Monthly Archives: June 2007

Luartrovado

Arte digital de Victor Hugo Cecatto

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Por Peter Lessman

"Nos mais de 26 anos voando na Varig, várias gerações de funcionários sempre me disseram que as "manhas administrativas" da nossa empresa eram sempre "um espelho da situação do Brasil" no momento! Não é que estavam certos??? Pois ela estaria completando 80 anos este mês de Maio passado, e só sobreviveu por tanto tempo porque até uns 10/15 anos atrás era administrativamente até um pouquinho melhor que o Brasil que nos cercava.
Mas voltando ao tema do seu artigo, o que realmente destruiu a Varig, e ameaça desintegrar o nosso país, não acredito que seja o fato em si da galera não "tirar a bunda do sofá" depois de assistir resmungando os noticiário na TV como você defende. Para mim a raiz de tudo está na endêmica falta de crença do Brasileiro no seu papel como construtor do seu destino, da sociedade que o cerca, enfim do seu papel de cidadão dentro do seu país como um todo. Tese talvez simplista, talvez piegas, talvez ambas… Mas um baita "cheiro" de "verdade" para mim depois de rodar (voar) literalmente o mundo tudo. Vendo, por exemplo, o que foi capaz de fazer um Rei (que morreu analfabeto há 3 anos) pelo seu país, onde aliás resido atualmente, os Emirados Árabes Unidos. Em menos de 40 anos derramou seus petrodólares, com incrível sabedoria e consciência social, sobre o seu país e o seu povo. Ao invés de esconder a grana na Suíça ou torrar em extravagâncias, investiu na educação, saúde e bem estar social do seu povo. Antevendo o fim do petróleo há décadas eles aqui investem em turismo construindo literalmente em cima da areia e água salgada resorts paradisíacos e "clusters" de tecnologia e serviços que sustentarão o seu povo através da diversificação econômica. E desta forma os cheiques inteligentes se tornaram ainda mais mais ricos pois suas terras agora valem mais que o petróleo finito. Entenderam Marx da forma mais inteligente e moderna: bem estar social gera consumo que gera mais dinheiro que gera mais bem estar que gera mais dinheiro…

Já o "sistema" Brasileiro destes nossos 500 aninhos de vida, adotou como princípio a completa negação do papel do "indivíduo cidadão" como ponto central da construção do Estado Brasileiro, seja do ponto de vista Cultural, Jurídico, Legislativo ou Executivo. Tanto faz se vivemos no Brasil em uma democracia ou ditadura. O fato central para mim é que o compromisso do Brasileiro com o "sistema", seja qual for, é NULO! Nem vamos entrar na questão emocional de "patria amada" etc. e tal!!! Claro que isso faz parte do também muito necessário lado "show/emoção" da coisa; mas jamais a CAUSA, mas consequência natural do orgulho de ser parte de uma Nação, quando bem sucedida como tal. E infelizmente brasileiros demais ainda acreditam e são educados de que "orgulho de ser Brasileiro" se sente quando ganhamos alguma copa contra a Argentina, ou quando a mulata "mostra o que o Brasileiro(a) tem" chaqualhando as cadeiras para turistas embasbacados.

Dentre muitos dos meus ex-colegas da Varig encontro atitude semelhante. Vejo gente demais culpando a tudo e todos no descalabro que foi a ruína Variguiana, mas raramente uma única voz assumindo a menor parte que seja de co-responsabilidade, como se não soubéssemos TODOS que as asas do Ícaro já estavam começando a ser "depenadas" na gestão do "Seu" Hélio Schmit como Presidente do Grupo, há mais de 20 anos!

Só quem tem compromissos com a realidade que o cerca reage quando esta é ameaçada. Nós Brasileiros, ao sentirmos a dureza da realidade nos penetrando o ventre, optamos por seguir a orientação da Ministra: "relaxamos e gozamos"…

E ainda achamos engraçado!!!!

Abr. doutro lado do mundo,

Peter Lessman
pilotou pela Varig por 27 anos e agora voa 777 pelos Emirados Arabes pras partes mais interessantes do mundo

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Ordem e Progresso!

New York – Fiquei triste, perturbado, sei la, quando li um recente comentario no meu blog do UOL, do Mau Fonseca.

-"Eu era publicitário. Mais precisamente, diretor de arte, embora jamais consegui sucesso com isso, embora ainda, no início, quisera mesmo ser um Marcelo Serpa ou Oliveto. Quisera, passado, aos poucos, fui me afastando. Como é que pode agências de propaganda fazerem campanhas de ação contra o aquecimento global, se as mesmas são responsáveis por outras tantas campanhas para se vender e vender carros. Vejam só – comerciais de varejo de automóveis dominam o espaço aberto de TV´s, mídias exteriores. Cada vez mais carros são vendidos, as frotas aumentam, consumo de gasosa, de etanol, metanol, besteirol, sei lá mais o que inventam. O Brasil não dá conta com sua cana, quer vender pro Bush, claro, pra enriquecer usineiro, das bancadas de ruralistas do congresso. É um despropósito. Larguei tudo, hoje tô aí perdido, sem muitas referências, antes eu havia me desfragmentado, era ora o diretor de arte, ora o escritor de contos, ora ilustrador, tinha meu personagem para cada momento. Agora, não mais"

O Mau eh o que o Brasil tem de melhor. Desistir? Como assim, cara? Quer dizer, as vezes ate te entendo.

Nao sei o que foi feito do Brasil. Ou melhor, o que nao foi feito dele. Nao sou daqueles que gostam de berrar uma possivel "derrota" do pais. Alias nao acredito em derrota ou vitoria, bem ou mal, inferno ou ceu, nao sou maniqueista ou aristotelico, minha logica nao passa por canais stanislawskianos. Mas passo por experiencias diarias (sem sair de casa, aqui em Manhattan) que me mostram bussulas que apontam pra outros paises que nao desistiram da corrida ou da partida e cujas economias deram a volta por cima e hoje estao "booming".

India: um pais cuja populacao eh, pelo menos, 6 vezes maior do que a do Brasil, com uma pobreza inimaginavel, uma industria da mutilacao, da auto-mutilacao, da "bettlerei" (beggars) (medicagem), a India vem a ser tambem com quem eu falo atravez do toll free number da AOL ou da Verizon (telefonica local) ou mesmo uma dessas companhias que exerceram o tal "outsourcing" (exportacao de forca de trabalho), mesmo a companhia pela qual eu peco comida (supermercado virtual).

Ou seja, hoje na India existe uma geracao inteira de software experts. Uma industria prosperissima de compudores que vendem milhoes, tem medicos espalhados pelo mundo inteiro (em hospitais americanos e ingleses) e o potencial do pais eh simplesmente enorme. Olhe-se a India de duas decadas atras. E ela, essa India, eh um pais em constante conflito (entre castas: Hindus, seeks, islamicos, etc), linguas, uma Guerra fria com o Pakistao por causa de Kashmir. Essa divisao eh motivo pra 10 colunas. Vou me concentrar no comentario do Mau Fonseca.

Nao ha abismo social maior no mundo do que na India. Do lado do ultimo modelo de Mercedes Benz blindado dormem 8 empilhados na lama em Mumbai. A pobreza eh miseravelmente miseravel. No entanto, nao ha industria cinematografica maior no mundo do que bollywood (cafona pra burro, mas mesmo assim….produz-se mais que em Hollywood!). O Brasil industrializou-se na decada de 50. E desde entao fala-se no gigante adormecido.

Se fossemos acompanhar esse doente imaginario cronologicamente, constatariamos que seu progresso na direcao de uma cura para a sua preguica, corrupcao (ferida aberta e sempre aberta) e outras doencas imaginarias (Moliere), nao anda no mesmo compasso que a Coreia do Sul, India, China, etc.

E os jovens indianos que conheco (gente da moda), eles sao todos descoladissimos e entre eles ja nao ha castas: a nova India sera um modelo de lugar ao contrario da China que marcha para uma enorme fabrica poluente que parece estar la pra nos encher de produtos de plastico de U$1. Tera sido issso o resultado da Revolucao Cultural de Mao? Sem Trocadilhos, citei como exemplo o comentario do Mau, que me deixou mal, e tem a China que abandonou Mao e seus ideais ha decadas e virou uma fabrica virada pra Costa Leste dos EUA.

No entanto, na bandeira brasileira le-se "Ordem e Progresso".

Mau Fonseca: Acho que comeco a te entender.

Gerald Thomas

comentario de Sergio Penteado
O mundo já possui santos milagreiros e idiotas da objetividade em quantidade suficiente para virá-lo no avesso e destruí-lo. E o ócio não é necessariamente um mal. Quem sabe não tem sempre que fazer a hora, e talvez espere acontecer. Na vida nós não passamos de peregrinos e temos que viver as jornadas, não usá-las para a consecução de fins, necessariamente.
Sérgio

algo parecido com o que saiu no diretodaredacao.com

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Terra em Transito

TERRA EM TRANSiTO de Gerald Thomas, com Fabi Gugli, Foto & Vídeo: Victor Hugo Cecatto.

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A Culpa eh minha e Sua

New York – Quando eu ensaiava Julian Beck ja nos finalmentes da sua vida (num texto de Beckett que refletia isso) eu lhe perguntava "o que te anima a acordar todos os dias e continuar?". Julian dizia, assim como disse durante toda a existencia do seu Living Theater "Nasci pra mudar o mundo". Eu, Gerald, escrevo pra teatro, enceno pecas, escrevo colunas, berro pra la e pra ca pra tentar mudar alguma coisa. Essa coisa eh, em outras palavras, o mundo.

O leitor, o eleitor, o ser humano, eu e você, o Hamlet em todos nós simplesmente não agüentamos mais abrir os jornais todos os dias e concluir que "nada prova nada" (frase da peça Circo de Rins e Fígados). Escândalo após escândalo e essa corruptália deve estar rindo às nossas custas enquanto a gente fica aqui (ainda) impotente, sem as palavras, palavras, palavras hamletianas que tiraram a ação do nosso herói recém chegado ao castelo das intrigas, vindo da universidade de Wittenberg.

Mas a culpa é minha e é sua. Ficamos em casa surtando. Parece que temos um certo prazer em desenvolver um discurso omni-pleonástico sobre aqueles que conseguem se transfigurar em algo monstruoso como esses políticos de merda e seus cúmplices ou parentes. Não falo somente do Brasil. Falo da indústria da corrupção, obviamente. O Iraque não foi destruído a toa. Não sei se vocês lembram que 21 paises se reuniram na Espanha (há 2 anos, será?) para entrar no pool da "reconstrução" do Iraque. Ora!

Votar e ler as ótimas colunas do Jabor, do Zuenir, do Gabeira ou do Gaspari não são suficientes, caramba! Movam-se. A palavra "militância" sumiu do vocabulário brasileiro. É fácil fazer uma passeatazinha na Av. Paulista quando se quer um salário melhor, ou quando o Bush está no Brasil e se portam cartazes pra nada "BUSH GO HOME". Pra que? Para ele voltar para cá, pro Salão Oval e fazer o quê?

Vocês votam, lêem colunas e vão a praia ou, dependendo da cidade, se encontram num restaurante e comentam que realmente a situação chegou no limite. Aqui é igual. Em NY as pessoas pensam em "desancorar" Manhattan" e deixá-la flutuar em direção a Groenlândia…..O pavor que Washington representa hoje em dia é simplesmente incrível, mesmo com a promessa de um Barak Obama no futuro, sei lá.

Mas e a militância? Perguntem a um Arthur Geraldo Bonfim de Paula, ex-preso político da Bahia com o qual eu me correspondia de Londres na década de setenta? Onde está a coragem dessa juventude dopaminada/alienada sem propósitos e unicamente com fins consumistas olhando pros seus próprios umbigos (sem a mínima noção da história), olhando para as vitrines dos shoppings, que vergonha!

Vão pra rua, caramba. Se organizem. É assim que o Sr. Inácio subiu ao poder, e ali estacionou e ali recuou. Pérolas aos porcos. Hamlet morre no final e O Fortinbras (jogo de palavras com contraregra) entra e diz que o resto é silêncio:

Não. Não é silêncio porra nenhuma. Os argentinos berram! Os venezuelanos, divididos, vão pras ruas. Mesmo os brasileiros da era Collor, se juntaram e asfaltaram a terra.

Quantos escândalos vocês ainda terão que agüentar até que vossos endocrinologistas/psiquiatras lhes coloquem no paredão: Chega de resmungar: vamos a ação!

Querem morfina na veia ou vamos acordar e tomar uma atitude, justamente aquela que Hamlet não tomou ao não vingar a morte do pai?

Gerald Thomasem honra aos 22 anos de morte de Julian Beck
algo parecido com o que saiu no http://www.diretodaredacao.com

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escrito por Zeca Palaghano

Eu nao li nada sobre a gay pride em SP. A FOLHA fez uma matéria de merda. Os jornais internacionais não disseram nada. Eu leio mais os jornais franceses e no Libération deram uma notinha. No Monde meia página. Mas em nenhum deles uma matéria digna. Só informação. Mas Gerald, vc ainda acha que os jornais hoje em dia fazem outra coisa a nao ser informar?

Eu nao aguento mais ler a FOLHA. Eles sao reacionarios. Aliás, no Brasil, estao mais preocupados com as Fashion Weeks ultimamente. Gaza? Foda-se! Eu nao moro la! Eu ja ouvi isso, acredita? Um cadáver árabe não vale nada, meu caro… Queremos ver é muita foto da Angelina Jolie e do Brad Pitt nos USA e do Bono na Africa. Eles nao sao os salvadores contemporâneos do mundo? Aqui no Québec (e no Canada em geral), a imprensa é medíocre. Aqui só falam de esquilos, Celine Dion, hockey e que todo gelo que tem no norte do Canada já era.

Vi uma reportagem sobre a morte das abelhas. Elas estão desaparecendo. Parece que na Alemanha nao tem mais. Aqui no Canada sobrou menos da metade do que tinha. O Einstein disse certa vez que quando as abelhas começasse a morrer é porque algo de muito grave iria acontecer. Eu nao duvido!

Gerald, não há mais saída. O jeito, meu amigo (se me permite considera-lo como um amigo, apesar da gente nunca ter conversado pessoalmente!) é rezar. Até os ateus estao rezando. Precisamos é cultivar o AFETO. É disso que precisamos. É só isso que nos resta.

Eu vi na TV UOL uma entrevista sua recente. Vc falava sobre o Luartrovado. Eu te achei abatido e arrasado. Em nenhum momento da entrevista vc sorriu. Como diz a Elke Maravilha no trechinho do espetáculo que eu tb vi na TV UOL: ética? ética num mundo de palhaços? (acho que era mais ou menos isso).

Hoje, querido, sofremos de enjoo maritimo em terra firme!

Como dizia a Hilda Hilst nas deliciosas cronicas que escreveu prum jornaleco de Campinas:

"Tragam o pinico que eu vou vomitar!"

Haja pinico!!!
Zeca Palaghano
Montreal
Canada

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Fofocas, focas e reporters serios e amigos antigos

New York – Enquanto o planeta Terra fica cada vez mais quente, as pessoas ficam cada vez mais frias. Se cito algum filósofo? Não. Vim no vôo pensando isso mesmo, pensando no tratamento entre as pessoas na montagem de Luartrovado, na forma em que essa "mega" montagem não teve, sequer, um jantar de despedida – já que reuniu tanta gente de "walks of life" tão diversas. Nada. Nem um adeus.

Muitas coisas são indispensáveis e, no entanto, a sociedade continua funcionando do mesmo jeito. Calor humano? Talvez essa seja uma demanda antiga, coalhada de nostalgias de dados históricos que acabaram em histeria. Pode ser que a frieza ou o "blaze" vieram com força total pra mandar o behaviourismo à merda e ejetar o existencialismo, assim como James Bond ejeta, com cinismo, alguém, do assento ao seu lado em seu Aston Martin Laconda. Mas no dia a dia ainda lidamos com pessoas, e pessoas são poéticas (não tão poéticas como "o " Pessoa).

Sei que a poesia é indispensável, mas não sei para quê. Jean Cocteau

Pois é, também não. Estendo a afirmação ou dúvida de Cocteau a todas as outras artes.

Ontem, aqui na Rua 23, entrei numa loja da T-Mobile para trocar de celular e entendi que, assim como a Marilyn de Warhol, ou os ninhos de Oiticica, a grande obra de arte hoje, é aquela que o sujeito ou vê o icone desmoronado através da massificação (coisa da década de 60) ou manipulação (coisa da década de 70).

"Art is dead", dizia uma pixação num muro da High Holborn, via principal que divide Covent Garden do distrito dos jornais e judiciais (London School of Economics, a BBC internacional) e a Fleet street com a Old Bailey, onde está o mais alto tribunal do Reino Unido.

"Art is dead" é uma ova. Duchamp, o Marcel já havia declarado isso no início do século passado e, no entanto, com essa máxima, renovou a arte. Não há nada mais lindo do que 'The Large Glass" ou "A máquina de moer chocolate"e a Roda de bicicleta achada por acaso jogada, arrasada, traida, assim com como se fosse lixo no Bowery..

Talvez hoje em dia o objetivo não seja descobrir quem somos, mas sim recusar aquilo que somos. Michel Foucault

Chego do Brasil mais uma vez exausto e boto os pés em casa. Luartrovado foi montado em (querem saber?) quatro dias para ser exato. Muita gente não gostou disso e muita gente amou de tal forma como nunca havia amado nada antes. A pergunta fica: para que gastar semanas e semanas ensaiando se – no próprio sábado da estréia, com uma boa voz de comando e humor zero da orquestra de Porto Alegre que nao entendeu quando eu falei (sobre a partirura de Schoenberg) que eles estavam tocando Wagner muito mal – a coisa rola?

O mundo hoje se resume mesmo à frieza de uma vitrine de uma loja de celulares, blackberries, tudo para que possamos receber e falar com pessoas à distância. O sexo é protegido por uma camada de látex e ninguém, a não ser uma mínima elite minima, se interessa por notícia. Toda a imprensa está se tabloidisando.

Bete Coelho me liga na sala de embarque dessa companhia que diz que tem orgulho de ser brasileira, mas em um ano, ainda não conseguiu mandar meu cartão e contabilzar minhas milhas, e super faturaram uma viagem no ano passado, e tchau dinheiro: não adianta discutir. Enfim, minutos antes do embarque a Bete me liga gargalhando dizendo que tinha ouvido falar que eu "mandei a Mônica Bergamo a merda" quando passei – justamente – horas de espera no Santos Dumont no dia anterior esperando a ponte aérea, ligando pra coluna, para agradecer a ela pelas lindas fotos que deu na edição de terca, com Tom Zé, Elke, Deize e eu. De onde surge essa porcaria. Quem lucra com isso?

Mas nem tudo esta perdido: Nelson de Sá foi um emocionante e belo reencontro. Emocionante mesmo porque temos uma história de brigas e paz e mais brigas, mas muito carinho.

E se consegui chegar ao fim dessa coluna, num sábado à noite, pifado do jeito que estou, estourado, preocupado com esse Bushhhhhhh e com a impunidade desses eternos corruptos politicos brasileiros (que vão desde a vendinha da esquina até Brasilia) é porque a Dra. Paloma Franceschi conseguiu me dar o ânimo (a alma) novamente.

Agora resta consultar o Oswald não sobre a antropofagia mas sobre a autofagia: qual o ultimo homem que restara de pé no Oriente Médio? Alguem do Hamas, do Fatah ou do Hesbollah?
Gerald Thomas
do http://www.diretodaredacao.com

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escrito por NELSON DE SA

"É minha/ é minha/ a porra da boceta é minha." Os versos de Deise Tigrona não saem da minha cabeça desde que vi a direção de Gerald Thomas e a produção de Ricardo Fernandes (e a iluminação de Lenise) para a ópera de Schoenberg, no Sesc Pinheiros. Não posso dizer que apreciei "Luartrovado", sou espectador eventual, quando muito gosto de opereta.

Mas o choque de Deise Tigrona ficou e estava ecoando quando sentei ontem com Gerald para um café que avançou por duas horas de muita conversa à toa e alguma nostalgia. Foi pouco antes de ele embarcar para algum lugar, o que repetiu velhos encontros, até em aeroportos.

Brinquei, como diz Hamlet aos atores, se não era melhor ter seu próprio teatro, como os Satyros, Zé ou seu ídolo Richard Foreman. Na conversa, que saltava de uma coisa para outra, nem me lembro o que ele falou.

Dizia estar em algum ponto diverso de sua trajetória, aos 52, e relatava, com ironia mas também orgulho, que Bárbara Heliodora elogiou um texto seu, o "Rainha Mentira" que estreou no Rio e vem para São Paulo. Mas não, nada de novo quanto à edição de suas peças, velho projeto que, se bem me lembro, começou com Márion Strecker e Mario Cesar Carvalho.

Gerald voltou a falar com carinho, como sempre fazia, de Antunes Filho, de Zé, de Antonio Araújo, que são, como ele, referências da encenação contemporânea. E referências, comentei eu, da crônica insegurança material, eles que põem o dinheiro que conseguem no palco e, após décadas de história, levam vidas monásticas, até precárias.

Falamos de muito mais, do teatro de Nova York e Londres, da imprensa, do que representam os blogs de teatro, como o dele, um dos pioneiros, e os novos, de jovens que começam a acompanhar teatro. Contei a ele dos bacantes Maurício e Fabrício, o que podem representar _e como Richard Foreman já acordou para a cena.

Sobre "LuarTrovado", sua versão para o "Pierrot Lunaire" de 1912, falamos mesmo foi de Deize Tigrona, do choque que, conta ele, foi ainda maior no segundo dia, quando o público, não mais de convidados, levantou às carreiras. Também de Tom Zé, que tentou dar sentido ao que aconteceu no palco, aquele conflito de Schoenberg com funk carioca e Elke Maravilha.

Duas vezes Fabiana Gugli apareceu, sorridente e apressada, para tratar de problemas de passaporte, passagem. Eles viajaram horas depois, ele sempre correndo, fugindo daqui.

Nelson de Sa

PS do Gerald: Amei esse encontro nosso. Aonteceu depois de anos. Mereciamos. O Nelson nao entendeu nada quando desci o elevador do hotel Staybridge aos prantos por estar tendo esse reencontro. Como ele proprio disse: foi um dia agitado, afinal, eu tava voltando pra NY, depois de dias turbulentos.

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Constatado

ENQUANTO A TERRA ESQUENTA, AS PESSOAS ESTAO CADA VEZ MAIS FRIAS
Gerald

de um leitor

Desculpem-me o anonimato, mas escrevo como desabafo: abro o UOL algumas vezes por dia e posso dizer que nos últimos dias pelo menos 50% das notícias e fotos referem-se ao mundo FASHION. São atrizes e atores de novelas, modelos de todos os tipos, estilistas, fotos, flashes, notícias, e mais atrizes de novelas, e mais modelos, e mais vestidos horríveis (arte??!HAHA) e maiôs, e mais atrizes de novelas, e mais modelos e estilistas, e mais vestidos e mais magreza, e mais atrizes de novelas, mais modelos e mais maiôs, e mais fotos, e mais vulgaridade total, e mais e mais dessa mesma babaquice incansável que parece uma praga tapando a realidade desse país com essas pernas magras, esses passos horríveis, essa superficialidade absoluta. Tudo bem, tenho o direito de não abrir as notícias, tenho o direito e ignorar por completo tudo isso. É, IGNORAR parece mesmo ser a palavra que mais define o Brasil e o planeta atual. Viva a GENUÍNA e INOCENTE pornografia! Abaixo essa babaquice do mundo fashion!
Carlos |

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VIVA TOM ZE

MÚSICA: TOM ZÉ GANHA PRÊMIO SHELL PELA CARREIRA
O cantor e compositor baiano foi escolhido como homenageado deste ano pelo júri do Prêmio Shell, composto pelos jornalistas Leonardo Lichote e Márcia Vieira, pelos músicos Ricardo Silveira e Zélia Duncan e pelo pesquisador e crítico musical Rodrigo Faour. No ano passado, o troféu foi para Moacir Santos (1926-2006). A cerimônia de entrega acontece no segundo semestre.

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Tutty

UM AMIGO CHAMADO ALFREDO .

São Paulo – Dou uma pausa logo antes da estréia de "Luartrovado" (que a imprensa brasileira resolveu, apesar do nosso release, desconcretizar e chamar de Luar Trovado. O nível de stress está enorme neste sábado, no SESC Pinheiros. Os 3 refletores de 6 mil, os HMI (luz de cinema – daylight) que coloquei emitindo o foco pra cima, corriam o risco de tocar fogo no teatro se o tempo de acender e apagar deles não estivesse no "timer" perfeito. Só pra isso, precisávamos de seis homens debaixo do palco.

Nesse intervalo, peço calma. A Elke Maravilha vai, sempre sorrindo, pro seu camarim (apesar do texto novo que eu acabara de introduzir a poucas horas da estréia) e Deize Tigrona me olha assim como se não estivesse acreditando que estamos mesmo no cenário representando a lua, vendo a fantástica projeção da Terra que a Marila preparou. Músicos, maestro, atores, técnicos, enfim, umas cem pessoas andam, se comunicam, a TV com gruas e caminhão de externa também está aqui e a movimentação é tamanha que meu coração dispara? "Segura a onda cara! Você já montou mais de 70 dessas coisas". Mas será? Assim nunca foi.

Consigo – finalmente – que o Tom Zé confirme sua presença, pois isso determinará todo o final do espetáculo: ele indo, eu o chamo pro palco e a coisa vira um happening. Não vindo, cai o corta fogo assim como combinado.

Nos quinze minutos de pausa, vou pro camarim, na esperança de encontrar um sanduíche, ou restos dos de ontem, e nada: horário pra tudo. Enquanto eles não vêm, abro meus emails e leio um de um amigo chamado Alfredo. Um amigo muito peculiar pois se trata de uma pessoa que conheço , no mínimo, há duas décadas e meia e com quem subi a Rocinha para visitar o Funk Furacão 2000, enfim, um amigo que adoro e que gostaria de ter a chance de ver mais.

Mas de surrealismo basta eu. Nesse email ele me manda o seguinte recado: "tem um beckett, um fim de partida no Rio, só até domingo, que você não pode perder e acaba nesse domingo". Meus olhos param, viram olhos de vidro ou de metal pesado na frente da tela desse Mac, e me pergunto se isso aqui é mais uma brincadeira corriqueira desse torcedor do Vasco da Gama ou se trata de alguém que já não sabe mais aonde está, porque vivemos na lua.

O Alfredo, que é ligadíssimo na imprensa, além de ser amigo meu, não sabe que eu estréio essa mega ópera num sábado em São Paulo e que ela tem somente duas apresentações, e que essas duas apresentações se resumem a um sábado e um domingo?

Meu deus! O Mundo esta em crise de informação mesmo! A internet veio para provar que não serve para nada! Online, offline, in line, telephone, any kind of line, nada é nada, tudo é tudo e o Alfredo sabe muito bem que, a essa altura da vida, o que menos preciso é ver mais uma produção de um espetáculo de Beckett, seja ele muito bom, muito ruim, ou qualquer coisa. Pra que? Eu? Fazer o que com aquilo? Recitar o texto junto? Me lembrar dos meus encontros com o Beckett himself? Ou da minha encenação com a Bete e a Giulia? Ou os outros lá no pais do Smosgasbord?

Oh, Alfredo! Sei que a vida está dura. Punk. Mas lembra da guerra das cabeludas? Pois é. Nesse momento, fiz uma homenagem a você aqui em Sampa: coloquei a guerra das cabeludas no palco, justamente pensando nas tuas colunas de 1713 daquele jornal quando ele ainda era…

E justamente, num contraponto atonal, assim como a música de Schoenberg que agora enceno, assim como um Pierrot Lunático, você me vem com uma dessas?

Essa confusão só tem um jeito! Olha só que loucura: não tendo ido ver o Terra em Transito e Rainha Mentira na sala Oi Futuro no Rio, agora me "recomenda" ir ver uma peça, como se eu fosse público de teatro. Não bastasse a minha estréia daqui a três horas, com uma lotação de mil lugares!

Alfredo, preciso te acorrentar e te prometer o seguinte. Sai do Rio correndo. Deve estar te fazendo mal. Vou ligar pro mestre Zu e pedir as coordenadas. Também não sei o que fazer. O seculo XXI destruiu todas as nossas desesperanças. Será? Ou será que ainda estamos nessa entresafra de fim de Jogo (não da partida) do Beckett, no momento onde os pais de Hamm, Nagg e Nell saem de seus buracos ou latas de lixo e fazem seus discursinhos sobre o nada?

Ou talvez estejamos no período pseudo-bíblico, aquele que o mesmo Schoenberg também compôs e eu encenei na Áustria, "Moses und Aron", onde o bacanal está rolando aqui em baixo enquanto o outro está lá em cima por 40 dias e 40 noites antes de receber os dez mandamentos: como as relações humanas são confusas.

Como eu gosto desse meu amigo Alfredo. Como eu gostaria de poder vê-lo todos os dias, pois é uma das pessoas mais cultas, engraçadas, trágicas, verdadeiras, cínicas, cariocas, e sofre (no bom sentido) daquele drible que o ser humano tem que dar na vida para poder sobreviver. do diretodaredacao.com

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LUAR TROVADO

Thomas se inspira em ópera de Schönberg
"Luar Trovado" une Deize Tigrona, Elke Maravilha e duas cantoras líricas

Acompanhada da Orquestra de Câmara do Teatro São Pedro, de Porto Alegre, soprano Adélia Issa cantará partitura de Schönberg

Lenise Pinheiro/Folha Imagem
À frente, a atriz Elke Maravilha, que representa o Carnaval em "Luar Trovado", de Gerald Thomas

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No palco, o funk de Deize Tigrona e o Carnaval de Elke Maravilha se juntam a duas cantoras líricas, uma orquestra de câmera e sons eletrônicos. Com direção cênica de Gerald Thomas e direção musical de Livio Tragtenberg, "Luar Trovado" é inspirado pelo "Pierrot Lunaire", de Arnold Schönberg.

Thomas tem uma relação bastante especial com a música do criador do dodecafonismo.
"Usei "Verklärte Nacht" ["A Noite Transfigurada"] em "Unglauber", e acho que "Moses und Aron", que dirigi na Áustria, em 98, foi o meu melhor espetáculo de ópera."
Aqui, ele ambienta a ação na Lua. A Terra foi destruída por uma catástrofe ecológica, e um grupo de aristocratas conseguiu escapar para o satélite em uma astronave. No palco, monitores de TV exibem imagens de guerras: Vietnã, Iraque, Hiroxima, Dresden.
"Fiz questão de rebatizar o espetáculo de "Luar Trovado" para ter a liberdade de inserir outras coisas", conta. "É como minha "Trilogia Kafka", que era baseada em Kafka. Ou como a "Carmen com Filtro", que não era Bizet, mas baseada nele."
A partitura de Schönberg será cantada pela soprano Adélia Issa. Acompanhada pela Orquestra de Câmara do Teatro São Pedro, de Porto Alegre, sob regência de Antonio Carlos Borges Cunha, ela interpreta uma versão para o português da obra, feita por Augusto de Campos.
"Pierrot" está dividido em três partes, incluindo 21 poemas de um ciclo homônimo, com 50 textos ao todo, do poeta simbolista belga Albert Giraud (1860-1929), e tem cerca de 35 minutos de duração. Em torno dele, Tragtenberg construiu suas intervenções -sua irmã, a soprano Lucila, canta o texto em alemão, mas com uma nova orquestração de Livio, baseada em sons eletrônicos.
"Clássico, para mim, é aquele com o qual você conversa, não que admira passivamente, em um pedestal", afirma. "Schönberg foi uma influência seminal na música do século 20, e minha idéia foi criar ressonâncias e reverberações em torno de sua obra."
No "Pierrot", o compositor utilizou uma técnica mista entre canto e declamação, chamada "sprechgesang" (cuja tradução livre poderia ser "canto falado"). Para Tragtenberg, o rap e o funk podem ser considerados ecos distantes desta técnica -e daí a participação de Deize Tigrona. E ter um nome como pierrô no título colocaria a obra em relação como o Carnaval, representado, no espetáculo, por Elke Maravilha.

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LUAR TROVADO
Quando:
hoje, às 21h; amanhã, às 18h
Onde: Teatro Sesc Pinheiros (r. Paz Leme, 195, Pinheiros, tel. 0/xx/11/3095-9400)
Quanto: R$ 20

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nesse proximo sabado dia 9

Estreia no SESC Pinheiros – LUARTROVADO (a partir de Pierrot Lunaire de Arnold Schoenberg)
direcao minha
participacao de Elke Maravilha
Livio Tragtenberg
Cia de Opera Seca
Deisy Tigrona
Adelia Issa
mais detalhes perto do dia d

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A etica virou um protocolo sem etica

Salvador (BA) – Depois de muitas horas de viagem (vôo diurno de NY) acabo chegando aqui. Sou o último palestrante do dia e o tema é "ética". Fico um pouco constrangido com essa palavra nos dias de hoje, pois….bem, ela emagreceu, ficou anoréxica ou holográfica, virtual ou visivel e grotescamente farsesca. "A ética de quem consegue roubar ou ladroar sem conseguir sem apanhado" Não seria esse um tema interessante?

Qual é o exemplo ou a esperança que ainda se pode ter, seja aqui, seja em qualquer parte do mundo? Mundo regido por grupos de interesse, por corporações que usaram o termo "globalização" para "outsource" sua força de trabalho e não tem mais endereço: tudo pode ser gerenciado a partir de laptops em montanhas no norte da Finlândia ou na fronteira do Paquistão com o Afeganistão.

Ética? Não, o capitalismo não tem ética. Por isso ainda admiro esses pobres coitados que vão pras ruas levar porrada todas as vezes em que o G-8 se reune (agora em Rostock, Alemanha). Pra que? Pra nada. Só para que o sorrisinho dos chefes de estado fique ainda mais sarcástico naquela foto posada, onde Putin e Bush ainda são obrigados a se dar as mãos e sorrir apesar de uma visível e crescente nova espécie de guerra fria.

Olha, sempre soubemos que a História girava em ciclos. Mas não que esses ciclos fossem tao chatos e reacionários….não, isso eu não levei em conta. Pois é, a ética. Talvez, por ora, melhor rebatizá-la de protocolo.

Enquanto sento no palco, vou pensando que a cada virada de século as cabeças viram, os miolos entram nos liquidificadores e as éticas/protocolos viram fôrma, e somente fôrma vazia sem conteúdo algum. Talvez esse seja um argumento a ser usado, penso eu.

Penso no Pierrot Lunaire, "coisa" que Arnold Schoenberg (um dos meus compositors favoritos e de quem dirigi "Moses und Aron", em 98, na Áustria) compôs em 1912, antes de inventar a dodecafonia. Ali ele enfrentou a ética da música ou da anti música, ja que uma década depois, quase foi crucificado por ter abraçado uma ética verdadeiramente universal: aquela que mudou as estruturas da música que, por sua vez, criaram um impacto social gigantesco no mundo: a música nunca mais foi a mesma.

Luartrovado – foi assim que rebatizei a obra que estréio nesse próximo sábado, 9 de junho, em São Paulo, a partir de Pierrot Lunaire gira em torno de um palhaço cuja fixação está na lua, pois a terra já não tem nada de ético. Isso em 1912.

Nada mudou. A terra gira em torno do próprio eixo. A humanidade em torno do próprio umbigo. Não aprenderemos nunca.
Gerald Thomas do http://www.diretodaredacao.com

Gerald, querido, Nada mudou, somos os mesmos pobres humanos do tempo do bardo, com suas misérias e paixões, especialmente a paixão pelo poder. O pobre Weber ainda tentou explicar tudo como ética protestante, mas ainda acho que a economia política de Marx chegou mais perto, ainda que a sua utopia política tenha degenerado em catástrofe. Mas se somos os mesmos também somos diferentes e continuo a acreditar que podemos almejar mais justiça e menos intolerância. Por isso me sinto mais próximos dos brancaleones que enfrentam a polícia na Alemanha do que dos papagaios que repetem a melô do modelo único nas seções de economia dos grande jornais brasileiros. Beijos, Atila
Atila Roque| http://www.opinativas.wordpress.com | Brasília, DF, Brasil | 07/06/2007 14:42

3 Comments

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estarei voltando em breve

a semi demi opera recital Pierrot Lunaire (que rebatizei de LUARTROVADO) de Arnold Schoenberg estreia no SESC Pinheiros nesse proximo Sabado dia 9 de junho. Como tera Elke Maravilha, uma Funkeira e intervencoes de Livio Tarjtenberg mais a participacoes de membros da Cia de Opera Seca, eh justo que se justifique a mudanca no Titulo. Traducao de Augusto de Campos.
E…logo teremos uma coluna sobre Salvador (Bahia) e esses dias dia Brasil, imunidade parlamentar, essa coisa que glorifica o Brasil e a ultima cartada de Bush (o enterro de toda e qualquer estrategia pra acabar com as intervencoes do exercito americano no Oriente Medio., e outras coisitas….
LOVE
Gerald
adorei os ultimos dois comentarios no post abaixo

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