Monthly Archives: November 2005

Gil – o homem da Daslu

Da coluna da Monica Bergamo

GIL NA DASLU
Fã de nécessaires -ele viaja com três -, o ministro Gilberto Gil autorizou o uso de suas letras em estojos de viagem. No dia 6, a Très Chic, da Daslu, lança a coleção de nécessaires de luxo com letras de Gil estampadas. Flora Gil, mulher do ministro, vai prestigiar o evento.

OBS: Esse "MINISTRO" que nao consegue patrocinio e nada faz para conseguir patrocinio… olhem aqui embaixo a QUANTIDADE de patrocinadores que ele conseguiu para o show dele, o "Show da Paz" na ONU. Rico, milionario do jeito que esta, Gil deveria, no minimo, "doar"seu show para a "paz" do mundo. Que nada! O homem, alem das necessaires da Daslu, quer seus $$$$$$$$$$!

Gerald

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O Ministério do Patrocínio

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mais que uma estrela: um universo

São Paulo, domingo, 27 de novembro de 2005

Luciana Whitaker/Folha Imagem

O ator Marco Nanini, em sua casa, no Rio

A hora da estrela

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Que bela homenagem!

Ator personifica multiplicidade do teatro nacional

SERGIO SALVIA COELHO
CRÍTICO DA FOLHA

Ao final de "Um Circo de Rins e Fígados", Marco Nanini agradece os aplausos envolto na bandeira nacional. Para o público, fica claro que ele não faz só o papel de um ator com seu nome -personifica o próprio teatro brasileiro, que renasce múltiplo a cada noite.
Ninguém melhor para isso. Da infância itinerante nos saguões de hotéis, dos quais seu pai era gerente, ganhou o amor pela existência mambembe, um dos pontos em comum com Molière (o outro é a utilização da comédia para chegar ao trágico).
Mambembeando, aprendeu com os mestres Milton Carneiro, Dercy Gonçalves, que o corrigia em cena, Marília Pêra, que lhe deu a primeira grande chance no teatro, além de seu maior sucesso, "O Mistério de Irma Vap", com Ney Latorraca.
Cúmplices não faltaram: Marieta Severo está ao seu lado de "As Desgraças de uma Criança", divisor de águas de 1973, a "A Grande Família", esse oásis de inteligência na TV, que mantém vivo Oduvaldo Viana Filho. Foi Vianinha também, com "Mão na Luva", que aproximou Nanini de Juliana Carneiro, em 85, antes de sua carreira internacional -que só interrompeu para reatar com o parceiro em "A Morte de um Caixeiro Viajante".
Entre a comédia ligeira e o engajamento humanístico, ele sempre fez TV, desde a figuração dos primórdios até a revolução de Guel Arraes, da "TV Pirata" aos multimídias "Auto da Compadecida" e "Lisbela e o Prisioneiro". Foi pedra de toque do cinema da retomada (o Dom João da "Carlota Joaquina", de Carla Camurati, outra cúmplice de vários filmes).
Meticuloso na criação dos personagens, sempre surpreende com um recurso novo. Em 40 anos de uma carreira sem mácula, sabe recomeçar a cada noite, como na peça de Gerald Thomas, quando sente o peso da bandeira e dos aplausos e sabe que fez por merecer.

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um pensador de teatro

São Paulo, domingo, 27 de novembro de 2005

A HORA DA ESTRELA

Ator revê o sucesso de "Irma Vap", explica por que não fala da vida pessoal e critica o governo federal

"Gil não gosta de teatro", diz Marco Nanini

DA REPORTAGEM LOCAL

Leia abaixo a continuação da entrevista de Nanini. (LM e VS)

Folha – Encenada por mais de uma década, "Irma Vap" marcou sua vida. Como avalia essa fase?
Nanini –
É um divisor de águas. O sucesso não tinha controle, e não queria me encantar porque seria suicídio. Pude compreender mais o Ney [Latorraca], fazer amizade com ele, ficar com ódio dele. Era uma intimidade total, uma situação limite. "Irma Vap" também me deu o que sempre quis: ter um produtor como sócio. Encontrei o Fernando [Libonati] quando ele era jovem, estudava odontologia. Cuidava das minhas coisas em casa e percebi que tinha jeito para organização. Acabou administrando "Irma Vap". Com a convivência profissional também surgiu uma produção atuante que me permite, por exemplo, estar com Gerald [Thomas] hoje.

Folha – Qual é a sua opinião sobre as denúncias de corrupção no país?
Nanini –
Estou pasmo, com a sensação de perplexidade de meu personagem na peça do Gerald. Quando um partido como o PT, que era a esperança derradeira, envolve-se nessa confusão, é triste. Em meio a tudo isso, os rios da Amazônia secaram. O mundo realmente está acabando.

Folha – Que avaliação tem da política do governo para a cultura?
Nanini –
É muito nublada. A meia-entrada acaba com qualquer condição de ter lucro. É lei, mas ninguém paga os 50%. Fica para o produtor, que tem de pagar direitos autorais, luz. Ou se faz "standard" popular ou não há lucro. Tivemos conversas com o Ministério da Cultura, mas é tudo confuso. É o ministério da informação e contra-informação. Não se sabe quem é ministro, se é o Gilberto Gil ou o interino. É muito fogo de artifício e nada concreto.

Folha – Assina embaixo a cutucada que a peça de Thomas dá no Gil?
Nanini –
Sim. Depois que assumiu, demorou meses para falar a palavra teatro. Nunca foi a teatro, não gosta. Não tenho nada contra ele como artista, mas é confusa a história de artista-ministro. Canta, é ministro, não é, viaja, volta, entra interino, uma confusão. Achei que seria consistente. O MinC precisa ser prestigiado pela Presidência, que deve dar mais verba. Hoje é ridícula. Nenhum governo deu força à cultura.

Folha – Você votou no Lula?
Nanini –
Votei e estou decepcionado. Meu voto foi do Ciro no primeiro e do Lula no segundo. Estou descrente, perplexo e penso em voto nulo. O voto obrigatório, que às vezes temos de fazer um voto útil, está ficando muito chato. Uma democracia em que você é obrigado a votar é insuportável.

Folha – Como avalia a trajetória do cinema pós-"Carlota Joaquina"?
Nanini –
Brinco dizendo que vejo cinema na ordem cronológica e que, até 2007, quero acabar de ver "Sunset Boulevard" [1950]. Sou ignorante em relação a cinema, falando à boca pequena [risos]. Não vou ao cinema, e isso é uma falha imperdoável. Encho minha agenda e não sobra tempo.

Folha – E o projeto de filmar "O Bem Amado" e o longa de Thomas?
Nanini –
"O Bem Amado" é ainda projeto. O Guel [Arraes] me convidou para ser o Odorico Paraguaçu, mas ainda não assinamos. No caso do Gerald, a idéia é um circuito não-comercial. Ele está escrevendo o roteiro, animadíssimo, e mostrará o primeiro tratamento até dezembro.Tem filmagens em Nova York, na Turquia e no Brasil, e não posso dizer mais, porque ele é imprevisível [risos].

Folha – Por que o público sabe tão pouco sobre a sua vida pessoal?
Nanini –
Não gosto de falar do cachorro, gato, avô, mãe. Eu me sinto protegido dentro do pedacinho da vida particular que posso segurar. Adoro ficar à vontade em casa, quieto, não gosto de tirar foto para revista. Mas não critico quem faz. É por temperamento e até inabilidade. Não tenho traquejo social, esqueço nomes. Se vou a festas, o Nando fica no meu ouvido: "É fulano de tal". E estou ficando meio surdo, ele agora grita, o mico é maior [risos].

Folha – Já precisou dizer não a um convite para a ilha de "Caras"?
Nanini –
Já me convidaram, mas explico isso. Imagine eu na ilha de "Caras"! Ia ser o Peter Sellers, o convidado trapalhão [risos].

Folha – O que ficou faltando nesses 40 anos de carreira?
Nanini –
Olha, não está faltando nada. Estou bem contente com o quinhão que me toca, tanto de sofrimento quanto de alegria.


Leia a íntegra da entrevista com Marco Nanini na Folha Online (www.folha. com.br/053281)

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O mais companheiro

LAURA MATTOS
VALMIR SANTOS

DA REPORTAGEM LOCAL

Há 30 pessoas na platéia da peça infantil "O Bruxo e a Rainha". Marco Nanini, um rapazinho de 17 anos, surge com fantasia de bruxo, diz poucas palavras e some. O público é pequeno, o cachê, menor ainda. Mas o coração do estreante sai pela boca, e ele decide: "Quero o palco para sempre".
Já se passaram 40 anos desde o dia em que o pernambucano fez certinho em deixar o emprego como bancário. Aos 57, veterano do teatro, TV e cinema, se sente à vontade para fazer críticas ao governo Lula e ao ministério de Gilberto Gil. Em cartaz em SP com "Um Circo de Rins e Fígados", de Gerald Thomas, prepara-se para o primeiro longa do dramaturgo.
Também estreará no cinema com as adaptações de "O Mistério de Irma Vap", sua peça de maior sucesso, "O Bem Amado" e "A Grande Família". Guardião de sua vida privada e avesso à era das celebridades, Nanini raramente fala de si. ÀFolha, abriu uma exceção. Leia a seguir partes da entrevista.

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O GRANDE ATOR

São Paulo, domingo, 27 de novembro de 2005

A HORA DA ESTRELA

Folha – Uma das graças de Lineu, de "A Grande Família", é o fato de ser honesto. No Brasil, a honestidade está se tornando engraçada?
Marco Nanini –
A índole brasileira é de honestidade, apesar desse carnaval de Brasília. Não gostaria que a honestidade virasse piada, mas quem se diz honesto está ficando meio ridículo mesmo.

Folha – Se "A Grande Família" consegue agregar qualidade à audiência, por que é tão difícil encontrar esse tipo de casamento na TV?
Nanini –
A TV anda de modo paquidérmico, mas há tentativas. Atuei em programa que tentaram com sucesso, como "TV Pirata", "A Comédia da Vida Privada". Em, "A Grande Família", temos a responsabilidade de não deixar a qualidade cair com o tempo. Mas não sou expert em televisão. Não sobra tempo para ver muito.

Folha – Como será a adaptação de "A Grande Família" para o cinema?
Nanini –
O desafio é não repetir um episódio. Queremos uma trama diferente, com olhar cinematográfico. Mas, ao mesmo tempo, não podemos nos afastar da TV. Será sobre um cotidiano inesperado e bombástico da família.

Folha – O fato de você estar fora das novelas desde 1999 ["Andando nas Nuvens"] é coincidência?
Nanini –
Sou ator de novelas do século passado [risos]. Mas não tenho preconceito. Não gosto é da coisa massiva da gravação, que não deixa tempo para mais nada.

Folha – "Um Sonho a Mais" e "Brega & Chique", duas de suas novelas mais marcantes, tinham toques inovadores. Hoje é difícil ousar?
Nanini –
Os canais a cabo deveriam experimentar mais porque os abertos têm de acertar no Ibope. Houve uma época em que era mais tranqüilo. O Bráulio Pedroso fazia novelas, digamos, de risco. Havia o horário das 22h, mais experimental. Agora é uma luta.

Folha – A TV é mais politicamente correta e menos "TV Pirata"?
Nanini –
Há exagero de parte a parte: de quem defende a liberdade total e absoluta na TV e de quem reprime. As pessoas estão ficando exclusivistas, cada uma dentro do seu ponto de vista.

Folha – Como será "O Mistério de Irma Vap" no cinema?
Nanini –
Tem pitada da peça, mas não é um revival da montagem. A Carla [Camurati, diretora] criou personagens que tem a ver com a idéia da peça, de atores com vários personagens, e a trama é em torno de uma remontagem da peça. No filme, não há o atrativo da troca de roupa. A Carla resolveu com efeitos: eu contraceno comigo, e o Ney com ele.

Folha – O ano é 1969. A peça, "A Gatatarada". O que foi esse encontro com Dercy Gonçalves?
Nanini –
Surpreendente. Ela é fenomenal, de uma intuição cênica e inteligência de babar. Ela tinha programas de sucesso e topei. Nem ensaiei com ela. Quando estreei com aquela estrela, foi assustador. Mas tive uma pós-graduação com ela. E antes da "Gatatarada" teve a "Viúva Recauchutada", em que fiz o Gatinho [risos].

Folha – Em 1973, assinou um texto, a peça "Descasque o Abacaxi…"
Nanini –
Trauma. Achava que ficaria escondido atrás das letras. Mas resolveram montar. Quando vi um ensaio, tive um choque. Me vi nu, odiei, tumultuei o ensaio, não queria deixar montar, fui posto para fora. Até fez sucesso, mas não consigo mais escrever nem cartão postal [risos].

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