Monthly Archives: April 2014

ENTREDENTES – fabulous review: “Estado de São Paulo” newspaper – Jefferson Del Rios

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April 29, 2014 · 1:59 pm

Blog do Morris – Folha de São Paulo

Screen Shot 2014-04-25 at 8.21.34 AMImage 2Por Tracy Segal

A naturalidade de Gerald Thomas é um enigma. Hoje ele afirma ser americano de carteira, mas no wikipedia consta ser carioca. Conta que sua mãe foi uma psicanalista judia de ascendência inglesa, que seu bisavô pertencia ao histórico grupo literário Bloomsbury Group ao lado de ilustres escritores como Virginia Woolf. Gerald fala com sotaque nativo pelo menos três idiomas: o inglês, o alemão e o português.

Em entrevista via skype de seu apartamento em NY conversamos com esse personagem beckettiano sobre sexo (“eu sou um pornógrafo, me prostituí quando tinha 14 anos”), Brasil (“O Brasil não tem patriarcas, não tem corte suprema, não tem constituição”), teatro, guerras, preconceitos.

Um homem sem raízes, espalhado pelo planeta. Devoto de Obama e sobrevivente da contracultura. Um obsessivo pelo teatro conhecido pelas polêmicas midiáticas como mostrar a bunda para um teatro municipal lotado que vaiara sua opera wagneriana, e que lhe rendeu um processo incômodo em terras brasileiras.

Está em cartaz em São Paulo com “Entredentes”, no Sesc Consolação, com Ney Latorraca, Edi Botelho e Maria de Lima. Uma peça que fala de muros (Berlim, Lamentações) e o drama humano com o humor inerente de Gerald Thomas. “Tem uma buceta no palco, enorme. Só as mulheres mais conservadoras não vêem. Uma tremenda bucetona ali. E as pessoas saindo pelo cu. O que entra pela boca sai pelo cu.”

Atualmente Gerald se divide entre arte e ativismo político no Partido Democarata dos EUA. Está trabalhando com a “New York Dry Opera Company Theatre” e vai remontar ainda este ano a sua peça “Nowhere Man”.

*

Vamos do começo. Onde você nasceu?

Nasci nos EUA e fui para o Brasil aos 7 anos. Eu só vivi no Brasil entre 7 e 14. Depois disso nunca morei no Brasil, sempre em hotel. Não criei raiz, criei um teatro.

Como foi essa época no Brasil?

Eu fazia o curso do Ivan Serpa. Eu tinha 9 anos e a galera tinha 30. Aos 9 anos, entender o que era Duchamp! Mas eu entendia, adorava. Warhol, Pollock. Eu entendia que não era ilustração. Demorou um tempo pra entrar na cabeça. Aí o Hélio Oiticica, que me comia aos 13 anos, falava: “se não entrar pela cabeça entra pelo cu, boneca”. Eu vivi essa transição dos anos 60 e o mundo virou hoje essa caretice do twitter…

Mas tem uma nova geração bi.

Mas tem também os skinheads dando porrada nos gays na Paulista. O legado que a gente pode ter deixado é isso. Por que eu não acredito em homossexualidade e não acredito em heterossexualidade, eu acredito em sexualidade. Eu sou da época em que fazer orgia era a regra.

Você acha que no Brasil existe um hipererotismo?

Numa praia carioca tem uma coisa de se roçar e se beijar. Uma demonstração do sexo, mas não trepam. Eu lido com erotismo meio Bataille, quebrando barreiras do good behaviour. Tem uma indulgência com fantasias e coisas proibidas. Estados Unidos e Alemanha estão no fronte, têm uma indústria pornô onde só se mija e caga. Também muito moralista. Não se trepa mais normalmente.

Eu sou um pornógrafo. Eu faço, eu não assisto. Eu já me prostituí. Aqui em NY aos 14 anos. Você não tem noção o que é um garoto pegar um casal de velhos moralistas de Ohio pedindo absurdos dentro do quarto de um hotel. Na noite anterior eles rezavam com os filhos e depois estavam pedindo pra eu cagar na boca.

São os muros?

Evangélicos histéricos. Eu tive a maior aula de hipocrisia. Essa turma de Utah, os mórmons. Mas se você se solta sexualmente você não tem rancor, não tem ódio. Eu sou filho dos anos 60 onde a norma era uma orgia. Era uma suruba.

O que você acha da situação da Palestina?

Eu odeio muros. E olha que vivi intensamente o muro de Berlim também. Eu acho horrível! Uma população que passou por várias diásporas, agora criarem uma separação física. Entendo que tem um Hamas, um Hezbollah. Mas eles não vão deixar de existir por causa de um muro.

Como é que uma pessoa da década de 60 como eu, que marchou contra Vietnã, da contracultura, como que eu posso aceitar que judeus criem barreiras físicas, reduzindo Gaza a uma faixa mesmo, com uma população inteira que não tem como crescer? Uma favela.

Como o Rio.

Não gosto das favelas do Rio, que ficam na cara da Zona Sul e todos achando normal a miséria.

Mas nos EUA também tem muito preconceito.

Se você pensar como o mundo trata o islâmico, sim. Tenho amigos islâmicos, muitos são gays, ou negros, mas se eles disserem que são islâmicos todos fogem. Qualquer tipo de classificação, humilhação ou perseguição é horrível. Eu tenho uma filha negra no Rio de Janeiro. Ela é negra e sofre com isso. Quando descobrem que ela filha do Gerald Thomas aí tudo muda. Isso é ridículo.

E a mídia brasileira?

Eu não posso levar a sério. Tem uma coisa no jornal brasileiro que é muito irritante, que é uma chamada de ponta a ponta de capa com foto de um gol. Isso é escandaloso. Para o New York Times um coast to coast é “Man walks on the moon”, se não é só uma coluninha.

E a Caras?

Eu adoro a Caras. Eles me levaram pra Israel, eu nunca tinha ido, em 2001. Tudo pago. Eu era convidado do governo, horrível dizer isso, Ariel Sharon. Mas o Arafat estava vivo. Eu falei: eu quero ir lá para Ramallah. Ficaram loucos e me disseram: você não pode, é convidado do Ariel . Eu disse, tô cagando. 15 minutos de distância, mas que demoram três horas. Você chega num lugar destruído. Eu fui e apertei a mão do Arafat. E lhe falei, você é considerado terrorista hoje, Ariel Sharon foi considerado terrorista em 48.

Volto a Jerusalém sempre que posso. Todo mundo se dá bem e toma um café com cardamomo.

O Brasil funciona?

Não. Não tem founding fathers [patriarcas], não tem um supreme court [corte suprema], não tem uma constitution [constituição].

Você acha que é uma questão cultural?

Tem um juiz na suprema corte americana que diz: “Nós somos um país experimental, nós somos um corpo em movimento, pela diversidade.” Quem é o americano? O americano norueguês, o americano lituano, americano coreano? Aqui é o lugar de emancipação do negros, liberação das mulheres, direitos dos gays. É claro que tem os doidos que matam vinte numa escola. O Snowden que delata todo mundo. Mas causa mudança.

Tem a cena da Maria em “Entredentes” onde ela descasca o Brasil enquanto o Ney a vaia. Então ela para e diz que esse discurso é do diretor e começa a elogiar o Brasil pelas coisas mais horríveis, como o cheiro de mijo. Como assim?

O discurso da Maria é meu também. Metalinguística. Eu decupo o hino nacional , que deve ter sido escrito por um alemão. Um povo heroico o brado retumbante!? Eu falo: estamos retumbando há séculos. Retumbado povo. Tumba. Morto. Grito. Morte. É redonda a palavra. E todo mundo sentado assistindo, impassível.

E as manifestações de junho?

Eu vi as manifestações e achei do caralho, mas acabou. Falta de história. Aqui nasceu a distorção da guitarra, nasceu Hendrix, Bob Dylan, o protest song. Aí no Brasil, teve uma geração tropicalista, mas não tem uma história de luta. A independência aqui foi sangrenta. Pro brasileiro tá tudo certo. Flamengo, chopp…

Mas qual o plano? Não tem organização. Claro, sou cético, niilista. Você vê a revolução egípcia. Primavera árabe e deu no quê? Eu tô mais velho e menos entusiasmado pelas mudanças.

Você acredita que o problema do Brasil seja cultural?

Tem a teoria do Lévi-Strauss de que país quente é isso. Desmentido pela existência do Mandela. No frio você precisa se organizar, planejar seu dia. Você não pode ficar numa calçada em Realengo e passa um cara que grita: quer um chicabon? Às vezes eu acho que é a realidade ideal. Ninguém briga e fica tudo bem. Aqui fica essa luta. A Criméia, a Rússia, a Polônia que já foi de tantos países! Todo mundo sofrendo, pálido com falta de vitamina D. Só pra estabelecer uma fronteira, um muro. Agora essa situação na Ucrânia, com os judeus sendo chamados para se registrar. Isso já aconteceu há cem anos, na primeira guerra mundial, foi ali que começou o nazismo oficial.

E Obama?

Isso merece um exemplo. [Gerald faz uma tour eletrônica pelo seu apartamento no East River , vejo várias fotos presas na parede do Obama com Michele, no jardim da Casa Branca, entre fotos de Beckett e desenhos próprios. Pendurado o macacão amarelo que usou no 11 de setembro. ]

Eu amo o Obama. Conheci ele na campanha, viajei 16 Estados. Sou filiado ao partido Democrata.

Eu tenho a impressão de estar conhecendo um outro Gerald, o americano?

Eu sou americano. Eu voto aqui. Eu sou um fanático democrata. Eu assisto o canal do Congresso e Senado americano. Tenho cartas que recebo da Casa Branca.

Eu sou engajado. Apaixonado. A única coisa que me interessa nisso, uma obsessão, é participar das reuniões semanais sobre o Health Care (sistema de saúde nos EUA). Vou a todos as reuniões. Levo isso muito a sério, eu sei que existem interesses, mas ainda acredito.

Drogas?

Eu me droguei muito. Mas eu só tinha uma droga, cocaína, e só pra trepar. Ficava três dias trepando, já não sabia mais com quem. Eu não bebo, detesto álcool. As pessoas cheiram e bebem e fica todo mundo com aquela cara de Francis Bacon. Eu tive uma experiência no final do ano passado depois de anos sem nada. Eu fui numa festa e bebi um suco de cranberry por que era a única bebida não alcoólica da festa. E bebi, mas tinha cristal, special k, um coquetel. Já fiquei louco e desmaiei. Depois disso liguei para o meu cara e peguei 20 gramas, fiquei 10 dias direto.

Você já se considerou viciado?

Não acredito nisso. Cigarro que é o mais difícil, eu parei de um dia para o outro. Nunca fui de cheirar direto, comecei muito cedo com Hélio Oiticica. Eu comprava pra eles no Bronx, por que eu tinha 14 anos e ninguém podia me prender. Eu tomei LSD, maconha, odeio os retardantes. Eu tomei ecstasy e nada. A única coisa é um canudinho. Eu sou um workaholic, eu trabalho. Escrevo muito. Tenho vários livros, não sei quantas óperas. Como você vai pegar um avião para Pequim cheirado? Mas eu tirava dias para orgias.

“O teatro morreu”?

Eu ouço esta frase desde os 16 anos. Na Inglaterra estava pichado nos muros da escola. Morre e renasce.

Mas aqui há cada vez menos público no teatro.

Em NY, a gente tinha o movimento off off Broadway. Hoje o experimentalismo acabou. Você sempre tem uma geração correndo atrás da outra sem reconhecer o novo. Mas agora não se experimenta mais por que você tem o compromisso de fazer dinheiro. Esse compromisso não te permite fazer mais associações joycianas. Você tem compromisso com o sucesso.

Hoje eu faço teatro com o Ney Latorraca. Eu vejo o pessoal da praça Roosevelt, mas agora eles têm uma escola, têm compromissos. Sempre assim, já vi esse filme, eu sou da geração Godard, Glauber. E antigamente a gente vivia de box offic [bilheteria], agora precisa de sponsor [patrocinador].

O que causou esta mudança?

Por que estava se investigando uma parte interessante do cérebro que ainda questionava as condições existenciais. Agora com 140 caracteres o que você vai dizer? No facebook a foto da comida é mais importante do que a comida. Com instagram as pessoas se fotografando entrando, saindo…. pra que? Quanta bobagem. Agora ninguém olha para o outro. O teatro é o interesse pelo ser humano. Agora o interesse reside aqui [aponta o aparelho celular]. Cada revolução gera uma contra-revolução. Veremos.

To access my videos – Para acessar emus videos:

http://geraldthomas.net

Ou (pra acessar) o Blog do Morris diretamente:
http://blogdomorris.blogfolha.uol.com.br/2014/04/24/viagem-ao-inconsciente-de-gerald/

ENTREDENTES IN FULL
http://geraldthomas.net/PP-Entredentes.html

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Sad. True sides of Brazil. The poor, the tech savvy and the ABYSS.

Just caught from my YV:

And here is the tech side of BR X the internet

And…

And the beautiful side (Rio)

And… what they believe is the “Metropolis” (São Paulo)

Which Brazil do you pick?
-No great authors have come out of BR – such as Garcia Marquez (Colombia) or Jorge Luis Borges and Julio Cortazar (Argentina) or Pablo Neruda (Chile). Who? Jorge Amado? Please!!!
-No ‘amazing’ international entertainers have emerged from there (silly examples: Sofia Vergara (the highest paid TV actress in the US) and Shakira (totally integrated into the US music scene, both from Colombia). Yes, you might argue: Tom Jobim, Caetano and so on: sorry: they’re NOT household names in the world. Sad.

Only a few soccer players (but not as great as Messi (Argentina) and/ or Cristiano Ronaldo (Portugal)….and some avant guard playwrights and stage directors!!!

O motivo – O dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, de 25 anos, foi achado morto dentro de uma escola municipal no Morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira, 22. Conhecido como DG, ele participava do programa Esquenta, da TV Globo. Revoltados, moradores da favela atearam fogo em vários pontos da comunidade e interditaram a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, a principal do bairro.

Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Pavão-Pavãozinho foram acionados por moradores e encontraram a vítima. O corpo já foi removido e encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML). As primeiras informações indicam que não haveria marcas de tiros no corpo.
Policiais militares do Batalhão de Choque estão na região. Moradores relatam ter ouvidos barulhos de tiros e bombas na favela. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil. A escola onde o dançarino foi encontrado será periciada.

GT- Triste! Triste porem verdadeira cena do cotidiano brasileiro / carioca. Que pena!

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CRÍTICA: A SUBVERSÃO CULTURAL DE GERALD THOMAS EM ENTREDENTES: FANTASTIC !!! “Comercial? Então era comercia e não miche? ” “E voce ve alguma diferença?”

Vejinha São Paulo -

Vejinha São Paulo –

Screen Shot 2014-04-19 at 12.37.42 PMImage 15Link direto pra materia: http://www.aplausobrasil.com.br/2014/04/19/antropofagia-de-gerald-thomas-em-entredentes/#more-11518

COLABORADORES, CRÍTICAS, DESTAQUE, MATÉRIAS
CRÍTICA: A SUBVERSÃO CULTURAL DE GERALD THOMAS EM ENTREDENTES
19 DE ABRIL DE 2014 MICHELFERNANDES DEIXE UM COMENTÁRIO
Kyra Piscitelli, do Aplauso Brasil (kyra@aplausobrasil.com)

“Entredentes” traz Ney LA – Torraca, Edi Botelho e a atriz portuguesa Maria de Lima. Foto: Alisson Louback
“Entredentes” traz Ney LA -Torraca, Edi Botelho e a atriz portuguesa Maria de Lima. Foto: Alisson Louback

SÃO PAULO – Ver Gerald Thomas no teatro é uma verdadeira experiência. É difícil imaginar que o autor possa escrever uma história linear, dessas com o mínimo de lógica. O trunfo e o defeito de Thomas é esse: subverter. Vomita críticas, opiniões e pensamentos. É como uma viagem de conexões e não-conexões. Assim é Entredentes, em cartaz no Sesc Consolação.

Nessa nova empreitada, Thomas conta com o velho amigo e fã Ney Latorraca. Os dois estão no quarto trabalho juntos e esse reencontro artístico acontece cerca de duas décadas depois. Outro velho amigo e parceiro de cena de Thomas está no palco: Edi Botelho. E para desequilibrar a cena, uma presença feminina: a atriz portuguesa Maria de Lima.

Em cena Edi Botelho e Ney Torraca. Foto: Alisson Louback (foto acima)

Gerald Thomas desafia e sai do comum – como se espera dele. Um judeu e um palestino no muro de lamentações; um telão com a imagem de uma vagina aberta; uma portuguesa que desafia nossa brasilidade; críticas à TV, à propaganda ou qualquer coisa que não seja esperado. Tudo isso e mais um pouco está em Entredentes.

Algumas críticas são geniais como comparar um trabalho publicitário a de um michê. Outras mereciam ser mais exploradas como o encontro de um judeu e um palestino no muro das lamentações.

Gerald Thomas tem tanta coisa para falar que uma peça é pouco. Quem assiste viaja da época colonial brasileira à atualidade em um segundo. Os atores em cena, se viram, improvisam e dão um show. Embarcam junto com Thomas.

Em cena, a atriz portuguesa Maria de Lima. Foto: Alisson Louback (foto acima)

As notícias atuais estão no texto – e não duvido se outras forem acrescidas no meio da temporada. Aliás, Entredentes é atemporal. A história tem tantas possibilidades que pode ser contada a qualquer época ou tempo.

A própria história de Torraca se mistura. Em vários momentos, a recente internação do ator ou até iminente morte aparecem.

É uma história sem começo, meio e fim, sem tempo definido e de vários personagens. É um grito de Gerald Thomas para um mundo confuso em suas referências e seus papéis. A história começa em um possível futuro: astronautas estão explorando um novo mundo. Então, é para esse caminho que seguimos? Rumo a novas colonizações?

Ver Gerald Thomas é buscar perguntas e nunca respostas. Ver Gerald Thomas é não entender tudo que se passa em cena e tentar não se incomodar com isso. O autor coloca para pensar; traz críticas dos dois lados e de qualquer ângulo. E que pareça confuso: se você sair com algum desses montantes de desconexões ecoando na cabeça terá valido a pena.

Ficha Técnica
Autor e Diretor: Gerald Thomas
Elenco: Ney Latorraca, Edi Botelho e Maria de Lima
Direção de Produção: Willian Taranto
Cenografia: Gerald Thomas e Lu Bueno
Iluminação: Gerald Thomas e Wagner Pinto
Figurino e Programação Visual: Lu Bueno
Trilha Sonora: Gerald Thomas
Sound Designer: Tocko Michelazzo
Assessoria de Imprensa: Ney Motta
Assistentes de Direção: André Bortolanza e Gabriel Barone
Produção: Taranto Produções
Realização: SESC São Paulo

Serviço
Local: SESC Consolação – Teatro Anchieta. Rua Doutor Vila Nova 245, Vila Buarque, SP
Informações: 55 (11) 3234-3000
Capacidade de público: 280 lugares
Temporada: 11 de abril até 11 de maio. Sextas e sábados às 21h e domingos às 18h
Importante: No dia 18/4, NÃO haverá apresentação do espetáculo.
Ingressos: R$ 35,00 (inteira), R$17,50 (meia) e R$ 7,00 (trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes).
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 16 anos
Duração: 90 minutos

Aqui uma redução de uma merdinha de resenha preguiçosa de alguem que cita um nome de autor que não esta citado na peça: VEJA -SP
http://vejasp.abril.com.br/atracao/entredentes?utm_source=email

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Great great review : optima critica – ENTREDENTES

Very popular Facebook page screen shot: 400 + likes. AL-Mazing!!!

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Image 31Image 28http://entretenimento.r7.com/blogs/teatro/2014/04/17/critica-gerald-thomas-solta-grito-entalado-entredentes-e-convida-brasil-a-pensar/#r7-comentarios

VIDEO – METROPOLIS

GloboNews VIDEO

http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-em-pauta/videos/t/todos-os-videos/v/ney-latorraca-e-gerald-thomas-voltam-a-trabalhar-juntos/3276602/

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Por MIGUEL ARCANJO PRADO

Uma cena poderia resumir o espírito de Entredentes, a nova peça de Gerald Thomas, em cartaz no Teatro Anchieta do Sesc Consolação, em São Paulo.

Ela se dá quando a atriz portuguesa Maria de Lima começa a esbravejar contra o Brasil, dizendo questões pertinentes e provocativas sobre questões histórico-sociais que não conseguimos ainda resolver.

Em seguida, a atriz explica à plateia que a fala não é dela, mas, sim, do diretor e autor, Gerald Thomas. Há um riso, de certo alívio. Mas é aí que ela, em primeira pessoa, passa a dizer o que ama no Brasil, citando como motivos coisas das quais não nos orgulhamos, como nossas favelas e o cheiro de xixi nas ruas.

Atônita com o discurso, a figura de Ney Latorraca só consegue uma saída diante da situação incômoda: a vaia.

Como em toda peça, muitas coisas estão implícitas nesta cena, cheia de signos fragmentados que permitem ao espectador diversas leituras. Não há discurso hegemônico, mas um convite ao espectador para ser uma espécie de coautor da encenação, preenchendo-a de significados.

entredentes foto alisson louback 8778 Crítica: Gerald Thomas solta grito entalado Entredentes e convida Brasil a pensar
Confronto entre Maria e Ney: verdade dita por boca do colonizador – Foto: Alison Louback
Na cena do confronto entre Maria e Ney, é preciso que a “verdade” seja dita por boca estrangeira. Mesmo assim, é necessário o grito para que seja escutada, evidenciando uma dependência brasileira ao olhar do Primeiro Mundo.

E tal discurso vem com sotaque colonizador. Talvez seja por tal ressentimento que este não é legitimado por Ney. Ou sequer contestado. A reação escolhida é quase que infantil, e bem brasileira. Em vez de partir para uma discussão dialética, o personagem de Ney prefere tentar desestabilizar seu interlocutor pela vaia e cortar o diálogo.

Thomas reúne três atores potentes no palco: Latorraca, Lima e Edi Botelho, este último o artista com quem mais trabalhou. Entregues ao jogo, Latorraca e Botelho fazem dupla. Primeiro, dois astronautas lunáticos. Depois, se alguém sente falta de historinha, um vira judeu e o outro, palestino. Tudo diante de um painel com uma enorme vagina ou de um pichado Muro das Lamentações.

Diante do delírio, ambos são capazes de dizer coisas profundas que retumbam na cabeça do espectador.

Latorraca, para quem a peça foi escrita, faz excelente performance. Incorpora a si próprio em cena, que usa elementos de sua própria história, como a internação recente e a quase partida para o lado de lá. É ótimo ator e aproveita as liberdades do teatro de Thomas para apostar em seu tempo cômico, que ao mesmo tempo provoca o riso e desconcerta. Como quando diz: “It’s amazing”.

Entrevista: “É uma idiotice, um horror”, diz Gerald Thomas

Outro grande destaque é Maria de Lima. Ela entra na peça, num primeiro momento, como alegoria sublinhada, como se a direção fizesse concessão ao didatismo que tal público está acostumado.

Logo sua personagem ganha peso e, em muitos momentos, se torna centro das atenções. Botelho chega a ir para a plateia para permitir que o duo de force entre Lima e Latorraca se faça sem interferências, como na cena que abriu esta crítica.

Em seu teatro próximo à performance e com farta assinatura do diretor, Thomas abre a porteira para temas que perpassam o contemporâneo: desde a tensão política na Ucrânia após a invasão da Crimeia pela Rússia até a obsessão do povo brasileiro em acompanhar com afinco as telenovelas de roteiros repetidos.

Há uma preguiça para o Brasil – e os brasileiros – implícita na peça. Uma preguiça para um povo que não se cansa de retumbar às margens do rio Ipiranga, como diz uma das provocantes sacadas do texto, e que precisa terminar tudo em samba e Carnaval.

O recado de Entredentes não tem a obviedade que necessita quem busca riso fácil ou choro emotivo convulsivo, ou, como agora é moda, na relação de compromisso afetivo com artistas que ressuscitam no palco. Vai além disso.

É um teatro que se propõe a pensar a partir da quebra das estruturas sociais e comportamentais que move a sociedade e o pensamento brasileiros. A começar por quebrar a historinha. É fragmentado, propositivo e analítico.

Na obra que está mais para brado retumbante do que para revelação entredentes, Thomas cutuca a dormência anencéfala e tira a casca do verniz, revelando a mediocridade de nossa gente, tentando, ao mesmo tempo, despertá-la da alienação e do conformismo. É um mérito.

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Programa METROPOLIS : otimo!! Entredentes arrasando !! + Folha de S Paulo + Resposta a Nelson de Sá !

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Critica de Nelson de Sá (Folha de São Paulo)
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/04/1441404-critica-com-nei-latorraca-gerald-thomas-faz-sua-comedia-sobre-o-nada.shtml

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BREVE RESPOSTA A ESSE NELSON DE SA:

Nelson de Sá e eu nunca nos entendemos. Certo, por alguns anos ele me elogiava (obviamente perdido e sem saber porque) e me colocava com uma das pontas da “Santissima Trindade do Teatro Brasileiro”. Noutras vezes, escrevia nesse português caboclo e feio…mas não importa o passado.

Nunca levei a serio. Não o levo a serio quando elogia. Nao o levo a serio quando critica. E por que?

É simples: esse Nelson de Sá sempre comete um erro básico: se sente “parte” da turma, sente-se como um amiguinho do elenco e do diretor.

Não é. Me lembro das brigas homéricas que tivemos e que o Zé Celso também teve com ele, sempre através do jornal. E olha que o nome do filho dele é Zé Celso e seu blog se chama “Cacilda”, ha ha!

Mas o erro esta aqui: Nelson de Sá não critica o espetáculo (alias é até duvidoso que ele o tenha visto). Num espaço JA RESTRITO pra teatro, esse Nelson prefere escrever sobre aquilo que NAO esta na peça – e o faz de novo aqui em Entredentes.

Ou seja, ele começa sua resenha falando de uma cena que não existe no espetáculo, a da “criança pedindo um tênis”. Pode? Sim, pelo jeito pode.

Não vou me alongar aqui porque são coisas recorrentes ha décadas entre esse ser perdido entre o jornalismo e a arte (já editou a Ilustrada, já editou Economia, já editou “Toda a Mídia” e não sabe bem o que quer: ah sim, montou (certa vez) uma peça de Sarah Kane: claro que foi um desastre).

Certa vez , em “Nowhere Man”, ele publicou um texto sobre isso e aquilo (se fixando em mim, sempre) e ESQUECEU de citar o nome do ator Luiz Damasceno (que esta no palco o tempo todo e pra quem a peça foi escrita).

Aqui, em Entredentes, ele simplesmente não menciona a “mediunidade” – motto recorrente e quase único do espetáculo – que Ney Latorraca protagoniza.

Mas, como todos que erram, as vezes o Nelson tem razão: ele compara a peça ao seriado “Seinfeld” que se dizia sobre o “nada” e isso é ótimo mas exige de mim, o autor “que eu tenha algo a afirmar”.

Nelson de Sá: “Outro é que Thomas, como autor, não parece mais ter as certezas que demonstrou um dia.”

Pergunto: em que tempo vive esse Nelson (que ainda não percebeu que a expressão desse nada é justamente é a essência buscada por um autor vivo sobre tempos tão efêmeros quanto os de hoje? Se esse Nelson quer “verdades” que vá se matricular numa igreja do “interior” ou algo assim. Ou se mude pro Tibet ou pro pico do Kilimanjaro!!!!).

Mas se não fosse tão ignorante sua resenha, eu não estaria rindo aqui. E estou: lendo de novo (do começo) essa ridícula resenha, me deparo com seu inicio: “a cena onde um menino pede um tênis” e que o publico que freqüenta o teatro jamais vera pois não esta na peça! (!!!!!).

Nelson de Sá: “
”Entredentes” tem seu melhor naquilo que já estava na gênese da montagem, no primeiro encontro de atores e diretor, há dois anos: a caracterização que Ney Latorraca fez de um menino, exigindo de sua mãe um tênis. 

A cena não está na peça, mas é nessa capacidade de brincar que a encenação é bem-sucedida. Gerald Thomas revolve à exaustão o talento do ator para achar graça onde ela parece inexistir. Sobretudo, consegue dar forma ao duo cômico de Ney e Didi, nomes dos personagens de Latorraca e Edi Botelho.

Mas assim Nelson de Sá pode se dizer “amigo” do elenco e / ou do diretor e autor pois ouviu essa estorinha nos ensaios. Ele se considera “amigo das estrelas”. Juro que adoraria receber a avaliação RUIM ou PESSIMO desse pobre ser. Esse “BOM” é péssimo. Saudades da Barbara Heliodora. Mesmo!

Final “profundo”:

Nelson de Sá “De todo modo, perto de produções recentes, é um renascimento para Thomas, inspirado pelos talentos da dupla e de Maria. E sua cena segue bem emoldurada, pela trilha musical e sobretudo pela cenografia: uma vagina gigante que remete ao renascimento de Latorraca, depois de uma crise de saúde, e também às rachaduras nos muros políticos e religiosos, por onde vaza vida.”

Wow! Por onde vaza a vida! Nossa! Poético esse Nelson. Por onde vaza a vida!!!! 


Por onde vaza a vida (Haroldo de Campos, se estivesse vivo) teria um desvio de enfarte agora!

Quem sabe , um dia, Nelson de Sá será promovido a “entregador” de jornal.

Isso sim, seria engraçado. E justo! Ha ha!

Gerald Thomas.

OTIMA OTIMA CRITICA. EXCELLENT REVIEW
http://entretenimento.r7.com/blogs/teatro/2014/04/17/critica-gerald-thomas-solta-grito-entalado-entredentes-e-convida-brasil-a-pensar/#r7-comentarios

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Nova versão de Nelson de Sá:

Pelas frestas, o renascimento de Ney e Didi

POR NELSON DE SÁ

16/04/14 13:44
“Entredentes” tem o seu melhor naquilo que já estava na gênese, nos traços iniciais da montagem, durante o primeiro encontro dos atores com o diretor, há dois anos: a caracterização que Ney Latorraca fez de um menino, exigindo da mãe a compra de um tênis.
A cena não está na peça, mas é nessa capacidade de brincar que a encenação é mais bem-sucedida. Gerald Thomas revolve quase à exaustão o talento do ator para achar graça até onde ela parece inexistir. Sobretudo, consegue dar forma ao duo cômico de Ney e Didi, nomes dos personagens de Latorraca e Edi Botelho.
Um pouco como “funny man” e “straight man”, remetendo às duplas do “music hall”, do cinema mudo e de Samuel Beckett, referência insistente do diretor, mas também à série pós-moderna “Seinfeld”, os dois jogam conversa fora por uma hora e meia _sobre a saúde de Latorraca, o Oriente Médio, qualquer coisa.
Ao longo da peça, até o final, Didi cobra repetidamente que ela não sai do prólogo. Embora seja o que permite desenvolver sua comédia sobre o nada, como se dizia da série, aos poucos o espectador passa a se perguntar também: Quando vai começar? Quando é que vai parar de arranhar a superfície?
Não é só questão de duração, embora “Entredentes” se estenda muito além dos curtas e até dos longas de “O Gordo e o Magro” _ou da meia hora das séries cômicas de televisão. É que Thomas, como autor, não parece mais ter as certezas que já demonstrou um dia.
De todo modo, perto do que se viu em produções recentes em São Paulo, é um renascimento, em parte inspirado pelos talentos cômicos de Latorraca, Botelho e da atriz portuguesa Maria de Lima _cuja personagem, Maria, para insistir no paralelo com “Seinfeld”, parece uma mistura de Elaine e Kramer, ou ainda de Pozzo e Lucky, de “Godot”.
Maria faz, expressamente, a voz do autor-diretor no palco, uma intervenção enriquecedora na rotina da dupla cômica. Mas seus discursos afetadamente geopolíticos, apesar do humor na interpretação, vão da ligeireza à obviedade, com efeito frustrante.
A cena ainda é muito bem emoldurada por Thomas, na trilha musical quase intermitente e principalmente na cenografia: uma vagina gigante que remete ao renascimento de Latorraca, depois de uma crise de saúde, e também às rachaduras nos muros políticos e religiosos, por onde escapa a vida.

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Entredentes TV – a major hit ! 10 April to 11 May – video GloboNews

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CLICK ON THE LINK : Video: GloboNews: http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-em-pauta/videos/t/todos-os-videos/v/ney-latorraca-e-gerald-thomas-voltam-a-trabalhar-juntos/3276602/

Video promotional: TV Cultura : Metropolis :

Videos of productions (past and present) and reports, news clippings, etc
http://geraldthomas.net

And on my site: http://www.geraldthomas.com under “Press” – Entredentes.

ENTREDENTES
Entre amigos, Folha Ilustrada, April 12, 2014
Ney Latorraca estreia peça de Gerald Thomas, Estado de São Paulo, April 11, 2014
Pense para parar , Estado de São Paulo, April 11, 2014
Latorraca volta aos palcos em peça de Gerald Thomas, Agora, April 11, 2014
Ney Latorraca e Gerald Thomas voltam a trabalhar juntos (Video), Glogo News, April 11, 2014
Ney Latorraca estreia peça de Gerald Thomas, Jornal do Commercio, April 11, 2014
Ney Latorraca volta aos palcos e brinda com amigos após problemas de saúde, Quem Acontece-BR , April 11, 2014
Ney Latorraca brinda à volta aos palcos, O Fuxico-BR, April 11, 2014
Ney Latorraca estreia peça de Gerald Thomas, Diário do Grande ABC, April 11, 2014
Gerald Thomas e Ney Latorraca voltam a trabalhar juntos, Guia da Folha, April 11, 2014
Ney Latorraca e Gerald Thomas renovam parceria em ‘Entredentes’, Globo.com, April 10, 2014
Ney Latorraca e Gerald Thomas ENTREDENTES, Vagner Lima : Vamos Lá, April 10, 2014
Entredentes, Folha de São Paulo, April 10, 2014
Após problemas de saúde, Ney Latorraca volta aos palcos, Revista Época, April 9, 2014
As Lamentações de Gerald Thomas, Isto É BR, April 9, 2014
3 Perguntas para Ney Latorraca, Veja São Paulo, April 9, 2014
Maria de Lima ensaia peça do brasileiro Gerald Thomas em São Paulo, RTP Notícias, April 8, 2014
Ney Latorraca e Gerald Thomas retomam parceria, Folha de São Paulo, April 6, 2014
Palco de Existência, Estado de Minas, April 5, 2014
VIDEO: Gerald Thomas e Ney Latorraca, TV Folha Ilustrada, March 30,2014
Latorraca volta á cena após crise de saúde dirigido por Gerald Thomas, Folha Ilustrada, March 30,2014
Atividade Paranormal, Folha Ilustrada, March 30, 2014
“É uma idiotice, é um horror!”, diz Gerald Thomas, R7 Entretenimento, March 28,2014
Gerald Thomas e Ney Latorraca juntos, novamente!, ES Hoje, March 24,2014
No ensaio de Entredentes, com Gerald Thomas, Brasil Post, March 24,2014
O reencontro de Ney Latorraca e Gerald Thomas em “Entredentes”, que estreia em abril no Teatro Anchietau, Veja, São Paulo, March 17,2014
Ney Latorraca: A Grande volta, O Globo, October 23, 2013

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It’s TONIGHT !!!! É HOJE !!!! “ENTREDENTES” – April 10 – to May 10

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ENTREDENTES – hoje até 10 de Maio.

OBRIGADO A DANILO SANTOS DE MIRANDA E TODA EQUIPE DO SESC – CONSOLAÇAO E ROSANA CUNHA.
OBRIGADO A MINHA EQUIPE E AO MEU ELENCO.

LOVE
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We open ENTREDENTES on Thursday , April 10th: SESC Consolação, 21h – Estreia de Entredentes nessa proxima quinta dia 10.

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All the Walls: Waling and Berlin -

All the Walls: Waling and Berlin –

Maria de Lima arrasando

Maria de Lima arrasando

Edi Botelho e Ney Latorraca arrasando

Edi Botelho e Ney Latorraca arrasando

Ney Latorraca arrasando

Ney Latorraca arrasando

Ensaio - rehearsal on stage

Ensaio – rehearsal on stage

Por Ruy Filho

A mediação mediúnica do presente escondido

Há um mínimo espaço que sobra quando os dentes se apertam. Por ele, o ar escapa e invade mantendo o ser vivo ou em latência de sobrevivência. Esse respirar e aspirar é igualmente o sufocamento das palavras impedidas de seguir. Então se sufoca pelo surgir de cada sílaba, de cada verbo, em cada adjetivo escondido de valor ao outro. Sobra ao homem engolir a própria essência travestida de saliva e se deixar invadir no percurso que desenha boca, tripas, cu. As palavras são defecadas e espelham o apodrecimento dos discursos. Não há mais diferença. Mas, ainda assim, o mundo insiste em polarizar e distanciar um do outro, com classificações e regionalizações. Ora, o que são as classificações se não palavras de distanciamentos, separações? Aquilo classificado e identificado pertencente sucumbe ao seu estado limite de um existir minimizado na história. Vivemos esse instante de deslocamente temporal do espaço de modo definitivo. Agora, o homem corre atrás da história em busca de pertencer a algo, não mais ao instante. Só que não existe mais esse tal de algo. Tudo passou a ser nomeado, identificado, classificado, propriedade. Então se regionaliza pela cultura, pela terra, pela religião, pela informação. Tudo é limite e origem. Tudo é incapacidade e desnecessidade. E só resta ao homem encontrar e reconhecer o outro nessas mesmas condições. A boceta que estampa o fundo do palco expõe o útero como o mais original de todos nós. Mas isso seria compreendê-la de dentro pra fora. É mais. Vista, percebida, exposta, direciona a percepção de fora para dentro, e se faz túnel ao infinito original do homem e da história. É igualmente muro, como se o outro lado fosse impenetrável, como se a história pudesse ser invadida apenas lascivamente, seduzida ao prazer de quem a manipula. Não cabe mais ao homem o imponderável sobre o desejo de seu próprio existir, portanto. Nem o de nascer, portanto de dentro pra fora, então de escolher ser; nem o de invadir, portanto de fora pra dentro, então de escolher não ser. Desse modo, história e homem sucumbem um ao outro. Invalidam-se, enquanto comprovam serem eles mesmos os paradoxos de um ao outro. No movimento de reconhecimento da história, o homem se revela antinatural e autista. No do homem, a história se coloca humanamente equívoco. É preciso escapar simultaneamente aos dois movimentos. Invadir e fugir, simultaneamente. Construir outra planície de pertencimento, como se o espaço fosse viável apenas se compreendido como espacial e não local. É nesse vácuo hímen que o presente mais próprio pode ressurgir. E nenhuma ação é mais a manifestação do instante que a palavra, o discurso, o dizer. Ainda que seja, cada vez mais, fundamental dizer como outro, como meio do outro, meio da história, história do tempo, em tempo real, final e começo. Uma espécie de espetacularização do dizer, ao invés da fala em sim. Ou o homem reassume o nascer do tempo como presença espacial de discursos, ou lhe sobrará a corda insistentemente dependurada sobre o banco como possibilidade real de encontro ao presente. A escolha é inevitavelmente de cada um.

RUY FILHO

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Jornal ESTADO de MINAS – Entredentes

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O palco é o melhor lugar para expor conflitos e desigualdades. A constatação de Ney Latorraca vem a propósito da crença de que o teatro continua sendo um dos principais canais de discussão da condição humana. É o que mostra Entredentes, de Gerald Thomas, que o ator paulista estreia quinta-feira, no Sesc Consolação (Teatro Anchieta), em São Paulo, ao lado do mineiro Edi Botelho e da portuguesa Maria de Lima.

Produto da parceria do polêmico diretor com o consagrado ator – antes eles fizeram Don Juan (1995) e Quartett (1996), além da participação de Ney em Unglauber (também de 1995), da Trilogia da B. E. S. T. A , em Portugal –, o espetáculo promove encontro, no Muro das Lamentações, em Jerusalém, de um islâmico radical e um judeu ortodoxo, com direito a crítica bem-humorada da cruel realidade contemporânea.

“Somos o único país em que há clubes e hospitais batizados de Sírio-Libanês. Não vivemos este tipo de conflito”, comemora o ator, que interpreta personagem mediúnico no novo espetáculo de Gerald Thomas. Comemorativo aos 50 anos de carreira de Ney, que vai completar 70 anos em julho, Entredentes marca o retorno do diretor à cena brasileira depois de Kepler, the dog – O cão que insultava mulheres, de 2008. Ney também está de volta depois de passar por sérios problemas de saúde.

“Em cena, o público vai ver uma pessoa voltando para o lugar dela: o palco. Este espetáculo é o meu renascimento”, afirma Ney. Para ele, “o palco é uma mesa branca em que os atores são cavalos de seus personagens”. E acrescenta: “O teatro é um ritual do qual o público também participa”. Ney admite ter-se livrado totalmente dos problemas pós-cirurgia de vesícula, no fim de 2012, que acabaram resultando em complicações dos canais biliares.

Ney Latorraca está muitíssimo bem. “Depois de oito anestesias, chegaram a pensar na possibilidade de eu ter de usar ponto eletrônico, diante de possíveis dificuldades em decorar texto”, recorda o ator, salientando que o novo texto de Gerald Thomas é uma “pauleira” de 80 páginas, decoradas por ele tranquilamente no período pós-cirurgia. Além do carinho do público e da classe artística, o ator lembra emocionado da assistência da empresa (TV Globo, na qual está há 40 anos), que teria bancado o tratamento médico dele.

Ausente das novelas desde Negócio da China (2008/2009), do amigo Miguel Falabella, o ator acredita que será difícil o retorno dele ao formato. “Só se for uma participação”, avisa Ney Latorraca, que também marcou presença no seriado SOS emergência (2010). O mais recente trabalho do ator na telinha foi protagonizando o especial de fim de ano Alexandre e outros heróis (2013), de Luiz Fernando Carvalho, que deverá voltar à grade da Globo ainda este ano.

Ano que vem, o ator será o grande homenageado do Prêmio Cesgranrio de Teatro 2015 pela contribuição às artes cênicas brasileiras. “Sou respeitado, só faço o que quero e sobrevivo da profissão”, festeja Ney Latorraca, admitindo estar mais para arara que para periquito. “Podia estar fazendo coisas de gabinete, mas preferi pegar no pesado”, orgulha-se da carreira, que, no fim do ano, irá contabilizar mais um filme. Sob a direção de Luiz Carlos Lacerda, o Bigode, ele vai filmar no interior de Minas (Cataguases e Leopoldina) o argumento inédito que Lúcio Cardoso deixou para o diretor, Introdução à música do sangue.

Fumaça

Ney Latorraca conheceu Gerald Thomas aos 24 anos, quando o futuro autor e diretor tinha apenas 14. Foi na célebre montagem de O balcão, de Jean Genet, de 1969, em São Paulo, sob a direção de Victor Garcia. “Éramos 100 pessoas em um fosso, nuas, quase uma instalação”, recorda. “Durante um ensaio, pedi um café que me chegou pelas mãos de um menino que, mesmo não integrando o elenco, já estava inserido no processo. Tratava-se de Gerald”, acrescenta o ator.

“Inteligente, poliglota, cidadão do mundo, Gerald Thomas só faz o que quer, com quem ele quer”, elogia Ney, lembrando do trabalho do diretor com Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, Marco Nanini, Marília Gabriela e Serginho Groissman, entre outros poucos. “Ele é daquele tipo de pessoa inteligente que só nos acrescenta a cada encontro, ensaio e mesa. Ele tira a gente da zona de conforto”, diz Ney Latorraca, admitindo que Gerald Thomas não deixou a criança que existe nele morrer.

Um mês antes de morrer, a mãe do ator teria pedido a ele que fosse trabalhar com o “homem da fumaça”, como se tornou conhecido Gerald Thomas pelas performances teatrais regadas a efeitos especiais no palco. “Na época, ele já havia me ligado para falar de Entredentes”, diz, emocionado, Ney Latorraca, que chegou a se hospedar nas casas de Londres (Inglaterra) e Nova York (Estados Unidos) do diretor para estudarem juntos o texto. “Gerald mexe muito no texto, por isso o teatro dele é bom”, conclui em tom de elogio.

Depoimentos

Gerald Thomas
Diretor e dramaturgo

“Trabalhar com o Ney é uma delícia. É uma delícia porque ele saboreia e se delicia no palco. Para quem é rato de teatro, como eu, tenho de me vigiar para não ter acessos de riso durante o ensaio: o ideal mesmo seria fazer um Being Ney Latorraca. Diz assim a atriz Maria de Lima na peça: ‘Como vocês brasileiros dizem Ney no plural?’. E o Ney responde: “NeyS, com S”. Ano que vem, serão 20 anos de amizade e trabalho com o Ney.”

Quase mineiro

Filho de um crooner e de uma corista mato-grossenses, que se apresentavam em cassinos Brasil afora, por pouco Ney Latorraca não nasceu mineiro. “Sou produto mineiro. Minha mãe trabalhava no Cassino da Pampulha e, durante uma visita à sogra, em Santos (SP), acabei nascendo, em 25 de julho. Por um triz não me tornei mineiro”, lembra o ator, que, até os 4 anos, viveu entre Belo Horizonte e outras capitais. “Quando voltava a BH, costumava sair com minha mãe e ficava impressionado como ela conhecia a cidade inteirinha”, emociona-se ao falar da mãe, que morreu em 1994.
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