Monthly Archives: February 2005

Junior – do Afro Reggae

Esse Blog tem me servido para algumas coisas nesse ano e 20 dias de existencia. E foram, ate hoje, 261.000 leitores. Caramba! Um Maracana e meio! Nada mal. Fora as encrencas iniciais e algumas psicopatas que ainda escrevem, se escondendo atras de pseudonimos de ultima hora, eh bom, muito bom ter criado parceria com Ana Peluso, essa mulher maravilhosa, poeta vibrante, linda. A liberdade de poder postar, improvisar, colocar desenhos, impropriedades (sou artista: nao tenho o menor compromisso com a verdade), estar "solto" pra dizer o que penso e quando penso eh, realmente um privilegio.

Se vou continuar por muito tempo, isso eu nao sei.

Mas uma das melhores surpresas que tive em todo esse ano aconteceu de ontem (sabado) pra hoje: Junior, o coordenador do grupo Afro-Reggae, voltou a entrar em contato comigo. Fomos/eramos muito proximos (fiz um TV Uol com ele) durante uma temporada em que eu estava ligado a um teatro em Hamburgo. Nao posso falar muito sobre isso, pois o caso passou pela Justica, eu ganhei e evito maiores comentarios.

Por um ou outro motivo, Junior e eu nos afastamos, como eh normal nesse mundo. Acompanhei o grupo (a convite dele) pelos suburbios do Rio de Janeiro, e ia comecar a dar uns workshops para a ala que desenvolve o teatro la dentro. Infelizmente isso nunca se concretizou. Mas, como o universo eh circular, e o Junior apareceu justamente num momento onde Atila Roque, da Action Aid, em Washington, praticamente so nos perguntavamos sobre ele, tudo eh possivel

JUNIOR: Seja benvindo cara. Eu estava MORRENDO de saudades!

Visitem o Blog do Afro Reggae: http://www.afroreggae.blog.uol.com.br

LOVE

Gerald

6 Comments

Filed under Sem categoria

workshop em Buenos Aires

Instituto de Estudios Teatrales para América Latina
Talleres Internacionales
El actor del siglo XXI, a cargo de Gerald Thomas (Brasil)
30 de mayo al 10 de junio, lunes, martes, jueves y viernes de 15.45 a 18.30
Para actores, estudiantes avanzados de actuación, e interesados en la dirección
CONTENIDO. En 22 años de experiencia dirigiendo actores en 12 países -USA, Inglaterra, Alemania, Dinamarca, Japón y Brasil (como Julian Beck, fundador del Living Theater, Fernanda Montenegro, la más grande actriz de Brasil, Ian Holm, Raul Julia, y cantantes lìricos como Jessy Norman, y músicos como Philip Glass, entre muchos otros) con tradiciones de interpretación y representación más radicalmente opuestas, creó su propio método de trabajo ajustado a las necesidades del actor moderno, posmoderno, descontructivista, iconoclasta, el que anda por el mundo de hoy en busca de respuestas.
Existe una profunda diferencia entre "representación" e "interpretación". Este taller explorará estos campos.

2 Comments

Filed under Sem categoria

morte de Arthur Miller

São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2005
Autor manteve coerência ao criticar lógica do lucro

GERALD THOMAS
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE NOVA YORK

Quando surge uma notícia dessas, o que vem na cabeça é um turbilhão de memórias pessoais, misturadas à figura pública, aquela que conhecemos por meio de sua obra e fofocas, rumores, entrevistas etc.
Arthur Miller, o autor de "A Morte de um Caixeiro-Viajante", levou uma vida discreta nas últimas décadas. Antes disso, teve um breve casamento com Marilyn Monroe -coisa que ele veio a destruir publicamente mais tarde. Explico: sempre carinhoso a respeito de Marilyn, um certo dia, sem mais nem menos, visitado por Elmar Zorn, ex-curador do Wiener Festwochen, o famoso autor começou a desabafar. Zorn foi quem me levou ao festival de Viena e me confidenciou alguns desses desabafos. "Eu não agüentava mais viver com uma pessoa que não gostava de si mesma", disse Miller a Zorn.
Numa certa ocasião, creio que em 1985, Norman Mailer escreveu uma peça sobre Marilyn em que Miller era um dos personagens. Por acaso, Heiner Müeller estava em Nova York, e fomos todos juntos ver. Um desastre. Um horror. Uma tentativa de realismo, ou hiper-realismo, que só conseguiu fazer com que a platéia se entreolhasse ou olhasse para o sinal de "exit" (saída), ou como se estivessem todos perguntando: "O que estamos fazendo aqui?".
Ficamos todos assustados quando descobrimos que Miller estava na platéia. Zombadíssimo no texto de Mailer, Miller não se mexia na poltrona. No final, todos correram, foram embora para não ter que enfrentar o "debate" que Mailer sempre insiste em ter.
Era a verdadeira conspiração: Miller, Mailer e Müeller.
Anos depois, fiquei felizmente chocado quando Arthur Miller apareceu no memorial que a New York University fez para homenagear a morte de Jerzy Grotowski há alguns anos. Jamais pude imaginar que houvesse qualquer conexão entre os dois. Aliás, acho que não havia. Era somente um teatrólogo homenageando um outro. Belas palavras saíram de sua boca.
Miller, nos últimos anos, era um ávido crítico da instituição comercial que a Broadway virou. Aliás, sua última peça, "Finishing the Picture" (terminando o quadro), era baseada num trecho de sua vida com Marilyn.
Num longo discurso, ao aceitar o Prêmio Tony, Miller tacou fogo em tudo o que dizia respeito aos produtores da Broadway e como eles agem diante dos talentos de hoje; criticou a comercialização do teatro e finalizou afirmando que, se "o capitalismo e o "lucrismo" reinarem desse jeito, não há talento que resista, pois são os produtores que regulam o autor. É como se quem escrevesse o capítulo final de uma peça não fosse mais o autor, e sim um economista ou um contador". Nada mais coerente para quem escreveu uma obra de arte como "A Morte de um Caixeiro-Viajante".


Gerald Thomas é diretor teatral

13 Comments

Filed under Sem categoria

Meu alfabeto começa com Z (Zuenir e Ziraldo)

10 Comments

Filed under Sem categoria