Monthly Archives: November 2007

My dinner with Andre

Eh – talvez- um dos melhores filmes que ja vi. Filmado em 81, acabo de reve-lo (porque dei de cara com Wally Shawn na saida do cinema outro dia (filme ruim do Sidney Lumet, algo about the Devil): Esse "jantar entre Wally Shawn e Andre Gregory" eh algo de profetico. Me lembro do cinema vir abaixo aqui em NY na epoca. Mas vendo ele agora, quantas profecias saem da boca do Gregory (sobre Orwell, sobre os proprios novayorkinos, sobre nos mesmos como robots, sobre o "futuro" e…….quantas verdades sao ditas por Shawn sobre o quao necessaio eh dar valor as pequenas coisas fisicas de todos os dias: as coisas fisicas e triviais, justamente aquilo que Gregory rejeita…..e por isso foi parar, entre outros lugares do planeta, na colonia de Jersey Grotowski.
Uma maravilha
Triste. Lindo. Apaixonante. Nao ha filme melhor, mais inteligente. Nao adianta ficar idolatrando essas bobagens que andam por ai. Nem Guns nem Roses. Aluguem. Prestem atencao. Acordem. Eu, pelo menos, acordei de novo. Sensacao muito boa.
Gerald

comentario de Ana Guimaraes (psicanalista, escritora)
O mesmo digo eu, Gerald: ir "dormir" ainda mais feliz depois de saber que você acordou de novo. Até porque você já me fez acordar de novo também, e, tem razão, a sensação é muito boa mesmo, esse knocking que nos desperta. Obrigada pela dica: vou rever esse filme do Louis Male. Beijo
Ana Guimarães

2 Comments

Filed under Sem categoria

de Andre Luis Patricio

olá,maestria seu último texto no blog,me animou,cá estou na TERRA DA IGUALDADE RACIAL;ao som de uma sinfonia estridente( se é q se pode chamar algo por aqui de sinfonia;talvez uma bateria de escola de samba(da mangueira,da portela,para o cadaver de paulo francis sambar a contra-gosto)melancolica,tediosa,realmente este século XXI pós pós pós,é deprimente,e cá no imperinho renazista,rola boatos q teremos como secretario de cultura um dos carros-chefes da burresia(boçalizante)nordestina:frank aguir,santo elogio da ignorância,um dedo a mais nessa mão,tenho uns textos imprimidos,boas pra ti,por aqui, o holocausto cultural ñ monstra q terá fim,mas sobre isto conversavamos eu e um interno da febem(na unidade da vila maria),quando ele me disse: andré so podemos manifestar arte pelo crime:eu gritei descultura:nãooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!,mano,o crime é o creme do bolo dos poderosos aqui ou em qualquer lugar,ñ tenho nada, seu gerald,um coxão no chão,uns livros ,uns cds da cassia, do wagner,do gonzaquinha,uns sonhos,uns sambas:uma única máscara para enfrentar a solidão,a canção(será q faço cançoes),mas sabias q sou leal na amizade(para além das minhas necessidades)de gente pobre q faz tudo,q segue tudo no limite,como a um gregor samsa a se arrastar,há tempos luto com(sobre) o assassinato da amizade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!.aquele abrço!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!.
Andre

2 Comments

Filed under Sem categoria

We Won't Get Fooled Again

New York – "We'll be fighting in the streets

With our children at our feet

And the morals that they worship will be gone…"

Estaremos brigando nas ruas

Com nossos filhos bem aos nossos pés

E a moral que eles prezam terá desaparecido

…"And the men who spurred us on

Sit in judgement of all wrong

They decide and the shotgun sings the song.."

E os homens que nos levaram a isso

Sentam lá julgando ser tudo isso um erro

E decidem que é a pistola que canta a canção…

I'll tip my hat to the new constitution

Take a bow for the new revolution"…..

Eu tiro meu chapéu para a nova constituição

Me curvo perante a nova revolução.."

"We don't get fooled again"

Ninguém nos faz de otário de novo"

É. Ninguém me engana de novo. Essa letra profética de uma das músicas mais incríveis da década de setenta, "Won't get fooled again", do Pete Townsend, líder e guitarrista do The Who, resultou de uma briga ideológica entre ele e Abbei Hoffman, lider de todas as contra-culturas ( principalmente na época de Woodstock em 1969), e que levou uma "guitarrada" de Townsend na cabeca enquanto discursava, inflamadamente contra o grupo britanico. Abbey Hoffman, agora já morto e ex-hippie, ex-yippie, ex-tudo, preso mais de 40 vezes por porte de drogas, mas um líder que JAMAIS se vendeu ao chamado "establishment".

Hoffman passou por varias cirurgias plasticas, iniciou movimentos politicos aqui e ali em Universidades americanas, se plantava na frente da ONU ou de outras organizacoes mas jamais se "vendeu". Aliás, Hoffman criticava a contracultura em geral por ter se vendido e ter virado uma indústria. Tive o prazer de conhecê-lo muito brevemente na casa de Jerelle Kraus, minha diretora de arte quando eu ainda era ilustrador da Op Ed page do New York Times e ela fazia jantares, digamos assim, exotéricos e ecléticos, orgiasticos em seu apartamento escandaloso na rua 86, no inicio dos anos 80.

Já se brigou por ideologia dentro da própria contracultura, não é incrível? Mas eram brigas "boas" que resultavam em coisas criativas como essa musica inrivelmente simbolica do Who (meet the new boss, same as the old boss). Digo, as pessoas se ouviam e nao somente se traiam! Ou seja, digo com isso que já houve – em épocas remotas – noção de ética, de anti-ética, mesmo entre rockeiros, drogados, junkies caindo pelas tabelas.

Pois hoje we are fooled again. Somos enganados, enganados e passivos, ao contrário dos pacifistas. Me pego enganado por pessoas que eu julagava serem amigos ate pouco tempo atras. Isso no campo artistico, nao no Campo de Marte. Me desculpem, estou escrevendo em cima da hora. Hoffman foi encontrado morto com 53 anos de idade, a minha idade atual: suspeita de suicídio, em 1989. Eu estava dirigindo a ópera Mattogrosso, minha e de Philip Glass, quando li e fiquei meio tonto. Abbey Hoffman e Jerry Rubin, (Rubin, outro yippie morreu) esse, atropelado. Seus últimos anos de vida foram gastos em "networking". Ele acreditava que apresentando pessoas umas as outras, das mais variadas tribos e fazendo com que trocassem cartões, iria provocar a "revolução" pacífica do entendimento. Atropelado, assim como Roland Barthes.

Pois Townsend, do the Who, não gostou das críticas de Hoffman porque estava vendendo muitos discos à base de muito pacifismo Tommy can you hear me? Tommy can you see me? etc., e seu vocalista, Roger Daltrey, torso nu, vendia a imagem sexy do sexo livre e aquela coisa toda daquele negócio todo liberado e que a AIDS encaretou.

A partir de hoje quando vejo a Hillary atacando o Obama e o Edwards atacando a Hillary e o Bill Richardson atacando o Edwards nesse cao come cao que eh a escalada politica nessa falta de cultura, penso muito nesse we don't get fooled again. Mesmo porque é a música de abertura de CSI-Miami, que não perco por nada.

"Nada prova nada", de novo a minha frase da peça Circo de Rins e Fígados. Nada prova nada. Não sabemos onde estamos e o que somos nesse seculo XXI das corporacoes invisiveis. Woodstock já se foi e seus mentores estão enterrados. Enterramos, de vez a nós mesmos!

PS: Estou muito feliz porque John Hemingway, colunista do DR, se mudou para Montreal. Assim estamos mais perto. Desde que ele chegou lá, na quinta passada, a neve subiu, e meu entusiasmo em vê-lo com mais frequência também.


Gerald Thomas

7 Comments

Filed under Sem categoria

do Mau Fonseca

Um país que descobre que meninas são aprisionadas em celas com homens e estupradas, com aval do Estado, do Judiciário,pra ser escrachado pela mídia internacional. Uma governadora, que é como todos governadores – se tornam indignados depois do ocorrido. E como Lula e seu PT – nunca sabe de nada, somente toma medidas depois que a Mídia escancara ao Espaço Público. Oportunismos e oportunistas – Maluf vem a publico dizer que foi ele quem encontrou nos anos 80 o petroleo de Santos – MENTIRA deslavada – A PauliPetro atuou na Bacia do Parana – cara de pau sem vergonha. Lula – Maluf – governadores petistas, tucanos – todos farinha podre do mesmo saco.
Mau Fonseca

3 Comments

Filed under Sem categoria

Thanksgiving

Aproveito pra agradecer a todos os perus e outros bichos pelo que fizeram (e pelo que me fizeram de mal, me causaram mal ) esse ano (e todos os anos) por mim. Continuo na batalha. Eh o que interessa. Continuo pagando aluguel. Amanha, quinta, sao devorados 80 milhoes de perus, muita gente se devora, muita briga de familia, muita bebedeira como todos os anos! Todo mundo agora nos voos e nas estradas, nas freeways. Turkey, Peru com o nome desse estranho animal…dois paises que entre Thanksgiving e Natal devem sofrer um karma horrivel. Mas IstamBUUUUL se recupera de tudo. An-Cara nem tanto. Ja Lima….otima laranja azeda!
LOVE pra todos. Enjoy!
Gerald

HAPPY BIRTHDAY meu maravilhoso NARSISO TOSTI !!!! (Miss you!)

11 Comments

Filed under Sem categoria

O Barulho do Sangue na Tela

PREDADORES MODERNOS
.
New York – Agonia pura: ficar diante de uma tela, seja essa aqui, a do computador, fazendo pesquisa sobre um astrônomo do passado, ou a da TV, observando o debate entre os candidatos democratas. Mudo de canal e me pego viciado nesses seriados que giram em torno do mesmo tema: armas, tiros, FBI, CIA, policia de Nova York, de Los Angeles e/ou de qualquer outro lugar.

Vou ser mais específico. A América ama a sua polícia, ama suas armas. Os seriados como "Without a Trace", "Law and Order", "CSI-Miami", e dezenas de outros como "Dog", um caçador de fugitivos, um cabeludo, todo vestido de couro e brincos, enfim, toda a parafernália de um heavy metal (a mulher e os filhos idem) que grava seu reality show no Hawai. É tudo violento. Recentemente o nosso Dog esteve manso, pois foi retirado do ar por ter abusado da chamada "n" word (nigger). Estava aos prantos no Larry King, não faz uma semana.

O problema é que a tela nos vicia. Não sei se causa câncer, paranóia ou delírios com danos irreparáveis. Mas, em CSI Miami ou CSI Las Vegas, vemos a bala do revólver entrar em câmera lenta, penetrar o crânio e ir mais longe: perfura a carne humana, fura a artéria e explode sangue na tela inteira. Isso tudo de uma forma, digamos , clínica, enquanto a voz estranhíssima de David Caruso, examina um raio X e manda sua turma invadir um galpão em Coral Gables.

Nos acostumamos com isso? Será? É por isso que as cenas que nos chegam de Bangladesh hoje e ontem já não significam muita coisa. São reality shows da miséria humana. Mas é uma miséria com um cenário igualmente pobre que não satisfaz, que não dá muito IBOPE. O que faz o público consumir pipoca é muito sangue, muito tiro, muita revelação de como funcionam nossos "heróis" .

E quando vejo o debate dos democratas eles não falam em outra coisa. Quer dizer, falam sim. Falam em impeachment, falam em educação, falam em seguro saúde, etc. Mas se estiverem no poder, estarão sendo guiados pelas corporações, as mesmas que guiam os que estão no poder agora. Claro, nada será como essa administração criminosa que manipula tudo a ponto de passarmos por loucos ou burros, ou ambos.

Agora (tarde demais) algumas celebridades chamam Bush de criminoso de guerra. Mas só agora. Onde estavam essas celebridades quando as urnas foram roubadas em Ohio e na Flórida nas últimas eleições? E que tal esses senadores e deputados democratas que votaram "sim" por ocasião da invasão do Iraque? Como aparecem agora? Alguns votaram não. Sabiam da mentira e a peitaram. Ainda existe alguma dignidade. Mas a prática humana (mundial) está na ofensiva. Somos predadores. Gostamos de ver a desgraça dos outros. Essa frase nao é somente de Oscar Wilde mas vem sendo repetida através dos séculos e se origina dos filosofos gregos.

Então, faz algum sentido sermos otimistas? Faz algum sentido termos a ilusão de que estamos criando alguma coisa que não seja através da violência (já que ela é a via mais atraente)? Olhem a obra do artista plástico Damien Hirst. Olhem Pollock.

No filme "American Gangster", que assisti essa semana, Denzel Washington faz o papel de um traficante de heroína "pura" , o Frank Lucas, da década de 60/70 no Harlem. O nível de violência das agulhas entrando nos braços é inacreditável (afinal é um filme de Ridley Scott). É sangue, mais sangue, sangue e "barulho" de sangue. No cinema, sangue tem barulho, o sangue tem seu próprio som. E a heroína é transportada da Ásia para cá por aviões militares, inclusive embutida em caixões de "soldados mortos". Ou seja, quebra-se aí um dos últimos códigos da moral americana, da ética na era da plena contracultura. Mas isso é papo para outra coluna.

Os astrônomos de séculos atrás descobriram que giramos em torno de algo, algo quente e luminoso. Os astrônomos mais recentes descobriram o buraco negro, que nos engole. É onde nos encontramos. Os cientistas em geral concordam que esse planeta não tem jeito mesmo e que o aquecimento global vai matar tudo e todos. Será um genocídio fantástico numa escala jamais antes vista: como se fosse numa tela imensa, num Imax, ou projetado num planetário no futuro do passado, assim como no pior de nossos pesadelos.
Gerald Thomas
diretodaredacao.com


comentario:
Pollock entendia que esse algo incontível (que é o ser) deveria sair de algum lugar, sem aceitar limite qualquer. virou a massa solta a ditar suas próprias formas, subjacente ao domínio da gravidade e à atratividade da tela, acrescida do poder desmascarador da luz, que mostra, revolve e deforma. acostumamo-nos a sentir (e a maioria a odiar) o cheiro, o gosto, a viscosidade do sangue. não, o sangue é tinta: a tinta que nos revela quando mais escondemos. mas revela apenas o que é: não o que havia por detrás. mas o que há por detrás geralmente é um quase nada bem expressivo: um querer ser de algo de antemão condenado à extinção. contrera
Contrera
do Mau Fonseca
E dia desses eu ouvi um crítico de TV no Brasil falar – a criatividade passa por uma crise – as novelas estão uma porcaria. Demorou pra acordar. Mas pra um país que tem um feriado de consciencia negra (em SP virou feriado) onde os brancos descansam e os pretos trabalham (porque estão todos em serviços que não tem feriado, como faxineiro, lixeiro, peão, etc) realmente merecem as telenovelas e a cultura pobre das TV´s.
Mau

do Carlos
Mau: quanto ao crítico, não tenho dúvidas que ele esteja certo com respeito as novelas. Mas o pior de tudo é aceitá-las (as novelas) como sendo referencial da crise de criatividade. E para que me critiquem: cultura de massa é, invariavelmente, produto de supermercado. A criatividade nesse caso é mero adorno (sem trocadilhos), mero adereço, mera variação de roupagem. Ok, foi diferente um dia, por um BREVÍSSIMO instante, lá no nascimento, quando a TV era uma aventura, uma expansão da vida privada de cada um.
Carlos

outro comentario otimo!
Não creio que a programação das tvs seja apenas distorção inocente, filha legítima dos índices de audiência, uma resposta pronta e estudada sobre o que "o público" gostaria de ver. Creio ser programação construída para ir nos tornando insensíveis às nossas próprias demandas internas, além de nos roubar referências melhores. A humanidade de qualquer ente é construída pelas ferramentas de apreciação da realidade que é capaz de introjetar ou constituir. É trabalho honesto, mas duro. Fácil de se desmantelar, quando não se tem a prática. Fácil de ser reforçada, porque nosso estilo de vida não privelegia o tempo para maiores apreciações sobre o que quer que seja.Tiram-nos a sensibilidade necessária à vida, promovendo a sensibilidade que apenas reage, de olhos esbugalhados, à morte. Trato para bovinos. Assim, fica mais fácil para o consumo: pessoas vazias, aptas a preencher o oco com produtos diversos, realimentadas todas as noites com emoções fortes. É um receituário simples, mas eficaz.
Maurício Galvão

20 Comments

Filed under Sem categoria

Gustavo, thanks for the droppings, I mean the tip

New York, NY (AHN) – A Manhattan restaurant, which entered the records book last week for selling the world's most expensive dessert for $25,000, was forced to shut down Thursday after city health inspectors found vermin on the premises.

According to the Health Department, officials found a live mouse, mouse droppings in multiple places, flies and dozens of live cockroaches, failing Serendipity 3 on the Upper East Side its second consecutive health inspection in a month.

According to New York Daily News, a health official said through a statement: "Both inspections revealed rodent and fly infestation and conditions conducive to pest infestation, including stagnant water in the basement.

6 Comments

Filed under Sem categoria

Led Zeppelin – e a crianca Brasileira

NY – Desde que o melhor baterista do mundo (John Bonham) morreu, em 80, o Zeppelin ( maior banda de todos os tempos, fora os STONES) tentou todo tipo de reconfiguracao: Plant e Page gravaram CDs com viloinistas e perussionistas marroquinos (nada de muito impressionantes) e o melhor baixista do mundo, John Paul Jones, veio morar aqui e produziu e tocou com a Diamanda Galas e ensaiavam num estudio debaixo de onde eu morava, em Williamsburg. Quase enlouqueci. Mas o conserto em si, aqui na Irving Place foi lindo, na epoca escrevi uma materia pra Folha.

Agora o Zeppelin se reune, dia 10 de dezembro em Londres. Page teve um problema no dedo. Era pra ser agora, mas adiaram pro dia 10 e o concerto eh em homenagem a Ahmet Ertegun, o fundador da Atlantic Records e que morreu ano passado.

Olha so o Projeto Brasil de Jimmy Page

This is a unique and rare chance to win a pair of tickets to this once in a life time concert. All funds raised will go towards the charity Task Brasil. Jimmy Page has been involved with supporting the work of the charity for the last ten years and he is very keen to see this work continue and grow.

"These tickets are intended to raise awareness of and aid the fundraising activities of Task Brasil and Casa Jimmy," explains Jimmy Page.

.
Task Brasil Trust is a UK registered charity established in 1992. Our projects in Brazil improve the lives and support the needs of children, adolescents and pregnant teenage girls living on the streets of Brazil. Task Brasil was given an enormous boost in 1997 with a very generous donation by Jimmy Page, the Led Zeppelin rock icon, who had witnessed at first hand the deprivation of the children and appalling difficulties they face in the favelas (slums) whilst playing in Rio de Janeiro. The money donated was used to buy a plot of land in Santa Tereza on which 'Casa Jimmy' has been built and now provides a safe and happy home for some of the abandoned children of Rio.

100% of the proceeds will go to supporting the beneficiaries of Task Brasil (registered charity 1030929 – http://www.taskbrasil.org.uk).

All proceeds will go towards helping vulnerable children in Brazil

Gerald


comentario
Tem uma matéria que desculpem não saber informar se foi Economist ou Financial Times ou que lugar, dizendo sobre essa nova descoberta de petróleo no Brasil. A matéria questiona (não foram brasileiros que escreveram) se de fato Deus não seria brasileiro porque o país tem tudo pra ser uma grande potência num futuro próximo (será o maior país em reservas naturais, em produção de combustível, etc). Em primeiro lugar eu me pergunto se os caras não estão escrevendo isso só de sacanagem. Também pergunto se não é a quela coisa: você elogia o outro que é pra ele nunca se esforçar mesmo e nunca ficar bom de verdade. Então lendo essas coisas, mais o fato de que o governo só investe pouco mais da metade do dinheiro que TEM pra gastar, mais o fato de que o grande Jimmy Page tem que socorrer a criançada carente nesse país porque aqui não tem grana, só dá pra pensar: haja país incoerente! No mais, já não se fazem mais Led Zepellins como antigamente. Aliás, já não se fazem mais Led Zepellins at all.
Carlos

8 Comments

Filed under Sem categoria

Greve na Broadway, greve dos escritores de series de TV

Greve em tudo que eh lugar: ate os restaurantes em Times Square estao vazios: e reclamando ja que uma coisa esta ligada a outra. "Veja o espetaculo e jante no tal e tal e durma no Marriot", por exemplo. Dia seguinte, um onibus (comprado de Londres) (um double decker serrado, aberto em cima) pega a touristada e os leva pra uma tour de Man – hatten – es! Depois, lanchinho sei la onde: tudo isso agora virou o seguinte: VENHAM PRA PICKET LINE NA FRENTE DO PREDIO DA TIME WARNER ver as estrelas ou na frente do 30 Rock ou na frente dos teatros da B'dway (la eh mais tecnico, mas aparece muito ator pra solidariezar-se) Virou artracao turistica! Na big apple nada se joga fora, tudo se aproveita.
Gerald

6 Comments

Filed under Sem categoria

comentario avulso: do Carlos

Não sei se o Tales quis dizer "Carlos" ao invés de Contrera, mas não importa, como respondeu Miles Davis a alguém que perguntou o nome da música após um concerto no início da década de 70 (onde tocavam peças improvisadas do começo ao fim): "call it anything". ****Mas interessante o ponto levantado por Mau sobre o homem Camusiano. Esse homem existe ainda e sempre existiu, mas foi e sempre será um homem distante. O pior, no entanto, é que mesmo ele, como todos nós, está situado sob a película de plástico que reveste o mundo: o plástico do homem artificial que viramos, o plástico das mulheres de silicone, o plástico que é ter um banco dando o nome de Van Gogh para seu serviço personalizado (arquétipo da institucionalização da vulgarização plena). O homem Camusiano é amassado pelo que de fato somos: o homem do labor (não importa as distinções de labor e trabalho de Marx, Arendt, enfim). E mais: o sangue iraquiano é, hoje, bebido junto a copos de vinho após nossos longos dias de trabalho…
Carlos


do Mau
Verdades. Sinto-me como Mersault de "Camus" na prisão esperando a forca, relembrando detalhes ínfimos da vida perdida no passado entre as frestras das grades sufocando todo e qualquer destino e futuro. "Mesmo um homem vivendo um único dia na terra teria como passar cem anos numa prisão" Camus – O estrangeiro
Mau

nota do Carlos (quarta, 14)
Gerald, mais uma nota (mais uma de rodapé) já que você mencionou, falemos dos jazzistas geniais do porte de Bud Powell e Lester Young, que foram fazer carreira na Europa nos idos dos anos 50 e 60. Já ali esse pessoal caiu fora, o que me faz pensar nesse outro aspecto da globalização, esse lado nômade do Homem. No caso dos jazzistas, foram porque os EUA nunca deram o reconhecimento que mereciam e precisavam. Bud Powell apanhou até ficar totalmente maluco, Bird não chegou aos 35, Coltrane era um Deus na Europa, mas nos EUA seus últimos concertos eram vazios porque ninguém se importava com o que ele estava fazendo (a quebradeira free). O público, ou parte dele, é algo mesquinho demais. Caras como Ornette Coleman certamente tinham mais reconhecimento na Europa do que nos EUA. O pessoal da pesada mesmo, esses ou viram nômades pra sobreviver, ou são tragados para o nada. Enfim, queria deixar essa nota de rodapé como uma modesta exaltação a esses grandes jazzistas…
Carlos

45 Comments

Filed under Sem categoria

Deus SEX DRUGS and Rock'n Roll: Morte de Norman Mailer / Norman Mailer dead

"NO ESTOMAGO DA BESTA!"

New York – Se dermos uma olhada rápida na Historia (da assim chamada, civilização), ela não poderia ser mais simples: Ego, Poder, Capital, Domínio, Deus e seus derivados, Conquistas e Guerras tão cruéis a ponto de nos tornaram seres FRIOS. Contemplativos e frios. Olhamos imagens pela tv de guerras e inundações, tragédias, terremotos, incêndios e pessoas mortas em ruas ou sem pernas, sem cabeça e esperamos o intervalo comercial pra abrirmos a geladeira pra ver o que tem la e fazer um rápido sanduíche ou pegar a famosa pipoca!
Ou será que não? Quem realmente presta atenção e se comove com o que vê? Os profissionais do ramo, digo o pessoal do Human Rights Watch e da minha querida Amnesty International, da Red Cross International, Doctors Without Borders ou do UNHCR (United Nations High Commissioner for Refugees ), Caritas e organizações de "relief" que so existem por causa do caos estabelecido pela falta de dialogo entre paises, ou melhor, pelo dialogo bélico estabelecido entre paises.

Não, esse pessoal, os "profissas" não se comovem e nem devem. São treinados (éramos treindados: dediquei seis anos da minha vida pra Amnesty em Londres) pra ficarmos frios e atentos.

A questão dos direitos humanos sempre foi uma tragédia. Ou não? Se olharmos o Império Romano ( e sua queda), ate que estamos bem na foto, alguns dirão. Se olharmos pra trás novamente, digamos, pro período das Inquisições, ou das Guerras Mundias do século XX ou dos 13 milhoes de mortos deixados por Stalin ou os 2 milhoes de mortos deixados por Pol Pot (Kmer Rouge) no Cambodja, sim, estamos relativamente bem na foto. Ou será que não?
Perdemos nossa identidade. Digo, os povos do mundo pasteurizaram suas culturas (através de vários fenômenos recentes, internet, demanda de mercado, supremacia da moda única vinda de uma única linha ideológica predominante e mais mil fatores complexos demais para serem descritos aqui, como o "outsourcing" da forca de trabalho do primeiro mundo para o terceiro (e remunerado em péssimas condições, sem direitos trabalhistas…), enfim, a nossa identidade esta em busca de uma IDENTIDADE em maiúsculo mesmo, já que todos os povos parecem perdidos em busca de um espelho, mesmo que quebrado. Sim, os povos continuam nas suas rotinas, comprando suas comidinhas, cantando suas musiquinhas e assistindo seu "entretenimento". Mas nada mais eh originado, manufaturado, pensado, por aqueles que pertencem, de fato, aquelas culturas. Alguns exemplos distintos e leves: hoje grande parte do queijo Camembert eh produzido na Alemanha, e ate na Dinamarca, pro desespero dos Franceses. Assim como a musica mais "norte americana", o jazz, esta sendo mais gravado na Holanda ou na Noruega do que nos EUA (mesmo que os músicos ainda sejam em grande parte americanos). Hoje em dia, os grandes solistas de uma orquestra de opera ou sinfônica são asiáticos, cuja Historia nada tem a ver com o repertorio que eles tocam: de Djvorak ate Beethoven. Os Alemães e os Húngaros ficam como, ao ver essa escalada asiática? O mesmo se da com produtos de consumo nos EUA e no resto do mundo, onde quase tudo eh "made in China".
Justamente ai entra a anti-globalizacao, a animosidade pelo "outro", o ódio pelo vizinho e essa crescente e LOUCA escalada de religiões extremistas, sejam elas islâmicas ou dos "settlers malucos" em Israel nas terras ocupadas ou os evangélicos com suas tremedeiras encenadas, seus "milagres" vindos de um teatro pessimamente amador e, no entanto convincente suficiente para conseguir capital, verba, status, corpo, CORPORACOES, bilhões de dollares e sempre com um deus qualquer no meio. E nossa identidade nesse mundo? Digo, nesse mundo onde olhamos praticamente passivos uma invasão do Iraque que não poderia ter acontecido, já que seu pretexto foi todo construído com falsas premissas. E a nossa identidade enquanto civis, seres que ainda tentam acreditar que o mundo lhes da alguma importância no momento em que, compulsoriamente vão la na urna colocar seu voto. Como se sentem diante de tanta mentira, de tanta corrupção, de tanta foto com seus presidentes sorrindo, perpetuando suas respectivas imbecilidades e analfabetismos?

"A vida humana não vale nada!" Quem cunhou essa frase? Poderíamos associa-la a um Hitler ou a um desses fascistas quaisquer, mas entre outros, ela veio de um grande autor que faleceu hoje: Norman Mailer. Herói da minha geração (quem não leu os "Degraus do Pentágono" ou assinou, por anos, o Village Voice?) Mailler foi, aos poucos, se escondendo atrás de um objeto obscuro de fantasias mórbidas. Endossou Jack Abott, um serial killer e, posteriormente autor de "in the belly of the beast" que li e vomitei. Abott, solto depois de uma longa campanha de Mailler, foi tomar um café da manha aqui no East Village, mais precisamente na esquina da 2 Avenida com rua 5. E ao ser recusado entrada pro banheiro (so deus sabe porque) esfaqueou e matou um rapaz chamado Richard, ator do La MaMa, que fica a um quarteirão dali.
" a vida não vale nada", já dizia esse mestre das palavras que citava Faulkner e Conrad e posava, la em Brooklyn Heights (onde morava) para a Annie Leibovitz como merecia: um macho americano, que gostava da luta de box e devia amar os serial killers, um judeu que não gostava de sua condição de "recusado" pelas academias literarias do mundo (eu o ouvi dizendo isso, numa leitura publica no YMCA da rua 92) : a foto de Leibovitz, na verdade composta por Susan Sontag, mostra um pequeno homem fotografado de baixo (assim parece maior) com um céu assustadoramente Wagneriano atrás, um céu grávido, pronto pra explodir a qualquer minuto.

Somos seres que perambulam por ai. Fazemos nosso trabalho. Alguns duram mais que outros. Somos dependentes dos governos, das corporações, dos deuses que oportunizam tudo isso e do capital que manipula isso e mais. Mailer foi mestre, no inicio de sua carreira, em nos apontar tudo isso.

Gerald Thomas

diretodaredacao.com

comentario
Eu me fixarei em um único aspecto que esse texto menciona: a guerra no Iraque. E chamo os países desenvolvidos que se opuseram a guerra de grandes COVARDES, liderados pelos covardes maiores: a França. Sim, porque no final das contas (desculpem os francófilos – também conheço a França e falo francês se precisar), fica bonito na fotinho sair às ruas pra protestar, mas o que o governo Chirac fez DE FATO para impedir a guerra??? E seu seguidor Sarkozy então, o que faz??? O que fizeram as potências mundiais para IMPEDIR uma invasão que é um dos atos MAIS COVARDES de toda nossa medíocre história. Ficou provado sim que democracia, como TODO o resto, é hoje uma ferramenta do sistema financeiro, NADA MAIS. Porque se houvesse democracia DE FATO, a voz das ruas teria impedido o abutre-mor Bush de cometer seu genocídio particular. QUE NADA, os governos calaram-se: no máximo balançaram seus rabos na cadeira (n'est ce pas?) e seguiram com a pouca vergonha de sempre.
Carlos

9 Comments

Filed under Sem categoria

Estado de emergencia no Paquistao

Esta num post antigo, aqui em baixo:"Benazir Bhutto, Crosby, Stills…" la eu ja cantava a bola toda: hoje a ditadura esta imposta! Musharaf colocou todos na prisao: desde advogados a jornalistas. Fechou a midia e, enfim, a mesma coisa de sempre!
E o mundo nao esta BERRANDO!!!!!

Me perdoem o silencio , mas nao sei como agir ou reagir diante de situacoes que atravessaram a minha vida recentemente.
O silencio vale ouro e os (as) oportunistas nao valem nada!
Gerald


comentario
Alexandre Vargas [Brasil]
Mais um dia ". . .a náusea não está dentro de mim; eu a percebo ali, na parede, nas vigas; por todas as partes em torno de mim. Unifica-se com o café, e sou eu quem está nela." Jean Paul Sartre, La Nausée Eram dois cínicos e mentirosos fracos e covardes não sabiam direito o porquê dessa raiva de pensar e remoer palavras de ataque e justificativas de como deveria ter sido e não foi mudar suas idéias num instante falando sozinhos sentados na privada se olhando no espelho antes de dormirem no meio da noite na insônia ou até mesmo antes de colocar os pés no chão ou subitamente depois de estarem sentados na sala de novo a cólera aos ordinários as palavras de raiva e os pensamentos davam respostas a ataques fantasiosos dessa prisão de ódio de súplicas e curvas mas ser invadido por esses fantasmas medíocres e vulgares era a imobilidade justificada como arte documental do crime.

comentario
A voracidade de certas formas que não toleram o que é destoante São múltiplas as formas de exclusão que desautorizam qualquer esforço de mudança no laço social. Mesmo as grupos aparentemente "coesos" e "harmônicos" sabem desse perigo e se protegem a sete chaves. Qual é o ponto de silêncio em um determinado grupo? Ora, o que liga um coletivo é certamente sua linguagem, sua história, seus rituais, mas sobretudo os limites de sua linguagem. É em torno deste ponto de silêncio que trabalha a função de exclusão: se um membro do grupo evoca um ponro de silêncio, ele corre o risco de exclusão. O grupo precisa desta função para assegurar a sua existência. O que faz com que o grupo seja um conjunto de pessoas decididas a se calarem sobre a mesma coisa, a proteger esta coisa e a proteger-se dela. Percebemos aí uma forma de existência que se apóia sobre a exclusão. Ora, vemos aqui a importância de abordar este fantasma que procura controlar a identidade de um coletivo. Estariamos nos à altura de intervir neste ponto com nossas idéias e nossas ações?
Alexandre Vargas

do Carlos
Sinto-me obrigado a desilenciar (sic): Alexandre, resolva a contradição do parágrafo, por favor: se o que faz o conjunto são pessoas decididas a se calarem sobre a mesma coisa, porque o membro que sofre a exclusão é justamente o que evoca um ponto de silêncio? O que é o ponto de silêncio no meio do silêncio? É uma gota d'água num balde d'água? Outra afirmação que não entendi: "Estariamos nos à altura de intervir neste ponto com nossas idéias e nossas ações?" O que é estar "à altura de intervir"? Desculpe desviar o assunto agora: a língua portuguesa é uma das mais belas que existe, porém uma das mais capazes de passar pela tangente com a impressão que se atingiu o alvo de forma certeira.
Carlos

38 Comments

Filed under Sem categoria