Monthly Archives: March 2009

Zé Celso em New York

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Zé Celso

Ah, vai ser uma delícia recebê-lo. Há anos não nos vemos! Escrevo, emocionado e orgulhoso, de Zé Celso e de sua companhia maravilhosa de atores “reais”, nobres, engraçados, farsescos, berrantes, bacantes, na boca do lixo, na boca de cena do teatro aberto ao berro do mundo, ao grito para o mundo: esse mundo que não pára nunca de estar no caos. 

Então, eu pego os dois no aeroporto, o Zé e o Marcelo, e os trago aqui em casa para começar uma longuíssima conversa que terá prosseguimento com o testemunho do público no Theater Lab (informações aí em baixo). Zé é o grande artista do teatro, de todos os teatros, de todas as formas de teatro, dos “Sertões” até Schiller, e faz um Hamlet que eu chamei de “O maior Espetáculo da Terra”. E era mesmo. Raramente fiquei tão emocionado em teatro. EVER!!!!  

A premissa do Zé em teatro não precisa ser explicada. Como o pessoal aqui vai receber o DVD das “Bacantes”, não sei.  São entendimentos e compreensões distantes, já que a carnavalização e a antropofagia não fazem parte (culturalmente) do cotidiano cultural americano. Mas Nova York não é a América, propriamente. A Antropofagia aqui se dá em outro nível: é política. É a fagia mesmo, a do ataque bélico. Não a do ‘happening’, que Oswald de Andrade gozoso misturou na semana de 22, e nem aquela que Julian Beck despiu como se fosse o “Nu Descendo a Escada”, de Duchamp. 

Com Zé Celso quero poder enxergar o fantasma, os fantasmas ideológicos que existem em mim. Ou melhor, quero poder enxergar os denominadores comuns que nos unem. Por que falei em fantasma? Porque o pai assassinado de Hamlet era um fantasma e Zé Celso é o pai do teatro brasileiro ainda VIVO e muito vivo, o que talvez nos torne um tanto quanto… Mortos. Na verdade estamos todos imobilizados em nossas ações, como o príncipe dinamarquês. E acho que no “Q&A” (perguntas e respostas), depois da exibição do vídeo, vai rolar muito sobre quem somos, o quanto valemos além das palavras, palavras, palavras.

 

Welcome to New York, Zé Celso!

 

 

Gerald Thomas 

 

       THEATERLAB    137 West   Fourteenth   Street  – New York 

presents

The North American premiere screening of


AS BACANTES 2009

 

Zé Celso

 

     As Bacantes 2009 is a lyrcial Brazilian

 re-creation of Eurípedes’

tragi-comedy-orgy The Bacchae as told

in the context of Carneval, first staged

by Ze Celso in 1996.

April 2, 2009 beginning at 5 PM

(3 hrs 35 min w/ intermission)

with English Subtitles

FREE Admission

 

followed by a Q&A with Brazilian theater legend

Ze Celso (José Celso Martinez Corrêa)

in his first US appearance

 

Hosted by playwright & director Gerald Thomas

 

Reservations Recommended – 212-929-2545

 

 

Na edição: O Vampiro de Curitiba

Colaboração de Patrick Grant

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Lula, o Moreno de Olhos Negros, na TV Americana

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Lula no programa GPS, de Fareed Zakaria, da CNN.

 

 

New York – Todo mundo gosta de enfrentar um entrevistador elogioso. Nada de perguntas “sensíveis”, nada de controvérsias, nada de perguntas sobre a corrupção interna e os escândalos que vêm acompanhando seu mandato. Aqui o presidente Luis Inácio Lula da Silva foi entrevistado como o líder de uma nação “potente”, “o país do futuro”, etc.

 

Olha, até que fiquei impressionado. Fora algumas datas que ele errou (tudo bem), Lula falava em deus o tempo todo e disse ter dado muitos conselhos a Obama. Por que deus? Será que Lula se sente um iluminado? Um escolhido? Bem, o aspecto “proletário” dele foi um fato bastante explorado. Sim, o metalúrgico que subiu ao poder e tal…”Sim, eu conheço a pobreza. Na minha casa haviam inundações de um metro e meio. Flutuavam ratos e baratas quando isso acontecia então… sei muito bem o que é ser pobre!” – dizia um deslumbrado Lula a um deslumbrado Zakaria (que me parece ser paquistanês, não sei ao certo). Ambos deslumbrados, Lula completava: “às vezes me pergunto o que estou fazendo no meio desses líderes mundiais todos.” Os dois se olhavam deslumbrados. Acho que Zakaria também nunca imaginou que teria um programa na CNN.

 

Em nenhum minuto o presidente brasileiro foi questionado sobre a violência interna em seu país. Quando Musharaff foi entrevistado (já depois de deposto como presidente do Paquistão), as perguntas eram muito mais agressivas, óbvio. Era Al Qaeda pra lá, Al Qaeda pra cá, e como pequenos grupos seletos protegiam os terroristas em vilarejos na fronteira com o Afeganistão. E assim foi com outros líderes políticos que já deram seu depoimento a Zakaria.

 

Já na sua intro, o apresentador deixou muito claro: “aqui estará sentado um presidente de um país dos mais importantes e sobre o qual você sabe menos”.

 

Acho impressionante como Fareed Zakaria conseguiu apresentar o Lula como o líder mais “popular do mundo” (com 80 por cento de aprovação), sem entrar em detalhes de como esses dados são colhidos. Não se falou em voto obrigatório. Não se falou em mensalão e outros escândalos.

 

Acho de uma irresponsabilidade ÚNICA um canal como a CNN apresentar um presidente de um país como o Brasil sem que se mostre antes uma reportagem sobre a “realidade do país” que esse líder governa.

 

Lula falou muito nas alianças entre países de terceiro mundo, como Índia e China. Foi cauteloso quando falava na China, parecia não ter muitos dados. Falou com cautela também sobre Hugo Chavez e, aí sim, foi interrompido algumas vezes. Mas disse que a Venezuela é parceira econômica do Brasil, e que não se sentia livre para falar criticamente de seu companheiro, o ditador Hugo Chavez, e seus métodos nada ortodoxos de se manter no poder. Lula falou que “deve-se respeitar a cultura de cada país”. Bem, se formos seguir esse raciocínio, é melhor deixar o genocídio do Congo e em Darfur prosseguir, porque, afinal, deve ser algo tribal e, portanto, cultural. Enfim, sem comentários.

 

Bem… ao mesmo tempo, digo o seguinte: Lula não se saiu mal. Se todos os entrevistadores do mundo fossem tão “amáveis” quanto Fareed Zakaria (cuja única pergunta realmente sensível foi: “O senhor disse a Obama para levantar o embargo a Cuba?”), seria sempre fácil.

 

Primeiro Lula procurou desconversar. Depois se confundiu com as datas. Mas acertou que a revolução de Sierra Maestra foi em 59 e disse que não fazia nenhum sentido “manter um embargo quando na verdade o Obama foi eleito, em grande parte, por cubanos residentes aqui”. O que o Lula talvez não saiba é que esses cubanos residentes aqui são EXILADOS FORAGIDOS, pessoas que remaram, que nadaram, que quase foram comidas por tubarões para chegarem à costa da Flórida e que ODEIAM Fidel.

 

Mas se Zakaria não interrompe, do que adianta ficar desse lado da tela, ficar esperneando?

 

 

Ps.: A fala do presidente foi dublada para o Inglês por um intérprete com a voz idêntica a do Lula.

 

Gerald Thomas, 29/Março/2009.

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PS. do Vamp: Pessoal, é preciso sempre atualizar a página ( F5,”atualizar” ou “refresh”), pois a mesma nem sempre atualiza automaticamente.  

 

 

 

(Vamp na edição)

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TOP CHEF

 

 

Top Chef e Projeto Runway

 

New York – Tudo no Brasil começa em outro lugar. Tudo é imitado. Chega a ser irritante como nada é original. As pessoas me dizem (com dez, vinte anos de atraso), “agora no Brasil também já temos …”. Sim, mas até hoje, São Paulo não tem um metro que preste e não enterrou seus fios. Os postes não são somente risíveis. São deploráveis. Os postes são uma anomalia urbana. Há quem venha de “fora” (aliás, esse conceito de “fora” e de “dentro” também é muito peculiar) para fotografar esses postes e seus fios em plena paulicéia, com seus pesados transformadores, etc. Um horror!

 

Mas faço esse prefácio da imitação por causa desse Big Brother Brasil, essa catástrofe. Nem nome brasileiro tem. “Big Brother”. Sei! Não sabem nem quem foi George Orwell e  esse “abestalhamento” monumental que joga o país meio século para trás. Olham a televisão bestificada para ver “quem está com quem”. Cacete!

 

Mas nem todos os realities shows no mundo são imbecis.

Top Chef e Project Runway são interessantes. Claro, dentro da medida do possível.

 

Top Chef é um entre tantos programas na TV americana que lida com a situação “Restaurante”: Cozinha, assistentes, frentista, garçom, etc. Julga-se entre os times participantes. Vão-se reduzindo o número dos que estão vencendo. Entramos na vida emocional deles. Aprendemos sobre a vida particular deles, sobre seus sofrimentos e ambições e, obviamente, tomamos partido e começa uma torcida fervorosa.

 

E como não poderia deixar de ser, odiamos os críticos: afinal, quem são eles? Bandas de rock? Modelitos de fashion? Um único crítico da Zagat ou da Vogue ou Vanity Fair? Unfair.

 

No final de uma rodada de programas, a equipe de quase vencedores é trazida para New Orleans e a challenge é que se façam pratos ”cajum”, ou seja, da cozinha creole/francesa, apimentados (coisas do Sul dos USA). Enfim. Não importa. O que importa é que o julgamento é rigoroso e que, no final, sairão equipes ducaralho desses programas. Ambiciosos, talentosos e hábeis. Às vezes, futuros gênios da cozinha.

 

O mesmo acontece com “PROJECT RUNWAY” (tradução possível seria: Projeto Passarela) onde a mesma coisa acontece com jovens que virarão estilistas, costureiros, desenhistas como o Galiano, Herchcovitch, McQueen, etc. As equipes são levadas para as lojas de gente famosíssima como a Furstenberg e é dado o start no cronômetro: eles têm 3 minutos para pegar o quanto tecido quiserem. Depois, mais 3 horas, ou sei lá quanto, para modelarem algo em torno de um tema ou uma época e está cada um por si: de novo, aprendemos um pouco (através de entrevistas individuais) quem é quem, de onde vieram, o quanto são ou não ambiciosos, e no final temos um “winner” para a próxima etapa. Ah sim, tanto no Top Chef quanto no Project Runway, participamos das discussões entre os críticos. Ficamos a par dos critérios de eliminação ou de adoção, etc.

 

Já o mesmo não acontece na política ou no que é publicado a respeito de resoluções políticas! Por exemplo:  a queima de pneus! Sempre queimam pneus. Por que isso, não sei. Mas virou um símbolo! Será que se comeria um pneu queimado, com o molho apropriado? Oficiais americanos afirmam que têm a prova de que existem links diretos entre o Talibã e o Paquistão. Dizem que vem de informantes confiáveis e de “electronic surveillance” (aquilo que George Orwell descrevia como sendo Big Brother, já que ninguém nunca pode provar). Está ai! Os militares paquistaneses e os líderes civis, ambos negam publicamente que tenham qualquer conexão com esses grupos militantes. Ha! Como provar qualquer coisa? Nada prova nada! Então se invoca “electronic surveillance” e pronto. Não resta mais dúvida numa possível próxima invasão militar e sua justificativa perante o Senado. Oh, Jesus!

 

Vamos voltar pro Top Chef? Não. É bonitinho e tal, mas depois de ver o cara ou a menina tremendo, montando o peixe que já caiu do prato quinhentas vezes e o doce que cozinhou demais e fracassou, que diabos!!!!! Queremos mesmo o quê? Investigar as centenas de incógnitas que ainda permanecem obscuras no verso da nota de um dólar? NÃO, não, não! Deixa aquela pirâmide cortada com aquele olho que emite raios (linda), pois é aquela nota que rege as regras do mundo: desde os pneus queimando até quem vai ganhar o Top Chef ou se o Drug Lord da Rocinha, agora alojado na ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, irá sobreviver ou não!

 

Olha, uma sugestão: Vamos investigar a vida de Freeman Dyson.

 

Quem é? O que faz? Venham-me com as respostas. Estou exausto ou então… fica para o próximo artigo, isso é, se não me colocarem num desses eternos pneus que queimam ou se um Top Chef da vida não resolver fazer um prato de inverno meio primavera intitulado “Salada de putos, veados e vagabundos regados a balsâmico”. Ah, estaria me banhando de balsâmico de Modena agora, se o Top Chef fosse gente boa!

 

 

 

Gerald Thomas, 26/Março/2009

 

 

 

(Vamp na edição)

 

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A Cartelização do Mundo

 

New York – Caramba! Com os “cartéis” dominando o mundo, acho que nós, os putos, veados e vagabundos deveríamos tentar rebatizar a globalização para “cartelização” do mundo. Leio que Andrew Cuomo, filho do maravilhoso ex-governador do Estado aqui de NY, Mario Cuomo, e agora o nosso Attorney General, diz que convenceu nove entre dez dos principais recipientes dos bônus do AIG a devolverem  a grana. Algo em torno de 50 milhões de dólares. Nada mal. Nove em Dez. “Nine out of ten movie stars make me cry, I’m alive” (Caetano Veloso… descendo a Portobello Road, no exílio em Londres, Notting Hill Gate…)

Enquanto isso, o cartel mexicano de drogas se estende até à cidade de Sarah Palin, Anchorage! Caramba! Mas também (pensem!) com baleias e neve ao redor não resta muito o que fazer: o sujeito deve andar que nem um zumbi atrás de qualquer tipo de droga, não é? Diferente do Rio de Janeiro, SITIADA pela POLÍCIA E PELOS BANDIDOS!!!! Por quê? Maconha, cocaína e armas! “Seja marginal, seja herói!“, aquela coisa do Helio Oiticica já era! BASTA! Aquilo era naquela época. Soava bonitinho. Era logo depois de Sartre qie havia endossado Jean Genet com Saint Genet e artistas do mundo inteiro (como Warhol, por exemplo, declaravam seu amor pelo underground [ alguns com velvet, outros nao]. O Helio ainda in love com o Cara de Cavalo. Mas agora? Olha a merda que deu! BASTA! Sério. Eles hoje olhariam tudo isso com REPUGNÂNCIA!

Sim,  a cartelização do mundo! E ainda tem gente que defende a tese de que o teatro deve ser feito de “tarjas”. Mas isso é para quem ainda acha que o teatro é o “novo lugar” para ser descoberto. Nós, os veados, putos e vagabundos, que temos uma vivência um pouco mais abrangente,  tentamos nos (des)preocupar com a merda que acontece no mundo, como: a China que toma conta de tudo, as pequenas guerras localizadas e que estão extraindo o pouco de ‘humano’ que ainda resta em nós, as doenças RADICAIS  e que não precisariam existir se todo o dinheiro do mundo fosse gasto nas coisas certas (e não em bônus para CEO corrupto, que agora devolve…vamos ver…), as pequenas guerras frias entre paises como o Irã, a merdalha entre Israel e vizinhos, a merdalha entre os próprios árabes que não se entendem, a merdalha do Afeganistão que voltou a ser um campo de papoula (imagine a polícia do Rio subindo a Ladeira dos Taba-Maha- jahras! Brigando com o Taleban).

Ah, a cartelização do mundo…

Era sobre Descartes que eu escrevia? Não, né? É sobre os escrotos mesmo. Eles não querem deixar nós, os putos e vagabundos, em paz. 

 

PS.- Ontem foi aniversário do Blog: 10 meses de IG. E obrigado pelos quase 600 comentários do Post anterior! 
Ah, não falei em flores e na grande depressão, ou melhor, na CRISE econômica: mas andando na Sexta e no Sábado pelo Village ou Soho e assistindo um ensaio do Philip Glass na City Winery (tudo lotado, sempre, tudo completamente acumulado de gente, e a Dow Jones – the Devil in Miss Jones – estourando novos índices para CIMA) começo a ter minhas dúvidas o quanto é retórica e o quanto não é “remanejamento” dos… cartéis!

  

 

Gerald Thomas

 

 

(Vamp na  edição)

 

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Ah, Nós Artistas, os Putos e Veados!

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New York – Mas os políticos e banqueiros, todos vestidinhos com seus terninhos, ah… Que bonitinhos… Tão limpinhos! Volta e meia, tombam.  Para cada um que aparece ou é “pego em flagrante”, como o ex-governador de NY, o Eliott Spitzer (num ring de prostituição e drogas), ou o ex-governador de New Jersey (pego em flagra na cama com outro homem), imaginem aqueles tantos que não são pegos.

 

Quero dizer, eu não imagino. No meu círculo eu ouço mesmo! Sim, pessoas são nomeadas. É cada coisa! Pelo menos nós, artistas veados, putos e vagabundos nada temos a esconder. Drogados e sanguessugas que somos, sempre colocamos tudo  no topo da mesa, nós mesmos, sem meias palavras: desde Puck (no “Sonho de uma Noite de Verão”), até o Bobo (em “Rei Lear”), ambas de Shakespeare, os dois mentem dizendo a verdade. Ambos deitam e rolam em mentiras (que vem a ser a essência da verdade). Ambos falam asneiras (que vem a ser a mais pura razão).

 

E mesmo quatrocentos e tantos anos depois de Shakespeare a politicalha ainda não aprendeu que é melhor “escancarar”, ou seja, que é melhor ter a nossa cara do que se fingir de certinho! Incrível. Incrível mesmo, porque… mais cedo ou mais  tarde (assim como aconteceu com o ex-prefeito de Washington DC), vão pegar o cara fumando crack, ou vão pegar alguém dando o cu, ou vão pegar alguém trocando de papeis e falando frases que não são deles ou delas. Teatro! Esse é o nosso papel. Estamos sendo roubados todos os dias! Os políticos não assaltam somente os cofres públicos: assaltam a NOSSA PROFISSÃO!

 

É justamente isso que fazemos todos os dias, nós, os putos, os veados, os vagabundos!  E nos aplaudem em pé! Quando não nos vaiam, claro. Mas mesmo quando nos vaiam, estão demonstrando uma forma de repugnância não propriamente a nós, mas à nossa forma de representar vocês, eles, a sociedade como um todo. Daí talvez o choque.

 

Ah, e quanto ao aplauso: ele dói aos ouvidos. Por quê? Porque não existe nada mais hipócrita. Melhor mesmo seria enfiar o sorvete de casquinha no meio da testa! Aí, sim, tudo estaria nos conformes.

 

Ah, os artistas e os políticos e a sociedade…

 

Nós não temos jeito mesmo! E agora, para mais um ato! O Ato final? Como seria? Mais ou menos como esse do AIG que temos presenciado. Um diz uma coisa. Outro dia outro diz outra. No terceiro dia aparece outro que diz “eu preveni a todos que seria assim, já faz anos”. Daí aparece o antagonista dos antagonistas: Bernie Madoff.

 

A comédia do terror não tem fim.

 

Ou melhor, tem sim. Com muita maquilagem e muito cristal japonês, o verdadeiro teatro nunca esteve no palco. Que M.E.R.D.A.!

 

 

 

Gerald Thomas, 20 de Março de 2009.

 

 

 

 

(O Vampiro de Curitiba na edição)

 

 

 

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UM VÍRUS CHAMADO “AIG”

 

 

New York – No Capitólio agora a pouco, nesta Quarta-feira, um Deputado fez uma piada quase aos prantos citando um velho e conhecido produto das prateleiras americanas: “I can’t believe it’s not butter” (não posso acreditar que não seja manteiga).Óbvio que se trata de uma margarina com um gosto praticamente igual à manteiga. Prosseguia o deputado: “Pelo menos eles têm a DECÊNCIA de dizer que não se trata de manteiga. Por que a AIG também não nos informou algo como “I can’t believe it’s not insurance?”

Todo mundo riu. Mas depois do discurso inflamado do já inflamadíssimo Barney Frank, as coisas por aqui não terminam em pizza, não. A AIG é o gigante das seguradoras.  Ela assegura as outras seguradoras. Ela assegura os grandes filmes de Hollywood, as plataformas de petróleo, enfim, coisas enorrrmes.

Mas se qualquer uma dessas empresas fosse à falência, a AIG não teria como pagar, porque essa enorme máquina está falida. Mas mesmo falida, estava sendo subsidiada pelo “bailout” do governo. E como se isso não bastasse, seus chefões estavam se dando “bônus” na ordem de milhões de dólares. Milhões! E de quem é esse dinheiro? Nosso. Do contribuinte. Está todo mundo puto. E serão obrigados a devolver. No momento em que escrevo, o Presidente Obama está na televisão em rede nacional falando justamente sobre a AIG. Pronto: a bomba (mais uma) estourou: Wall Street está em coma. Mesmo com o Dow Jones em alta nos últimos dias, esse fenômeno dos CEO’s se beneficiando sem qualquer tipo de moral ou julgamento… bem esses dias acabaram. A festa acabou, rapazes. Os good guys de ontem são os vilões de hoje.  Nada que ficções ou filmes como “Wall Street” ou “Money”, ou editoriais já não vem dizendo há anos.

Sim, a recessão vai durar um ano. Tem previsão para isso. E depois disso nasce a Phoenix das cinzas. Como? O que digo? Utopia? É mais ou menos assim. Matou a família e foi ao cinema. Ninguém tem qualquer senso de História.

Exemplo: tenho aqui na minha cozinha um jarro de Maple Syrup, um sorbet de Blueberry e vários itens (como manteiga de amendoim orgânica). Mas se eu perguntar a qualquer mortal qual a origem real desses produtos, o que vou receber em retorno? Se eu perguntar ao vizinho o que significa o “SEC”, ou o “FDA”, realmente, vou receber um berro mudo, uma boca aberta. Ninguém sabe nada. São muitas siglas. Ninguém é perfeito. E por isso mesmo, os CEO’s nadam e rolam, porque “They can’t believe it’s not butter” e nós não podemos acreditar no que eles fazem. Mas que fazem, fazem! E agora… ha, ha, vão PAGAR CARO!

 

 

Gerald Thomas, 18/Março/2009

 

PS.: Se esse post não serviu para nada, considerem o seguinte: eu os apresentei a Barney Frank.  Quem é ele? É o primeiro “abertamente gay” deputado e presidente do Comitê de Finanças do Congresso.

Ah, e além disso, a AIG é a seguradora das seguradoras. Chega a ser uma piada metalingüística mesmo.  Disse alguém no meu ouvido: “é como se fosse um banco que não é um banco, ou um ônibus que não é um ônibus”. Ou seja, a AIG, cujo prédio eu vejo todas as vezes em que vou comer ostras no South Street Seaport, é um monstro de Loch Ness. Não existe!!!

 

 

 

(O Vampiro de Curitiba na edição)

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Leitura Estreia Hoje

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Terça-feira, 16 de março de 2009                                         

 

Peça do inglês Tom Stoppard é lida hoje na Folha

 

“Travesties” flagra efervescência de Zurique no fim da década de 1910, quando lá moravam Tristan Tzara, James Joyce e Lênin

Elenco e diretor (ao centro, de camisa verde) de “Travesties’ durante ensaio para a leitura

REPORTAGEM LOCAL

Na Zurique de 1917, consta que o revolucionário Lênin (1870-1924), o precursor do dadaísmo Tristan Tzara (1896-1963) e o escritor James Joyce (1882-1941) viviam na mesma rua, mas nunca se cruzaram.

O dramaturgo inglês Tom Stoppard “consertou” esse infortúnio histórico em “Travesties”, peça de 1974 lida hoje, no auditório da Folha, com direção de Caetano Vilela -que pretende montá-la como “Farsas Burlescas”.
No enredo, a sala da casa do funcionário da embaixada britânica Henry Carr (outra figura que de fato existiu) e uma biblioteca da cidade suíça acolhem encontros ocasionais do trio de notáveis.

O relato é conduzido pela memória de um Carr já velho, cheia de imprecisões e solavancos -mas capaz de manter intactas as discussões sobre a função política do artista e o estado da arte em regimes totalitários que pautaram sua relação com as figuras históricas. Como é caro a Stoppard, a dramaturgia de “Travesties” tem traços de metalinguagem.

Aqui, ele dialoga com “A Importância de Ser Fiel”, crítica de costumes de Oscar Wilde (1854-1900): ator diletante, Carr é convencido a participar de uma montagem do clássico.Ópera Seca

Vilela, que faz sua estreia como diretor da Cia. de Ópera Seca (fundada por Gerald Thomas), conta que descobriu o texto durante a preparação da ópera “Lady Macbeth do Distrito de Mtzensk”, há três anos: “Pesquisando a censura dessa ópera [pelo Partido Comunista russo, em 1936], cheguei a autores contemporâneos que tratavam de arte e poder. E Stoppard era um deles. Quis adaptar “Rock’n’roll” (2006), mas os direitos tinham sido comprados. Então me lembrei do ‘Travesties’.
 

Em uma conversa telefônica, Stoppard avisou: “Veja bem, esse é um dos meus textos mais difíceis. Você não sabe onde está se metendo”. O diretor não se assustou: “Apesar do discurso político sobre o papel do artista na sociedade e da linguagem elaborada, ele mesmo disse que não era para ver a peça como tese: tratava-se de uma comédia, um divertimento”.

 

  

Sessão dupla

 

A obra, que nunca foi encenada na América do Sul, está em pré-produção e deve estrear no circuito em outubro deste ano, em teatro ainda não definido, para uma temporada de três meses. “Essa é a primeira leitura pública do texto, e nosso projeto é que ele seja apresentado em um programa duplo, com encenação da obra que inspirou Stoppard”, explica Vilela.

 

A ideia é reunir “Travesties” e “A Importância de Ser Prudente” no mesmo teatro, em apresentações paralelas. Vilela ainda esclarece o significado do título da montagem. “O espetáculo nada tem a ver com o termo ‘travestis’, mas trata de um estilo teatral baseado na paródia, que também é utilizado na peça de Oscar Wilde.”

 

A leitura de “Travesties” reúne os atores Fabiana Gugli, Marco Antônio Pâmio –também responsável pela tradução da obra–, Sabrina Greve, Anette Naiman, Laerte Mello, Germano Melo, Mauro Wrona e Theodoro Cochrane.

 

Al. Barão de Limeira, 425, 9º andar, região central, São Paulo, SP. Seg. (16): 20h. Grátis. Não recomendado para menores de 14 anos.

  

LEITURA DA PEÇA “TRAVESTIES”
 
Quando: hoje, às 20h
Onde: auditório da Folha (al. Barão de Limeira, 425, 9º andar, Campos Elíseos)
Quanto: grátis (inscrições pelo tel. 3224-3473 ou pelo e-mail eventofolha@grupofolha.com.br, das 14h às 19h)
Classificação: não indicada a menores de 14 anos
  

 

 

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Mulher Não Brinca de Foguetinho

(Madoff saindo da Corte Fedral de NY)

MULHER NÃO BRINCA DE FOGUETINHO!

New York – Ontem de madrugada, conversando com Gustavo Ariani (pelo skype), falamos de tudo, como sempre falamos. Com a câmera do MacBook ligada eu fazia um tour pelo apartamento e ele tocava, no violão, uma lindíssima peça de Villa Lobos. Mas falávamos das nossas intensas indignações também, já que ele dirige a CAL no Rio. A CAL é uma escola de artes dramáticas. E, depois de uma hora de conversa, chegamos onde sempre chegamos: aos risos, aos choros, às  náuseas habituais até ao caso David Goldman (que chegou ao Rio ontem), e, como sempre,  tecemos longas teorias sobre por que o mundo está como o mundo  está.

Não, querido leitor. Não irei entrar em detalhes. O Caso do David  e Sean Goldman está “all over” nesse blog e já viramos um instrumento de defesa em sua causa.

Agora, o escândalo é mesmo esse filho da puta do Bernard Madoff. Mas se a desconstrução do nome já não diz tudo – MAD OFF,  ou se seguimos a pronuncia “Made Off” (with the money, correu com a grana) – então não sei se o diabólico e a cólica não se misturam numa liquidificação da parabólica!

Ah, claro! A minha Ellen Stewart (antes que todos perguntem) está de volta ao hospital, em estado anti-crítico/super crítico, para não falar em anti-Edipo, entubada e embutida,  mas dando um sorriso que faz o pavilhão inteiro do oitavo andar passar lá para pegar carona no seu carisma.

Gustavo, indignado, dizia: “que loucura essa coisa da economia mundial, colapsou!”. E eu já o interrompia. “Gustavo, pelo amor de deus, pare com economia. Ninguém aqui fala em outra coisa!” Eu chego ao cúmulo masoquista de ver o “Countdown”, programa do Keith Olberman, além de todos os outros, para me certificar again e again que o Down Jones parece mesmo aquele filme pornô da década de 60, “The Devil in Miss Jones”, PÉSSIMO!

Nós, os homens, temos a capacidade de estragar tudo. Olha esse crápula do MAD OFF.  Não são mais 50 BILHÕES de dólares. Agora parece que são 65 BILHÕES. Quem sabe, amanhã ouviremos que serão 100 BILHÕES ou até mais?. É o caso mais comentado entre amigos, em cafés ou patisseries pela cidade. Sim, os homens têm uma capacidade impressionante de se destruir e de conseguir destruir o outro assim… digo, assim, sem  mais nem menos: é algo… o quê? Vem de onde? Não, não sou o Clausevitz nem o Paul Virilio nem um expert nessas coisas. Mas uma frase me fica na cabeça e não sei de onde veio:

Estou tentando me comunicar com você. Você não me ouve? Hein? Hey, hey, você mesmo! É com você que estou falando. Não consegue me ouvir? Que pena! Estou bem atrás de você, quase encostando na sua nuca, no seu ombro e você não nota a minha presença.

Lembro muito de Haroldo de Campos em muitas horas do meu dia.

Em Miami na semana retrasada, conversando com o Walter Greulach, conversávamos muito sobre os fantásticos escritores argentinos, do qual ele faz parte.  Não sei porque mencionei o Haroldo. Ah sim, porque além da sua meta isso e aquilo e paixão por Joyce e Pound e tudo, era um INDIGNADO! Mas destruía  e desconstruia também as línguas que falamos e digitamos, e isso é fantástico por…Por quê? Porque somos prisioneiros delas! Deles! Dos idiomas.

Sim, nos destruímos e partimos para briga. Um xinga o outro. Olhem os comentários nesse blog. Mas o Gustavo (num tom de briga e depois de dedilhar lindamente um Vila Lobos no violão), contrafobicamente me retrucou: “MAS NÃO É SOMENTE ISSO, NÃO, MEU IRMÃO! SE NÃO FOSSEM NÓS, OS HOMENS, NÃO TERÍAMOS A PARTE BOA DA VIDA”.

“Como assim, Gustavo, parte boa da vida?”

“SIM, NÃO TERÍAMOS AVANÇOS INCRÍVEIS NA TECNOLOGIA, NA MEDICINA, NA ENGENHARIA E ARQUITETURA E NA FILOSOFIA… e foi você mesmo que diz na tua peça “Kepler the Dog”: Não tem mulher compositora clássica. E, quer saber? O HOMEM NÃO TERIA IDO À LUA PORQUE MULHER NÂO BRINCA DE FOGUETINHO!!!”

Bem, diante disso tivemos ambos uma crise de riso. É, Stalin, Hitler, Napoleão, Franco, os Faraós, as Dinastias, os Imperadores, os Kaisers, sim, até Ghandi e suas sandálias eram masculinas.  Judith Malina escreve sobre Erwin Piscator (um dos maiores gênios do teatro do século XX), penso: Brincamos do que brincamos porque, até certo ponto, aceitamos que a vida é um risco. RISCO ! Sem ela não teríamos a dialética ou esse balanço sobre o qual está baseado o sistema econômico! Bah e viva!

As mulheres nos colocam aqui. Nos preservam de tanta besteira que fazemos. Ao mesmo tempo nos excitam e incentivam. Às vezes, passamos pro outro lado e ficamos SÓS, digo, S.O.S.

Não há certo nem errado, não é? Grande besteira quem diss isso. Óbvio que há. Existe o Meu e o Teu certo e errado e puxamos o gatilho em nome dele! Sartre sacaneou  Humbold (só um exemplo) mas nós, os supostos brincalhões da história, somos os predadores, os vomitadores que falham e falham sempre.

Talvez a resposta esteja não exatamente na promessa, mas na expectativa, e Madoff era a expectativa de TANTOS em enriquecer trocando dinheiro por… mais dinheiro.

 Ah, sim, porque somos sempre acusados disso e daquilo: os próprios leitores do blog dizem “vc não sabe nada sobre a realidade brasileira e fica aí vendo a vista do East River”. Minha resposta está num dos comentários: a Vejinha Rio estreou seu número 1 com “a Vanguarda sobe o morro”: passei 3 dias na Rocinha e de lá não saí mais. Os carnavais subseqüentes que construí com eles foram… (bem, isso é para outra coluna) e as minhas subidas à Mangueira ainda quando menino, com o Helio Oiticica… ah, o Cartola lá em cima… ah… não, não vivo de nostalgia porque EU BRINCO DE FOGUETINHO E A VIDA É UM RISCO. E SÓ POR ISSO VALE A PENA. E, QUER SABER?

SE MAIS UM ENGRAÇADINHO AQUI CHAMAR O DAVID GOLDMAN DE (…) vai tomar na VAGA!

Tenham um ótimo fim de semana!

O Lula vai ter: afinal, estará nos Estados Unidos da América  e deverá me ligar. Será que eu irei atender?

Gerald Thomas

PS. URGENTE: Enquanto eu escrevia a coluna, o desgraçado Madoff estava sendo algemado e levado para a prisão! Esse homem brincou demais com o seu foguetinho e seu esquema furado (Ponzi scheme é como se chama esse tipo de malandragem aqui), agora teve um final (in)feliz, depois que alguns se suicidaram e os BILHÕES continuam DESAPARECIDOS.

VEM CÁ: O homem está pra lá dos 70 anos. Se pegar 3 penas consecutivas de 50 anos, mesmo com todo o Açai e todos os anti-oxidantes como CQ-10, green tea ou  Madoffberry que existem no Mercado orgânico…o que vai acontecer? Ele morre de ataque cardíaco em 3 anos e?  E?

 

 

(O Vampiro de Curitiba na Edição)

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Resposta da Advogada de David Goldman (aos acusadores brasileiros)

 

 

 

Resposta da Advogada de David a Carta de Lins e Silva

 


Memorando em Resposta a carta enviada ao Conanda e publicada pela Imprensa Brasileira

 

“É de meu conhecimento que correspondencia fora adiantada a Imprensa Brasileira, escrita por Joao Paulo Lins e Silva com o proposito de ser sua versao para acontecimentos ligados ao caso Goldman.

 

A vasta maioria do que foi representado contem depoimentos que nao sao apoiados pelos fatos, e sao apenas hearsay (conversas ocorridas), e portanto nao eh necessario responder a tais acusacoes, principalmente porque nao irrelevantes as determinacoes feitas de acordo com a Convencao de Haia.

 

A Convencao de Haia, nos Aspectos Civis de Sequestro de Criancas eh uma investigacao limitada: Se uma crianca fora ilicitamente removida ou retida longe do estado de sua habitual residencia e por um dos pais que tinha custodia, ou que obteria custodia, para remocao ou retencao? Se a resposta for sim, o retorno da crianca eh obrigatorio.

 

Entretanto, sera sem duvida util para a avaliacao de credibilidade, particularmente aos que tentam legitimamente a entender este caso, a avaliar os varios pontos objetivos, todos apoiados por provas e documentacao provenientes de ambas as partes nas cortes dos EStados Unidos, o que contradizem esta carta.

 

As tentativas do Sr. Lins e Silva de caracterizar este assunto como um problema de nacionalidade nao so eh errado como diminui a importancia do Governo e Judiciario Brasileiros que agora apoiam a aplicacao [de Haia] para o retorno da crianca aos Estados Unidos. Seus comentarios podem apenas ser considerados um ato de desespero, com o intuito de distrair [as pessoas] das obrigacoes do Tratado. Primeiramente, o Sr. Lins e Silva disponibiliza em sua correspondencia uma linha temporal que pela primeira vez contem admissoes que somente comprovam o papel do Sr. Lins e Silva nesta longa e sordida historia, e confirma a antiga suspeita de que Bruna Goldman planejou e premeditou o sequestro do filho de ambas as partes, como suspeitava o Sr. Goldman em entrar com o seu processo judicial em Agosto de 2004.

 

Processo Original de Custodia no Brasil

 

Sr. Lins e Silva descreve as alegacoes como lhe foram contadas por Bruna, e indica que Bruna “decidiu” nao retornar ao Brasil. Mais abaixo, na mesma carta, ele eh cauteloso ao dizer que ela fez esta decisao somente depois de chegar ao Brasil. Entretanto, nas aparicoes que ela fez a Vara de Familia Brasileira ela contou outra historia, que fora uma separacao planejada e que David Goldman permitiu que seu filho viajasse ao Brasil com este entendimento, a corte resumiu os testemunhos, nos quais baseou sua decisao, como o seguinte:

 

“Em junho, apos uso do poder de persuasao, a solicitante pode vir ao Rio de janeiro na companhia de seu filho…continuando com os acordos iniciados nos Estados Unidos relacionados com sua separacao”

 

A historia dela foi apenas descoberta quando a Sra. Goldman tentou usar documentos da Vara de Familia Brasileira no caso em New Jersey e anexou a traducao das decisoes da corte brasileira as suas peticoes nos Estados Unidos, varios meses depois. Obviamente, Sean estava no Brasil ha apenas 2 semanas em 9 de julho de 2004 quando a Sra. Goldman alega que apenas “continuou com o acordo que ela havia iniciado”. Tal linguagem tinha apenas o proposito de falsamente representara ao juiz no Brasil de que sua presenca era apenas o resultado de separacao conjugal planejada por ambas as partes.

 

O Sr. Lins e Silva agora confirma a estrategia que Bruna empregou em seus processos “durante o periodo de tempo em que Bruna foi autorizada pelo americano a ficar no Brasil com seu filho…apareceu perante a corte brasileira e pediu a custodia de Sean, que foi rapidamente dada”. Neste breve “periodo autorizado”, os arquivos do processo provam que Sean foi imediatamente matriculado na “Andrews Baby School, desde junho de 2004, comprovado por documentacao anexada e totalmente adaptado:. Sr. Lins e Silva alega que a Sra. Goldman apenas tomou a decisao apos chegar ao Brasil no dia 19 de junho de 2004, mas aos pedidos a corte refletem que ele fora “matriculado” na escola imediatamente, sem o conhecimento ou consentimento do pai. Em uma tentativa de construir seu caso, ela sujeitou a crianca a um dos muitos psicologos que ela utilizaria ao longo do processo, nunca com o conhecimento ou participacao do Sr. Goldman. Estes argumentos, como tantos feitos pelo Sr. Lins e Silva, foram feitos, e rejeitados perante as cortes de New Jersey.

 

Enquanto se diz que David Goldman estava ciente deste processo, o mesmo nao poderia ser verdade, o que foi estabelecido pelo advogado de Bruna, Peter A. McKay. O advogado da Sra. Goldman foi obrigado a admitir para a corte oficialmente, e tambem por escrito, que o Sr. Goldman apenas recebeu os documentos apoiando o processo movido por Bruna nas cortes brasileiras em 22 de dezembro de 2004, quase 6 meses depois da data qme que o processo fora iniciado. Porque precisamente o tipo de ambiguidade contido na referida correspondencia ja era esperado, o r. Goldman insistiu que nos autos do processo constasse a admissao do proprio advogado como prova (vide carta de Peter McKay datada 7 de janeiro de 2005; favor consultar ordem da corte de New Jersey confirmando que a reclamacoa de custodia nao havia sido servida ate 22 de dezembro de 2004). Ja fora alegado antes, e descoberto pela corte, que a Sra. Goldman propositalmente nao fornecera estes documentos ao Sr. Goldman porque era obvio que as alegacoes que ela havia feito as cortes brasileiras, como as acima, seriam questionadas imediatamente. 

 

Divórcio e Envolvimento de Lins e Silva

 
As outras alegações jurídicas que tenham sido feitas agora nos permite caracterizar a relação do Sr. Lins e Silva e esta criança, de uma forma que merece atenção. Uma leitura cuidadosa desta carta [carta de JPLS] indica que o Sr. Goldman foi notificado do divórcio através de um “funcionário judicial em Brasília”. Essa é uma maneira educada de dizer que ele foi informado de que o divórcio já havia sido realizado quando ele viajou ao Brasil para participar no processo sobre o assunto Haia. Não só o Sr. Goldman recebeu nenhum aviso de Bruna da apresentação do divórcio brasileiro, na verdade seus representantes legais nos Estados Unidos, continuaram a discutir a eventual acusação de uma queixa de divórcio nos Estados Unidos, e continuou a promessa de responder ao conselho de Mr. Goldman e confirmar a sua capacidade de representar os seus interesses nos Estados Unidos. Mr. Goldman mais tarde ficou sabendo que ela já tinha feito seu relatório 2006. 

 

 Mas uma leitura atenta da presente carta indica que o Sr. Lins e Silva diz que Sean Goldman estava “sob o seu cuidado” desde janeiro de 2005. Mais tarde ele admite que “em menos de seis meses a partir da reunião fomos viver juntos”. Não está claro a partir da história de várias reuniões que ele cita em sua carta, quando ele e Bruna se encontraram e sob quais circunstâncias. Mas claramente a sua admissão, estabelece o seu envolvimento com a Bruna de junho de 2004, quando a deslocação ilícita e retenção para o Brasil ocorreu. No momento em que Bruna ainda estava casada, embora este caso ainda estavisse pendente no tribunal de Nova Jersey, e ainda pendentes perante os tribunais brasileiros sobre a Petição Haia (que foi introduzido em Outubro de 2005), o fato de que Sean não estava vivendo exclusivamente com sua mãe e seus pais [os avós], como ela tinha afirmado em sua própria declaração ao tribunal, nunca foi divulgado, até estabelecido nesta carta. O facto que a Sra. Goldman tinha se mudado com seu amante, e que este homem foi incentivado a ser referido como “Papai”, de Sean, para diminuir o papel do Sr. Goldman o “americano” foi um segredo mantido estrategicamente perante juízes que ouviram as audiências tanto no Brasil como nos Estados Unidos, e demonstra falta de cuidado e preocupação com as necessidades do menor.

 

Em anexo está a minha correspondência datada de 18 de janeiro de 2005 dirigida a James Newman, Esquire, do escritório de advocacia Newman, Scarola e Associados, o advogado local que representa os Ribeiros, os avós maternos de Sean. Isto documenta que o Sr. Goldman, que tentou virtualmente dia a dia falar com seu filho, repentinamente “foi incapaz de localizá-lo”, isto coincide precisamente com a admissão do Sr. Lins de que ele tinha se mudado junto com Bruna Goldman e tinham tomado controle de Sean nesta data.Se a Sra. Goldman e sua família tivessen sido tão orgulhosos ou tão certos de suas ações como eles agora opinam, pergunta-se então porque eles continuaram a mentir nos tribunais de ambos os países. É claro que nenhum tribunal, em qualquer país aprovaria em razão um homem se mudar para dentro da casa, com uma criança pequena, enquanto os processos ainda estão em andamento, e um ano antes do divórcio ser requerido. Na verdade, até mesmo a secreta guarda provisória de custódia obtida rapidamente por Bruna, revelada ao Sr. Goldman, em dezembro de 2004 é omissa quanto às intenções da Sra. Goldman fazer outra coisa senão viver a custa de seus pais.

 

 Petição Haia 

 

A alegação de rapto parental internacional, como o Sr. Lins e Silva bem sabe, foi reportada imediatamente com o Departamento de Estado dos Estados Unidos e transmitido à Autoridade Central do Brasil em 3 de setembro de 2004, 46 dias após Sean ter sido abduzido, e somente após os bilhetes de avião para o regresso Sean e sua mãe não terem sido utilizados, e constante tentativas do Sr. Goldman para garantir Bruna seu regresso voluntário foram ignorados. Em anexo a este foi o pedido para Bruna regressar voluntariamente. Se os motivos alegados por Sr. Lins e Silva fossem seguros como foi descrito, ela não teria dificuldade alguma em obter autorização para relocar com Sean para o Brasil. Mrs. Goldman não quis submeter sua provas para que fossem examinadas, ou para que elas fossem submetidas a exame no local da prova, em Nova Jersey, onde as partes viviam, onde Sean ia para a escola e, e onde todas essas acusações seraim imediatamente desmentidas por testemunhas que viviam com esta família. O pedido da petição judicial de Haia foi adequadamente feito perante o Tribunal Federal do Brasil buscando o retorno de Sean, em 17 de novembro de 2004. Mr. Goldman não foi para um escritório de advocacia em São Paulo, tal como descrito [na carta de JPLS], (querendo dizer que ele negligenciou a visitar Sean). Na verdade, ele exercia a sua reparação, como exigido no Tratado (ou seja, Convenção de Haia sobre Aspectos Civis da Abdução Internacional de Crianças), através da assistência dos escritórios diplomáticos de ambos os países, e conselhos organizados no Brasil. O Sr. Lins e Silva sabe que as negociações foram conduzidas, e Mr. Goldman fez proposta após proposta através de advogado para o exercício de acesso nos Estados Unidos e no Brasil, incluindo a oferta para ver Sean em um terceiro país, se necessário, somente para poder ver seu filho. Durante as últimas propostas escritas, os advogados da Sra. Goldman comunicaram que Bruna se recusou a cumprir ou até mesmo ter uma conferência para discutir uma maior resolução. Apesar do Sr. David Lins e Silva descrever David como ter ” perdido repetidamente”, ele tem o cuidado de não compartilhar o calendário ou as questões jurídicas com seus leitores. Em outubro de 2005, o Tribunal Federal do Brasil publicou a sua conclusão de que Sean, tinha sua residência habitual efectivamente nos Estados Unidos da América, para os fins do presente Tratado, e, ainda, que, em conformidade com a lei da residência habitual, New Jersey, Estados Unidos da América, Sean tinha sido indevidamente retido no Brasil. Sr. Lins e Silva sabe que é a determinação da residência habitual, não o fato de Sean gozar dos benefícios da dupla cidadania que determina a responsabilidade de devolver Sean. No entanto, o Tribunal Federal recusou a devolver Sean, baseando-se erroneamente sobre o tempo que a Justiça Federal levou para deliberar e prestar uma decisão. Uma vez que essa posição não é suportada no Tratado Internacional ou encontrados na jurisprudência, o resultado foi imediatamente recorrido.

 

 O assunto permaneceu pendente ao mais alto tribunal de recursos quando Bruna morreu. No entanto o Sr. Lins e Silva, e aqueles que representam Bruna, não divulgaram a sua morte, nem para David Goldman ou para a Justiça Federal no Brasil, na esperança de obter uma primeira decisão favorável. Seu comentário de que “ele [referindo-se a David] foi feito para compreender que as regras do direito, no interesse do menor e, neste caso, que ele ficaria no Brasil com sua mãe” desmente o facto do Sr. Lins e Silva, e seu pai , que é internacionalmente considerado um especialista brasileiro na Convenção de Haia, são ambos bem conscientes de que os preceitos da presente Convenção nunca apoiou a continuação da retenção indevida de Sean. No requerimento agora pendente no Tribunal Federal, o governo do Brasil reconhece e pede o regresso de Sean, e eles continuam a insistir em que, porque a retenção indevida da remoção continou até agora, a residência habitual de Sean é no Brasil. A relação que o Sr. Silva Lins cultivou com Sean só foi possível porque ela foi conduzida em segredo por [eles] terem evitado qualquer tipo de contato significante entre David Goldman e seu filho. Documentos das cortes confirmam que o Sr. Goldman ganhou em juízo o direito de ter acesso ao seu filho e o Sr. Lins da Silva ignorou a ordem e saiu com a criança, causando Mr. Goldman, mais uma vez mais a sair [do país] sem sequer ver Sean. É claro, baseado na mais recente order do tribunal de visitação, que o medo que engendra a obstrução do poder paternal o acesso foi bem fundamentada, em que Sean imediatamente respondeu ao seu pai, com grande físico e emocional afeto e amor, na presença de testemunhas e do psicólogo contratado para observar suas interações. Sr. Lins da Silva está correcto em descrever que imediatamente após a morte de sua esposa ele decidiu “tomar uma iniciativa jurídica …”, na verdade, ele aplicou, novamente em segredo, para ter o nome de David Goldman retirado da Certidão de Nascimento brasileira de Sean, bem como os nomes dos avós paternos. 

 

Mr. Goldman então incluiu Sr. Lins e Silva em sua petição de Haia para afirmar a continuação da retenção indevida de Sean, somente quando se tornou claro que o Sr. Lins e Silva e a família Ribeiro não iria honrar com as ordens dos tribunais dos Estados Unidos seus direitos como o pai de Sean e retornar a custódia de Sean para seu pai. Mr. Goldman foi consistentemente aconselhado a confiar no processo judicial internacional na aplicação da Convenção de Haia sobre os Aspectos Civis de sequestro da criança por parte do governo e do judiciário no Brasil. Confiando no conselho das autoridades centrais de ambos os países, o Sr. Goldman não iniciou nenhuma das sanções penais disponíveis nos Estados Unidos, nem procurou contactar qualquer mídia em relação a este caso, enquanto o assunto permaneceu pendente nos tribunais brasileiros. Mr. Goldman nunca contratou um consultor de imprensa. Uma vez que Bruna morreu, e o segredo e os esforços inadequados contenciosos foram expostos, Mr. Goldman concordou relutantemente para iniciar o árduo processo diplomático, e para permitir a sua estória a ser contada em público, quando ele descobriu sobre a morte de Bruna e a retenção de Sean por Sr. Lins e Silva.

 

Não estando mais sobrecarregado pelas deturpações de Bruna Goldman e de sua família, ou da influência secreta do Sr. Lins e Silva, espera-se que o Tratado Internacional de Direito, nos quais ambos os países contam para com o bem-estar e proteção de todos os seus cidadãos não será mais utilizada erroneamente.”

 

Patricia E. Apy

 

Advogada de David Goldman

  

7 de Março de 2009 

 

 

 

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Bastardos: O Brasil Virou o Paraíso da Bandidagem Judicial

O triste caso dos BASTARDOS

(Continuação do texto de ontem sobre a pena de morte – que por sua vez era a continuação do texto sobre o casamento de Gisele Bündchen: vejam a que ponto nós chegamos!!!)

Ou: “O guia de Deus ou do Diabo?” (Não, esse é o título do livro de Walter Greulach, um genial escritor Argentino (seguindo a tradição de geniais escritores argentinos).

New York– Mas, sim. Quem nos guia? Deus ou o diabo? Ou passou mesmo a onda e o maniqueísmo morreu com a dialética. Nada! Queremos ver UMA COISA somente! Não agüentamos a dúvida. Não agüentamos as meias verdades, apesar de vivermos nelas e criarmos um mar de mentiras ao nosso redor.

E  se perseguimos a “versão única”, por que ouvimos os dois, três, quatro lados da mesma estória? É um desespero. É por isso que nos desesperamos e é por isso que brigamos. Por que será que nada pode ser contado assim como é?

Mas como é?

Porque Pirandello não deixa ser. Porque… Kafka não quis que fosse. Porque Bob Fosse. Ah, o Bob Fosse! Porque Orwell instalou um olho (não da “Historia do Olho” de ontem, mas esse que, quem assiste ao Big Brother e pronuncia esse nome nem sabe quem foi George Orwell: bastardos!

Sento aqui e vejo os barcos passarem no East River e penso no que vi ontem no “Larry King Live”, assim como vejo há 25 anos no “Larry King Live”. Só que ontem, algo inusitado:

O triste caso de David Goldman e Bruna Bianchi (ele americano, ela brasileira).

Eu estava fazendo hora para mudar de canal (pra NBC, para ver um novo episódio de “Law & Order”) pois já não agüentava mais ouvir falar nesse idiota do Rush Limbaugh (mais sobre ele abaixo), quando o Larry apresentou um caso tristíssimo envolvendo a (in)justiça brasileira: uma criança ‘raptada’ pela mãe (agora estranhamente morta durante o segundo parto no Rio).

Ihhh, é complicado!

Começa assim: David e Bruna eram casados aqui e moravam aqui em New Jersey, pelo que me parece, com o filho de 4 anos. Um belo dia, como é normal, os pais dela vieram visitar. Ela resolve passar férias no Brasil. Ele, o David, iria buscá-la e o filho, no final das férias, e voltariam para cá.

Mas a vida não é assim. Deus ou o diabo ou os grandes autores não querem que seja!  David recebe um telefonema. Ela diz que quer se separar. Ela já tem outro cara. Outro cara aí no Brasil. Um advogado (ihhhh!). O cara aqui fica bastante desesperado por causa do filho, óbvio.

Tenta contato. Cada vez mais o contato fica restrito.  Até que vem a BOMBA: Ela já está grávida do outro.

Ela vai parir. Ela MORRE durante o segundo parto, no Rio. E o filho do David? Bem, depois de oito viagens e tentativas, nada. Oito tentativas: como num conto de Kafka, ” O Processo” ou “Castelo”, cara na porta ou QUILOS de documentos e carimbos e selos e 350 mil dólares gastos em NADA! Sorrisos e tapinhas nas costas e mais nada. Conheço bem. Sei como é isso.

MESMO ele sendo o pai BIOLÓGICO, a (in)justiça brasileira deu custódia ao OUTRO. Digo, ao padrasto que, agora nada tem a ver com o filho do David, uma vez que a mãe biológica está morta. Bem, aí, numa certa altura do programa, aparece um brasileiro sinistro falando de Seattle. Sim, é o irmão do OUTRO!  Difama o David. Tentativa de difamação de caráter dizendo que ele não pagava pensão alimentar: ÓBVIO que NÃO: pagar pros SEQÜESTRADORES DO SEU PRÓPRIO FILHO SERIA JUNTAR KAFKA A ORWELL e ainda colocar uma pitada de Pirandello no meio!

Juro que é triste ver o Brasil sempre envolvido em confusões assim, em misérias ou porcarias ilegais desse jeito. Acabamos de ver a tal Paula na Suíça e a não extradição do italiano mafioso… e agora esse caso (que já se arrasta há anos) e… se fôssemos investigar a fundo o sistema jurídico brasileiro, teríamos que chamar o TOM WOLFE para acender a “Fogueira das Vaidades”.

O Brasil virou o paraíso fiscal da Bandidagem Judicial?

Ainda bem que vocês não têm aí uma figura NOJENTA chamada Rush Limbaugh: um porco humano, que se comporta e respira como um suíno (ex-viciado em Oxy-Contin) que o David Letterman chamou de mafioso russo, pois de tão inchado e grosso, suas gravatas pretas lhe soltam do corpo, o suor pula da testa. Mas quem é? Nada mais que um IRADO  radio talk show host tão, tão, tão, tão à direita da direita dos republicanos que ele chegava a ser contra o John McCain!!!! Agora diz que quer que o Obama FALHE! Essa frase poderia ser enquadrada como ato de traição, se não levássemos essa caricatura de imbecil na brincadeira. O redneck (de tão obeso, não dá nem pra ver se tem nuca ou não)… é o suíno que fala. Mas por que mencionei Rush Limbaugh? Ah, porque estava entalado na minha garganta e pronto! Certos assuntos têm que ser vomitados senão viram câncer. Limbaugh é um deles.

 

“New York – New York”, um belo livro por Denny Yang: 

Quando criança, eu havia visto, ou lido, alguma coisa sobre a guerra. Eu achava que nunca viveria o bastante, ou que ninguém mais iria presenciar um momento de guerra...” (…) “Talvez fosse assim que ela me visse, como um mero amigo, que saiamos juntos para nos divertir como fazíamos no passado.

Denny Yang é um brasileiro que mora em Taiwan. Seu livro maravilhoso (que estou há tempos para resenhar) se chama “New York, New York”. Não fica claro se o autor já esteve aqui em NY, ou não. Mas isso não importa. O que importa é uma imagem utópica dessa cidade. Tão utópica quanto esse OVNI que vocês vêem no topo da página que vem a ser um detalhe art deco (telhado do hotel Delano em Miami). No livro NY é um lugar onde “férias prolongadas” se iguala com o paraíso perdido ou com um lugar montanhoso. “Que raios de liberdade seria esse que eu não pudesse, se eu quisesse viver nas minhas montanhas?” O livro desinibe o inibido autor e passa a ser um berro de guerra contra o mundo, uma prisão. O livro é ficção. Mas toda ficção está nas entranhas do seu autor. 

Não muito distante da realidade da vida de David Goldman, Denny vive um exílio auto-imposto na ilhota chinesa.

Continua Yang: Não sei. O cara vinha aqui sempre, ficava aqui no bar, sentado sem beber nada… só olhando quieto”. 

Em sua dedicatória para mim ele escreve: Para GT, um americano-brasileiro, que deve compreender este livro de um escritor brasileiro-taiwanês. Um abraçoDYang

Sim, entendi e amei. O blog dele está linkado  a esse.  Mas amar um livro deve querer dizer entendê-lo ou ter algum nível de compreensão do que está se passando com o autor ou personagem (assim como numa sinfonia de Beethoven ou numa peça de Cage ou num quadro de Jackson Pollock, o estado emocional é o termômetro e basta).

Arte não se entende, mas se percebe e se intui. Às vezes caímos na burrice de construir castelos teóricos sobre essa intuição como Clement Greenberg o fez na década de 50. Mas, graças a deus, logo chegou um Warhol e fez piada de tudo isso, assim como o Duchamp havia feito piada de tudo décadas antes! 

Estou num estado de raiva e de “justiçamento” que não tem explicação. Deve ser a idade. Ou a menopausa. Sim, devo estar passando pela menopausa. Nem mais um minuto a perder. Viro-me, me mexo, pulo para várias áreas de Manhattan (várias fechando por causa da recessão), mas tenho me concentrado em reconhecer talentos. Os verdadeiros talentos: os escritos que me caem aqui nessa enorme mesa de metal.

Danny Yang, Walter Greulach, Judith Malina sobre Erwin Piscator, uma pilha de novos scripts e Hard Shoulder prosseguindo com o cenário sendo feito na Polônia.

Estranho?

Por que seria?

 

Justiça Brasileira: RETORNEM o FILHO de David GOLDMAN para ele JÁ! Ou o Tribunal de Haia (tratado que vocês assinaram em 2003) passará a ver o Brasil como infrator! Mais uma vez. O Brasil como país de gangsters: Sinatra com um ticket na mão “hey babe… let’s flee and fly to Rio”.

Brasil: um paraíso Limbaugh da Bandidagem Judicial. Ronald Biggs deu um belo exemplo, não?

 

Gerald Thomas, 05/Março/2009 

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(Vamp na edição)

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Pena de Vida ou de Morte?

         

New York – Com o post abaixo, o sobre o casamento da Gisele Bundchen com o Tom Brady (colocado no ar num domingo – dia considerado péssimo pelos redatores dos portais), fiquei surpreso com o número de acessos: ficou nas dezenas de milhares. Já escrevi sobre outras celebs (até mais importantes, ou mais populares) e nunca houve uma enxurrada assim. Mas esse fenômeno de ontem e anteontem me despertou uma curiosidade: o extremo vazio em que vivemos e como o preenchemos com ‘outras coisas’. E quais?

Bem, antes de mais nada, por favor, dêem um pulo no novo www.geraldthomas.com (sessão vídeos e “press”). Depois, mais embaixo, explico.

Foi justamente pelo preenchimento do vazio que escrevi a tal matéria sobre Gisele.

Eu dizia mesmo que nada tínhamos que invadir o casamento de Gisele (ou de ninguém). Mas ela nos convidou, pessoa pública que era e – já que havia combinado com as revistas que a cerimônia seria mais uma “photo opportunity” (eu sei bem o que é isso) – não me senti tão invasivo assim. Bem, quem quiser leia a matéria abaixo.

O que mais me interessou foi justamente aquilo que foi “tomando conta do vazio”. Não tendo mais o que comentar sobre o casamento, os amigos do blog mudaram radicalmente de assunto e logo, logo, logo estávamos discutindo a PENA DE MORTE (ou de VIDA).

Ainda escrevo numa noite de Terça-feira, um dia extremante GELADO em NY, coberto da neve de ontem, enquanto sou lido – na maioria por vocês aí, reclamando dos dias mais quentes. Ontem, o DOW Jones caiu tanto, mas tanto, como não havia caído desde 1997. Mais uma notícia alarmante para o Obama herdar de seu criminoso antecessor. Ah, mas como contraponto (e como em qualquer recessão), as pessoas querem diversão, divertimento. Os cinemas estão LOTADOS! NUNCA estiveram tão lotados. Os filmes? Umas merdas. Mas – ao invés de fazerem turismo interno e gastar uma grana – o casal vai ao cinema, compra aquele BALDE de pop corn com manteiga derretida (óleo de canola) e Coca-cola gigante e ainda paga a Baby Sitter. E dá-lhe comédia. E dá-lhe casamento de Gisele em coluna de…

Constatou-se que 15 por cento da população americana, hoje, oficialmente, é hispânica. Legal e ilegalmente, 15 por cento no habla sequer lo inglês. Eu estava discutindo isso com um brilhante intelectual, um autor argentino que mora em Miami de nome Walter. Acaba de publicar um livro que irei resenhar junto com o livro do Denny Yang, “New York – New York” (um brasileiro de origem chinesa que mora em Taiwan e cujo blog está linkado aqui). O Livro do Walter se chama “O guia de deus?” Ou do diabo?

Bem, a questão é punição. Pena capital. “Não é o que vocês estão pensando. Sim, é o que vocês estão pensando…”. É pena de morte, mesmo, que ainda divide essse país mais que a falha de St. Andréas Fault, que divide a Califórnia e que pode demolir  aquele Estado na escala Richter mais que sua economia ou mais que seu demolidor Governador Arnie, de Graz, Áustria.

Ah, sim: pena capital. Pena de morte. É o assunto do dia. Se pegarmos trechos da mais importante literatura (romance ou drama) da história (seja Shakespeare, Goethe (os Gregos) dando um enorme pulo até, digamos, Georges Bataille (a História do Olho), teríamos um bom exemplo de:

“Simone andava por aí nua debaixo de uma roupa branca, insinuando que ela vestia um cinto ou meia vermelha que, em certas posições revelavam sua boceta….Sentou na cara do padre, e depois de mijar nele e ordenar que (….) o enforcasse até que tivesse um forte orgasmo, (….) pegou uma faca e arrancou o olho do padre. Com o olho do padre na mão, Simone então o esfregou em sua boceta…)”

(pequeno trecho de Georges Bataille em “A História do Olho”)

Muitas obras de arte sugerem a morte: são sugestivas nesse sentido. Eu disse “término de vida”. Sim, disse. Desde as obras expostas no Uffici em Firenze (Renascentismo – onde o homem encontra Deus, e portanto sua mortalidade) até a escola Flaminga – Rembrant que disseca cadáveres ou Bosch que zomba da nossa natureza humana e nos transforma no Paraíso Infernal, Milton – Dantesqueano.

Enfim, ao que parte dos amigos do Blog acham sobre a pena de Morte:

 

Jose Pacheco Filho

“Vou sair completamente do assunto.Para e infelizmente de dar noticia de algo abominável e estúpido ocorrido na Bahia. Aqui no nosso Brasil.A ocorrência foi há mais de três meses. Porem só ontem foi amplamente divulgado.Assisti ela televisão.Antes não tivesse visto.A revolta e grande.Contarei a meu modo. Vou procurar me ater ao que assisti e ouvi.

Um casal ele da Nova Zelândia e ela brasileira estiveram em Trancoso (praia famosa do sul do estado) em período de descanso e lazer. Não poderiam imaginar o que os aguardava.E a filha do casal que com eles veio.Uma linda menina de um pouco mais de três anos. Pelas fotos parece um anjinho.Gerald, a mãe notou a falta da filha quando terminou de lavar peças de roupas. Estavam em condomínio fechado.Desses que alugam bangalôs a preços de palácios.Saíram todos em busca e ajudados pelo zelador encontraram a menina jogada entre arbustos e afogada.Não vamos nem nos ater por enquanto no tremendo golpe do já relatado. tem mais desgraça pra frente.Na demorada espera do IML o pai notou que o anus da filha apresentavam sinais de violação.Ai começou um verdadeiro drama para a família conseguir ser ouvida. Nem o delegado local se interessou pele investigação após as denuncias da mãe ( brasileira repito ).Direto no assunto, após interferências inclusive da Interpol e da Policia Federal em conjunto já se sabe que o FDP do zelador foi o assassino violentador.Apertado ele acabou confessando. O miserável também tem uma filha de igual idade da que escolheu como vitima.Confessou na maior frieza.Uma delegada que o interrogou perguntou para ele o que ele mesmo faria se tivessem estrupido e matado a filha que ele tem.O desgraçado respondeu que mataria o culpado.

Não vou escrever mais nada. Não e minha intenção mas acredito que já estraguei o teu dia.Faça as conjecturas que desejares. As minhas eu já fiz.Infelizmente são impublicáveis.Mas no finalzinho eu peço a Deus que nos perdoe a todos. Todos os seres humanos.Entendam com quiserem.

Muito obrigado.

Pacheco.”

 

Peter Punk

Tava falando que que sou contra a pena de morte. Ela torna muito vivo o que pretende exterminar quando eh aplicada. Acho estranho a América( hiper civilizado em tantos aspectos) aplica-la em varias partes. E tbm acho estranhíssimo este culto ao rifle. Eh o culto ao pau de maneira sinistra.A justça tem que funcionar prendendo que tem que. Recuperandoquem tem que.A vida ja contém a pena de morte.E como diz o pedro luís: “Sou a favor da pena de vida/ quem vacilou não pode pular fora.”

 

Aninomyous

Algo mais sobre Boderlines…há diversos casos relatados de gente ‘boder’ ou ‘fronteiriça’, o tal do Champinha que sequestrou um casal, mataram o rapaz e manteve a menina uma semana consigo sob violência, apresentando ela como namorada (e ela em choque não reagia), até que ele foi chamado à delegacia ou algo assim e saiu de lá direto pra onde estava sua vítima e a ‘abriu’ no meio com um facão…terror ao nível de ‘o massacre da serra eletrica ou jason’…os Boderlines e sociopatas são geralmente esse tipo de covardes, mas vou colocar aqui algo sobre os boderlines, porque acho ter algo a ver com a ‘cultura da inversão de valores’ gerando essas monstruosidades:

2) Há alguma relação entre a cultura atual e o “comportamento borderline”?
Os psicopatologistas, desde Pinel, depararam-se com um inédito fenômeno: a violência cega, abrupta, desconcertante em pacientes que não apresentavam um quadro psicótico tradicional. Para aqueles alienistas não era novidade presenciar manifestações de fúria assassina em indivíduos considerados loucos. Mas como compreender tais manifestações em pessoas que mantinham preservadas suas funções de consciência e não apresentavam um dos principais sintomas da loucura, a desagregação progressiva da função de pensamento?
Wilhelm Reich percebeu com clareza essa situação e descreveu-a em seu brilhante estudo sobre os “caráteres impulsivos”. Esses indivíduos com altíssimo grau de impulsividade, descritos na década de 1920, não eram exatamente idênticos aos pacientes que hoje denominamos como “borderlines”, mas Reich observou, naquelas pessoas, vários fenômenos que encontramos atualmente em nossos consultórios. Naquele grupo de pacientes “as exigências impulsivas eram preponderantemente difusas, não eram dirigidas a objetos específicos e não estavam ligadas a situações determinadas”.
Pinel, Reich e vários outros estudiosos ensinam-nos, portanto, que o nascimento do conceito de “fronteiriço” é indissociável da percepção de uma específica violência. Essa violência é muito singular e deve ser diferenciada do sadismo neurótico, do surto psicótico furioso e da raiva em sua expressão bioenergética. Sem essa diferenciação, a estrutura psicopatológica “fronteiriço” perde o sentido.
Por outro lado, o conceito de “fronteiriço” está diretamente ligado à “crise de valores” ou “crise ética” do século XX, e à simultânea pressão do contato profundo. A teoria reichiana ensina que uma das principais funções do encouraçamento humano é, justamente, impedir o contato profundo.
Em minha opinião, o funcionamento fronteiriço está enraizado, em grande parte, nesse contexto, ou seja: entre o incremento da pressão do contato profundo (um verdadeiro “pico” de pressão) e as dificuldades da couraça caractero-muscular de suportar esse “tranco”.
A “crise de valores” já era pressentida, no final do século XIX, por algumas pessoas mais “antenadas”, como, por exemplo, o filósofo alemão Friedrich Nietzsche e o pintor Vassili Kandinsky. No livro O Espiritual na Arte Kandinsky falá-nos com muita clareza daquele “espírito da época” que, nas primeiras décadas do século XX, encontra expressão em vários movimentos artísticos (e, sem dúvida, na vida quotidiana…), balançando e questionando radicalmente os rígidos padrões morais-caracteriais: “Batalha dos sons, equilíbrio perdido, princípios que desmoronam, rufar de tambores inesperados, grandes perguntas, buscas aparentemente despropositadas, impulsos aparentemente dilacerados e nostalgia, cadeias e ligações rompidas, várias reagrupando-se em uma só, contrastes e contradições — eis nossa harmonia”. [O filme “La Dolce Vita”, magistralmente dirigido por Fellini, é um ótimo material para se analisar a passagem do funcionamento neurótico (linear/caracterial) para o funcionamento fronteiriço (impulsividade + depressividade + não-linearidade + vazio de contato)].
Fenomenologicamente pode-se dizer que o funcionamento borderline apresenta um conjunto de características indissociáveis: a específica violência cega à que me referi acima, a pressão do contato profundo, a patologia do vazio, a terrível exigência consigo mesmo e as dificuldades do encouraçamento caractero-muscular em lidar com essa situação.”

Juliano

“Interesse o debate sobre a pena de morte, fiquei surpreso com a posição do Gerald. No Brasil o direito a vida é clausula petrea, portanto, esqueçam pena de morte. No mais nosso sistema judicial é cheio de falhas, muitos inocentes poderiam morrer. Posso asssegurar a vocês que estupradores sofrem bastante na cadeia e muitos são mortos pelos próprios presos. Pena de morte não resolve nada, não podemos nos igualar a esses animais, a lei de Talião, “olho por olho, dente por dente”. Prisões brasileiras são masmorras medievais, ali o cara sofre muito, sem saneamento basico, micoses, doenças dos pulmões, aids, dezenas de presos numa pequena cela. Não tem esse papo do cara com vida boa na prisão, comendo bem e tal. E diferentemente do que fala a midia as penas são durissimas e ajustiça condena muito. Passar 10,20, 30 anos numa prisão braisleira é pior que pena de morte.”

 

Sandra

“Sobre a diferença entre punição e vingança. Interpretei-o da seguinte forma: a pena deve ser apenas a necessária garantir que o criminoso não provoque mais danos. Por esse critério, se pudéssemos garantir que o criminoso não irá cometer o crime novamente, nem para a prisão ele precisaria ir. Esse monstro sobre o qual o Pacheco falou, Mengele, … poderiam ficar livres. Mas… calma lá! Alguém que matou crianças, com requintes de crueldade, ignorando seus gritos de dor, suas súplicas, sua expressão horrorizada,… não fará isso de novo? Só se não puder. Uma pessoa assim é IRRECUPERÁVEL. Então, prisão perpétua para esses monstros. E uma prisão que garanta sua integridade física, a mesma que ele negou a suas vítimas.Mas, honestamente, vocês acham que a morte é uma pena mais dura que a prisão perpétua? Acho que, por impulso, numa briga de trânsito, por exemplo, até uma pessoa muito calma poderia matar. Mas, passados alguns minutos, iria pensar: Meu Deus, o que fiz? E o remorso iria pensar.Mas… estupro… isso é coisa de canalha. Gerald, o que está errado é dar condicional, redução de pena, etc, etc, para esses monstros. No Brasil, achamos que a prioridade é a recuperação do preso, e que TODO ser humano é recuperável. A prioridade deveria ser as vítimas e nem todo o ser humano é recuperável. “

Targino Silva

“A justiça brasileira, com Juizes da Suprema Corte, nomeadospor políticos, não tem condições de decidirem sobre pena demorte. Será um holocausto dos pobres.A pena de morte se faz necessária nesses casos.O grande problema é que a pena não pode ser revertida ea justiça é feita por homens que erram.Como a duvida beneficia o réu, é melhor não ter.Do outro lado a leis brasileiras são muito brandas,de uma certa forma, incentiva o crime.”

 

Por enquanto é isso. O post ficou enorme. Mas não maior que a Vida ou a Morte, ou Deus e O Diabo que o Walter (….) o genial autor argentino de Miami, propõe em seu livro ou naquela vida frágil em que Emile Zola, Dostoyevski, Nietzsche ou Tolstoy tanto batem, batem, nos machucam e relembram que estamos vivos ou, quem sabe, somente fingindo estar vivos (eu não poderia terminar sem uma citação de Beckett: resisti até o fim!)

 

Gerald Thomas

New York – 03/Março/2009

 

 

(Vamp na edição)

 

 

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Gisele e Brady casados e felizes para sempre!

New York – Senhoras e senhores: É verdade. E igualmente chocante: Gisele Bundchen, sem dúvida a maior personalidade internacional de origem brasileira, está casada. 

 

Casou-se com o futebolista (futebol americano) Tom Brady. Segunda-feira passada os dois ainda estavam no Rio assistindo ao Carnaval (hospedados no Copacabana Palace) e na quinta, casados em Santa Monica, Los Angeles, California.

 

Ela, com 28 anos, é trilhionária, estava vestida com um vestido azul escuro (a cor do universo) daqueles bem justinhos, brilhantes e longos. Aliás, não estou acreditando nessa coluna que estou escrevendo. Alguém deve estar escrevendo por mim!!!! Ah, sim, não faltaram rosas de cetim. Por que de cetim? Sei lá. Deve haver uma explicação porque elas devam ser de cetim. Conceito da Dolce & Gabbana (que rima bem com Copacabana!).

 

Tudo aconteceu antes do pôr do sol. Tudo. Mas tudo o quê? Ah, sim, o casamento. Tom Brady? Quem sabe sobre esportes, mesmo no Brasil (onde não se joga esse esporte) deve saber tudo sobre ele, já que agora está casado com a diva angelical do sul brasileiro, vinda do filme “The girls from Brazil” (não, não, aquilo era “The boys from Brazil”, com Lawrence Olivier).

 

Ah, sabem o que mais???? A supermodel brasileira, 28,  mais o atleta americano (do New England Patriots, com 31 aninhos), juntaram uns amigos na casinha em Brentwood, festinha Íntima. Pouca gente. Meio triste. Tanta coisa para celebrar. Mas e nós com isso? Poxa! Nada. Nós nada temos a ver com isso.

 

Me confesso frustrado. Eu torcia pelo casal Leonardo di Caprio e ela, a Bundchen. Mas, mais uma vez, o que nós temos a ver com isso? NADA. Temos um enorme fascínio com ícones. Aprendi muito quando dirigi a Tonia Carreiro e outras beldades há décadas atrás. Me lembro do que elas ou eles diziam sobre o ‘appeal’ meio doentio que o público sente quando se senta no assento deles e ‘sente’ por eles, através deles. Quer ser aquilo que eles são. Strange! Com o Reinaldo Gianechini não foi diferente. Alguns de meus casamentos com (…..) e com (….) também foram assim. Não revelo coisas pessoais e portanto acho estranho estar escrevendo sobre a Bundchen.

 

Semana passada eu estava editando a peça “Príncipe de Copacabana” que escrevi e dirigi com o Gianechini em 2000. Me lembro da loucura!!!! Coloquem loucura nisso! Digo, por parte da platéia.

 

John Lennon foi morto por Mark David Chapmam. Muitos ‘stalkers’ perseguem seus ídolos achando que estão “cometendo atos do bem”. Na minha mais santa insignificância, já estou tendo alguns problemas seríssimos em alguns países, cidades, sendo que emails, cartas e fotos já foram até mandados para advogados e oficiais de justiça, pois a coisa, digo, doença mental desses malucos e malucas não é mole, não.

 

Sim, eu achava o casal Leo-Gisele ótimo.

 

Mas acho o Gisele-Brady igualmente ótimo. E por quê? Porque simplesmente não me interessa. A vida alheia me rende uma coluna e me faz rir um pouco. Mas somente isso. A privacidade das pessoas não pode JAMAIS ser trespassada. Imagino o que os paparazzis nào devam estar fazendo para estar clicando o casal. Devem estar “aliviando” a vida de Angelina Jolie e Brad Pitt (pelo menos por uns dias). Ufa!

 

Ah, e quanto aos 11 milhões de dólares de propriedade que o casal comprou? Baratíssimo. Comparado aos trilhões que os CEO’s de corporações (outras) gastam com dinheiro público, ou mansões cafonérrimas que os políticos gastam com o nosso imposto, acho justíssimo que ela tenha gasto qualquer quantia com suas lindas pernas e ele com os hematomas (ou Thomas) que ganha todas as vezes em que se joga no chão por causa da bola de abóbora e aqueles homens enormes se jogam em cima dele e todos fazem “ahhh”, seja de dor ou de gozo… ecumênico!

 

Que os dois sejam super felizes!!!!

 

 

Gerald Thomas

 

 

 

(Vamp na edição)

 

 

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