Monthly Archives: May 2013

Roaming around – Tangiers….

..To finish the film and 2 plays and 2 more books!

..To finish the film and 2 plays and 2 more books!

Comments Off on Roaming around – Tangiers….

Filed under Uncategorized

GT- Programa Roda Viva 1988 about Amnesty International (international secretariat in London in the 1970s) acting on behalf of Brazil.

Head stand for Amnesty

Head stand for Amnesty

a tunnel

a tunnel


DSC00653

Link para o programa:

http://geraldthomas.net/IR-Gerald-Thomas-no-Programa-Roda-Viva.html

Antônio Carlos Ferreira: Por falar nos governos anteriores, você falou também do The Living Theater e, evidentemente, a gente se lembra do que eles passaram quando estiveram aqui. Foram presos, teve mil problemas, tudo. E, ao mesmo tempo, eu me lembro de uma outra face da sua biografia, que eu não coloquei aqui, mas foi na primeira vez que, inclusive, eu o conheci. Eu conheci você a cerca de onze anos atrás, eu era diretor de um jornal e você surgiu lá como representante da Anistia Internacional [organização não governamental que atua na área de direitos humanos]. Você veio aqui, inclusive, fazer levantamentos sobre torturas e etc. Como é esse seu passado? Esse seu passado como membro da Anistia Internacional aqui no Brasil, em um país que, na época, tinha tortura, censura à imprensa, no nosso caso, no semanário que eu dirigia, era censura à imprensa.

Gerald Thomas: Bom, na época, eu trabalhava na Anistia, mas na sede que é chamada de Secretariado Internacional, que é em Londres, não é? Eu estava um pouco livre da tortura. Vim aqui algumas vezes levantar dados, mas acho que até meio incógnito, na época. Eu não sei, por uma…

Antônio Carlos Ferreira: É, tudo naquela época era meio incógnito.

Gerald Thomas: Meio incógnito, é. Passava pelos Lusíadas, não é? Ou pelas receitas culinárias [refere-se às notícias de jornais durante o regime militar que, quando censuradas, davam lugar a receitas e trechos de obras comoOs Lusíadas, por exemplo, com forma de protesto]. Eu me sentia dentro de um vatapá, às vezes. Era uma coisa engraçada. Eu estava fazendo teatro lá e estava pintando, e, um dia eu abro o jornal que eu lia, que era The Guardian, que é um jornal meio liberal na Inglaterra e vejo uma enorme reportagem sobre desaparecidos no Brasil. Eu já não estava em contato com o Brasil há muitos anos nessa época. E fiquei absolutamente assustado com aquilo, porque eu achava… Eu tinha noção de que estava acontecendo isso, mas o Chile era a grande coisa na época, não é? Setenta e cinco mil executados em um estádio de futebol. Pinochet, aquela ditadura horrível. Esse era o parâmetro que se tinha no mundo. Então, a América Latina estava mais ou menos coberta pelo… Pela preocupação da Europa e dos Estados Unidos em relação a essa vítima chamada Chile. Resolvi ligar para a Anistia Internacional e perguntar se o departamento que lidava com o Brasil estava munido das pessoas necessárias e disse, já no telefone, que falava perfeitamente bem o português, que era um pouco brasileiro e que podia colaborar. No dia seguinte, eu estava no telex e não saí de lá. Fiquei quatro anos dentro da Anistia Internacional. Foi um dos piores governos aqui, era um… Desaparecimento… diariamente […] Convergência Socialista [grupo de esquerda da época que, mais tarde, militou dentro do PT e, posteriormente, originou o Partido Socialista dos Trabalhadores Unidos (PSTU)], pessoas que […] enfim, grupos inteiros desapareciam e reapareciam. A sede do PCdoB [Partido Comunista do Brasil] foi invadida e pessoas como Pedro Pomar [(1913-1976) fundador do PCdoB e redator-chefe do jornal A Classe Operária. Foi executado pela repressão no dia 16 de dezembro de 1976], foram assassinadas. Elza Pomerati ou Monserati, eu não me lembro…

Antônio Carlos Ferreira
: Monnerat.

Gerald Thomas: Monnerat [militante comunista e guerrilheira no Araguai]. Rholine Sonde Cavalcante em Itamaracá e Carlos Alberto… Olha, os nomes voltam de repente. E eu, eu senti…

Antônio Carlos Ferreira: E você fazendo os relatórios.

Gerald Thomas: É, entrando em contato com o Superior Tribunal Militar, almirante Hélio Leite, na época. Escrevendo por telex direto para ele e com todas as oitenta. Na época, eram oitenta e nove centrais da Anistia no mundo mobilizando pessoas para que mandassem telegramas pedindo a soltura urgente dessa pessoa. Uma coisa que se chamava Campaign for the Abolition of Torture (CAT) – Campanha pela Abolição da Tortura – que tinha que ser relâmpago. Você acaba não saindo da Anistia, vinte e quatro horas do seu dia são dedicadas àquilo. Eu percebi que era a única pessoa, então, que estava lidando com o Brasil efetivamente. E descobri que, como essa época era muito repressiva, existiam muito poucas… Existia muito pouca noção, por exemplo, de pessoas aqui em São Paulo, em relação ao que estava acontecendo em Ponta Porã, Mato Grosso e Ceará. E eu comecei a centralizar informações que, mais tarde, de uma forma muito legal, virou o Comitê Brasileiro da Anistia (CBA) – Ira Maia e Eli [Borges], Raimundo Moreira no Rio. E enfim… São Paulo também, com o Cardeal [Paulo Evaristo] Arns. Aqui em São Paulo, o jornal Movimento, enfim, tudo isso levou a um congresso de exilados e banidos brasileiros em Roma em 1979, o que, por acaso, casualmente, foi coincidir com a promulgação da [Lei da] Anistia em 1979. E meu trabalho acabou e eu voltei para o teatro.

Antônio Carlos Ferreira: Nesse tempo todo, você ficou fora do teatro.

Gerald Thomas: Não. Eu, na medida do possível, eu fazia teatro também. Mas, às vezes, eu ficava, literalmente, vinte e quatro horas dentro da Anistia Internacional porque, na medida em que ia saindo um telex, eu pelo rádio amador, recebia a notícia de que uma outra pessoa tinha sido presa ou espancada. Vladimir Herzog que morria, Manoel Fiel Filho [metalúrgico] que morria também. E…

———————————————————–
Hoje, em 28 de Maio de 2013: siga o link da Folha

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/111180-fotografo-volta-ao-local-onde-fez-a-foto-de-vladimir-herzog-morto.shtml

Comments Off on GT- Programa Roda Viva 1988 about Amnesty International (international secretariat in London in the 1970s) acting on behalf of Brazil.

Filed under Uncategorized

Fernanda Montenegro: EU CHORO (Folha de S Paulo)

GT - Nanda - Fernanda

GT – Nanda – Fernanda

Fernanda Montenegro

Fernanda Montenegro

Folha de S. Paulo
26 de Maio de 2013
REVISTA SERAFINA
Fernanda Montenegro: ‘eu é um outro’

TERCEIRO ATO

Vaidosa, Fernanda diz manter a silhueta esguia por sorte. “Não tenho propensão para engordar. Como bem, mas não gosto de gordura nem de doce.”
Há 40 anos, fez sua primeira e única cirurgia plástica. “Tirei bolsas debaixo dos olhos. Elas voltaram, maravilhosas. Percebi que era inútil lutar. Inútil paisagem, como cantou Tom Jobim.”
O passar dos anos e a fragilidade do corpo parecem não a incomodar. Difícil é testemunhar a morte dos amigos.
Nos últimos dez anos, Fernanda convive com esses vazios: Sérgio Britto, Gianni Ratto, Gianfrancesco Guarnieri, Chico Anysio, Millôr Fernandes, Ítalo Rossi e Fernando Torres, que morreu em 2008, após 60 anos de casamento. “Os primeiros anos sem Fernando quase me derrubaram”, desabafa.
Sobre a perda de colegas, confessou ao ex-genro, Gerald Thomas, chorar diariamente. “Na hora de dormir, olho para o teto e choro. Na hora de acordar, olho para o teto e choro de novo. E, se você quer saber, às vezes, no meio da madrugada, eu choro também.”
A declaração fez o dramaturgo produzir um texto intitulado “Eu Choro”. “Fernanda tem aqueles olhões para fora e se emociona facilmente. Dá para ver ali toda a angústia da humanidade.”
À “Ilustrada”, confessou. “É horrível. São pessoas que vão embora e não têm peça de reposição. Com cada um se viveu uma memória. E agora só eu estou com aquela memória em comum… Por enquanto.”
Fernanda acredita que já viveu os melhores anos da vida, portanto, a preparação para a morte é inevitável. “Mas vamos carregando o processo vital até onde der.”
————————————————————————-

Otimo bate papo com a ex sogra (great talk -intimate with my ex mother in law) : http://geraldthomas.net/T-Fernanda-Montenegro.html

_________________________________________________________________________

Comments Off on Fernanda Montenegro: EU CHORO (Folha de S Paulo)

Filed under Uncategorized

To be or not to be….there’s the rub and dandruff?

Leaving EU for Tangiers

Leaving EU for Tangiers

To be, or not to be, that is the question!
Whether ’tis Nobler in the mind to suffer
The Slings and Arrows of outrageous Fortune,
Or to take Arms against a Sea of troubles,
And by opposing end them: to die, to sleep
No more; and by a sleep, to say we end
The Heart-ache, and the thousand Natural shocks
That Flesh is heir to? ‘Tis a consummation
Devoutly to be wished. To die to sleep,
To sleep, perchance to Dream; Aye, there’s the rub,
For in that sleep of death, what dreams may come,
When we have shuffled off this mortal coil!

And HOW Mortal
GT – May 25, 2013

PS – for shampoo anti dandruff (hmm, head and shoulders does NOTHING in weather like this)

Comments Off on To be or not to be….there’s the rub and dandruff?

Filed under Uncategorized

REINALDO AZEVEDO SOBRE Zé Celso + Gerald Thomas

zecelso22/05/2013 às 21:38

A arte brasileira é dependente do crack fornecido pelo Estado. Ou: Uma questão envolvendo Gerald Thomas e Zé Celso. Ou ainda: Vamos privatizar Zé Celso!

Abaixo, Gerald Thomas. O que ele faz aí? Vamos ver.

Esquerda, direita e centro; pobres, ricos e remediados, corintianos, palmeirenses e torcedores da Portuguesa (existem!); flamenguistas, vascaínos e fanáticos pelo América; gays, héteros e depende-da-hora… Sem distinção, vai crescendo a legião dos que acham que o Estado tem de lhes fornecer tudo, até nas questões mais pessoais, mais íntimas: camisinha, anticoncepcional, pílula do dia seguinte e, quem sabe?, aborto grátis para o caso de ter batido aquela preguiça nas fases anteriores, e aquilo ter encontrado “aquila” sem as devidas precauções…

Mais ainda: toda a conversa sobre descriminação das drogas, desde a mais xucra até a mais aparentemente sofisticada, como a de FHC, parte do princípio de que o vício do indivíduo é um problema do estado. O gosto e o gozo, ah, esses não! Consumir vira um direito individual; tratar os dependentes se torna um problema estatal. Estamos nos tornando o país do gozo privado e da socialização da conta. E todo mundo é coitado! Todo mundo é necessitado! Todo mundo é pedinte!

E os artistas, com honrosas exceções, são, a gente tem a impressão, os mais coitados de todos. A indústria do entretenimento está acabando no Brasil. Virou uma repartição pública. Antes da Lei Rouanet, por exemplo, peças ficavam anos em cartaz, com sessões a partir de terça-feira; aos sábados, costumava haver duas. As matinês eram para a turma que ou queria chegar mais cedo em casa ou para os que tinham outro programa — uma festa, um jantar, o amor… Isso acabou. Os produtores se penduraram na Lei Rouanet. A rigor, a meia-entrada (olhem o Estado aí fingindo que universitário, no Brasil, é pobre, o que é uma mentira asquerosa!) não lhes deixa muitas alternativas, a menos que elevem de tal sorte o valor do ingresso que a meia valha por aquilo que seria uma inteira.

O sujeito pode gastar dinheiro com todos os “Is” da Apple, mas acha inaceitável pagar uma entrada inteira no teatro… O formato do antigo patrocínio quase desapareceu. É mais fácil apelar ao cartório estatal: pega a graninha da Lei Rouanet, mantém uma peça em cartaz por uns três meses, com sessões de quinta a domingo e acabou! Há nisso tudo desperdício de tempo, de talento, de trabalho… O resultado é constrangedor: nunca houve tanto apoio oficial à cultura, e os espetáculos, não obstante, nunca ficaram tão pouco tempo em cartaz.

A arte brasileira é dependente do crack fornecido pelo estado. Aliás, os brasileiros, com raras exceções, se tornaram dependentes químicos da boa-vontade estatal — que custa o futuro do país.

Gerald e Zé Celso
Meu amigo Gerald Thomas gerou um quiproquó danado. E, felizmente, por boníssimos motivos. Qual foi o busílis? Rodolfo Garcia Vazquez, diretor do grupo “Os Satyros”, se indignou com o fato de o Teatro Oficina não ter sido contemplado com verbas da Lei do Fomento. Gerald escreveu no Facebook (em azul):

Ze Celso tem tudo: um mega-espaço! É um “carro conversível” da Lina Bo Bardi. Fez espetáculos que queria. Teve os longos elencos, usou dezenas de atores que trabalharam de graça (e amo o Zé ! don’t get me wrong). Conseguiu MILHÕES da Petrobras pra editar seus DVDs (que eu apresentei aqui em NY) e CERTAMENTE NAO PRECISA TIRAR $$$ DE GRUPOS NOVOS com grana destinada pelo projeto do FOMENTO porra! CHAMA “FOMENTO” justamente para incentivar companhias novas, grupos novos, ideias novas de pessoas que não têm e não sabem entrar nesse complexo sistema de protecionismo! Vamos dar uma chance a ELES e ver sangue novo! (respondo a uma indignação do Rodolfo Garcia Vásques ! Sorry por discordar. Mas o Satyros merece muito mais, já que vcs montaram escola etc! E não sugaram tudo pra vodka em nome do “evoé” que evoou e sumiu!
Gerald Thomas (indignado!)

Voltei (Reinaldo)
Como discordar de Thomas? Notem bem: as pessoas têm o direito de cultuar Zé Celso (foto acima), de considerá-lo um guru, o fundador de um novo paganismo, o sacerdote ou sacerdotisa de uma nova era dionisíaca, escolham aí. Pouco me importa também que ficar pelada e pelado em suas montagens tenha se transformado em categoria estética ou de pensamento. Escrevi uma vez na revista BRAVO!, depois de ver o espetáculo “Cacilda!”, que ele continuava a ter laivos de encenador genial. O chato é que, do nada, aparecia um bando de gente se masturbando num palco elevado. Pra quê? Sei lá. Pra nada, acho eu. O Zé deve ter ficado com vontade de ver aquilo. “A masturbação te incomoda, Reinaldo?” Não, ué. Se feita no palco, no entanto, busco um propósito estético, como buscaria se a pessoa comesse um filé com fritas e tomasse um suco de laranja. O Zé faça o que quiser desde que haja gente disposta a financiá-lo.

Ocorre que ele é virou uma espécie de autodeclarado patrimônio nacional. Ou mas precisamente: virou um “bem cultural” tombado em vida — não o Oficina, mas ele. Tenho vontade de começar uma campanha em favor da privatização de Zé Celso, com leilão público e tudo.

Assim, parece óbvio que o veteraníssimo e financiadíssimo José Celso Martinez Corrêa, tornado uma lenda sobretudo por si mesmo, não receba mesmo um prêmio de fomento, né? Gerald, que sempre se encarrega de arrumar o dinheiro para os espetáculos que monta (em vez de avançar na nossa carteira), falou a coisa certa.

Reação
Para ler mais a respeito, visitem o blog de Thomas. Não! Zé Celso não gostou da crítica. Pensam que ele entrou no mérito da crítica feita? Que nada! Preferiu o caminho do coitadismo; preferiu nos fazer sentir culpados, deixando claro o quanto nós, os brasileiros, lhe devemos. Leiam trecho (em vermelho). Volto em seguida.

(…)
“Gerald não tem noção do que está falando? É uma injustiça absurda receber uma porrada dessas como se eu fosse um corrupto. Trabalhei junto com outros artistas há dez anos para a implementação da Lei do Fomento, mas só me beneficiei dela uma única vez. Eu tenho 52 anos de Oficina, sou um homem que não tem propriedades, seguro-saúde, uso táxi porque sou cardíaco. Vivo modestamente e apenas com o dinheiro da Anistia. Hoje sou um homem que vive às custas do fato de ter sido torturado. É esse dinheiro, os R$ 9 mil por mês da Anistia, que paga as minhas contas, os meus remédios para o coração. E que ainda uso para tocar uma coisa ou outra no Oficina.”
Para o diretor do Oficina, Thomas “está completamente equivocado”. Ele afirma que o Teatro Oficina se beneficiou uma única vez de verbas (R$ 300 mil) públicas destinadas pela Lei do Fomento, no ano de 2002. O montante foi usado, à época, para a criação da primeira parte da trilogia “Os sertões”, inspirada na obra homônima de Euclides da Cunha. Hoje em dia, as atividades do Teatro Oficina são patrocinadas pela Petrobras, que destina anualmente R$ 1 milhão ao grupo.
“Tentei diversas outras vezes o Fomento, mas nunca fui contemplado. Tentei porque temos custos altíssimos. O dinheiro da Petrobras paga um terço das nossas despesas. Somos 60 atores, uma sede com funcionários.”
Em um comentário posterior, mas na sequência da mesma publicação, Thomas escreve: “Isso é um escândalo. Essas pessoas têm décadas de teatro. Ainda não são autossuficientes?”
Zé Celso diz que não, e conta, por exemplo, que teve de encerrar prematuramente a temporada da última montagem da companhia — a peça “Akordes”, que estreou no Teatro Oficina em 2012 — por falta de recursos.
“Não pudemos sair do nosso espaço, apresentar a peça em outras cidades, e a temporada acabou porque não tínhamos dinheiro para pagar os atores”, diz o diretor. “As pessoas têm as suas vidas e suas contas, não puderam continuar, foram embora, eu entendo. Mas aí vem o Gerald e joga em cima de mim uma acusação dessas? Ele deveria estar do meu lado, se indignar e cobrar das empresas e do estado o fato de um grupo como o Oficina ainda hoje não ter garantia de poder trabalhar permanentemente. Deveria estar lutando para que os investimentos públicos e privados em teatro aumentassem, que essa Lei do Fomento crescesse. Mas não. Ele não faz ideia dos custos que temos para manter uma sede. Nó somos heróis, cara, manter uma companhia por 52 anos no Brasil não é para qualquer um. Deveríamos estar numa situação melhor, mas temos dificuldade de ganhar patrocínios porque nossos espetáculos são libertários. Tocam em questões políticas, sexuais, não seguem a cartilha dominante. E disso nós não iremos abdicar”.
Em julho, o Oficina recebe uma nova leva do patrocínio da Petrobras, que servirá à produção do novo espetáculo do grupo: a peça “Cacilda!!! Glória no TBC”, a terceira parte de uma tetralogia dedicada à atriz Cacilda Becker.

Voltei
Ufa!

Lá no muito antigamente, artistas faziam arte inclusive como forma de contestação; sentiam-se, como é mesmo?, marginas e heróis. Até eram bons tempos comparados aos de hoje. Depois procuraram se estruturar para responder por suas próprias produções — afinal, a arte tem de ser livre, não é? Virgílio, por exemplo, foi um poeta patrocinado. Mas ele reproduzia, com brilho ímpar, a visão doe establishment do Império Romano. Zé Celso aspira à marginalidade gloriosa e ao heroísmo com martírio, mas financiado com dinheiro público. Acredita que o Estado, que ele combate, e que o capitalismo, que ele repudia, têm a obrigação de financiar suas utopias.

Não têm, não! Nem um nem outro. A arte brasileira precisa se libertar do crack do dinheiro público.

Por Reinaldo Azevedo

link direto pra materia: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-arte-brasileira-e-dependente-do-crack-fornecido-pelo-estado-ou-uma-questao-envolvendo-gerald-thomas-e-ze-celso-ou-ainda-vamos-privatizar-ze-celso/#comment-2609782

Comments Off on REINALDO AZEVEDO SOBRE Zé Celso + Gerald Thomas

Filed under Uncategorized

Ze Celso e GT- Falsas Pietás! and Bob Wilson – how it all comes together!

oglobozecelso

FORNADA DO MILÊNIO

Folha de S Paulo (decada de 90) quando eu ainda tinha coluna FIXA na FOLHA.

Será que você ficou velho, Zé Celso?

GERALD THOMAS

Artista insensível parece ser um termo contraditório. Pior ainda é quando o artista repete a voz medíocre da classe média pasteurizada, achatada, emburrecida pelo denominador comum baixíssimo da mídia cultural.
Estou estarrecido… Não, minto, estou somente decepcionado pelas declarações recentes do Zé Celso relativas à arte maravilhosa de Bob Wilson. Zé comparou Wilson a uma revista ilustrada, a uma espécie de embrulho com papel de presente.
Justamente no momento de sua estréia de “Cacilda!”, em que ele tinha mais é que falar sobre o seu próprio trabalho, Zé Celso -obviamente inseguro e confuso (envergonhado talvez)- resolveu optar por ecoar, vergonhosamente, a opinião da classe média de 30 anos atrás, que enxergava em Wilson o “artista incompreensível”.
Ao mesmo tempo em que é trágica essa constatação, é engraçado ler que ele acusava Wilson de “bater sempre na mesma tecla”, quando ele, Zé Celso, não faz outra coisa há três décadas: o discurso social, político e cultural do Zé é o mesmo. Sua arte sofre (ou é enaltecida) justamente pelo fato de que o diretor- autor mantém uma convicção determinada e nada o tira desse patamar.
Pois é justamente esse o caso de Wilson. Esse também sofre (ou é glorificado) nas obsessivas repetições de suas fórmulas.
Wilson (que nunca ouviu falar em Zé Celso) é o teatrólogo mais importante e mais prolixo desses últimos 30 anos, trabalhando (sem parar) nos maiores palcos do mundo e tendo a maior verba disponível em teatro para realizar seus trabalhos.
Será que é isso que enfurece o Zé? Wilson tem todo o dinheiro de que precisa e se apresenta (ainda sob vaias da classe média) no Metropolitan Opera House, no Thalia de Hamburgo, no Schaunbuehne de Berlim, na Opera de Zurique ou no festival de Salzburgo.
Mas não se iludam. Aqueles que o patrocinam ainda ouvem desaforos da classe conservadora. Alguns velhinhos de cabeça branca ainda são vistos se levantando no meio de seus espetáculos e saindo pela porta em protestos ruidosos.
Será que um desses velhinhos de cabeça branca, em Hamburgo ou em Munique, poderia ter sido o Zé?
Ah, sim! Os trabalhos de Bob Wilson todos se parecem uns com os outros, se repetem, se assemelham numa proporção alucinante? Ora, mas que novidade!!! E Mozart? E Wagner? E Di Cavalcanti? E Glauber? Como é que um artista como o Zé pode cometer justamente esse erro? Como é que ele pode beirar o fascismo, o racismo, o preconceito mais primário que é o de julgar “vazio” e “ininteligível” tudo aquilo que ele não entende?
Não é justamente contra esse preconceito raso e perigoso que o Zé lutou a vida toda? Não é justamente contra essa falta de generosidade e de diálogo entre estéticas e ideologias que o Zé lutou a vida inteira? Você ficou velho, Zé? Pior que isso: você se tornou um velho “malhando” a arte de um outro velho, o Bob Wilson? Que pena!
Sim, sem dúvida as obras de Wilson se parecem. Aliás, são todas uma a cara da outra. Mas não poderia ser diferente. Wilson é mais que um teatrólogo, mais que um pintor, mais que um mero diretor de teatro.
Wilson é um visionário, um autor de um vocabulário extenso, um artista-autista que foi buscar em sua cegueira e em sua inabilidade discursiva uma outra maneira de penetrar o mundo emocionante da arte ao vivo.
Mas o que dizer, por exemplo, de Mondrian ou de Paul Klee? O que dizer da arquitetura de Frank Lloyd Wright ou de Niemeyer? Ou Shakespeare, Matisse? Sim, os maiores artistas da humanidade têm um “red thread” (uma terrível “parecência”, uma obsessão repetitiva) que os acompanha, deprime, revolta, assombra, mas que é, em última instância, aquilo que chamamos de estilo ou “assinatura do artista”.
Será que posso acreditar que o Zé Celso acusa Bob Wilson de possuir aquilo que os maiores mestres da sensibilidade humana tiveram: uma assinatura?
A arte de Wilson nasceu onde a do Living Theatre morreu. Zé pegou emprestado a arte do Living, do Julian Beck e de Judith Malina, que, na década de 60 e 70, acreditavam que, berrando, bradando e enchendo os ouvidos da platéia com refrões e chavões do idealismo de contracultura “flower power” iriam mudar a mentalidade geral do status quo para sempre.
Que falha! Que bobagem! Ingenuidade pura! O próprio Julian (que eu tive o privilégio de dirigir na “Trilogia Beckett”, em Nova York, pouco antes de sua morte) confessou que havia se equivocado no que dizia respeito à sua falta de sutileza e de sedução.
Julian confessava assustado que Beckett havia dominado muito mais genialmente a maneira de transmitir sua arte, justamente porque havia conseguido camuflá-la com pequenas cascas e camadas que a platéia (num gesto intuitivo e participante) precisava descascar com curiosidade, para chegar ao cerne da questão.
Quem gosta da arte óbvia? Quem gosta de ouvir jargões e quem se sente motivado por eles? Será que alguém saiu de punho em riste de alguma “peça revolucionária” para ir fazer sua revolução?
Não, evidente que não. Pior que isso. A platéia que vê atores de punho em riste, berrando jargões, sente-se defendida, afastada, sente-se currada pelo excesso de “verdade” vinda do palco e vai para casa se sentindo humilhada.
Essa “verdade” pertence aos gurus, aos papas, aos representantes de um suposto deus.
O verdadeiro artista tem é pacto com o diabo, com a dúvida, com a hesitação.
Ele precisa, sem a menor sombra de dúvida, rearrumar os conceitos estéticos e morais da platéia com pinceladas dissimuladas, sutis e, às vezes, deliberadamente mentirosas, para que a sua mensagem seja interpretada pelo público com as mesmas nuances existenciais que o próprio mistério da vida proporciona.
Com certeza, o Zé não é conhecido pela sua sutileza. Sua arte está longe do cochicho, da sedução e do namoro.
Notem bem: escrevo tudo isso porque adoro o Zé. Já provei isso com inúmeros textos no passado. Há três ou quatro anos escrevi que seu “Ham-let” era o “maior espetáculo da terra” e seu “Gracias Senhor” até hoje não me sai da memória.
Mas me assusto quando vejo que ele não quer enxergar que Wilson -assim como Beckett- fez em seu teatro a junção de várias artes, de várias imagens, de várias filosofias.
Assusto-me quando ouço o Zé repetir o jargão da classe conservadora americana e européia de décadas atrás. Justamente por se autodenominar um anarquista, um alegre, um feliz e esperto bobo da corte, assusto- me quando vejo que esse ser adorável que se chama Zé Celso Martinez Corrêa, pode, em questão de alguns poucos anos, passar a ser simplesmente um bobo.

GT – pra Folha, final dos anos 90.

_______________________________________________________________
QUE CURIOSO O TIMING DESSA MATERIA QUE ENCONTREI E QUE CURIOSO JUNTAR O BOB E O Zé e o dinheiro!

Hoje, 21 de Maio 2013: Bob Wilson esta no Brasil e encenando justamente com a mesma Bete Coelho (ex minha Cia de Opera Seca) e de “Cacilda” do Zé. O mundo da muitas “revoltas”.
____________________________________________________________

https://www.facebook.com/gerald.thomas.967 EXPLODE

Hoje, do Facebook, explodindo em comentários.

https://www.facebook.com/gerald.thomas.967

Ze Celso tem tudo: um mega espaço! É um “carro conversivel” da Lina Bo Bardi. Fez espetaculos que queria. Teve os longos elencos, usou dezenas de atores que trabalharam de graça (e amo o Zé ! don’t get me wrong). Conseguiu MILHOES da Petrobras pra editar seus DVDs (que eu apresentei aqui em NY) e CERTAMENTE NAO PRECISA TIRAR $$$ DE GRUPOS NOVOS com grana destinada pelo projeto do FOMENTO porra! CHAMA “FOMENTO” justamente para incentivar aompanhias novas, grupos novos, ideias novas de pessoas que não tem e não sabem entrar nesse complexo sistema de proteccionismo! Vamos dar uma chance a ELES e ver sangue novo! (respondo a uma indignação do Rodolfo Garcia Vásques ! Sorry por discordar. Mas o Satyros merece muito mais, ja que vcs montaram escola, etc! E não sugaram tudo pra vodka em nome do “evoé” que evoou e sumiu!
Gerald Thomas (indignado!)

Resposta pra um jornalista:

Desculpe somente ter te respondido agora: meia noite aqui na Europa: estamos com 5 horas de diferença.
Meu FB fala por si: curiosamente o meu antigo artigo pra Folha (decada de 90 ) no artigo falava em Wilson que curiosamente agora esta na mesma Sampa usando Bete Coelho que o Zé pegou de mim pra fazer Cacilda. Coisas incriveis de tempo e espaço.
A Unica coisa que mudou foi…..o Zé fez muitos espetaculos mas ficou mais razinza e CHUPOU muita grana do governo, declarou que Lula era santo (Padre Anchienta e tal, me visitou em NY, maltratou garçons, usou milhoes da Petrobras pra fazer DVD de suas peças e….?? temos as Baccantes e legioes de rituais em torno de evoés que evoaram que nem passaros que voam. évoáram.
LOVE
G


Carlos Vereza
escreve:
Carlos Vereza · 3 mutual friends
Estou com minha peça, O Teste, em cartaz, com “patrocínio” da minha ex-poupança. Um texto que aborda o que nenhum “ensaísta” ou “sociólogos”, sequer chegaram perto: a geração IPOd, a geração dos games, dos fones permanentemente nos ouvidos, a geração do silêncio, dos postos de conveniência… Pontuados por beat jazzísticos, como Chet Baker, Charlie Parker, entre outros; e daí? Fantástico fracasso de bilheteria, trinta ou quarenta pessoas na plateia, porque cometi a insanidade de encenar meu texto na Barra da Tijuca, região anestesiada por stan up e comédias caça – niqueis. Bem feito, quem mandou não elogiar o Ministério da Cultura, não participar do grupo de “artistas” que dobram-se ao canto das várias sereias governamentais; a temporada, termina no próximo dia 26 de Maio, e até o momento, mesmo eu solicitando, nenhum critico dignou-se a me conceder, ao menos, o benefício da dúvida. Não sou chegado a lamurias. Como o saudoso João Saldanha proclamava em sua sabedoria: “Quem reclama já perdeu…”, não resisti a dar uma pequena contribuição ao interessante debate(?) sobre benesses e fomentos…

São dois posts em dois perfis do Facebook (Gerald Thomas e Gerald Thomas-Sievers)

You, Cecília Alves, Wanessa Rudmer, Pablo Amaral Mandelbaum and 515 others like this.

Publico aqui parcialmente o que rola porque aqui onde estou ja passa de 1 da manha. Ai no BR ainda são 8 da noite e a discussão vai rolar.OTIMO. Discutam o que é grana publica.
Ta na hora mesmo de ver e rever isso





Gerald Thomas Gosto dele. Amo ele. Hospedei o Zé mais o Marcelo em 2009 em NY. Nunca um “obrigado”. Nunca (a não ser do Marcelo, claro).
5 hours ago · Unlike · 3










Lucila Nogueira · 166 mutual friendsIsso é sério. Dá idéia de que foi mesmo por obrigação.

5 hours ago · Like










Gerald Thomas Escrevi no meu livro “ENCENADOR DE SI MESMO” (1996) “O maior ESPETACULO DA TERRA” SOBRE O HAM-LET DO Zé . E era mesmo. Era Magnifico.
5 hours ago · Unlike · 5










Govinda Madhava · 3 mutual friendsBem que eu queria um abraço assim de Gerald Thomas…

5 hours ago via mobile · Like · 1










Lucila Nogueira · 166 mutual friendsA foto é linda.

5 hours ago · Like










Fabiano Santos · 25 mutual friendsQuanto desfavor, né!

5 hours ago · Like · 1










Luciana Torres Porra é Essa a Frase do MUNDO DE HOJE…..
QUANTO DESFAVOR!!!!!!!!!!!!
5 hours ago · Unlike · 3










Luís Felipe Minnicelli · 9 mutual friendsNão vejo dessa maneira. A palavra fomento quer dizer que fomenta cultura na cidade, não necessariamente grupos novos.

Só acho que as leis poderiam ser aperfeiçoadas, não só as de cultura, claro! Verbas pra grupos novos e para os já bem estabelecidos no panorama cultural da cidade.

Não se pode deixar de dar oportunidade aos novos, e não se deve deixar no meio fio os grupos que já provaram dua carga bruta cultural!

4 hours ago via mobile · Unlike · 1










Gerald Thomas Luis – Entao vc nao conhece a ORIGEM dessa lei, ESTUDE!!!
4 hours ago · Unlike · 3










Luís Felipe Minnicelli · 9 mutual friendsI will hahah

4 hours ago via mobile · Unlike · 1










Gerald Thomas Caetano Vilela: DE UMA RESPOSTA A ALTURA CARAMBA!
4 hours ago · Unlike · 1










Gerald Thomas Caetano Vilela: DE UMA RESPOSTA A ALTURA CARAMBA!
4 hours ago · Unlike · 1










Gerald Thomas essa kei nasceu pra dar ORIGEM a novos grupos!
4 hours ago · Unlike · 1










Gerald Thomas e desde entao so foi usada por novos grupos…..no maximo 20% da verba destinada. O resto foi pra esses de sempre. ME ORGULHO DE NUNCA TER USADO DINHEIRO PUBLICO.
4 hours ago · Unlike · 3










Marcos Bordallo É uma festa!
4 hours ago · Unlike · 1










Beto Luqueci Thomaz Falou e disse Gerald. Temos que lamentar e combater a manutencao do velho sistema. Ele se aplica a todos os setores no Brasil, infelizmente.
4 hours ago · Unlike · 3










Gerald Thomas Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FORNADA DO MILÊNIO
Será que você ficou velho, Zé Celso?
GERALD THOMAS …See More
4 hours ago · Unlike · 9










Gerald Thomas http://geraldthomas.net/IR-Ze-Celso-e-Gerald-Thomas-no-TheaterLab.htmlZ� Celso e Gerald Thomas no TheaterLab 
geraldthomas.net




4 hours ago · Unlike · 2 · Remove Preview










Inês Fernandes Luís Felipe Minnicelli … Entendi a confusão sobre o significado da palavra e a real função da lei de fomento. E sim, nesse caso uma das funções da lei, reivindicadas no Manifesto Arte Contra a Barbárie, é garantir que grupos que desenvolvem algum trabalho não morram no meio do caminho. Por tanto a lei é de fato uma política para surgimento e afirmação de novos grupos.
3 hours ago via mobile · Unlike · 4










Gerald Thomas Muito bom ANDRE, e gente em geral: REAGIR é não morrer na praia das armas velhas da falida (in)volução.
about an hour ago · Unlike · 1










Gerald Thomas Muito bom ANDRE, e gente em geral: REAGIR é não morrer na praia das armas velhas da falida (in)volução.
about an hour ago · Unlike · 1










Gerald Thomas FORNADA DO MILÊNIO
Será que você ficou velho, Zé Celso?
GERALD THOMAS
do Rio de Janeiro
…See More
about an hour ago · Unlike · 2










Gerald Thomas ALGUEM TEM QUE DIZER ALGUMA COISA! ISSO EH UM ESCANDALO ESSAS PESSOAS TEM DECADAS DE TEATRO. AINDA NAO SAO AUTO SUFICIENTES? ALEM DE JA TEREM SEU TERRENO-TERREIRO – FICAM ANOS E ANOS BRIGANDO COM O SILVIO SANTOS PRA “OCUPAR” O TERRENO DO LADO. E EXIGEM...See More
53 minutes ago · Unlike · 3










Gerald Thomas ALGUEM TEM QUE DIZER ALGUMA COISA! ISSO EH UM ESCANDALO ESSAS PESSOAS TEM DECADAS DE TEATRO. AINDA NAO SAO AUTO SUFICIENTES? ALEM DE JA TEREM SEU TERRENO-TERREIRO – FICAM ANOS E ANOS BRIGANDO COM O SILVIO SANTOS PRA “OCUPAR” O TERRENO DO LADO. E EXIGEM...See More
53 minutes ago · Unlike · 2










Thomás Corbisier Louet Gostei muito dos seus comentários Gerald, mas preciso adicionar que o que sustenta tudo isso, somos todos nós, por intermédio de inúmeros e sempre crescentes impostos. Sou totalmente à favor da idéia de que a capacidade individual para organização e pr…See More
47 minutes ago · Unlike · 2










Eva Fidelis Na música é a mesma coisa! Os que já têm anos na praia da fama são os que financiam suas tournes com milhoes da lei rouanet. Nas artes plásticas, é assim no Brasil!
45 minutes ago · Edited · Unlike · 1










Thomás Corbisier Louet Este não é um problema brasileiro, é um problema ideológico que afeta a maior parte dos países ocidentais atualmente. A nefasta distância entre o Aparato e o Estado dos que o sustentam.
Enquanto a caverna de platão permanecer, seguiremos a discutir atores e atos, ao invés do script.
25 minutes ago · Edited · Unlike · 2










Eva Fidelis Mas aqui na Alemanha o aparato do Estado dá total apoio aos jovens, na forma de bolsas de estudo nas grandes instituições do país, e a nível técnico que eles chamam de Ausbildung (formação) o jovem recebe um salário suficiente para aluguel, alimentação…See More
17 minutes ago · Edited · Unlike · 1










Eva Fidelis *Bolsa de estudo, significa ser bancado em suas necessidades existenciais se sua familia nao tem recursos.
15 minutes ago · Edited · Unlike · 1










Thomás Corbisier Louet Bem o aparato alemão, além de ter uma extensa história, é também alimentado por um modelo de produção totalmente voltado para exportação. Isso influi de maneira determinante, por intermédio de superavits comerciais, que ajudam as contas do governo.
Há também o fato da mentalidade estóica do povo alemão, que costuma guardar mais do que costuma consumir(ou endividando-se). Tirando estas particularidades, deixo um exemplo de meros 70 anos passados:

Nas décadas de 1930 e 1940, a qualidade do sistema educacional, literário e de eficiência governamental na Alemanha, estava entre os mais altos do mundo e mesmo assim, permitiu o
Aparato e o Estado a conduzir o maior conflito e destruição em qualquer escala na história da humanidade.
E o pior de tudo, feito absolutamente dentro da legalidade constitucional.

Desculpe-me ter que citar este triste episódio, mas assim como há o lado bom, há o ruim.
Atualmente, todos os países da OTAN e os EUA, dão seguimento à este triste modelo de atuação.

O que eu realmente gostaria de dizer é que, na minha percepção, seria muito mais válido eu poder guardar até 50% do que ganho, para um dia chuvoso, do que esperar que isso seja feito por um sistema burocrático gigantesco. Isso inclusive, age em detrimento à responsabilidade e atuação individual. Safety-nets vem com um moral hazard embutido perigosíssimo.
3 minutes ago · Edited · Unlike · 1










Write a comment…








You, Cecília Alves, Wanessa Rudmer, Pablo Amaral Mandelbaum and 160 others like this.



54 of 63
View previous comments









Calu Lobo Mil vezes apoiado!Aqui vos fala uma atriz que sabe o quanto é difícil viver de arte ou melhor sobreviver.Uma vergonha isso mesmo e o que queremos é mostrar nossa arte,nosso teatro que amamos!
Oportunidade aos novos!
5 hours ago · Unlike · 4










Maurício Nunes · 42 mutual friendsFaço minhas as suas palavras, Gerald. FOMENTO!!!!! Não precisa dizer mais nada.

5 hours ago · Unlike · 1










Gabi Fregoneis Gerald concordo plenamente
5 hours ago via mobile · Unlike · 1










Lucila Nogueira · 166 mutual friendsO novo sempre vem.

5 hours ago · Unlike · 2










Marcelo Miguel Costa · 52 mutual friendsConcordo!

5 hours ago · Like · 1










Shirley Weiss Obrigada por querer gente nova 
5 hours ago · Unlike · 2










Calu Lobo Vem desde que tenham oportunidade para aparecer!
5 hours ago · Unlike · 1










Pigari Cenografia apoiado Gerald…esses diretores dos anos 60/70 devem aprender que a fase passou e agora enriqueceriam muito se soubessem sentar na platéia e aplaudirem a garotada que está chegando com tudo, mesmo sem este apoio financeiro que tanto merecem….
5 hours ago · Unlike · 3










Caetano Vilela · Friends with Susan Clayre and 245 othersHahahahahahahahhHahahahahahahahahahahahahahahah #morram

5 hours ago via mobile · Unlike · 1










Rodrigo Vieira PÁH! 
5 hours ago · Unlike · 2










Vitor Hugodos S. Perales sou seu FÃ pra caralho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1
5 hours ago · Unlike · 1










Nilson Muniz · 43 mutual friendssim, eu concordo contigo, penso também que deveria ser mesmo assim… mas a lei de fomento foi, se não estou enganado, criado por e para essas mesmas cias. poderem sustentar seus projetos de pesquisa continuada em teatro… ora vamos lá… aquilo que c…See More

5 hours ago · Unlike · 3










Grima Grimaldi no espaço do Cemitério de Automóveis, mesmo sempatrocínios públicos e privados, muitos espetáculos de teatro, poesia e música vc paga o ingresso consciente. Borrasca (inédito) do Mário Bortolotto está emvcartaz. apareçam.
5 hours ago · Unlike · 2










Elaine Guedes complexo sistema de proteccionismo
5 hours ago · Unlike · 1










Elaine Guedes éeeeeeeee
5 hours ago · Unlike · 1










Elaine Guedes ô terror
5 hours ago · Unlike · 1










Piry Britto · Friends with Claudio Scabora and 14 othersBoa diretor.
Estou contigo.
Fora aproveitadores, sangue sugas

4 hours ago via mobile · Unlike · 1










Gerald Thomas Caetano Vilela: DE UMA RESPOSTA A ALTURA CARAMBA!
4 hours ago · Unlike · 5










Christine White · 16 mutual friendsbravo!!!

4 hours ago · Unlike · 1










Helen Maltasch Disse tudo!
3 hours ago · Unlike · 1










Refinaria Teatral Parabéns Gerald Thomas, talvez por sua força e carreira a sua indignação gere ecos, obrigado. Realmente grupos novos estão precisando desse apoio para concluir suas produções.
3 hours ago · Unlike · 2










Pablo Amaral Mandelbaum Atitude não corporativistas como a sua Gerald, fazem vc subir no meu conceito. Quantos tem vergonha de criticar os amigos, mas quando se trata de din din publico e considerando a sua delicadeza, nota 10! queria sta atitude não corporativista na OAB, no CRM, na LIESA…etc
3 hours ago · Like










Caetano Vilela · Friends with Susan Clayre and 245 othersAcho que todos os diretores que tem companhias com trabalhos reconhecidos deveriam ser fomentados: você, o Zé, os Satyros, Tapa, a Hiato, Cia dos Atores, Clube Noir, o Antunes, enfim…. pena que tem que “lutar pela barbárie” antes! Acho os critérios estranhos. Beijo

3 hours ago via mobile · Unlike · 4










Daniela Moraes Infelizmente esta eh a realidade do teatro e cinema brasileiro: pagando-se pra trabalhar e so o monopolio eh q se garante! Cansada… 
3 hours ago via mobile · Unlike · 1










Graciane Pires Nossa, só podia ser você pra falar estas verdades aqui na rede social. Muito bom, Gerald!!!
3 hours ago · Unlike · 1










Claudia Ferrari Estamos todos diante de um post escatologico. Cronos devorava os filhos para que o novo nao aparecesse, Lucifer caiu por sua maneira nova de pensar e querer dividir. Prometeu foi acorrentado pelo mesmo motivo. Estas sao as estruturas e assim nos ensina…See More
2 hours ago via mobile · Like










Adriane Gømes Os Sátiros estava correndo o risco de fechar as portas e até mudar seu local de trabalho, o que seria péssimo, já que graças a eles a Roosevelt, se transformou, sim graças aos Sátiros que se juntou a comunidade, e que era um dos poucos funcionado o dia…See More
2 hours ago · Unlike · 1










Adriane Gømes triste viu! que todos os grupos, merecem outros tipos de projeto para se manterem vivos e pra produzir, acho que o oficina tem sim que receber, tudo. mas obvio que a política não é boa, outros grupos realmente vivem a mingua, os editais são manipulados, os editais de dança então são sempre os mesmos… sempre… eu já me inscrevi em alguns e só os mesmo entraram, ninguém diz nada, ninguém sabe o que dizer…
2 hours ago · Edited · Unlike · 2










Céli Regina Qual é a sua Gerald Thomas! bate e depois assopra? Não temos uma escola querido Gerald e sim uma Uzyna. Evoé!!!
2 hours ago · Like · 1










Marcos Gomes Rodolfo Garcia Vásques é genial,vi Os 120 Dias de Sodoma, Satyricon, altíssimo nível… sei o que o Gerald quer dizer, ele não está atacando o uzyna, quer espaço para outros também e principalmente para as novas gerações, legal essa preocupação… mas aqui no face tudo acaba em briga, pena…
2 hours ago · Unlike · 2










Adriane Gømes e tem mais… como se pode fazer um edital de fomento, para o grupo fazer uma montagem e não continuar sua pesquisa! é muito estranho tudo isso!
2 hours ago · Unlike · 2










Adriane Gømes é uma grande oportunidade de falar sobre esses editaizinhos de merda
2 hours ago · Unlike · 2










Adriane Gømes que em um ano ninguém faz nada, uma miséria para calar a boca dos artistas… um jeito de fazer que não é legal, a exclusão de uns e grana para outros…
2 hours ago · Like · 1










Adriane Gømes COmo ter um espaço, pagar milhoes de aluguel, ter gente a disposição, fazer reformas sem dinheiro, sem condições, e ainda quando a verba vem, todo mundo já sabe como é!
2 hours ago · Unlike · 3










Olivia Soares de Camargo geraldo, és corajoso, mexer com um baluarte da arte nesse país é só prá quem tem muito culhão! Evoé procê!!!!!!!
2 hours ago · Unlike · 1










Fredy Lopes acho que nunca se teve tanto controle do desbunde como hj em dia… o fomento é estranho, pq sabemos que existem “qualidades esfincterianas” ali. na marcha do fomento um bom mote seria “ABAIXO A RETENÇÃO!”, oh yeah…
2 hours ago · Unlike · 1










André Luis Patricio Guarani Kaiowá · 51 mutual friendsSerÁ QUE ESTE “SATYROS”NÃO ESTÃO NA MESMA LEVADO DO ZÉ E SUA UZYNA ZONAAAAAAAAAAAAAA???????????????????????????????????????????

2 hours ago · Unlike · 1










Ivone Fs peça nova do Mario Bortolotto : NENHUM APOIO
about an hour ago · Unlike · 1










Luciana Liora Yael Hofjud · Friends with Beno BiderÉ… isso é Brasil! Só tem fomento para a Dilma e sua quadrilha. A arte e a ciência não têm vez! Para quê? Se eles fomentarem a arte e a ciência logo não teram mais milhões de imbecis formando seu curral eleitoral e como se perpetuarão no poder?

about an hour ago · Unlike · 1










André Luis Patricio Guarani Kaiowá · 51 mutual friendsPÁRA GENTE,MUITAS ARTISTAS DE QUEBRADAS ESTÃO CONSEGUINDO SE MANIFESTAR E NÃO SÃO DA QUADRILHA.O PONTO DE CULTURA,FOI ALGO BAcana de legado do mINISTÉRIO DO GIL,CRITICAS,SIM,CEGUEIRA O PAÍS JÁ TEM UM MONTE,ABRÇOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS.

about an hour ago · Unlike · 1










Gerald Thomas Muito bom ANDRE, e gente em geral: REAGIR é não morrer na praia das armas velhas da falida (in)volução.
about an hour ago · Unlike · 2










Gerald Thomas Muito bom ANDRE, e gente em geral: REAGIR é não morrer na praia das armas velhas da falida (in)volução.
about an hour ago · Unlike · 2










Daniel Mac Adden Junior puta merda, que bom ver um mega nome da cultura ficar indignado com esses dinossauros que se realizaram profissionalmente, alguns ate globais, e ficam vampirizando a verba pra novos artistas que muitas vesez são tão talentosos quanto eles, e outras ves…See More
about an hour ago · Edited · Unlike · 2










Bruno Fracchia Gerald, infelizmente, há suspeitas (porque um iniciante como eu não pdoe dizer o contrário) que muitos editais, não só o fomento paulistano, já são meio que desitnados a uma panela…que por mais genial que sejam, acabam por impossibilitar a visualizaç…See More
about an hour ago · Unlike · 2










Daniel Mac Adden Junior agora vai a gente la no projac tentar apresentar uma ideia, um texto, uma musica pra trilha, pra ver se não te barram na porta,sem contar tem gente mediucre implacando ideias ridiculas aos montes, vai tentar encontar um mariosinho rocha da vida , nem sei se ele existe mesmo
55 minutes ago · Edited · Like · 1










Gerald Thomas ALGUEM TEM QUE DIZER ALGUMA COISA! ISSO EH UM ESCANDALO ESSAS PESSOAS TEM DECADAS DE TEATRO. AINDA NAO SAO AUTO SUFICIENTES? ALEM DE JA TEREM SEU TERRENO-TERREIRO – FICAM ANOS E ANOS BRIGANDO COM O SILVIO SANTOS PRA “OCUPAR” O TERRENO DO LADO. E EXIGEM…See More
55 minutes ago · Unlike · 3










Gerald Thomas ALGUEM TEM QUE DIZER ALGUMA COISA! ISSO EH UM ESCANDALO ESSAS PESSOAS TEM DECADAS DE TEATRO. AINDA NAO SAO AUTO SUFICIENTES? ALEM DE JA TEREM SEU TERRENO-TERREIRO – FICAM ANOS E ANOS BRIGANDO COM O SILVIO SANTOS PRA “OCUPAR” O TERRENO DO LADO. E EXIGEM…See More
55 minutes ago · Like · 1










Daniel Mac Adden Junior basicamente é assim, se vc não faz parte do clubinho deles, não de fazer media, não puxa um fuminho com eles, ou seja la o que for com eles, vc esta fora de tudo, de editais, virada cultural, e seja la qual for o projeto, é um jogo de cartas marcadas, …See More
47 minutes ago · Edited · Like · 1










Fabio Neri Gerald Thomas, o mundo é uma bola, mas nós temos duas e bem ensacadas. Senta a pua nesses filhos de Alibabá.
45 minutes ago · Like










João P Mendonça FOMENTO virou financiamento, oportunidade
22 minutes ago · Like · 1










Alan Flávio Viola Gerald, o Teatro Oficina é uma referência para o teatro brasileiro, para nossa cultura. O Estado tem obrigação, sim, de apoiá-los. Pelo menos eu veria que os impostos que eu pago estariam bem empregados. A cultura, em geral, precisa de apoio. Zé Celso merece nosso respeito. Desculpe discordar.
11 minutes ago · Like










Daniel Mac Adden Junior alan flavio viola, a questão no caso, é que a verba de editais e novos projetos é na sua maioria pra novos artistas, e que tanto o teatro oficina, como outros artistas ja de renome em outras areas tambem, ficam abocanhando toda verba, como se so eles e…See More
6 minutes ago · Edited · Like










Ricardo Coutinho · 5 mutual friendsAmigos, brasileiros, o problema está em quem Julga as propostas e elabora os editais. O ze e outros tem direito de pedir o que quiser, porém o critério de julgamento dos projetos deveria levar em consideração a novidade, o estimulo, a exaltação as novas gerações, enfim, o fomentar, o nascer, aquilo que se renova, … Viva o ze, viva o thomas e o teatro brasileiro!

about a minute ago via mobile · Like

_________________________________

http://oglobo.globo.com/cultura/fundador-do-teatro-oficina-ze-celso-rebate-criticas-de-gerald-thomas-no-facebook-8454810

You, Cecília Alves, Wanessa Rudmer, Pablo Amaral Mandelbaum and 215 others like this.

Cintia CSant Não sou da área, mas R$ 9 mil da anistia por mês, e R$ 1 milhão da Petrobras por ano para o grupo, e ainda está pouco?!…
7 minutes ago · Unlike · 1

Isa Bueno Nojento.. não vou reescrever tudo que aqui falei. Pessoas como vc acabam com qq prazer de participar de qq manifestação da Arte. Vai embora daqui, gerald Thomas. E ainda fazer o que fez com aquela jornalista? Quem acha que vc é para pegar nela daquele …See More
7 minutes ago · Unlike · 1

Isa Bueno Gerald Thomas você é um chato e devastador de suas excentricidades,que maltrata até a si mesmo! Chato que é inteligente não tem perdão algum.Nenhum perdão.. cai fora, companheiro, o mundo não precisa de você. Já tá bom, viu.. o resto é rebarba que estamos atirando no lixo. Sem ofensas.. pura realidade.

O dia ainda esta cedo no Brasil, mas estou na Europa – 5 horas mais tarde e vou dormir. Teria mais uns 50 comentarios a publicar e nao posso: pura falta de espaço.

Publico aqui parcialmente o que rola porque aqui onde estou ja passa de 1 da manha. Ai no BR ainda são 8 da noite e a discussão vai rolar.OTIMO. Discutam o que é grana publica.
Ta na hora mesmo de ver e rever isso. Me ORGULHO muitissimo de jamais ter usado grana do contribuinte pra jogar minha arte em cima do publico e ainda sair brigando com o Silvio Santos querendo MAIS ESPAÇO. Tambem nunca parei de trabalhar, como ele, 12 anos; o decano do ocio, mas era um ser adoravel e andava conosco a Opera Seca e temos um passado por vezes emocionante , como a morte horrenda de seu irmão, Luis Antonio, no Rio.

Esta estabelecido o conflito.
Gerald Thomas.

ENQUANTO ISSO, EM OKLAHOMA NA SIRIA…..

ASSISTAM ISSO: http://www.youtube.com/watch?v=8lXla2IHqYE

Comments Off on Ze Celso e GT- Falsas Pietás! and Bob Wilson – how it all comes together!

Filed under Uncategorized

Gerald Thomas no programa do Jô

Programa do Jo

Comments Off on Gerald Thomas no programa do Jô

May 19, 2013 · 6:24 pm

“BOOK” (a 1995 entry – written in Graz during rehearsals of Busoni’s…

The early days

The early days

(two pages from “BOOK” autobiographical) entries made in Graz, Austria, 1995, during the rehearsals of the opera Dr. Faust, by Busoni, performed at the Graz Opera House:

http://geraldthomas.net/PP-Dr-Faust.html
________________________________
By being of small stature, you’re closer to the asphalt and notice the texture caused by car tires sudden breaks and little defects, such as tiny holes and imperfections. You are simply fascinated by the fragility of things, all things, things in general, by the weight of buildings, by the alignment of lampposts and all lights at all and, even, by trees. Yes, this immenseness of things does frighten you while you’re crossing the street.
You’re frightened of the universe and how huge it is, how organized it is and how you might lose it all.
But how?
What’s worse, you don’t have “how to say it”. You simply feel all of this, but don’t know “how to say it”.
And as you’re about the rehearse a question, you receive no answer that satisfies you, it does seen as though you don’t feel well, or at least not as well as the others seem to feel.

Maybe this has to do with the paleness or whiteness of your skin or the language spoken at home which makes you feel different from all other. Yes, people pass you by, while crossing the street and, seem happily talkative, singing even screaming at times – all these to which you aspire but have no idea how, or even understand why. So, you take all this in, as if it were smoke from Pluto or some other world, swallow or inhale as if it were some vegetation from Jupiter. Yes, of course: you do understand every word they say. But you cannot put them together as you can in your own language, so you listen but it all seems as if these words are understood as symbolic sounds of a distant music which create shapes in you mind.

Does this make any sense? Does it?

All of them seen to know the tapping to the dance, the beat, but you look at it all geometrically and float. Yes, they seem to fracture even further who you are by the eyeglasses they planted on your face. They don’t understand what you saw. They all look at you and tell you something in a language you simply cannot follow. Yes, and the glasses fracturing the images of what is seen in this torrid climate! Sometimes ice cold inside to the shiver of a bone chill. It’s all so clear that you fail to see, such is the incidence and the intensity of LIGHT, or SUCH is the DARKNESS that not even by trying to merely use your touch, or touching the walls would help since all the angles are right angles, all go degree angles, all done with such improbable perfection that…!
You’re still half way through crossing the street holding your mother by the hand.

And continuing the walk across you notice a tiny bird, a tiny dead bird, already dry all bones and feathers, probably run over by a car and imprinted into the asphalt, smashed right into the asphalt with the tire marks quite visible still.
You get the chills in your belly, a spooky image that was. One of those chills that climbs up your leg all the way to un area you cannot describe but all you fell upon seeing all that is the need SCREAM.
No, what you feel is not normal. It’s as it the spirit of that bird was still alive waiting to jump right into you or onto you. And kill you over and over you with a sensation of terror. Its tiny little dry face is somewhat still recognizable and your eyes are fixed on his.
Finally, you reach the other side of the street (the sidewalk seems a relief to you), and you see a scene that you’re been seeing and longing to see again: it’s a scene which leaves you confused, a mess: people lining up, queuing up in order to by pastries which are not within their reach. Divided by a glass partition, you see these people exchanging money for these pastries, which are put by uniformed maids in paper bags.Yet, whilst looking through the store window,you make an incredible discovery! A discovery that frightens you terribly. You notice an old bag lady, a homeless lady, an old bum, with her breast showing and her son on her lap.
You feel strangled, suffocated, erotically aroused and attracted, disgusted….because you’re realized that you were able to see her without her seeing you. She lives in some kind of soliloquy, a repetitive and endless monologue and longings, like all crazy people laugh while sitting in the street, in the filth, in their stench, away from our world of perfection. Dirty and with a crust built around her, her son hanging by her neck, the only thing you notice is her breast her huge black breast, her nipple, her son – your age – the chill in your stomach the comfort of holding your mother’s hand an a sense of profound sadness.
This may have been the first day in your life when sadness has played such a role, coming from the outside world, no relationship to your toys, your vegetable soup or a scalding from your parents.

You and your mother adopt a faster pace but still the images don’t disappear from your head. You have questions; yet, have no way of asking them.
You walk for another 2 or 3 blocks, but as of that moment you don’t notice the street and its details any longer and nothing distracts you – no people, their expressions, nothing, you’re suddenly become an introvert and look hypnotically the same of street textures without giving a damn. All you can think about is that old woman with her breast apparent and apparent nipple and hanging son and the little corner of the world she has found for herself right in the middle of the crossword – where she is invisible and ignored right there, by the footstep of where people line up to stuff themselves with fat and sugar and creamy pastries, she sits in a pool of filth, erotically ignored.

And that huge breast, that extraordinary breast, juicy, wrinkled but with a firm hard nipple! Something has happened to you. You’re become a ball of fire. To call it fear would be to undermine it. To call it repugnant, would be to subvert it.
You were feeling blinded by the extraordinary noise of the emotional cards playing in your imagination and the scorching heat of the sun, the sweat, your loneliness. What would all that be in your solitude?
Your solitude, yes.
There was no doubt.

You were in falling in … LOVE.

Written in Graz, Austria, 1995

to view a trailer of the production click on the link below:

http://geraldthomas.net/PP-Dr-Faust.html

Comments Off on “BOOK” (a 1995 entry – written in Graz during rehearsals of Busoni’s…

Filed under Uncategorized

Another “PANICO” – so silly and grotesque…but how can one ignore them?

Comments Off on Another “PANICO” – so silly and grotesque…but how can one ignore them?

Filed under Uncategorized

Autobiography – “Let’s say it started” – last chapter, “the end”

Image 12

“BEFORE THE END”

BETRAYAL

– LET’S SAY IT ALL STARTS ON THE DAY MY MOTHER EXPLAINS TO ME THAT THE ONLY REAL THING THERE IS IN LIFE IS BETRAYAL – SO BE CAREFUL, They will get you, sooner of later they will come back and point the finger right up your nose and accuse you, denounce you, snitch you and have you arrested. Sounds like Kafka? Yes, just like Kaflka .

And this is why I have lived a life in panic, 59 years in the open, afraid of nothing – apparently – making a SHOW of myself because I knew all along that they would come and get me anyway just like my mother’s gardeners in her infancy who , one given day, turned around and came back the next morning, dressed in the Nazi uniform and gave the family the Hitler salut and said: YOUR house is now OUR house and NOW, GET THE HELL OUT BEFORE WE BURN YOU TO DEATH.

I was born burnt to death.

– the end
Gerald Thomas

Comments Off on Autobiography – “Let’s say it started” – last chapter, “the end”

Filed under Uncategorized