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Deprê parte 2: o que fazer? Ou: "O Dia em que fui processado por Tom Cruise"

 

Este post deve ser lido com o de ontem, o da “depressão”, etc., aqui embaixo. O que eu tenho feito nesses anos todos? Qual tem sido meu trabalho direto e indireto nos palcos do mundo desde que trabalhei na Amnesty International em Londres? Fácil de responder? Difícil?

Não. Acho que não. Os que me chamam de hermético, polêmico, controverso, etc., devem ter lá suas razões. Mas já passei por todas as provas. Oitenta e tantos espetáculos e óperas depois, por sei lá quantos paises, o substrato vem a ser esse: fácil atacar!!! Eu mesmo ataco em blogs. Ataco em entrevistas! E, para quê?

Pra nada. Pra absolutamente nada.

Meu trabalho nos palcos de teatro do mundo nada mais tem sido senão uma tentativa de integração de culturas. E por quê? Porque venho de uma cultura fragmentada. Venho dessa coisa chata chamada Iconoclastia e Desconstrutivismo. E um povo que se afastou ou foi afastado: Yin e Yang. Na balança final, um atrai o outro.

Acabou. Há anos venho tentando somar os cacos do que sobraram para formar um novo mosaico: mas sobrou alguma coisa?

Vejo como se torna simples ATACAR pessoas, ferir pessoas. Eu mesmo sou um mestre nisso. Mas, para quê?

Quando, em 1999, escrevi uma resenha sobre o filme não tão genial do Kubrick “EYES WIDE SHUT”, que assumia que um casal não trepava mais, para fazer a metalinguagem numa estória de Schnitzler (sobre um casal que não conseguia mais manter relações sexuais) , fui violentamente contra-atacado pelos agentes de Tom Cruise e Nicole Kidman.

Quando ameacei que iria adiante e revelaria o que eu sabia sobre suas vidas pessoais, pararam imediatamente com o processo.

Mas isso tudo é tão imbecil visto em retrospecto. O que me interessava era o jogo que eles (o casal) haviam topado fazer com um Kubrick já em estado terminal.

Hoje, em Kabul, capital do Afeganistão,  uma corte suprema sentenciou o jovem jornalista Sayed Parwiz Kambakhsh a 20 anos de prisão. Um jornalista!!!!! Por pouco ele não leva a pena de morte. Isso deveria REPERCUTIR em todos os veículos do mundo, assim como a cabeça degolada de Daniel Pearl (até filme virou!). A jornada de Seymour Hirsch pelo Cambodja virou filme também!!!

Afinal, quando digo que São Paulo virou uma província, eu errei.

Nós viramos uma província desgraçada.

Aqui dentro de nossas cabeças! Enquanto não nos libertarmos desse MONSTRO que ATACA um ao outro sem parar, como se fosse uma farpa desprendida de qualquer EMOÇÃO, uma coisa desprendida de qualquer alma, nunca conseguiremos ser algo, um ser íntegro. E isso nada tem a ver com qual país, qual cidade.

Sim, atacar sempre será muito fácil.

Mas, manter-se “antenado”, antenado no MUNDO, nu, despido e antenado, prestando atenção, sim, isso sim quer dizer algo. E o quê? Quer dizer que nossas almas serão mais generosas e mais abertas e nosso JUÍZO será um pouco mais HUMILDE porque, afinal de contas, somos somente humanos. Não somos e não podemos brincar de ser… deus.

Gerald Thomas

Parabenizando a todos por 5 meses de BLOG aqui no IG

(O Vampiro de Curitiba na edição)

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Depressão: ou pessoas que se reúnem e não conseguem mais conversar

Nesses dias que antecedem a eleição americana e essa tensão doida (na qual me incluo, não apenas como especulador, mas como militante maluco e doador de sangue!), vou me permitir uns segundinhos a falar de outra coisa. Algo que raramente se lê em algum periódico ou raramente se comenta em alguma roda social: a frieza com que um trata o outro (e nem ouve mais o outro).

O uso descarado de uma máscara (antigamente somente presente nos meios teatrais, agora difundida em todas as latitudes), e que faz gelar o mais gélido dos nórdicos, mesmo que em climas tropicais.

Seja nas coxias de um teatro no final do espetáculo de uma amiga ou num encontro com um correspondente de jornal ou num ‘encontro” casual na casa de alguém, parece que tudo se transformou numa aberração. Ninguém parece querer mesmo ouvir. Ou não tem raça ou peito para isso, ou não tem mais interesse. Os egos estão tão, tão, tão inflados que enquanto um fala o outro está preparando o seu discurso ao invés de estar prestando atenção a uma coisa que usávamos chamar de diálogo!

Acabou?

Não sei. Mas as pessoas estão tão tortas ou entortadas de bebidas ou outros entorpecentes que me pergunto: qual é o sentido social desses encontros? Por que “estar junto”? No final ou no dia seguinte, será que estão felizes de terem segurado tanta bandeira de nada e por tanto tempo e dado tanta risada e tanta risada de si mesmos? Será que suas bocas continuam borradas e tortas ou será que agora se olham no espelho e… se lembram de uma só frase????

Esse circo de horrores  pode também ter outro nome: depressão. Isto é, onde as auto-imagens não se agüentam mais e precisam ser superadas com clichês absurdos. Claro, com tanto “google” isso, “google” aquilo, ninguém precisa mesmo saber quem era quem, “Quem mesmo?”… Gente que não sabe o que diz, mas fala aquilo que ouviu em algum lugar. Repetem o nada já repetido, como um telefone sem fio.

Papagaiam (sim, como verbo) coisas ridículas, e acham lindo as besteiras que papagaiam, e morrem de rir, ou se empostam, como postas ou bostas de peixe,  assim como estátuas de bronze de tão rígidas em seu discurso nulo, vazio.

Damien Hirst tem razão! Chega a ser político, ás vezes. Hirst deveria esquartejar a sociedade agora ou colocá-los debaixo d’agua. Torpedos, mosquitos, carrapatos, cães que latem e não mordem, ou vomitam de tanto beber.

Juro. Estou impressionado (ainda) com o não entendimento dessa BABEL nessa virada do século, milênio, que seja.

Depressão não significa, necessariamente, um ser humano metido debaixo das cobertas, não conseguindo abrir a porta num ataque de pânico. Depressão pode ser quando duas ou três pessoas acham que estão conversando mas, se traçadas num gráfico, essas três linhas de conversa vão para três pontos diferentes do universo e não formam um triângulo. E quando acham que estão se olhando nos olhos, que olhos porra nenhuma! Pior que peixes mortos. Peixes vivos, esperando o abate, vivos, mas já em postas!

Gerald Thomas em São Paulo, onde, nos restaurantes, ao contrário de outras capitais mundias, todo mundo só fala um idioma, inclusive os garçons: que província!

PS: Sempre houve isso, óbvio, mas talvez agora tenha piorado: a classe teatral está menos teatral e o resto da população adotou o que há de mais podre na classe teatral.

 

 

 

(Vamp, meio deprê, na edição)

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CRASH Parte 4 – TRUMP:DOW Jones SOBE 382 pontos: a História revive seus Horrores! Os FEDs entram e SALVAM a AIG/ Pior depressão desde A DEPRESSÃO, dizem os analistas aqui em NY

New York – TRUMP

Tábula Rasa.  Entre os geniais “Porcos Voadores” de Damien Hirst e as acusações da Maureen Dowd de que a Carly Florina não seria (sequer) capaz de dirigir a Hewlett-Packard, o que acontece? Tudo isso está ligado à Sarah Palin e ao Crash econômico que hoje deu a tal melhorada “band-aid”. O Dow Jones subiu 382 pontos porque o plano de emergência do secretário do tesouro (tesoureiro, alfaiate!), Henry Poulson (que alias eh primo de uma cantora lírica soprano que já cantou numa ópera que dirigi em Stuttgart em 1990, “Perseo und Andrômeda”, de Salvatore Sciarrino), se reuniu com o Bush (tão impopular que nem o McCain quer atender seus telefonemas. Chega a ser engraçado de tão patético ou patético de tão engraçado).

Mas, justamente por isso, gosto de quem zomba dos que se levam tão a sério: AMO o Monty Python (ou o que resta deles) e Damien Hirst (ótima a matéria na Ilustrada de hoje). O Saachi está se mordendo e o Nigel Reynolds, do Daily Telegraph de Londres, também.

Maureen Dowd escreve:   Carly Fiorina, the woman John McCain sent out to defend Sarah Palin and rip anyone who calls her a tabula rasa on foreign policy and the economy, admitted Tuesday that Palin was not capable of running Hewlett-Packard.

That’s pretty damning coming from Fiorina, who also was not capable of running Hewlett-Packard.”

Estou sem saco pra traduzir. Ambos os presidenciáveis me deixam HOJE de mau humor: é muita palavra besta rodando pra lá e pra cá. E olhem (todos vcs que me lêem) que sou pelo Obama até o último dos tantos fios de cabelos que tenho.

Mas, vendo a entrevista do TRUMP na TV, não dá mais! Enchi. Ainda sou daqueles que conversa com pessoas. Ontem, num jantar muitíssimo agradável com pessoas cuja identidade preciso manter sob cuidados Fort Knoxianos, as máximas eram “O Governo é sempre o nosso pior inimigo, até que a gente precise de um amigo!”. Bush tem mentido tanto, mas tanto, mas tanto que hoje à tarde, finalmente ele não fez brincadeirinha nenhuma com os repórteres: brincou de fazer cara séria e falou sobre a crise. Ou melhor, brincou de “assegurar” à população de que tudo estaria OK. Claro que os editores pulam em cima e rodam os clips recentes onde ele se contradiz ferrenhamente! Cada dia é uma coisa.

Até que McCain em Iowa explode e diz que – no melhor estilo TRUMP – “would FIRE” (demitiria) todo mundo.

“Se eu fosse presidente, eu o demitiria”, dizia McCain, num tremendo esforço de se distanciar de “George W Bush”.

TRUMP, que apóia McCain, deve ter dado um sorriso. Seu topete virou marca registrada. Seu “You’re FIRED” também.

Damien Hirst e seus porcos voadores, sem saber, também virou marca registrada: porcos de batom.

Agora a coisa está mais ou menos assim: no BURACO. Também não é à toa. Os Suíços fizeram experimentações com supercondutores, não foi? Disseram que isso iria produzir um ou vários buracos negros no universo, não é? Bem, o queijo suíço mais famoso é o Emmentaler, cheio de buraco. O Gruyere não, nem o Appenzeller, mas o Emmentaler tem mais buraco do que queijo!

Já estamos no buraco desde que o Tene Cheba me avisou ontem, num comentário, como a última BlogNovela foi premonitória: Nós, os personagens “nadávamos para fora da crise do capitalismo” em direção ao paraíso: Cuba. Era uma tremenda gozação, óbvio. Paraíso uma ova! A idéia era a de que 200 milhões de americanos, cheios desse negócio de “capitalismo”, fugiriam em jangadas improvisadas das costas da Flórida e fariam a viagem em direção contrária para encontrar o líder ainda vivo e conseguir tocar nas barbas… do…

Ainda mais intrigante: o manuscrito (está no título: era uma forma de celebrar o 11 de setembro de uma forma pessoal) era encontrado, parcialmente queimado nos escombros de Ground Zero, lá onde o Word Trade Center caiu, foi explodido pelos… chega! Estou esgotado de tanta retórica. Está na hora da BlogNovela virar um projeto concreto. E estamos a caminho de fazê-lo. Fiquem atentos, queridos!

Gerald, quinta, dia mais brando do CRASH.

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New York – Quarta-feira, 5:30 da tarde.

Num dia de mais loucuras, onde o DOW Jones caiu mais 450 pontos, o que reina mesmo é a loucura. Não sou analista de sistemas, não sou economista, mas ouço as pessoas, ando pelas ruas e recebo telefonemas. Alguns deles, de pessoas desesperadas: “O que devo fazer? Tirar todo meu dinheiro do banco?”, era um dos amigos. Um outro, já mais velho, que passou por várias crises, vários crashes, acha que dessa vez a coisa é pra valer: “Nunca vi nada igual. As filas nos bancos estavam imensas. Tentei primeiro numa ATM (caixa eletrônica) e nada funcionou. Estamos vivendo um doomsday”.

Meus termômetros não são jornais nem as colunas ou os blogs, mas os amigos, os advogados e amigos que me explicam e me contam a coisa em retrospectiva histórica, não histérica.

“Gerald, você sabe que tudo isso vem de horas e horas e mais horas de pessoas sentadas no DK Room”

GT- DK room? O que é isso?

“É o Don’t Know Room. É pra onde os stock brokers vão, no final – depois que fecha a bolsa, a NYSE e “acertam” os pontos, os nós, tudo aquilo que ficou mais ou menos no ar, todo aquele negócio “subjetivo” que… Bem, você sabe do que estou falando”.

Tento. Esse Blog não é de economia. Mas todos nós que estamos alertas e vivemos com os olhos quase abertos e lembramos dos escândalos escandalosos das “montanhas de manteiga” na Europa (década de 70) (manteiga super produzida e que não tinha saída: Dinamarca, Holanda e Alemanha acumulavam montanhas desse produto da vaca) e todos que se lembram do escândalo chamado de “Great Salad Oil Swindle”, lá pelo início dos anos 70, sabe que o mercado financeiro é tão subjetivo quanto a ARTE. Hoje algo vale isso, amanhã, tal pintor, poeta, etc., não valem mais um tostão furado!

 O “Great Salad Oil Swindle” se resume num cara que ia medir um navio-tanque  (cargueiro) daqueles, ancorados aqui perto, em New Jersey. Ele ia com aqueles sticks… (me faltam palavras, oh blog… coisa rápida…) …stick… é vara! Isso! Vara de medir óleo, como aquelas, que medem o óleo do motor de seu carro. Só que enorme!

Ele ia medir a quantidade de óleo de salada (e depois dizem que Breton e Dali são os papas do surrealismo!) pra verificar a quantidade diária do cargueiro até que um dia… Até que um belo dia o cara leva um CHOQUE! Ele acende uma lanterna e se da conta de que estava medindo somente um pequeno cilindro. O cilindro estava cheio de óleo de salada, sim, mas o resto do navio cargueiro estava …. VAZIO!!!!

Doença da Vaca Louca!

Sim, esses são os tempos! Amanhã os jornais estarão repletos das mais perfeitas análises sobre esse, o dia 3 do mais profundo CRASH dos últimos tempos. Será profundo? Qual seu impacto psicológico? O quanto a mídia aumenta ele? Até que ponto as pessoas são levadas ao PÂNICO pelo que ouvem e pelo que vêem? Ai é que está a questão!

Já disse: ando pelas ruas. Não moro na Upper East ou na Upper West Side e nem no Village. Moro numa zona que não tem nome. Poderia chamar-se isso de Gramercy Park Área, com algum esforço. Mas hoje andei pacas, fui até a rua 12, subi e voltei. O telefone e o skype não pararam. O assunto foi….

O CRASH. Juro, as pessoas estão achando que amanhã estarão fazendo fila na porta da padaria (aqui não existem padarias como tal) com malas de dinheiro tal qual em 1929.

WAIT a second. Mas qual second? Vocês viram quantas demissões no mundo hoje?

Do centro do olho do furacão: Gerald !

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New York – EXTRA ! EXTRA ! Agora, nesse momento, terca-feira, horas após o fechamento da bolsa (NYSE) os Feds oferecem “esmola” temporária à MEGA – ASSEGURADORA “AIG”. O preço desse bail out? 85 bilhões de dollares!  AIG está envolvido no 401K, em empréstimos, em business, em assegurar bancos, etc. Se eles “caissem”, como Merril Lynch e Lehman Bros, seria o fim de Hollywood, por exemplo, pois AIG são as subseguradoras de filmes de Hollywood e até de, pasmem, Angelina Jolie!

Pronto! Os Feds entraram em campo! Nao iria demorar. Agora é imprimir mais dinheiro e a inflação irá pros céus (no mau sentido). E que as nuvens sejam o limite. E McCain ainda pede uma comissão parlamentar para investigar. COMISSÃO PARLAMENTAR? Pra quê? Estão TODOS envolvidos!

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Esse é o CRASH! Essa é considerada a depressão das depressões! Não que eu entenda dessas coisas. Mas entendo quando vejo um âncora como o Brian Williams, da NBC, se “mudando” pros financial headquarters da mesma TV, a MSNBC ou CSNBC ou algo que o valha, com uma expressão de terror e tremor – entre uma e outra, narrando as notícias e perambulando entre as mesas dos experts que ganham a vida “analisando” o dinheiro alheio. “Dessa vez”, dizia Williams, “o problema chegou até nós, pela primeira vez. Amanhã você poderá não estar mais sentado ai”. Wow!

Já cedo de manhã, Fernando Rodrigues (da Folha), havia cancelado os planos de almoço. Senti, pelas notícias de ontem a noite, tarde, que o NYSE, a bolsa de NY, teria um dia duro pela frente pelos eventos da última sexta.

Mas hoje? Caramba… hoje?

Não existe mais a Merril Lynch como tal. É como se deixasse de existir a KIBOM pra vocês. Lynch foi comprada pela BankAmerica e o DOW Jones CAIU 500 pontos. Parece a ilha de Galveston no Texas, que recebeu uma onda (o IKE) e pouco sobrou.

E a Lehman Brothers? BANKRUPCY! E ainda vem aquelas caras empresariais de sempre, com o sorrriso de sempre, dizer “não se preocupem com nada, seu dinheiro está garantido, assegurado!

Como assegurado se um dos maiores grupos financeiros EVER, o AIG, está em Águas Mais Profundas do que Houston, Texas? A própria AIG não sabe como sair dessa. Numa reunião com os Feds, os Feds saíram andando….

Não vou aqui falar muita bobagem, pois deixo que os cadernos de Economia os façam por mim. Só posso dizer que 8 anos de governo Republicano, de subprime, de brincar com dinheiro, deu nisso. As imagens na televisão, dos empregados deixando seus escritórios com as bolsas e caixas com pertences nas mãos é absolutamente deprimente. Mas os governantes estarão sempre sorrindo para nós. Como nos campos de concentração. Não eram chamados assim. Eram “campos de trabalho”: bem vindos. Arbeit Macht Frei.

Gerald Thomas no dia da Depressão das Depressões FINANCEIRAS em NY.

 

Do blog do Fernando Rodrigues:

 

“Na crise dos EUA, um nome emerge: John Thain

Nova York – o blogueiro mata as saudades da reportagem diária na economia. É divertido falar com essa galera apavorada em Wall Street. Eles não sabem o que é ter passado por isso no Brasil tantas vezes.

Mas os operadores estão olhando longe. Querem ver o que sobra do atual pandemônio. E um nome emerge da crise: John Thain, o CEO da Merrill Lynch que conduziu a venda desse banco de investimentos para o Bank of America de maneira até, vamos dizer, macia –dado o ambiente tumultuado.

Thain assumiu a Merrill Lynch caindo aos pedaços em dezembro passado. A ML tinha sido depauperada pelo chefe anterior, Stanley O’Neal, que perdera bilhões na farra dos títulos imobiliários podres.

Thain assumiu e não teimou com a realidade. A Merrill Lynch se livrou de mais US$ 30 bilhões de títulos imobiliários podres (deu tudo a preço de banana para a Lone Star). Vendeu também a participação da ML na empresa de mídia Bloomberg. Em outras palavras, enquanto muitos ficaram esperando ajuda do governo, Thain foi saneando a empresa.”

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Morte de George Carlin e meu pau na mão: amanhã!

Esses são os assuntos de amanhã. Triste não? Não. Nada disso.

A morte de um lutador, combatente como o Carlin é triste sim. Mas a dificuldade, impossibilidade do orgasmo por causa de um medicamento anti-depressivo é de fuder. Melhor, de não fuder.
Gerald

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