Monthly Archives: September 2021

“G.A.L.A.” – complete video of the production. Video completo de G.A.L.A.

Leave a comment

Filed under Uncategorized

CBN – NOITE TOTAL – Tania Morales – Gerald Thomas – “G.A.L.A.”

Leave a comment

Filed under Uncategorized

Lenise Pinheiro – Blog Cacilda (Folha) sobre G.A.L.A.

https://vimeo.com/manage/videos/616345605

.Lenise Pinheiro – Blog CACILDA – FOLHA.‘G.A.L.A.’: Poesia concreta com pitadas de coentro e salsinha. A atriz Fabiana Gugli do alto de sua inquietude se pavonea: “Alô, alô, alô”. Interage com o ranger do telefone. Se ouriça ao toque da orquestra– “Eu estou em ruínas e vc vem com essa notícia”?– “Aquela vez em que você voltou para ver se a ruína ainda estava lá, onde você brincava de Beckett. Pois, a ruína não está mais lá…é…Beckett não está mais lá. Beckett já virou concreto. Agora é tudo concreto. Para de ficar idolatrando os cacos desesperançosos da história”.Fim de jogo. Estilhaços por toda parte, garrafas com bilhete dentro.Naufrágios inevitáveis:– “Um dia você vai entender a importância da igualdade social, sexual, religiosa, política, emblemática, substancial, neurológica, científica, esotérica e quilométrica”.Licenças poéticas e liberdades. Profundezas para além das vinte mil léguas.Planos para o futuro. Deboches. Reminiscências.Diálogos travados entre cortes e edições:– “Ele não conta uma história…não…ele não quer coerência. Eu quero coentro no meu feijão e salsinha no meu sapato”.Tempêros e samba. Cravos nos canos dos fuzis trocados por feijão. Yolandas satisfeitas?:– “A gente vive, a gente sonha. A gente idealiza. A gente se movimenta. A gente atua. A gente se politiza. Se mobiliza”.Tudo a fazer no Planeta Gerald Thomas.Boá colorido. Decote. Seios rabiscados na camisola:– “Eu sinto saudades daquela época. Minha Pai”.Raios fúlgidos de luz.Cacos de teatro:– “Aqui quem vos escreve é um mero impulso. Uma reação química e biológica aos fatos que se impõem e se decompõem. Nunca as coisas estiveram tão ruins”.Visões apocalípticas. Trocas de papéis.Olhares fixos. Todos na Fabi.

Texto, Criação e Direção: Gerald Thomas

Atriz: Fabiana Gugli

Assistente de Direção: Lucas Brandão

Desenho de Luz, Som e Espaço Cênico: Gerald Thomas

Sonorização: Ale Martins

Montagem e Operação de Luz: Nicolas Caratori

Adereços: Clau CarmoRealização: Sesc São PauloClassificação: 16 anosDuração: 45 minutosIngressos: GrátisTransmissão pelo canal do Sesc Avenida Paulista: youtube.com/sescavenidapaulista

ÒG.A.L.A.Ó Dire‹o: Gerald Thomas. Com Fabiana Gugli. Foto: Roberto Setton | Divulga‹o Setembro de 2021

29You, Jardel Dias Cavalcanti, Adriane Gomes and 26 others2 Comments1 Share

Love

LoveCommentShare

Lenise Pinheiro – Blog CACILDA – FOLHA.‘G.A.L.A.’: Poesia concreta com pitadas de coentro e salsinhaA atriz Fabiana Gugli do alto de sua inquietude se pavonea:“Alô, alô, alô”. Interage com o ranger do telefone. Se ouriça ao toque da orquestra– “Eu estou em ruínas e vc vem com essa notícia”?– “Aquela vez em que você voltou para ver se a ruína ainda estava lá, onde você brincava de Beckett. Pois, a ruína não está mais lá…é…Beckett não está mais lá. Beckett já virou concreto. Agora é tudo concreto. Para de ficar idolatrando os cacos desesperançosos da história”.Fim de jogo. Estilhaços por toda parte, garrafas com bilhete dentro.Naufrágios inevitáveis:– “Um dia você vai entender a importância da igualdade social, sexual, religiosa, política, emblemática, substancial, neurológica, científica, esotérica e quilométrica”.Licenças poéticas e liberdades. Profundezas para além das vinte mil léguas.Planos para o futuro. Deboches. Reminiscências.Diálogos travados entre cortes e edições:– “Ele não conta uma história…não…ele não quer coerência. Eu quero coentro no meu feijão e salsinha no meu sapato”.Tempêros e samba. Cravos nos canos dos fuzis trocados por feijão.Yolandas satisfeitas?:– “A gente vive, a gente sonha. A gente idealiza. A gente se movimenta. A gente atua. A gente se politiza. Se mobiliza”.Tudo a fazer no Planeta Gerald Thomas.Boá colorido. Decote. Seios rabiscados na camisola:– “Eu sinto saudades daquela época. Minha Pai”.Raios fúlgidos de luz.Cacos de teatro:– “Aqui quem vos escreve é um mero impulso. Uma reação química e biológica aos fatos que se impõem e se decompõem. Nunca as coisas estiveram tão ruins”.Visões apocalípticas. Trocas de papéis.Olhares fixos. Todos na Fabi.Texto, Criação e Direção: Gerald ThomasAtriz: Fabiana GugliAssistente de Direção: Lucas BrandãoDesenho de Luz, Som e Espaço Cênico: Gerald ThomasSonorização: Ale MartinsMontagem e Operação de Luz: Nicolas CaratoriAdereços: Clau CarmoRealização: Sesc São PauloClassificação: 16 anosDuração: 45 minutosIngressos: GrátisTransmissão pelo canal do Sesc Avenida Paulista: youtube.com/sescavenidapaulista

29You, Jardel Dias Cavalcanti, Adriane Gomes and 26 others2 Comments1 Share

Love

LoveCommentShare

Leave a comment

Filed under Uncategorized

MARAVILHOSA Critica por Ubiratan Brasil (G.A.L.A.)

Gerald Thomas espelha insatisfação com destino da humanidade em ‘G.A.L.A.’

Encenador reflete sobre como renascer artisticamente após o caos, o que inclui adeus a Beckett

Ubiratan Brasil

Uma mulher passa por um momento crítico, como um barco à deriva que corre o risco de naufragar. Sozinha, ela busca uma solução enquanto reflete sobre o problema: ela rompe relação com Sancho, o namorado, e com o universo de Samuel Beckett (1906-1989), autor teatral que melhor sintetizou as relações humanas no século 20. “Ao final, tudo termina em ruínas, o que nos permite fazer analogia com o que nos rodeia hoje”, afirma Gerald Thomas, diretor e autor de G.A.L.A., seu primeiro espetáculo criado para o formato online, com estreia prevista para as 21 horas desta quarta, 22, na página do Sesc Avenida Paulista no YouTube.

Interpretado por Fabiana Gugli, o espetáculo reflete obviamente os pensamentos de Thomas, cujo estado natural parece ser sempre a indisposição – não física, mas moral e intelectual. Como o “rompimento” com Beckett, de quem foi amigo e seguidor, tornando-se um de seus principais interlocutores e encenadores contemporâneos nos últimos 40 anos. “Eu planejava montar três peças da primeira fase de Beckett com a Fabiana, mas desisti.”

O ponto final pode ser encontrado logo nas primeiras falas da mulher de G.A.L.A., quando conversa com o namorado por telefone: “Beckett não está mais lá, seu imbecil. Beckett já virou concreto. Agora é tudo de concreto. Para com essa coisa de ficar idolatrando os cacos desesperançosos da história”.

Beckett compôs sua obra em torno de uma visão da transitoriedade da vida, além de saudar o absurdo existencial com um humor característico. Para os críticos, seu pessimismo está sintetizado na afirmação de Nell, a mãe encerrada em uma urna de cinzas mortuárias em Fim de Partida (1956): “Nada é mais divertido que a infelicidade”.

Em um determinado momento de G.A.L.A., a personagem, ainda conversando (brigando?) com o namorado, diz uma frase com forte teor beckettiano: “A gente vive. A gente sonha. A gente idealiza e a gente se movimenta, a gente atua, se politiza, se mobiliza, se sente ‘vivo’ e ‘militante’, mas, e depois… E depois… Nada”.

Nesse estranho rompimento traduzido em um abraço, Gerald Thomas espelha sua insatisfação com o destino da humanidade. A pandemia, por exemplo, tornou-o um homem agora pouco avesso a multidões. “A gente se desacostumou de ter pessoas ao redor depois de passar um ano e meio isolado”, observa ele, que vive há anos em Nova York. “Por isso, considero peças transmitidas pela internet como um jeito de sobreviver, por mais que isso seja triste para o teatro.”

Assim, ao escrever o texto, Thomas promovia uma série de inversões de papéis. A começar pelo título, que homenageia Gala Éluard Dalí (1894-1982), que primeiro foi mulher do poeta Paul Éluard e, depois, do pintor surrealista Salvador Dalí. Inspiração para eles e vários outros artistas, Gala teve uma influência decisiva na conversão de Dalí ao surrealismo – no final da vida, porém, foi acusada de gananciosa ao empresariar a carreira do pintor. “Sou fanático por ela, que comandava a vida sexual do casal, já que Salvador não conseguia manter ereção, o que se nota simbolicamente em sua obra, com imagens de ovos derretendo”, observa Thomas. “Gala tinha muitas pretensões, mas foi apenas musa de Dalí, não passou disso.”

As falsas impressões, aliás, comuns em qualquer atividade humana e marcadas pela imagem supervalorizada que muitos vendem de si, incomodam o encenador. “Quanto mais vivo, mais percebo que ninguém sabe nada”, comenta ele, aos 67 anos. “Ninguém se lembra de nada. E vai se criando um arquipélago de verdades, uma espécie de ordem artificial que Deus não botou ali, mas sim a classe média.”

O fluxo do pensamento dá contorno ao texto da peça, cujos ensaios foram realizados de forma online, com Fabiana Gugli no palco do Sesc Avenida Paulista recebendo instruções de Thomas, em Nova York. “Ao receber o texto, eu não tinha ideia de como ele poderia ser dito ou como poderia ser montado”, disse a atriz, em material de divulgação do espetáculo. “Isso é muito próprio da dramaturgia do Gerald, a palavra é só mais um elemento na cena. Só quando os ensaios começam, a encenação dá suporte à dramaturgia e os sentidos e significados começam a aparecer e ganhar conexões muito peculiares. Nessa peça especificamente, muitas imagens habitam este lugar onírico: uma mulher à deriva, rompendo uma relação, o rompimento com Beckett e seu universo, uma inversão de papéis entre musa (Gala) e criador, delírio, sonho, referências ao surrealismo, uma busca de sentido e uma imensa solidão.”

A imagem de Fabiana no barco à deriva remete, em sua estilização, ao filme E la Nave Va, de Federico Fellini, que recriou o mar oniricamente, com papel celofane. Em suas falas, a atriz reproduz o jogo de ambiguidade sexual que norteia o texto, mostrando tanto Gala Dalí em funções masculinas como o artista Marcel Duchamp vestido de mulher. “O jogo da bissexualidade avança”, comenta Thomas, “até chegar à crise existencial”.

Depois de apresentada no canal do YouTube do Sesc Avenida Paulista, a peça continuará disponível, com acesso gratuito. E, quando finalizava G.A.L.A., Thomas também arrematava outro texto, Traidor, que terá o ator Marco Nanini vivendo quatro papéis. Entre outros projetos, Thomas vai ainda participar de uma performance, no dia 3 de outubro, que remete à arca de Noé. “É um trabalho para o qual ganhei uma bolsa da prefeitura de Nova York e no qual vou atravessar de barco o East River (estreito que separa Long Island da ilha de Manhattan e do Bronx).”

Ao longo da travessia, que será transmitida, ele vai arrancar a primeira página de importantes obras da literatura e colocá-la em uma garrafa, que será solta no mar. “Quem sabe pode salvar a vida de algum náufrago”, comenta ele, que já ironiza a ação. “Como navios de grande porte transitam pelo rio, espero que nenhuma onda provocada por eles vire o meu barco.”

O bote como meio de salvação, aliás, é uma metáfora que pode ser aplicada aos recentes problemas enfrentados pelo encenador. A falta de trabalho motivada pela pandemia, mal que atingiu praticamente todo o mundo artístico, fez com que suas dívidas se acumulassem e o ameaçassem de despejo do apartamento onde mora, no sul da ilha de Manhattan: o total chegou a US$ 3 mil.

Thomas conta que confidenciou o problema a um amigo, mas este supostamente tornou público o problema, incluindo que o encenador estaria disposto a vender seus trabalhos como artista plástico para saldar a dívida. Resultado: a notícia viralizou, Thomas dispôs seu material em um leilão virtual e negociou 19 desenhos e pinturas por valores aproximados, segundo ele, a US$ 1 mil cada um. E, mesmo sem revelar o total arrecadado, Thomas garante que voltará a ter o aluguel em dia.

Estadão

Leave a comment

Filed under Uncategorized

JARDEL DIAS CAVALCANTI – G.A.L.A. no Digestivo Cultural: “Coquetel Molotov de Gerald Thomas”

Leave a comment

Filed under Uncategorized

G.A.L.A. estreia hoje! 22 de setembero pelo youtube.com/sescavenidapaulista

Leave a comment

Filed under Uncategorized

Estado de São Paulo – G.A.L.A. estreia – Ubiratan Brasil

Leave a comment

September 22, 2021 · 1:00 pm

O GLOBO – Estreia de G.A.L.A. (por Nelson Gobbi)

Leave a comment

Filed under Uncategorized

Folha de São Paulo – G.A.L.A. – Gerald Thomas imagina um baile tropical sobre ruinas.

Leave a comment

Filed under Uncategorized

TV GLOBO – Estréia G.A.L.A. de Gerald Thomas com Fabiana Gugli

Leave a comment

Filed under Uncategorized

G.A.L.A. – 4 days before opening night.

G.A.L.A. CANOE

Leave a comment

Filed under Uncategorized

G.A.L.A. – VALOR ECONOMICO (por Dirceu Alves Jr)

Leave a comment

September 17, 2021 · 8:19 pm

‘QUEM’ Revista – Gerald Thomas (Setembro 2021)

Gerald Thomas: “A solidão é boa para reflexão e criatividade”

Dramaturgo fala sobre a situação do meio artístico e teatral durante pandemia, conta da estreia de espetáculo G.A.L.A e esclarece sobre a venda de desenhos para não ser despejado de apartamento em NY

Do seu escritório no apartamento em Nova York, Gerald Thomas interrompe por alguns minutos a entrevista pelo Zoom para contemplar e fotografar com o celular uma embarcação que atravessa as águas do East River. O cenário, que ele vê pela janela e compartilha comigo, remete ao de seu novo espetáculo G.A.L.A., que transcorre em um barco à deriva em que uma mulher (Fabiana Gugli) faz um desabafo existencial e diz que Samuel Beckett – dramaturgo de Esperando Godot – não está mais lá.

“Esse espetáculo é um desabafo. Não é muito fácil se livrar ou romper com Beckett. É um estado de espírito e um vício como a cocaína. Se eu conseguisse romper com ele, iria agradecer”, diz Gerald sobre o amigo irlandês, morto em 1989, que é uma inspiração para seus trabalhos.

Em meio ao caos da pandemia – que pausou por praticamente um ano atividades em teatros, não só no Brasil como no mundo – Gerald não ficou à espera de uma solução. O autor fez dois espetáculos on-line, versões de Terra em Trânsito, e acredita que esse formato de apresentação permanecerá para sempre em paralelo com o teatro físico.  

“Fiz dois espetáculos online. Foi um sucesso inacreditável. As pessoas precisam parar de reclamar. Que chatice! O teatro passou por guerras mundiais, ditaduras, revoluções… Existe coisa melhor que vencer um desafio? Vamos ver o nosso talento agora. Estou descobrindo coisas impressionantes com essas novas possibilidades. Temos que ser mais minuciosos porque é muito fácil distrair a atenção de quem está assistindo um espetáculo de casa. Você pode se levantar para fazer uma pipoca no meio. No teatro, você é como um prisioneiro, não pode sair dali, pode até fechar os olhos e dormir, mas permanece ali. No on-line, quem não gosta, desliga e às vezes ainda deixa um recado malcriado. Esse formato vai continuar existindo, mas não vai substituir o teatro. Devemos ser gratos à tecnologia que coopera ao invés de ficarmos como um bando de carpideiras”, afirma o americano, que tem 84 trabalhos realizados em 16 países.

FÔLEGO
Gerald também resolveu colocar à venda desenhos e pinturas que fez durante os seus 67 anos, muitas do período em que trabalhava como ilustrador do The New York Times. Ele gravou um vídeo para um amigo anunciando que venderia seus trabalhos com o objetivo principal de evitar o despejo de seu apartamento diante do momento financeiro mais crítico. O vídeo acabou viralizando na web e se tornando assunto de principais sites de notícia. 

“Gravei aquele vídeo para um amigo. Fiquei sabendo que ele estava circulando até na imprensa quando a Fernanda Montenegro me ligou para saber como eu estava. Fui tomado de surpresa, mas no final, reverteu a meu favor. As pessoas se solidarizaram. Uma personalidade, que eu não posso dizer o nome, escolheu comprar dois trabalhos, que eu amo e que antes eu não queria vender de jeito algum. Mas pagou tão bem por eles. É uma dádiva abrir mão, se livrar das coisas”, conta.

Teve também quem usou o vídeo para atacá-lo. “Por causa do vídeo teve gente comentando, ‘agora você é pró-Lula’. Por que alguém vendendo a sua arte tem que ser relacionada a algum partido político? Eu nunca usei a Lei Rouanet, mas as pessoas criticam sem ao menos saber o que é a lei. Tudo está sendo cancelado, vemos um ódio à arte no governo deste escroto idiota. Não sou cidadão brasileiro e dependo da boa vontade da Polícia Federal, que apoia o Bolsonaro. Em 2016, já ouvia falar do Bolsonaro. Já ouvi em aeroporto, de agentes da imigração, que deveria apoiar o candidato.”

Apesar de ter tido um bom retorno com as vendas, Gerald não precisou usar o dinheiro para pagar a dívida de seu apartamento – que segundo a Veja era de 23 mil dólares.

“Dei entrada ao Emergency Rental Assistance, um programa de assistência e proteção ao inquilino e pagaram os atrasados, já que a partir de uma data não se pode mais despejar o inquilino. Nada mais justo, já que pago impostos Federal e Estadual.” 

FIM DE PARTIDA
Durante esse tempo de maior isolamento social, Gerald afirma que não teve bloqueio algum criativo e que a solidão não foi um problema.

“A solidão é boa para reflexão e criatividade. Sempre estive sozinho, não foi por causa da pandemia”, avalia ele, que em 2015 tentou o suicídio após um tempo de isolamento nos Alpes Suíços. 

“Tentei suicídio em 2015 quando estava nos Alpes Suíços. Ficava em uma casa a dois mil metros de altura, cercada de neve e apenas ouvia o som dos animais. Era bom para trabalhar, mas comecei a sentir um desespero. Pensei: ‘Para que continuar vivo se no final vamos morrer?’ Muito Beckett. Me cortei todo e me joguei na neve. Infelizmente, fui encontrado. Deu um trabalho doido para os vizinhos, tiveram que chamar um helicóptero para me levar para o hospital. Mas a verdade é que adoro viver.”

O artista sempre teve a necessidade de se reinventar e de estar em constante produção de trabalhos em que podia exercer suas habilidades com dramaturgia, iluminação, cenografia, figurino, desenho, música e escrita.

“Sou ansioso por natureza. Tomo Rivotril e de vez em quando Frontal. Tenho um ritmo muito rápido e espero que todo mundo esteja no mesmo pique”, diz.

Atualmente, Gerald está envolvido em vários projetos, entre eles, a performance The Apocalypse in a Bottle: Art as War – que estreia no começo de outubro em Nova York, a concepção de um espetáculo para Marco Nanini e a escrita de um livro sobre sua experiência com a cocaína.

“Parei há cinco anos, não sinto falta, mas cheirei a vida inteira. Usava para sexo só. Para ter oito pessoas na cama por três dias. Passava noites acordado. Neste livro, faço um apanhado do efeito sexual e abridor de portas no social da cocaína”, adianta ele, que se aproximou das drogas ainda na adolescência.  

“Saí de casa aos 14 anos e para sobreviver, fiz michê. Era horrível ter que encarar isso, ficava aos prantos e arrasado, mas precisava sobreviver trepando com os evangélicos de Kentucky e Ohio que vinham depravados para cá. Tive que ir para a Londres para sair dessa vida de michê e cocaína. Foi onde trabalhei como motorista de ambulância, que também era um trabalho horrível. Aprendi muito durante esse período sobre a raça humana e sobre a sociedade. Não me arrependo de nada. Faria tudo de novo.”

Quando não está produzindo, Gerald se divide entre ver vídeos sobre gastronomia, arquitetura e luta tailandesa. “Adoro cozinhar, apesar de não ser bom nisso. Então assisto muita coisa de madrugada sobre culinária. Também vejo luta tailandesa, que é uma loucura, e vídeos sobre construções de prédios, como a torre mais alta da França, o prédio mais alto de Dubai…”

Pergunto se assim como alguns colegas do meio artístico, ele acredita na evolução pessoal que muitos dizem estar vivenciando com este período de isolamento social e pandemia. Gerald me responde com seu típico sarcasmo. “Eu não sou Charles Darwin! A raça humana evolui ‘involuindo’. As pessoas que dizem que evoluíram são de uma pretensão! Evolução só se for das neuroses (risos).”

Serviço:
G.A.L.A.
De Gerald Thomas
Com Fabiana Gugli
Estreia: 22 de setembro de 2021, às 21h, com transmissão pelo canal do Sesc Avenida Paulista: youtube.com/sescavenidapaulista.
Ingressos: Grátis
Duração: 45 minutos (aproximadamente)
Classificação: 16 anos

Leave a comment

Filed under Uncategorized

9/11 – 11 de Setembro – Gerald Thomas 20 anos depois

Até hoje cuspo uma gosma https://www.poder360.com.br/opiniao/internacional/ate-hoje-cuspo-uma-gosma-escreve-gerald-thomas-sobre-o-11-de-setembro/

Leave a comment

Filed under Uncategorized

CRIPTARTE / ARTRIO / TROPIX and GERALD THOMAS

Leave a comment

Filed under Uncategorized

G.A.L.A. Rehearsal September 3, 2021 (Gerald Thomas + Fabiana Gugli)

Leave a comment

Filed under Uncategorized

R.I.P. Sérgio Mamberti !

Leave a comment

Filed under Uncategorized

ESTREIA DO FILME: “O PALHACO, DESERTO”

BRASÍLIA

SALA 09 14:00

FREI CANECA

SALA 07 17:00

RIO DE JANEIRO

SALA 02 15:50

Leave a comment

Filed under Uncategorized