus galhos!

Na capa do Guardian de hoje, duas chamadas interessantes: “Scolari: ainda farei com que as pessoas amem o Chelsea!” e outra do lado “Por que será que um parente de Hitler teria se convertido ao judaísmo?”

ATT:—Disclaimer: Antes de mais nada, volto a um tema nada agradável e recorrente: depois dos comentários e a introdução da “moderação”, me deparei com um clone de ‘gthomas’. Isso já havia acontecido há uns anos, no Orkut. Entrei – por curiosidade – pois ODEIO esses ‘sites/ninhos de encontros de solitários’, e me deparei com um cara que posava de Gerald Thomas. Tinha uma foto minha, dava conselho pra atores, etc. Tentei processar essa merda de Orkut e precisei de ajuda de amigos que tem seus “perfis” lá dentro. Depois de exposto no outro blog, ou seja, no blog do UOL, esse vigarista pediu mil desculpas e acabou se retratando como sendo um fanzoca!

VOLTO a REPETIR: não possuo NENHUM e-mail que termine em “Hotmail” ou “Yahoo”. O do Gmail não tem meu nome. Se quiserem me contactar, eu tenho meu site oficial, é fácil: www.geraldthomas.com. É isso. Por favor, não caiam mais nesse conto! Chatíssimo isso.

Voltemos ao assunto mais chato ainda: Fundamentalismo!

Pelas chamadas do Guardian, fico pensando: Por que sou “acusado” de estar em Londres, se sempre estive aqui? Igual reação eu não tenho quando escrevo de Nova York, onde moro. Será que o Felipão também recebe iguais acusações xenofóbicas? O que vem a ser xenofobia? E quando um parente de Hitler se converte ao judaísmo, o que será que lhe passa pela cabeça? Tudo bem, aceita-se tudo. Eu, particularmente eu, perdi oito membros de minha família em campos de concentração. E Ruy Castro escreveu em “Ela é Carioca” (primeira edição), que minha avó era amante de Hitler e Goebbles. Foi quando minha mãe, que amanhã completará justamente 2 anos desde que morreu, teve seu primeiro grande ataque – o derradeiro, aquele de desgosto e que provevalmente a levou lentamente a não ver mais a luz.

Xenofobia, fundamentalismo: Coisas estranhas e difíceis de aceitar e de ouvir! Um comentário ontem de uma tal de “MONIQUE”: “Gerald, não volte nunca mais pro Brasil.”

Eu ouvia, quando era adolescente aqui em Londres, o pessoal berrando pros indianos e paquistaneses e jamaicanos: “Go Back to where you came from you Wog!”. Era época de Paki-bashing (dar porrada em paquistaneses). Olhando Londres hoje, fora os FUNDAMENTALISTAS ISLÂMICOS do norte da cidade, aqueles que pregam a “lei de sharia” e que se tornam homens-bomba, não conheço sociedade mais bem integrada racialmente! Mas depende de como você olha a sociedade. “VOLTE PRA ONDE”: Estou acostumado a ouvir isso desde pequeno. No Colégio Pedro II no Humaitá, no Rio, ou no Brasileiro de Almeida… eu ficava envergonhado porque éramos… ESTRANGEIROS!!!!!! Que horror!

Eu venho de uma família e uma geração onde tudo pode. Liberdade era pouco! Então, quando brincam com meu nome e me chamam de Geraldo, me pergunto se o William Bonner ou o William Waak ou o Boris Kasoy também tem esse tipo de reação contra seus… Enfim, entenderam, não? Por mim, podem me chamar de Agnaldo ou Vera se quiserem!

Eu disse que aqui a sociedade, ao contrário das décadas que sucederam a reconstrução da Grã-Bretanha pós-guerra (em que Churchill recrutou cheap labour das colônias na expectativa de que eles levantassem os prédios bombardeados pelas V2 de Hitler e Von Braun, e depois voltassem…), bem, Churchil sifu! Eles ficaram. Enoch Powell (o cara do “enemy within” e a National Front”) ganharam enorme peso! Todos queriam ver uma Inglaterra branca! E ainda haviam os irlandeses infernizando a vida, com as bombas do IRA nos Pubs, cinemas, etc.

Até o Lord Mountbatten explodiram em seu barco, perto da ilha de Man.

Sim, os irlandeses, especialistas em “exilio”, peça de Joyce quase nunca montada: Exílio é uma forma de Não – Fundamentalismo.

Karazic está sendo julgado em Haia nesse momento em que escrevo; mais um MONSTRO SÉRVIO da LIMPEZA ÉTNICA! A palavra sempre volta de tempos em tempos: limpeza étnica. Limpar a raça. Mas limpá-la de quê? Não somos todos nômades? Não viemos todos de algum outro lugar? Alguém aqui de nós está ou tem parentesco unicamente com índios xirobofofos??? Não. Foram todos dizimados também pela infeliz colonização portuguesa ou espanhola. Convenhamos: Ninguém aqui nasceu ontem. Todos sabem o que rola quando um povo ataca o outro, né? Sangue, estupro, etc. Não? “Imperilaismo Americano”, vocês berram enquanto bebem suas coca-colas e martelam em seus laptops HP ou seja qual marca americana made in China! Vocês, eu, minha avó, sua avós, TODOS NÓS e ESPINOSA (sim, o filósofo português, judeu). Todos fomos VÍTIMAS de algum tipo de PRECONCEITO oriundo de algum defeito de fabricação da MASSA. E a massa sempre vem com um carimbo: FUNDAMENTALIMO!!!!!! Que merda, não?

Pois quando eu dizia que aqui o gerente do meu banco, o NatWest, é negro e dá ordens em jovens brancos ingleses e que o gerente geral de uma enorme cadeia de supermercados (TESCO) é indiano e quando digo que o dono da Easyjet.com e Easycar.com é um jovem grego – coisa de Fucking foreigner há duas décadas- agora a coisa é diferente.

Ao mesmo tempo temos as e os “meter maids”! Um inferno! Quase todos importados de uma tribo de Ghana. Eles não te perdoam nem se você ultrapassaou por 1 minuto o tempo no parquímetro. O preço de se estacionar o carro em espaço público aqui já é um absurdo: dependendo da região, paga-se 2 libras por 30 minutos no pay-and-display. No meu bairro, parte do Borough of Camden (área CA-B) o custo passa a ser uma libra por hora. E ainda vem a tal “clamping unit” (grapeiam a tua roda: custo total pode ser 280 libras como o carro removido pra um car pound da policia (terceirizado). UM INFERNO!!!! E ainda tem a CONGESTION CHARGE. Não, mas isso nada tem a ver com fundamentalismo. O que tem a ver são os caras de Ghana e Nigéria que pegaram pra sofrer o pato!

Então, já se criou uma turminha de velhos e simpáticos irlandeses! “Ele acabou de fazer seu turno e foi nessa direção”, apontando com o dedo indicador. “Eu olho o seu carro enquanto você vai no banco”. Tudo num clima rápido e de paranóia. As câmeras de CCTV em cima da gente, porque Londres é assim e pronto! E na volta, cigarro na boca: “it’s alright mate! Ele não voltou” . Eu aperto uma nota de 5 libras na mão dele e o agradecimento é enorme: parte do cigarro do dia esta pago. Ofereço carona. Conversamos: “O clima aqui em Londres não está nada bom, há quanto tempo você está fora?”, ele me pergunta. “Esses estrangeiros estragaram tudo!”

Ah, veio! Tardou mas veio.

A indústria britânica paralisou. Ficaram preguiçosos. Os maiores filósofos, cientistas, como Darwin, como Newton… nativos daqui, estão em estado de dormência. Não existe mais a British Leyland. Até parte dos ônibus são Mercedes Benz. Só tem carro alemão nas ruas: o Mini Cooper, grande orgulho inglês, é feito hoje pela BMW! Que vergonha! Digo isso com tristeza. O resto, é um imenso desfile de Merecedes, BMW, Audis, Porsches, Ferraris, Masserattis, e coisas que não existem. Ah, o Jaguar é da BMW também!

Quando a gente anda no meio de uma massa de gente que se move”, diz Elias Canetti, “a gente personifica a massa e perde a noção de si mesmo para se integrar ao todo e formar a massa mórfica que constitui algo semelhante a um grande pânico ambulante”.

Nas grandes cidades do mundo a sensação é mesmo essa: A de que estamos chegando a um ponto de não-retorno: o “teatro terrível” de Canetti está tão atual e tão “agora” que 1984 de Orwell parece uma piada televisiva.

É que sempre achei Canetti “enorme” demais, genial demais. Mas Londres, hoje até mais que Nova York, é um ‘melting pot’ inacreditável de credos, vestimentas, nacionalidades e tribos. E as lutas entre elas, as tribos, continuam em restaurantes como o Punjab aqui em Covent Garden, na Neal Street onde um indiano seek briga com um hindi e os dois não deixam o islâmico entrar. Mas todos se uniriam – na hora! – contra um paquistanês, mesmo esse sendo islâmico (obviamente) por causa da disputa sobre Kashmir! A Xenofobia, o fundamentalismo de BABEL, não têm fronteiras!

Brecht, o Bertold, assim como Chaplin, foram perseguidos pelo macartismo. Foram investigados por Hoover e foram blacklisted e perseguidos pela bruxaria. Ta,bém milhares de escritores, cineastas, atores, etc. Muitos colaboraram, como sempre colaboram e entregam os outros pra se SAFAREM.

O Governo Bush está, de certo ponto, tentando isso com o seu “Patriot Act” mas as liberdades civis Americanas são muito fortes. Já aqui, ainda está vigorando o Official Secrets Act, o que é uma loucura!!!!! Ah, e Alexander Solzhenitsyn morreu no domingo passado. Não era exatamente um grande escritor. Mas ficou mundialmente famoso porque expôs os Gulags de Stalin: Sim, se falamos das vitimas de Hitler, temos que falar dos 13 milhões que morreram debaixo de Stalin. Perseguição política, por crença religiosa ou porque pregam a capoeira ou o Ultimate Fighting dos Gracies, tudo isso só faz lembrar que somos carnívoros, que somos os “Tristes Trópicos” de Levi-Strauss personalizados. Tristes nós! Uns contra os outros e por quê?  Colocamos os outros em jaulas por causa de PIG-mentação de pele, por causa de nomadismo, porque não gostamos de como comem ou bebem! JULGAMOS o outro, mas com que direito? Estou preparando, e nao é à toa, uma versao modernizada do “Tribunal de Nurenberg” com a troupe Brasileira: E Kepler no meio! Sim, o astrônomo do século XVI!

Disputa. Não, não digo. Diz. Não. Puta! Bem, eu disse!

Bem, e nesse ano (ainda pacífico, com algumas bombas como em 2007) se misturar gregos, cipriotas, turcos, romanos e senegaleses e toda a commonwealth (leia-se todas as ex-colônias britânicas que aqui vem por direito), e a arabada toda, mais o dinheiro do Euro e a latrinoamérica… o que temos?

Os chineses dos cantões… nao, chega!

Canetti, Arthur Koestler e… Paulo Coelho e… ah, sim…. Deus! Terrorismo. Digo, fundamentalismo.

O CORVO, o que mais posso lhe responder? Fundamentalismo?

Nos dias em que o Paulo Coelho convivia (em plena harmonia) com a minha Cia. de Ópera Seca e eu o entrevistei pro meu TV UOL (podem ir lá conferir), conversamos única e exclusivamente sobre terrorismo.

O World Trade Center ainda não tinha caído bem na frente da minha janela em Brookyn. Era o ano 2000. Ele estudava o fundamentalismo, esses doidos que se dedicam a odiar o outro, a explodir o outro porque o deus deles” é melhor que o deus do outro. Falávamos muito da olimpíada de Munique de 72.

Óbvio que nem podíamos imaginar o que iria acontecer em 11 de setembro e 7 de Julho e na estação de Madri e a invasão Horrorosa e SEM motivos do Iraque e toda merda que deu! Paulo Coelho e eu discutíamos que o mundo estava entrando no milênio de forma radical: caramba! E como!

DEUS é o MAIOR problema!

RELIGIÃO mata mais que POLÍTICA!

RELIGIÃO mata mais que CORRUPÇÃO e AIDS!

Vaticano? Teceiro Reich? Stalin? Inquisições? Israel X Hessbolah? Qual eh o Deus que fala mais alto?

São as mulheres silenciosas que tem que andar cobertas (sÓ com os olhos pra fora), o resto delas, um enorme embrulho , um véu, assim como os judeus hassidicos, os pingüins, raspam as cabeças de suas mulheres, as fazem ficar horrendas e lhes plantam uma peruca na cabeça! O HOMEM não presta.

E o Homem é a imagem de Deus. Não é isso que se diz ali no santo sepulcro, logo na entrada? Hein?

Ou os evangélicos doidos plantados com uma bíblia na mão surtando… Não, já fui longe demais. Isso aqui não é uma tese e sim um blog.

Agora, contraste isso tudo com o “Gentlemen’s club”, esse novo evento… ‘Bell Girls’… na Londres de Mary Quant ou da Bibba da High Street Kensignton da década de 70, a glória!

As “Bell Girls” são as novas prostitutas russas e asiáticas que saem de casinhas em…

Chega, Gerald Thomas! Volta pra onde você nunca deveria ter saído. “Aquelas ruínas onde você brincava em menino, onde é que foi aquilo?” (Beckett, em ‘Aquela Vez’)

Gerald Thomas na cidade de Londres (O CORVO pediu, e aqui está!)

Obs.: Obrigado leitores: estamos longe de completar dois meses de vida desse Blog e já ultrapassamos a barreira dos 100.000 acessos!!!

(Vamp na edição)

comentario da Valeria!

07/08/2008 – 05:34Enviado por: ValériaMaravilhoso o texto, Gerald! Mas antes que me esqueça: na Argentina até cachorro lê jornal e sabe mais inglês do que eu, minha impressão. Não sei, mas essa maneira de a gente pensar o terrorismo, fundamentalismo, xenofobia etc já generalizando em : os judeus são assim, os paquistaneses, os brasileiros são desse jeito e patati-patatá. Essas generalizações, ainda mais num assunto de xenofobia e cia é um pouco pesado pra mim a esta hora da madrugada. O exílio é em casa também. Somos estrangeiros com a gente, com a família, com o corpo, com vizinhos, com muita coisa. Que uniformidade é esta? A gente tá mais pra fratura que pra atadura. Somos em exílio. não sou uma coisa preenchida e embalada pra viagem. Ok, é maneira de dizer, mas a forma de dizer diz também, né? Como dizer então? E eu sei lá! Eu nasci no Brasil, meu país natal, mas isso não me deixa pasteurizada em “os brasileiros são ….”, os cariocas são… Os judeus são… conheço judeu de tudo quanto é tipo, o próprio Gerald é às avessas do judeu assim ou assíduo Esse ímpeto à adequação, à Enformação é coisa de quem vive pra moda, de quem vive pra se padronizar. Eu quero é mais. Devia ter escolar pra deseducar pessoas, talvez por isso goste da arte, ele tem mais é que despadronizar, deseducar. A mistura é fundamental. Quer uma prova? A receita do açaí do Gerald. Suspiros. V.

comentario

07/08/2008 – 12:56Enviado por: aninomyousLegal, isso me lembrou mais uma coisa, eu até gostaria que me elucidassem mais essa ‘verdade’ ou ‘farsa’.
É dito que na Alemanha o Albert Einstein não é tido como o Gênio do Seculo! explico: Dizem que por lá ele era um aluno mediocre, que tentou um concurso para professor Secundarista e não obteve colocação (para prof. de matemática do 2º grau?), mas que os ‘judeus’ tem também este papo de leis de patentes, e que como judeu ele trabalhava de CONTÍNUO em um escritório de patentes, onde 2 cientistas alemães (não nazistas diga-se de passagem) levaram projetos referentes à pesquisa de energia inesgotável extraida dos átomos …(continua na tripa de comentarios)

Sandra retribui –

07/08/2008 – 14:09Enviado por: Sandra

Aninomyous, Einstein era gênio. Ninguém dá à luz uma Teoria da Relatividade sem ser gênio, e essa ele não roubou de ninguém, pois uma pessoa pode até roubar uma invenção, mas não uma teoria. É muito evidente quando alguém tenta exibir conhecimento sem tê-lo, e não era, com certeza, o caso de Einstein, senão ele não teria os fantásticos debates que teve com Bohr sobre mecânica quântica, por exemplo. Quantos às notas dele, já li que era um mau aluno, já li que isso era lenda urbana, e que ele era excelente, então não sei dizer, mas é possível que fossem baixas sim. Há crianças que falam e andam tardiamente e, repentinamente, tocam sinfonias ao piano. O que não adianta é dizer: se minhas notas são baixas, sou um gênio …(continua na tripa dos comentarios)

e de 06/08/2008 – 14:09Enviado por: Ricardo Miranda

Acho engraçado nomear os EUA como pai de Israel, depois que os Judeus fazem um esforço sobre-humano de sair de campos de morte (e não de concentração) e muitos caminhando, outros resgatados, caminhando cegamente para um região onde o que sabiam é que um dia foi deles, mas que haviam sido expulsos (a última expulsão havia sido pelo imperador romano Adriano). Acho que as pessoas não conseguem montar esta imagem na cabeça, um povo que já não tinha mais nada caminhando para o oriente médio, onde sabia-se existirem alguns colonos judeus, sob a pressão constante da inglaterra que não os queria lá, se você não tem para onde ir, você vai de qualquer jeito, você já está morto, você vaga como um maldito, e depois de todas as pressões e vitórias milagrosas (lembrando que muitos judeus foram muito bem recebidos por palestinos, e após uma articulação de poderes, inclusive a Syria, começou a onda de violência comtra Israel), vocês vão dizer que foi os EUA que colocou os judeus na palestina, ou, em Israel, ou sendo histórico, na Judéia?!?!? …(continua na tripa dos comentarios)

06/08/2008 – 15:01Enviado por: João Magro

Gerald, você tem toda a razão ao falar sobre o polêmico tema… Deus. É polêmico demais porque enquanto o homem não souber lidar com as dúvidas e as perguntas não respondidas ele preferirá manter-se preso na santa ignorância da explicação divina. Não adianta cara, algumas pessoas não querem pensar, tudo é Deus, e “o meu Deu é melhor que o seu”, tudo uma bobagem. Desde as pirâmides do Egito nada mudou, pelo menos naquela época eram Deuses, vários, era mais democrático. Agora é um único e soberano Deus, um ditadorzinho responsável por tudo, ele fez o mundo e etc e tal. Somos crianças..(continua na tripa dos comentarios)

07/08/2008 – 12:42Enviado por: FHorylka.GThomas.

Como deve ser do seu conhecimento, existia um grupo de estudos sobre noções de psicanálise. Funcionava no Museu do Inconsciente, no Hospital Pedro II, Rio de Janeiro, fundado e coordenado pela psicanalista Nise da Silveira.

No país a ditadura militar baixava o cacete em quem ousasse discordar de seus métodos. Naquela época era comum estarmos em uma conferência e chegarem os homens dando uma geral em todos, alguns eram presos até prova em contrário. Isso acontecia até nos cinemas, você lá entretido com o beijo do galã na mocinha, a sessão era interrompida, e ouvia-se uma voz autoritária: TODOS COM DOCUMENTO NA MÃO!.Éramos todos COMUNISTAS… Pelo simples fato de irmos ao cinema, todos suspeitos….(continua na tripa dos comentarios)

PS 1 estou fazendo uma pausa pra ler todos

LOVE

Gerald

07/08/2008 – 14:09Enviado por: André M.Prezado Corvo

Desculpe a minha ignorância, não entendo de Hanah Arendt e a versão dele para o totalitarismo. Eu tenho (agora vão tacar pedra nimim, eu sei) aquela visão mais Gramsciniana de hegemonia pela coerção, ou então, usando Althusser, a questão da luta pelo controle da cultura, e, por conseqüência, dos meios de reprodução do poder, aquela coisa dos aparelhos ideológicos do estado, então, totalitarismo, para mim, não passa de choque de opiniões contrárias, num regime aonde os jogadores não admitem concorrência…(continua na tripa dos comentarios) (mas nao consigo encontrar o email do CORVO que motivou esse, o do Andre M.)… (calma….) (…)

07/08/2008 – 15:27 Enviado por: O CORVOAndré, podemos ser céticos, não ter lido a autora citada tudo bem, eu estou muito longe de ser um intelectual, sou apenas relativamente informado, mas não tem como não acreditar em cultura não é uma questão de fé – onde tem qualquer tipo de agrupamento humano ate os mais primitivos, tem CULTURA.
Já falei no assunto – não confundir cultura com escolaridade –
“CULTURA SÃO AS REALIZAÇÕES ESPIRITUAIS E MATERIAIS DE UM DETERMINADO POVO EM UM DETERMINADO TEMPO’

PS 2 – Sem duvidas, Sandra: o melhor debate ate agora. Nesse novo blog pelo menos!

enviado por Contrera (essa eh a parte final)…

vcs acaso dizem que nunca vivenciaram algum deles na pele? estejam então á vontade, porque são privilegiados. vcs acabam com isso vendo a história passar à sua frente sem se sentirem tão afetados assim por ela. porque a história toda conduz-se na medida em que tais fundamentalismos e preconceitos são manipulados, revividos e reanimados. o que fazem todos esses homens-bomba? ou atentados massacrantes? ? ? ? dizem eles: não agüento mais, e é esta minha via: a da morte. isso é triste. mas é também legítimo. sim, é legítimo. mas acaso é também legítimo lidar com a morte dos outros, também? pode ser questionável, mas é uma opção. uma opção radical, realmente, mas uma opção. nem compartilho com ela, mas coaduno com o sofrimento que ela implica. chega a ser nobre? dificilmente. mas é honesto. ninguém se mata por aquilo que não valoriza mais do que a si próprio. pensemos se nós, em nossos lugares, nos mataríamos por algum valor qualquer. difícil, não é? pois é. a gente às vezes morre por amor. romantismo, essa invenção tão ocidental…
não culpo a religião. o homem criou a religião para encontrar uma saída a seus dilemas. o próprio homem fez da religião a justificativa para a criação de mais dilemas. o ser humano não gosta muito do ser humano. ele preferiria viver sozinho, às vezes. mas, vivendo em rebanho, mal consegue controlar suas paixões, e precisa, afinal, do poder. para nada, ele sabe. mas precisa. aqui, no brasil, quem opta por política muitas vezes se deixa vilipendiar pela falta de compostura encalacrada em ganância. pelo menos não monta partido para matar os outros por justificativa qualquer. com um motivo religioso. pois no máximo religião aqui é forma de roubar com certa legitimidade. mas a religião, para o povo, é outra coisa: é crença, compartilhamento do mundo com deus. e isso é louvável. não me venham com que a religião é o problema. o problema é o uso que os seres humanos fazem de tudo que tocam. eu sou religioso, sim, e daí? não por isso me meto a julgar os outros pelas minhas lentes. muitos ateus por aí adoram fazer isto, não é mesmo? cada um acredita naquilo que quer. mas, secularmente, precisa, sim obedecer à razão pública e à lei dos homens. se quer misturar as bolas é porque quer tirar proveito de alguma situação.
corvo, querido, não escrevo claro e coerente por algum outro motivo senão o de que tenho amor. escrevo para o entendimento como se pudesse desarmar os espíritos para trazer algo novo à baila. mas posso assim fazer porque também sei como bater com um ippon. infelizmente, os seres humanos são assim. só consegue trazer a paz quem sabe fazer e terminar qualquer guerra.
beijos
contrera

  1. 07/08/2008 – 17:03Enviado por: Rodrigo AguiarÉ engraçado, as vezes as pessoas se perdem eu seu próprio pensamento, e acham que apenas “elas são donas da razão”, daí surge o prazeroso sentimento de se sentir melhor do que as outras pessoas. O pensamento do Gerald é preconceituoso, talvez nem ele se deu conta, mais começou falando de liberdade, e terminou descendo “a lenha” em todo mundo. Ainda bem que Gerald, não é um político. Acho que falou muito, e não disse nada ! Cadê a solução ?”PS do Gerald: Rodrigo: Nao “desci a lenha” em ninguem: vejo o mundo/humanidade como um circo, entende? Leis vem e se vao: ora tem uma coisa, ora outra. Lei Seca, Muro de Berlin….Milhares de pessoas mortas por causa de uma lei: e, de repente…acaba a lei. E vc se pergunta…”por que milhares de pessoas tiveram que morrer tentando escapar ou pular essa porra desse muro?”

    SOLUCAO? como assim. Teve uma, digo Hitler teve a FINAL SOLUCAO

    ja eu prefiro ficar com DUCHAMP, marcel DUCHAMP (“adoro problemas, odeio solucoes)

    LOVE

    G

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