Monthly Archives: October 2013

IstoÉ – biografias – “ProcureSaber – Que Palhaçada!”

Autor e Diretor Gerald Thomas

Autor e Diretor Gerald Thomas

Esse movimento Procure Saber é uma palhaçada. Pessoas públicas se colocam na ribalta, no foco, na fogueira das vaidades. E, uma vez colocadas na fogueira das vaidades, é isso, paga-se o preço bom e o ruim, o do inferno e o do céu. Querem o quê? Somente docinhos, pãezinhos adoçados? Tem o preço do inferno também, faz parte. As pessoas querem ser retratadas como se fossem anjinhos? O que estão escondendo? Aqui nos Estados Unidos, onde eu moro, ou em qualquer parte do mundo, existem biografias não autorizadas. Esses livros podem dizer absurdos e que fique para sempre o mistério porque haverá outras biografias que dizem outras coisas. Que fique a dúvida. Isso faz parte do ser-mito. Se o retratado quiser, que escreva sua autobiografia.

Falo com a experiência de quem teve megaproblema. O escritor Ruy Castro escreveu absurdos sobre a minha família no livro “Ela é Carioca” em 1999. Minha família é judaica, perdemos várias pessoas em campos de concentração e ele colocou que minha avó era amiga de Hitler e de Goebels. Tudo o que minha avó fez foi escapar desses carrascos. Ele podia ter checado comigo, podia ter me ligado, eu estava no Brasil ensaiando uma peça naquela época, mas não o fez. Soube recentemente que ele escreveu outros absurdos, que minha família tinha imóveis no Rio e em São Paulo, quando na verdade morávamos num apartamento de fundos, de sala e dois quartos, em Ipanema, na rua Prudente de Moraes. Ele disse que eu torrei o patrimônio todo em teatro, uma mentira. Cheguei a ser prostituto aos 15 anos, aqui em Nova York. Optei por não tomar nenhuma medida judicial, apenas publiquei um artigo em um jornal e tive uma conversa com Luis Schwartz, dono da Companhia das Letras, que me pediu desculpas. Depois também falei com o Ruy por telefone que acusou o Ziraldo, meu ex-sogro, de ter dado essas informações a ele. E ficou por isso mesmo, não processei.

O Brasil é um país de analfabetos, pouquíssimas pessoas vão ler uma biografia. Os alfabetizados mal sabem ler jornal. Os que sabem ler estão colocando foto de pizza no Facebook e eles estão fazendo esse auê todo. Se a Paulinha Lavigne quer comparar o Brasil e os Estados Unidos, como fez na tevê, por que não aprende qual é o valor real de um país que cria todos os movimentos civis? Todo movimento de liberação, de contracultura, começou aqui. Se é para se mirar nos Estados Unidos, então voltem para os pais fundadores, tranquem-se num quarto na Pensilvânia, comecem a discutir os reais valores de uma sociedade e façam emendas à Constituição como as que existem aqui. A liberdade de expressão está garantida na primeira emenda à Constituição americana. Toda a minha questão de vida, toda a minha obra é em relação à liberdade de expressão. Se meu teatro e minha obra inteira forem reduzidos a alguma coisa é à defesa da liberdade de expressão. Esse é o valor máximo que uma sociedade deve ter. Pague-se o preço que for. Mas acho que um país que não passou por uma guerra verdadeira de independência, não viu sangue ser derramado, não sabe o valor real de lutar contra o colonizador, tem outros valores.
Aqui nos Estados Unidos as pessoas publicam o que querem e depois os advogados vão em cima. Se quiserem, podem fazer a mesma coisa no Brasil e passar o resto da vida perdendo tempo com advogados. Eu, simplesmente, ignoraria. Não entendo por que pessoas do porte de Chico Buarque e Caetano Veloso perdem tanto tempo preservando uma imagem. Qual imagem? A obra deles não fala mais alto? O que eles têm a perder? Eles são gênios, não deviam prestar atenção no que beltrano aqui ou fulano ali falam. Não tem a menor importância se um livrinho sai. No máximo, escreve um artigo rebatendo. Ler os artigos do Caetano tem sido constrangedor, ele está se enrolando cada vez mais.

Considero tudo um absurdo. Ganhar dinheiro em cima das biografias é um absurdo. São celebridades milionárias e o Brasil é um país de miseráveis. Será que o problema deles é falta de talento? Será que eles não estão conseguindo mais compor? Será que eles gostam da ditadura porque no regime militar eles compunham bem? Eu passei seis anos na Anistia Internacional em Londres defendendo presos políticos brasileiros, exilados e desaparecidos. Comparada com a ditadura de Pinochet, no Chile, ou de Videla, na Argentina, a brasileira não era nada, embora tenha sido duríssima. E, claro, produziu uma arte brasileira em que se falou por entrelinhas, em letras de músicas como “Cálice” (Pai/afasta de mim esse cálice) e “Sabiá” (Vou voltar/sei que ainda vou voltar), em alusão ao voto. Quando acabou a ditadura, cadê aquela genialidade toda? Abriram as gavetas e não tinha nada? É incrível como se compõe bem quando existe um grande inimigo comum. A arte escondida é uma arte genial.

É muito triste porque gosto imensamente deles, como pessoas e como artistas. Caetano Veloso é um dos maiores poetas do Brasil. Quando eu sentava com Samuel Beckett, em Paris, na década de 80, eu traduzia os poemas de Caetano para ele. Queria que ele entendesse quem era Caetano Veloso tal era o meu amor pela obra de Caetano. Dirigi show da Gal, “O Sorriso do Gato de Alice”, em 1994, no qual lidava com a obra de Caetano e de Gil o tempo todo. Degustava cada música 80 vezes por dia ensaiando a Gal e via mais brilhantismo ainda. “Nine out of ten”, “Vaca profana”, são lindíssimas. O tropicalismo é um grande movimento brasileiro, é uma das coisas mais importantes que aconteceram no País. Abasteceu o Brasil com brasileirismos maravilhosos. E agora vejo esse pessoal atrás de valores lavignianos? É nojento e triste. Essas pessoas, que eu achava que não tinham mais nada a perder, se defendem de uma forma puritana, boba, estúpida e imbecil não sei do que e mancham a própria biografia.

Gerald Thomas é dramaturgo

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Meet Adam Miller – an incredible painter – a FANTASTIC genius (alive, 34 years old and living in Brooklyn)

I’m amazingly proud to have ‘found’ him. In my opinion, this is what art is all about.

“He is the kind artist that an artist should care about”, …..wise words by Philip Glass to me. And that is why I so enthusiastic about him and his work.

Yes, true. Adam is the type who gives us hope within this wasteland of “deadness”, stale art around the world. It may be (or should be) the slow fading or fizzling out of the ‘Damiens’ and so on. As devout iconoclasts – we have become so used to demolishing everything that coming across someone like Adam Miller is a like swallowing a breath of holiness and sacrilege – all in one go! Perverse! Holy! Industrial and Rural – a Robin Hood of the Chaucer era, around the Domino Sugar Refinery burning in spilled BP oil after the after the after the after…. And yet…Leda….there is hope! The while Leda…

This is a preview. A FULL interview with Adam and a real display of his art – soon, here, on this blog: for now, take a look:Image 3Image 4Image 16

THIS IS AMAZING STUFF. AMAZING
MORE COMING SOON.
LOVE
GERALD

My Facebook page is simply exploding with comments re: his work!!!

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O Globo – front page SEGUNDO CADERNO October 23, 2013 – Ney, Edi, Maria and GT e Cia….

Screen Shot 2013-10-23 at 10.42.32 AM

Chamada de Capa

Chamada de Capa

Ney Latorraca: a grande volta um ano após a internação
Ator ensaia seu retorno aos palcos em peça de Gerald Thomas
‘Eu quase morri. Pifou tudo. Só que não me lembro de nada, né? O Gerald recebendo uma entidade e eu lá…’, diz Ney

ISABEL DE LUCA
Correspondente em Nova York

Nos ensaios em Nova York

Nos ensaios em Nova York

Ney Latorraca, Edi Botelho e Gerald Thomas, em Nova York: estreia em SP após o carnaval e temporada no Rio a seguir Divulgação
NOVA YORK – Gerald Thomas sentiu no próprio corpo a internação da qual Ney Latorraca quase não voltou. Faz um ano depois de amanhã: Gerald chegou em casa sem conseguir respirar direito, desmaiou na cama e ouviu sua falecida mãe dizendo coisas que, logo soube, estavam acontecendo com o amigo — inclusive o nome do irmão do médico que operou a vesícula do ator e, por obra do acaso, estava presente na cirurgia. Quando Ney foi intubado, Gerald teve dor de garganta. Quando houve suspeita de trombose, teve dores na coxa. Quando o quadro se complicou, ligou para uma mãe de santo.
— Foram três dias enchendo bacia de água com sal feito um doido. Três dias acordado. Eu não tenho essa tradição, sou um cético total — ressalta o diretor. — A ironia é que eu, que nunca escrevi nada sobre ninguém incorporando nada, tinha esboçado uma coisa sobre o Ney incorporando a Rainha Victoria. E de repente lá estava eu, essa porcaria judaica, incorporando também.
Em 25 de outubro de 2012, Gerald estava estabelecido em Londres, de onde Ney acabara de voltar. Eles passaram dias dedicados justamente à leitura das 30 primeiras páginas da peça “Entredentes”. Agora, com Gerald morando novamente em Nova York e Ney recuperado, foram retomados os ensaios daquela que será a grande volta do ator aos palcos — num papel mediúnico e com a ação passada no Muro das Lamentações, em Jerusalém. A estreia será em São Paulo, após o carnaval, seguida de uma temporada no Rio.
— Eu quase morri. Pifou tudo. Só que não me lembro de nada, né? O Gerald recebendo uma entidade e eu lá, errr — diverte-se Ney, fazendo cara de desacordado, no apartamento do diretor, às margens do East River.
Gerald, Ney, Edi Botelho (ator da primeira formação da Cia. de Ópera Seca, em São Paulo, em 1986) e Daniela Visco (assistente de direção e atual mulher do diretor) estão ensaiando por dez dias num estúdio alugado em Manhattan, sempre das 16h às 20h. Em janeiro, a produção se intensifica com a mudança temporária de Gerald e Daniela para o Brasil, onde a atriz portuguesa radicada em Londres Maria de Lima se juntará ao elenco. É a terceira vez que Gerald dirige Ney — as outras foram em “Don Juan” (1995) e “Quartett” (1986) —, a primeira com um texto próprio. E, sendo assim, o casamento entre o real e a ficção caiu como uma luva. A peça, claro, mudou muito depois dos problemas de saúde de Ney, cujo personagem lá pelas tantas brada: “Eu entrei em coma, entrarei em coma quantas vezes for necessário!”.
— Desde 1985, quando dirigi o Julian Beck, existe uma coisa na minha vida que é o metateatro, a metalinguagem. O Julian estava morrendo de câncer e por acaso me escolheu para dirigir a última coisa que ele faria no palco. Não era o The Living Theatre (companhia de teatro que Beck fundou), eu fiz “The Dying Theatre”. E desde então houve uma série de casamentos metalinguísticos: Fernanda mãe e Fernanda filha (em “The flash and crash days”, de 1991), Marília Gabriela fazendo o papel de entrevistadora (em “Esperando Beckett”, de 2000)… — lembra Gerald.
Ney conta que quando teve alta e precisou encarar os fisioterapeutas, após quase dois meses praticamente imóvel, achou que não andaria mais. E diz que nunca vai esquecer a primeira vez em que, passado o susto, foi andar sozinho na Lagoa.
— Era 12 de março. Saí de shortinho e boné, dizendo que ia só até o homem do coco. Mas fiz a Lagoa inteira. Não andava em linha reta, ia assim, ó (ele percorre a sala em ziguezague). Eu estava muito magro — comenta ele, já de volta aos 77 quilos. — Chegaram a noticiar que eu morri. Até hoje, quando ando pela Lagoa, as pessoas se jogam no chão, o ônibus para. É uma comoção. Eu não sabia que era desse jeito. Foi um tal de gente ir pagar promessa em Aparecida… Depois de tudo isso, para mim, o que está valendo mesmo são as pessoas.
O mesmo vale para o trabalho.
— Nesta altura do campeonato, eu, que já estou para fazer 70 anos de idade e 50 de carreira, quero trabalhar com alguém que me acrescente alguma coisa, se não, eu prefiro ficar em casa. Eu ganho muito bem na Globo, sou contratado da emissora há 40 anos, tenho plano de saúde, sou muito respeitado na minha terra, então eu posso me dar ao luxo de dizer: eu quero trabalhar com o Gerald Thomas, com o Luiz Fernando Carvalho, eu quero ficar com a minha turma — ele avisa, carregando no estilo Ney Latorraca.
É pelas mãos de Luiz Fernando Carvalho que Ney vai voltar à televisão, em dezembro. O especial que dará origem à série “Alexandre e outros heróis” (adaptação do livro de contos de Graciliano Ramos) já foi gravado. Em novembro, serão rodados os nove episódios do programa:
— É como fazer teatro dentro da TV Globo. Você tem aula de canto e tudo, e decora aquele texto de 70 páginas como se fosse uma peça. Uma delícia.
Quanto a trabalhar com Gerald, ele destaca o que chama de “brecha jornalística”, que permite ao autor-diretor encaixar no texto temas quentes do noticiário:
— Tem esse frescor, o teatro do Gerald.
O imbróglio das biografias não autorizadas já está em “Entredentes” — cujo nome, o diretor avisa, ainda deve mudar —, numa cena em que Ney diz coisas como “A minha (biografia) pode publicar, viu? Sem problemas” e “Aqui (no Brasil) ninguém lê. A população é analfabeta. Por isso podem publicar o que quiserem. Não faz a menor diferença, entende?”.
— É o desejo de voltar a ter censura — posiciona-se o ator. — Daqui a pouco vão querer censurar matéria de jornal.
O assunto é de especial interesse para a turma: a biografia de Gerald assinada por Edi Botelho não pôde ser lançada, no ano passado, depois que um ex-ator da companhia do diretor entrou com uma notificação apontando “inverdades” no texto.
— Estamos esperando esse processo no STJ agora — diz Botelho.
Gerald, por sua vez, prepara um livro autobiográfico, “Let’s say it all started”, e um romance, “Lost case of a brief case”. Após anunciar que abandonara o teatro, em 2009, e voltar atrás criando a London Dry Opera Company — com a qual apresentou seu último espetáculo no Brasil, “Gargólios”, em 2012 —, hoje desativada, ele promete formar a New York Dry Opera Company até o fim do ano.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/ney-latorraca-grande-volta-um-ano-apos-internacao-10491051#ixzz2iXpGqflx
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Ney Latorraca and Gerald having some fun at rehearsals of “Entredentes” in New York

GT- piano solo

Ney lendo parte do “BRADO RETUMBANTE” de Entredentes

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Pela liberdade TOTAL de expressão! For TOTAL freedom of expression

Coluna Gente Boa - Oct 16, 2013

Coluna Gente Boa – Oct 16, 2013

A  note in today's O Globo re: Caetano Veloso's  brave stance (in the past) in combating censorship (and now wanting to implement it !!??)

A note in today’s O Globo re: Caetano Veloso’s brave stance (in the past) in combating censorship (and now wanting to implement it !!??)

Resposta ao Ruy Castro (1999) na época do "Ela é Carioca"

Resposta ao Ruy Castro (1999) na época do “Ela é Carioca”

é TRISTE pensar e lembrar que Passei anos da minha vida na Amnesty International em Londres (International Secretariat) trabalhando pro-liberdade de expressão de pessoas como o Chico Buarque e Caetano Veloso – somente pra ve-los repetindo os mesmos erros que seus algozes! QUE VERGONHA E QUE TREMENDA PENA! QUE TREMENDA PENA!

LEIAM O OTIMO ARTIGO ABAIXO DE MARIO MAGALHAES

GERALD THOMAS

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MÁRIO MAGALHÃES

Especial para O GLOBO

Caríssimo Chico Buarque, eis o artigo do Código Civil que o grupo Procure Saber, ao qual você pertence, batalha para eternizar:

“Salvo se autorizadas […], a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais”.

Quando você lançou a obra-prima “Apesar de você”, o ditador Médici presidia o Brasil. Era um tempo em que agentes públicos torturavam milhares de pessoas. Hoje, para biografar o general, só com autorização dos herdeiros. Dá para pensar no rame-rame laudatório que eles exigiriam?

A legislação em vigor permite que Fernando Collor barre uma biografia não autorizada, em nome de sua “boa fama”. Idem o juiz Lalau e o torturador Brilhante Ustra. É assim porque a lei vale para todos, artistas ou não. Pense bem: a prerrogativa de contar a história passou ao coronel Ustra.

No seu elegante artigo “Penso eu”, generoso com meu livro “Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo”, você menciona, sem título, uma biografia do Cabo Anselmo. Conheço três obras focadas no infiltrado que entregou a mulher grávida para repressores da ditadura a matarem (ela se chamava Soledad, e não Consuelo; todos tropeçamos, não somente os biógrafos).

As de 1984 e 99, com depoimentos mentirosos do covarde, assemelham-se a autobiografias. A de 81 é um breve perfil independente. A tragédia: publicado ainda durante a ditadura, este livro poderia ser proibido hoje, na democracia, amparado no Código Civil de 2002. A norma obscurantista transfere a Anselmo o poder de definir o conteúdo de uma biografia.

Concordo: é inaceitável a impunidade de biógrafo leviano ou criminoso que difunda informação “infamante ou mentirosa”. Mas a decisão tem de ser da Justiça, e não de censura prévia. Se o Judiciário é lento e a lei dócil com difamadores, aperfeiçoemos ambos. Somos contra o indulto de Natal porque, entre milhares de presos, meia dúzia foge? Crimes pontuais não devem abolir direitos coletivos. O conhecimento da história consagra-se como direito humano. Roberto Carlos é, sim, dono da vida dele. Mas não é dono da história.

Biografias são reportagens, que constituem gênero do jornalismo. Pagar royalties a personagens descaracteriza biografias não autorizadas _você propõe mesmo dar uns caraminguás aos netos do Médici? Se defende que as filhas do Garrincha recebam pelo trabalho árduo do biógrafo, já pensou em remunerá-las, por ter citado o Mané junto com Pelé, Didi, Pagão e Canhoteiro? “O futebol”, sua música, não tem também “fins comerciais”? A imprensa de “fins comerciais” publica perfis. E se o Sarney e o Bolsonaro resolverem cobrar? Devemos reeditar a censura de outrora ou persistir no bom combate a ela?

Chico, perdoe o tom. Você merece interlocutores do “tempo da delicadeza” evocado em “Todo o sentimento”. Aceite um abraço e o carinho deste fã irrevogável.

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Family reunion –

Resposta ao Ruy Castro (1999) na época do "Ela é Carioca"

Resposta ao Ruy Castro (1999) na época do “Ela é Carioca”

Coluna Gente Boa - Oct 16, 2013

Coluna Gente Boa – Oct 16, 2013

Philip, Zack and Stokes

Philip, Zack and Stokes

A  note in today's O Globo re: Caetano Veloso's  brave stance (in the past) in combating censorship (and now wanting to implement it !!??)

A note in today’s O Globo re: Caetano Veloso’s brave stance (in the past) in combatting censorship (and now wanting to implement it !!??)

“Coluna do Ancelmo Gois”

And a Master (Sting) sails his ship: (he’s the Kurt Weil of our ‘modern’ era) (?) (yet – sings with the propriety of a Prospero !!!!)

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