Nanini
Como eh bom, estimulante conversar com voce!!!!!!! Obrigado. Obrigado mesmo.
LOVE
Gerald
Nanini
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Gerald
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Cena 1
– Uma espécie de banquete se arma em plena sexta avenida. Ninguém entende muito bem o que é. Faz um calor tremendo, às vezes chove gatos e cachorros, mas o a preparação do banquete não para. Toalhas branquérrimas, pratos de ótima qualidade, tacas de champagne – e, de longe enxergo caixas e mais caixas da própria, a Dom Perrignon. Garçons andando "nervosíssimas" pra lá e pra cá……..É o Clinton que está pra chegar a qualquer momento. Cena 2 – Cafeteria ou Diner ou simplesmente "Joint grego" como se diz aqui, o Cosmos, aqui do lado, na segunda avenida com rua 23. Um homem anda pra lá e pra cá na calçada com um balde na cabeça. Ninguém dentro do Cosmos consegue comer direito, pois a tensão é enorme, já que o tal homem não consegue enxergar e – teme-se – que a qualquer momento, ele saia da calcada e escorregue pra avenida. Como os motoristas de táxi paquistaneses não são exatamente o que se pode chamar de, digamos, gentlemen drivers, o homem estaria morto ou deformado em menos de um metro ao adentrar a Segunda Avenida.
Finalmente Nikki, a garçonete grega, com quem eu discutia a aparição de Giselle Bundchen no programa de Conan O'Brian (e o fato dela não ter dito absolutamente NADA de aproveitável em quase 8 minutos de entrevista, como pode?), saiu do restaurante, pegou o vagabundo, arrancou-lhe o balde da cabeça (as gregas são terríveis: Medéia matou seus filhos, Eletra apaixonou-se pelo pai, as Troianas…..deixa pra lá, vocês entenderam), e, para o desespero de todos: o homem não tinha cabeça. Só um monte de cubinhos de gelo, quase todos, a essa altura, derretidos.
Cena 3 – Me arrastei pra ver o ultimo filme de Steven Spielberg, "The Terminal", mas não agüentei. Talvez não exista filme mais chato no mundo. Não sei o que estava passando na cabeça desse gênio (sim o cara é genial). Mas Tom Hanks, enclausurado no Terminal do aeroporto JFK……Não, não vou nem entrar em detalhes. Carrego na minha bolsa, uma copia da última coluna do Dines pro JB (coluna que o demitiu), e todas as vezes em que posso, a releio. Que genial.
Enquanto a relia, recebi um telefonema do meu amigo Patrick Grant, dizendo que tem dois ingressos pra uma sessão privada de Farenheit 9/11 pra hoje, quarta à tarde.
Vai pegar fogo. Amanha, estréia Deus é Brasileiro, de Caca Diegues no Film Fórum. Nem tudo está perdido.
Mas o homem sem cabeça e o banquete na sexta avenida…..
Cena 4 – Deniel Pearl, aquele jornalista do Washington Post foi o primeiro da serie, ano passado. Eu ainda estava passando aquele ano em Londres (visita ao útero). Depois veio essa onda. Nick Berg, Paul Johnson e agora esse Koreano Kim.
Aos poucos vão degolar todo mundo. O ato em si é uma das coisas mais repugnantes e quem sabe o homem sem cabeça da segunda avenida não era uma espécie de aparição que todos viram ao mesmo tempo, uma espécie de lembrete de que a política de Bush e Blair quando invadiram o Iraque iria distribuir mais terror do que sufoca-lo. Dito e feito.
A Comissão do Senado que investiga o que aconteceu pré-ataques 11 de setembro (the 9/11 Comission) chegou a conclusão de que não havia nenhum contato entre Bin Laden e Saddam Hussein. Aquelas Weapons of Mass Destruction (a razão pra entrar no Iraque) também nunca foram achadas. Mas, logo apos a conclusão da comissão, que inclui Senadores Republicanos, evidentemente, Bush afirma que Bin Laden e Hussein mantinham contato. Com aquele sorrisinho de agente 69, so espancando mesmo.
Cena 5 – Estou dando uma nadada aqui no East River, pois me recuso a fazer 50 anos. E que o mundo todo vá a merda!
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Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão diante de um processo excêntrico: julgar um habeas-corpus do diretor teatral que mostrou as nádegas para a platéia, reagindo às vaias recebidas
Brasília – Acostumados a analisar temas abstratos, como a constitucionalidade de leis e emendas, mas que dizem respeito a pontos importantes da vida de todos os cidadãos, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão diante de um processo excêntrico – e nada relevante. Os integrantes da 2ª Turma do STF começaram a julgar hoje um habeas-corpus pedido pelo diretor de teatro Gerald Thomas que, em reação às vaias da platéia carioca que assistia a uma montagem da ópera Tristão e Isolda, no Teatro Municipal do Rio, abaixou as calças e mostrou as nádegas e a cueca verde.
Com a ação, Gerald Thomas pretende se livrar da possibilidade de ser processado pelo ato.
Relator do habeas-corpus no STF, o ministro Carlos Velloso concluiu que o gesto poderá ser considerado obsceno. Por esse motivo, ele votou contra as pretensões do diretor de teatro. Velloso observou que a evolução cultural da humanidade fez com que a nudez fosse apresentada freqüentemente nos veículos de comunicação. Mas ele afirmou que, nem por isso, o ato deixa de ser ofensivo ao pudor público. Depois desse voto, o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes.
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Third Rail Stage
VALMIR SANTOS
Os dois praticamente pertencem à mesma geração, mas nunca trabalharam juntos. Gerald Thomas, 49, e Marco Nanini, 55, vão contracenar pela primeira vez. Como personagens de si mesmos e, inclusive, como diretor e ator, respectivamente.
Faz dois meses que eles vêm conversando. Thomas, em Nova York, terminou a primeira versão do texto na semana passada. Nanini, depois de muitos telefonemas e mensagens, esfrega as mãos no Rio, entusiasmado pela aventura com o encenador.
"Um Circo de Rins e Fígados" ("A Circus of Kidneys and Livers") é o ponto de interseção.
A peça começa com Nanini recebendo caixas de Sedex que Thomas lhe enviou de Nova York. São documentos sobre um sujeito que passou metade de sua vida na metrópole americana, na clandestinidade, até ser preso. Seu nome: João Paradeiro (Nanini).
Thomas, ainda na peça, envia essas caixas para ver se Nanini faz delas um espetáculo. Antes que o ator encontre seu personagem de fato, sua casa é invadida por policiais. Nas caixas, mais que documentos, há rins e fígados envoltos em isopor. Tráfico de órgãos.
Seguem-se reviravoltas com esse João Paradeiro.
Há uma cena em que pragueja sobre a ocupação dos EUA e aliados no Iraque. Noutra, encontra o francês Jean Genet (1910-86) numa cela, mote para Thomas rememorar a visita do escritor ao Brasil, nos anos 70.
Corta para uma entrevista de João Paradeiro num programa à moda de Jô Soares ou David Letterman, em que relata podres do mundo contemporâneo diante de uma platéia toda sorrisos, de aplausos calorosos, instaurando de vez o circo de horrores.
Ao cabo, tudo não passou de sonho de um cachorro que ouvira seu dono, um carteiro, dizer que amanhã cedo entregaria encomendas na casa do ator Marco Nanini.
A Folha colheu fragmentos desse projeto embrionário de Nanini e Thomas. Texto em mãos, eles agora dão o pontapé para produzir o espetáculo que pretendem estrear em novembro em São Paulo. O diretor sonha também com uma temporada em Nova York, de onde vai escolher alguns atores para o elenco da montagem brasileira.
O NAMORO
Marco Nanini – A gente vive esse namoro de uns tempos para cá. Ele vai me ver, eu vou ver as coisas dele. Nem sempre calha de a gente se encontrar, como quando eu fui assistir a "Ventriloquist" [2000], no Rio. Ele me ligou para fazer uma peça, há cerca de dois meses. Essa oportunidade foi ficando mais forte, até que resolveu escrever a peça. Mandava as partes por e-mail, a gente conversava também por telefone. Tudo apareceu tão rápido, com imagens tão bonitas. Gerald criou um libreto saboroso de falar.
A única coisa chata é que não escuto as músicas que o Gerald está imaginando para o espetáculo. E depois vem a encenação. Vai ser um prazer trabalhar com um encenador conhecido pela beleza da estética que leva à cena. E tenho ouvido falar que ele é muito bom diretor de ator.
Gerald Thomas – Eu considero Nanini essencialmente um ator de teatro. Eu sempre estou a par de suas parcerias com João Falcão ["Quem Tem Medo de Virginia Woolf?"], com Guel Arraes ["O Burguês Ridículo"] etc. Eu trabalhei com o Ney Latorraca, com quem ele fez dupla em "O Mistério de Irma Vap" por mais de uma década. O Ney me contava muitas histórias sobre o Nanini.
A PEÇA
Thomas – Não chega a ser um monólogo, mas é quase. Há interferências mínimas dos demais atores. Tudo está nas mãos do Nanini. São 20 cenas tecidas para ele. É uma comédia que, no final, fica séria. João Paradeiro tem um colapso nervoso, uma crise de identidade que lembra um pouco o "Zelig" do Woody Allen [filme de 1982 em que o cineasta interpreta um personagem camaleônico].
Nanini – Gostei muito do título, mexe com as entranhas. Tem a ver com esse vômito do personagem que está em situações-limite. Tudo isso com muita crítica ao modo de vida contemporâneo, e muita poesia também.
O PERSONAGEM
Nanini – Vejo este João Paradeiro como um dínamo. A cabeça desse homem como que explode por causa da opressão, da beleza, do amor, enfim, das emoções contraditórias. Ele está abaladíssimo. Será um desafio interpretá-lo, como se o chão fosse uma corda esticadíssima.
A AUTO-IMAGEM
Nanini – Não fico preocupado com o que o público vai pensar sobre determinado personagem. [Em "Os Solitários", dirigido por Felipe Hirsch, ele contracenou com Marieta Severo numa cena de incesto]. Minha função é atuar. Se o público percebe isso, tudo bem. Que parte do público não perceba e se confunda também não é desprezível. De alguma maneira, as pessoas saborearam, amando ou odiando. A raiva diante de um personagem é uma reação que faz parte, tudo bem. O chato é quando há somente o tédio, o nosso inimigo.
Thomas – É uma época nova que se abre na minha vida. Estou completando o livro "Notas de Suicídio", que devo lançar em breve. Vou completar 50 anos em 1º de julho e é bom viver essa ruptura, livrar-se dessa pele e me reinventar.
O FIM DA ÓPERA SECA
Thomas – Eu dissolvi a Ópera Seca, logo depois da temporada do "Anchor Pectoris". Agora, a companhia se chama Palco do Terceiro Trilho. A Ópera Seca deu o que tinha que dar. Não adianta manter uma companhia simbólica, que só existe por nome. Ao mesmo tempo, pegar esses atores novos de Nova York e usar o nome de uma antiga companhia seria injusto. A Ópera Seca foi batizada assim pela Ellen Stewart [diretora artística do La MaMa], em 1988. . A Ópera Seca deu o que tinha que dar. Não adianta manter uma companhia simbólica, que só existe por nome. Ao mesmo tempo, pegar esses atores novos de Nova York e usar o nome de uma antiga companhia seria injusto. A Ópera Seca foi batizada assim pela Ellen Stewart [diretora artística do La MaMa], em 1988.
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Nova York – Não há melhor maneira de começar uma coluna do que responder – com tempestade, ímpeto e fúria, à imbecilidade , arrogância e ignorância de alguns bloggers. Pois lá no uol, onde mantenho um Blog ativo e dinâmico, recebo uns comentários maravilhosos, mas as vezes me chegam umas pérolas…..Verdadeiros exemplos do porquê que o Brasil é – como disse Levi Strauss – uma terra que foi da pré-historia pra era industrial sem passar pelas etapas. E essas etapas significam: e d u c a ç ã o e cultura, ou seja, o drible do clichê, do lugar comum e da vulgaridade. Verdadeiros papagaios da propaganda anti-imperialista (como se ainda vivêssemos na guerra fria) esses bloggers (homem ou mulher, sei lá, porquê, em sua maioria, são seres disfarçados, travestidos num submundo de anônimos brincando de emitir opiniões.).
Esse blogger em particular ainda mencionava o episódio de Larry Rohter (e acusava o meu amigo) e – o que é mais grave e imbecil – associava o New York Times às "armas do imperialismo", afirmando categoricamente (sim, porquê quanto mais ignorante a pessoa, mais categórica ela é em suas afirmações nas "conspiracy theories") que a matéria sobre a bebedeira do Lula havia sido encomendada pelo "grande imperialismo, pra denegrir a imagem do Brasil no exterior" e seguem-se uma imensidão de baboseiras que chegaram a envesgar o meu computador.
Eu fico pasmo que ainda exista gente assim.
Mas existe crente, então existe tudo.
Existe fundamentalista de todas as espécies, então existe tudo.
Ainda existe deus, então existe tudo.
Esse(a) blogger, certamente existe e é de brochar qualquer ereção.
Acho que até os velhos partidões comunistas se encabulariam desse tipo de slogam empregado pelo blogger, seja PCB ou PCdo B ou qualquer variande após a cisão de 62 e após a era punk. É inacreditável, mas ainda, com toda a informação que rola no mundo Ocidental (sem um Mohamed no meio) ainda tem gente que enxerga os EUA como um bloco monolítico. Pior. E acham que a imprensa daqui esta de pernas abertas, toda ela, em uníssono, pronta pra servir a Casa Branca. Nao tem sequer memória do que foi Watergate. Não devem nem estar sabendo do ultimo livro de Bob Woodward – Plan of Attack – NUMERO UM há semanas (um livro que demole, expõe todas as incongruências, baboseiras, de Rumsfeld, Ashcroft, Ridge, e evidentemente Cheney e Bush, o idiótico Bush).
Que idiotice meu santo deus! Nao há País mais dividido do que esse. Ou critico. Ou confuso. Sim, existe um patriotismo americano fortíssimo, mas por favor vejam de onde ele vem, examinem suas raízes históricas. Fruto de uma guerra de independência bem sucedida e dos "founding fathers" (e agora com o livro da Cokie Roberts. "Founding Mothers") os Pais e Mães da Nação criaram o País das Liberdades Civis (com muitas guerras, mortes, claro, mas assim é a humanidade). E foi aqui que se libertaram os gays, os negros, os beatniks, os hippies, a contracultura em geral. Civil Rights não existiria se nao houvessem os "Ammendments". Mas isso está ficando longo demais.
Voltando ao(à) blogger idiota com seus clichês idiotas.Tem brasileiro com tanto clichê anti-americano aplicado na veia que qualquer troca de idéias fica impossível. Mas já entendi que isso se dá pelo lado da frustração luso-brasileira, pela constante decepção do brasileiro consigo mesmo, esse gigante que não acorda nunca…essa ameaça de acordar….esse ronco insuportável…..Mas, ao invés de fuçarem tanto na vida alheia e acusarem todos os outros vejamos la:
– O que o Brasil fez com o Sr. Paulo Maluf e seus MILHÕES de dólares no exterior?
– E o Fernando Collor de Melo? Anda solto por aí? E o que aconteceu com a história do PC Farias e aquela coisa toda?
– E a Conta do ACM? Que fim levou aquela falcatrua toda?
– E as dezenas de deputados de Senadores (Quércia por exemplo) que desviam dinheiro e tudo fica por isso mesmo? Herança lusa? Herança Loser?
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Chega de masturbação e vamos aos fatos, porquê estou irado com o mundo e não estou pra brincadeiras. Mesmo que somente cosmética, aqui nos EUA a democracia EXISTE. Os soldados torturadores de Abu Grabe já foram nomeados e já estão sob julgamento (Court Martial). O General de 4 estrelas, Sanchez, já foi retirado de lá, e já esta em Washington prestando depoimento.
PERGUNTA
Duas décadas e meia depois de promulgada a anistia no Brasil…..algum torturador do DOI CODI, do DOPS, da OBAN foi processado ou teve seu rosto revelado nos jornais, como foi o caso da soldada Liddy England?
Esses torturadores brasileiros – alguns deles assassinos, se formos julgá-los pelas mortes de tantos presos políticos como as de Vladimir Herzog, Manoel Fiel Filho, Stuart Edgard Angel, Pedro Pomar, Elza Monerat e centena de outros. Jamais foram indiciados em qualquer processo. Hoje devem viver de uma bela pensão e ver novelas de televisão.
E o(a) blogger vem me falar de "moral americana"?
Olhe-se no espelho e olhe sua própria nação no espelho e CALE A BOCA!
CONTRADIÇÕES
Mas também nao sou louco nem cego a ponto de não saber que, enquanto os EUA ficam escandalizados que seu mais alto escalão, desrespeita tudo e todos e manda merda as convenções de Genebra, tortura e degrada civis inocentes nos porões horrorosos de Saddam Hussein, a CIA sempre ensinou técnicas de tortura a outros países, e teve um especial envolvimento com o que aconteceu durante a ditadura militar no Brasil durante o seu período mais brabo, ou seja Garrastazu Médici e o inicio dos anos Geisel.
Nessa época eu era voluntário em Londres da Amnesty International e cuidava unicamente do Brasil. As atrocidades caíam bem na minha mesa. Philip Agee era o agente da CIA que defectou, escreveu um livro, contou tudo e desapareceu.. Mas os cabos Anselmos da vida não são incomuns, e a CIA muito tinha/tem a ver com isso. Uma tática é a de superfície. Outra é a "dungeon technique". Se Abu Grabe não tivesse acontecido, o que acontece em Guantanamo Bay até hoje é bastante humilhante. Ou mata logo ou acusa e prende. O que não dá pra entender é que na mesma Ilha de Fidel, aquele bando de gente vestido de laranha rastejando pra lá e pra cá……Mas o(a) blogger não entende que o próprio New York Times, assim como o New Yorker Magazine (leia-se Seymour Hersh) ou o Washington Post, ou Tom Brokaw da NBC, ou o 60 minutes (o programa dominical que primeiro revelou o escândalo da tortura no Iraque)…e essa semana agora uma coluna impressionante de Carl Bernstein no USA Today (o cara é inteligente, sabe a audiência que quer e sabe que os intelectuais já estão garantidos pras próximas eleições em 2 de novembro. USA Today eh uma espécie de tablóide que abrange o Pais inteiro), escreve um editorial DEMOLIDOR, comparando BUSH a NIXON (lembram? Ele e Woodward foram aqueles que derrubaram Nixon em Watergate). Ah se esse blogger soubesse o que o Village Voice publica essa semana, estaria mordendo a língua sobre "as armas imperialistas" ou as baboseiras…..
Não se preocupe blogger. Aqui, presidente, senador, deputado, celebridade, bispo, arcebispo……pra imprensa ninguém é sagrado. Sabe porquê? Porquê quanto mais se vasculha a vida deles, mais podre se acha. E PODRE VENDE. E vender é a meta. O único compromisso que a imprensa tem é com ela mesma, com seus anunciantes e, eventualmente, com um ou outro suborno.
Aos poucos os americanos estão acordando desse pesadelo. Os pronunciamentos de Bush já nao pegam mais. Sua body language diz tudo. Ele está praticamente derrotado. Tem que acontecer um milagre pra que vença nas urnas em novembro.
Pena Mr. ou Mrs. Blogger. Os EUA mudaram muito desde que Luis Carlos Prestes colocou vocês contra essa nação. Estudem um pouco a explosão demográfica e a globalização e a reviravolta na emigração que esse País sofreu nessas ultimas três décadas. Então, depois de feito tudo isso, e com um pouco mais de humildade, quem sabe, você refraseara sua pergunta (ao invés de acusar o Larry Rohter e o New York Times todos de serem agentes). E a sua pergunta será como um verdadeiro arco-íris, assim como a população que faz desse pais o que ele é:
Desde os milhões de chineses, japoneses, indonésios, mexicanos, ucranianios, gregos, russos,dominicanos, europeus em geral, africanos de todas as espécies. Fora os seis milhões de islâmicos que apesar dos pesares nao trocam isso aqui por nada.
Ah entendi. Quando você se refere aos EUA, você ainda vê o Dick Van Dyke Show ou a Mary Tyler Moore onde todos são WASPS (protestantes brancos anglo saxões) e não se deu ao trabalho de ver que esse é o País dos grande fenômenos (bons, ruins, nao importa, não somos maniqueístas) e…..se você sofre de alguma doença e está tomando algum remédio…de uma olhada no rótulo. Não! Calma, não quero dizer que um LABORATORIO IMPERIALISTA tenha o fabricado aqui. O que quero dizer é que, em 89 % dos casos, um cientista americano o desenvolveu. Olhe-se no espelho. Nada mais reflete o que é. Você, assim como eu, está vivendo num livro de Lewis Caroll comprado num sebo com as páginas principais faltando. Tente preenchê-las com um pouco mais de criatividade. And, by the way, a AmeriKa que você considera tão ruim, é simplesmente um corpo ardendo em febre e tendo convulsões, assim como qualquer outro doente nesse mesmo hospital ou hospício onde você também esta internado chamado planeta terra.
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Disse Biden com os dentes serrados para Ashcroft: "Você entende porque convenções tais como as de Genebra existem? Elas existem para proteger o "MEU" filho, que esta no exército americano, caso ele seja preso e não termine torturado. É isso que eu gostaria que o Sr. entendesse."
Um Ashcroft sem palavras disse, tontamente, "Eu também tenho um filho no exercito".
Mas a questão aqui é Reagan. Quando um herói dessa potência morre não existem mais críticas. Ou melhor, tudo o que houve de errado, lhe é perdoado. Como a dívida externa (triplicada em seu governo), tudo desculpado. Ator de filmes B, ele está nesse momento (escrevo na terça) sendo visto por cerca de 100 000 pessoas em seu caixão. Por pessoas que esperaram por (algumas delas) mais de 12 horas, em Simi Valley, Califórnia. O nível de emoção e comoção é enorme e não existe uma divisão etária lá. Desde escoteiros até velhos veteranos. Estão todos lá, defronte a um caixão coberto com a bandeira americana, dizendo o seu adeus.
Quem diria que eu, puta velha de guerra, deixaria algumas lágrimas rolarem durante esses dias, vendo as velhas imagens. Pelo menos tínhamos um presidente que sabia falar e que tinha humoR. Sim, era um ator. Sempre o mesmo ator (o que é o caso com quase todos os atores), mas um ator que nunca – ou quase nunca -perdeu sua ternura.
De pé, diante do Brandenburger Tohr (o ponto central do Muro de Berlin), as memoráveis palavras: "Mr Gorbachov, tear down this wall" (Sr Gorbachov, destrua esse muro). Ninguém agora está questionando a chantagem do trigo e os três invernos duríssimos que levaram a (ex) União Soviética a isso, ou o levante de Leipsig. Hora de morte é hora de elogios e de dizer adeus e de chorar e de colocar os demônios pra fora.
Eu nunca fui de ir a velórios. Há algo de macabro nisso e nada me identifico nessas cerimônias. Mas ninguém melhor que eu pra encená-las. São inúmeros os espetáculos em que encenei um funeral ou um velório. Mais que eu, acho que somente Tadeuz Kantor, o grande, o maior de todos, o gênio Polonês.
Reagan se foi. E ver Bush discursar na costa da França (sim, foi Dia D e ele se encontrava lá) foi vergonhoso. Outros líderes de outras nações tiveram coisas mais interessantes a dizer. Entretanto, servido destes fatos e suas caspas de perversidade e acaso, o momento permite outras intenções. Quem, de fraco no estômago, por exemplo, quiser ver no cadáver do maior de todos os republicanos um contraponto aos hábitos políticos-escatológicos de Bush – a falência decreta e viva do modelo de política de guerra republicano atual – e disso entender uma metáfora, que fique à vontade. Elementos não faltam. Até o calendário, neste sentido, faz-se irônico e providencial: Reagan morreu no dia D, data-emblema da vitória das tropas aliadas na França. Outra leitura, mesma metáfora: Reagan, à medida que seu cadáver gelava ante a comoção coletiva, levava consigo todos os valores extremos (e extremistas, talvez) do ideal republicano, enquanto, na mesma Normandia dos horrores passados, a personificação da Falência humana discursava aos que o detestam, talvez nem percebendo, posto estúpido que é, que do seu velório, nem que seja num 4 de julho futuro, a história provavelmente não se fará cumpridora da mínima gentileza:
– Já foi tarde – a maioria dirá. – E as larvas que se engasguem!
Reagan se foi. E esse corpo velado ainda vai viajar muito pelos EUA ate que encontre o seu repouso final. Vai pra Washington DC receber as honras estatais (o último a recebê-las foi Lyndon B Johnson) e volta pra Califórnia pro enterro derradeiro.
Nessas horas não existe política, só existe humanidade ou frieza total. Eu opto, ainda, pela humanidade. Ainda não consegui chegar ao cinismo total. Somos, afinal de contas, seres humanos, e não essas pobres vacas e porcos que os nossos vizinhos do norte estão tentando colocar no mercado norte-americano por preço de banana.
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Claro, claro que o Brasil é mais terceiro mundo do que o Iraque. Esse último esta no centro do asterisco do império bizantino, ou seja, no berço da civilização, com suas brigas tribais absurdas, Sunis contra Xiitas, contra Kurdos……Lutando ha milênios (no Império Otomano, contra Turcos, surdos, cegos e mudos – literalmente) e nessa atual configuração que chamamos de Iraque não são os americanos e nem a ONU que criarão o elemento que fará o reencontro dessas tribos árabes que se odeiam, se mutilam antes que Cristo era Cristo.
Mas ver o Rio daqui é de chorar. De certa forma, choro de saudades também, pensando que – se o STF em Brasília me condenar, não sei qual será o meu futuro aí. Mas sei que fará uma pessoa muito feliz: Arthur Xexeo.
Voltando às imagens da televisão, os camburões, a polícia empobrecida, os fuzis antigos, tadinhos…..não sei se é pra chorar ou rir desse Garotinho que me processou pela bunda que mostrei no Municipal e que ressurgiu essa semana no Supremo Tribunal Federal, em Brasília…. e me pergunto se isso é hora de rever o caso da bunda, lá em Brasília, num STF que deve ter, certamente, coisa mais importante pra fazer. Mas, devo estar enganado. Minha bunda, para o Brasil tem uma enorme importância. Eu é que não me dou conta disso. Ainda hei de descobrir o motivo.
Não quero e não posso escrever muito sobre isso (obviamente, não quero me prejudicar), mas que é Kafka puro é, nesse Brasil que se encontra num buraco só!!!!!! A essa altura dos acontecimentos!!!! Rever tudo de novo????
Sabe de uma coisa? Está tudo irrelevante. É mais ou menos como escrever pra esse jornal indo ralo abaixo, como o resto do mundo. Uma farsa mal contada. Aliás, uma farsa mal contada deixa de ser uma farsa; é como ver uma peça de teatro da coxia e assistir todos os truques, como eles são feitos pela contraregragem. Não que não tenha sua graça para os leigos. Mas como conheço a farsa de frente e pelas coxias (pois sou eu quem crio os truques) a coisa esta perdendo a sua graça. Enterrar o primeiro corpo deve dar lá seus "thrills" pro coveiro. Agora, imaginem o milésimo!
Pois é, já montei (entre tournes, e remontagens, mais de mil espetáculos) em 12 Países.
Então é mesmo melhor olhar o mundo através do prisma daqueles que só se preocupam com os regimes (não os militares ou as democracias ou os grupos de interesse), mas aqueles que prometem que você vai perder não sei quantos kilos em não sei quantos dias.
Os Romanos ainda tinham a melhor solução: dois dedos na garganta depois de encher a panca. A segunda melhor solução quem tem é a Courtney Love. Essa já não tem mais jeito. Perdeu toda e qualquer compostura. Aparece no tribunal drogadérrima, enrolando a língua, tropeçando nos repórteres, não falando coisa com coisa.
Mas não falar coisa com coisa o Bush também fala. Então sou mais a Courtney Love, mais divertida e não gasta dinheiro publico.
Quando ando aqui pela rua 23, não vejo mais gente. Vejo obesos. É uma loucura. Não são mais corpos. São batatas ambulantes. Não andam. Movem-se com dificuldade e comem enquanto se arrastam pelas ruas. Em contraponto, com a chegada do calor, a cidade mais sexy do mundo (Nova York) começa a expor os corpos belos, magros, frívolos e fúteis. Numa arca de Noé, não teria o que se salvar nesse mundo de falsas celebridades (essas que saem de fábricas, não tem talento algum, alpinistas sociais, só estavam no lugar certo no momento certo e deram pra pessoa certa: tenho provas do que digo em alguma instância).
Agora, magro do jeito que sou, e não precisando perder peso (ao contrario) vou pro banheiro meter dois dedos dentro da garganta e dar uma bela vomitada. É o meu "salut" diário ao mundo e suas nações brilhantes.
E Viva o Terceiro Mundo!
De quem não tem mais nada a dizer
Subscrevo-me cordialmente
Gerald Thomas
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