Monthly Archives: May 2008

Nao existe mais o teatro, cinema, porra nenhuma assim como era

New York – No aviao da JAL vim lendo o "Incendio" que o Nanini havia me dado de presente (desde Londres). E hoje eh o aniversario de nosso melhor ator. E vim pensando na questao do ator.

Nanini eh Nanini e nao concorre a categoria de ator: eh um pensador de teatro. O ator, per se, perdeu completamente o sentido, assim como o bailarino ou o cineasta ou o diretor. Estamos ja – faz 8 anos – pra "dentro" desse seculo 21 e, no entanto , com toda essa nova tecnologia rasgando nossos tendoes do pensamento, nossas fronteiras, se limitam a pensar besteiras.

Ator? Aquele que interpreteta? Aquele que representa, que faz de conta, aquele que decora papel e que acaba sendo seduzido sentimentalmente por aquele ser que ele mesmo produziu? Quanta asneira.

Morremos. Alguns ainda nao entenderam.

Alguns custarao a entregar – de verdade – o bastao – e continuarao a ludibriar o publico nos festivais "Daniela Thomas na capa do JB d'outro dia (sim , Ziraldo, seu pai, eh o editor do Caderno) a colocou na capa falando pra atriz que ganhou o premio "querida, vc esta em nossos coracoes",

Deu saudade da Dani. O que vivemos e vivenciamos juntos. Nao sao coisas de serem jogadas fora. O dia em que batemos na casa do Sergio Mamberti e descobrimos que o Helio Oiticica estava morto. Os cafes interminaveis que tomavamos no Le Figaro ou no Reggio aqui no Village ou em Swiss Cottage (moravamos em Crouch End, lugar inospito!),

Saudades daquela franja que ela usava e a briga que eu tive com ela quando ficou uns dias mais na Alemanha visitando a irma, a Fabrizia e voltou pra NY de cabelos cortados.

Tudo isso antes do Fagundes colocar a gente num apart hotel que ficava em cima de uma churrascaria e onde hoje funciona o Satyros.

Mas porque a nao importancia do teatro assim como esta? Ou do cinema? Essas industrias podem continuar se perpetuando por mais "maus" 100 anos , mas e dai? E DAI?
Nenhum unico MINIMO impacto na sociedade. Sao clubinhos minimos que se bajulam, passam as maos nos ombros e cabeca num jigsaw puzzle politico pra lubrificar a maquina. Bobagem.

Reves-Lucao!

O ator revolucionario esta naquele que nao esta treinado com os truques repetitivos, assim como o politico revolucionario esta bombando e metendo medo por nao estar TREINADO a se "safar" atraves de jargoes.

Obama nao vai ter vida facil ate novembro.
O Brasil se perpetua atraves de uma CORJA patetica govervanemental e nem aguento mais falar sobre isso: mas ai, nas capitais brasileiras, que brincam que serem refugios de 1 mundo, nao passam de um 3 mundo corrupto,

O taxista que me trouxe, negro, investidor imobiliario, me chocou: "Nao gosto do Obama: gosto da Hillary. Quem estava por tras dos 8 anos de Bill no Oval Office?"

Como se fosse tao simples assim.

Hoje, o ex spokesperson da Casa Branca, Scott McLellan lancou um livro (mais um deles) dizendo COMO foi ludibriado, enebriado, embriagado pela Bubble de Washington e pelo fracasso de Bush , seu livro? "What Happened?"

Botou a boca no trombone

Estamos em plena era do cinismo. Esses sao os players na international arena, assim como Shakespeare. Ah, querem mostrar a pobrezinha brasileira pra circuito de festival, colocar um monte de grana na Cia das Letras pra que ela publique seus amigos Salles? Os Bancos brasileiros estao com tudo: mais nao sei quantas novas salas: es un filantropista de primeira.
Viva o Meirelles com sua Cegueira assumida num patamar arriscado! O do mainstream. Os atores hoje estao por tras das cameras e poucos se deram conta porque nao sabem quantos caralhos e bucetas uma puta tem que encarar por noite pra pagar seu aluguel EDICAO DE DOMINGO:
so problemas: Porto Rico vota por superdelegates depois que a Florida passou grande parte do dia ontem (junto com Michigan) tentando entrar num acordo (e entraram!) sobre quantos votos cada delegado teria!
Vai Scott MccLellan, diz pro povo, Tell them, spell out your guts, not only for publicity reasons! Tell them what were the real reasons for going into Iraq.
E agora Jose?
Stephen Toulmin deve poder explicar
Sera?
Ninguem mais explica porque os Republicanos estao messing around com a campanha democratica pra poder…em november…..
(nao preciso mais terminar any sentence, nao eh?
o Vamp ou o Carlos ou o Gustavo de Gainsville terminam por mim
estou numa tremenda exhaustao!
Bom domingo
LOVE
G
Gerald Thomas

comment
Oi, Gerald, deixo aqui uma sugestão para uma polêmica no blog: o gesto dos Kaiapós de passar o facão no engenheiro da Eletrobrás foi antropofágico? Para mim, foi. Abraços do Lúcio Jr.
Lúcio Jr

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a volta pra NY e a tripa dos comments

Vai virar assunto pra cia de teatro do sesc av paulista Keplao!
Daremos o devido credito eh claro, mas….tenho que dizer algo: cometi um enorme erro: no Rio sintonizei um canal de noticias brasileiras e vi aqueles….horrendos parlamentares brasileiros Inocencios..Oliveiras…..falando aquele portugues HORRENDO…..e gente falando de um tal de Paulinho (um outro parlamentarrrrrr) e uma certa comissao de etica (ETICA??? Nao me faca RIR!!!) que estava "perambulando"…….Tomei um horror! Hoje ao desembarcar aqui o radio do taxista Jamaicano , a 1010 WINS ja estava dando same sex marriages e coisas do tipo: e me senti – por alguns momentos, fora do nordeste brasiliense que domina o gigante moribundo! Ah sim, um GUINDASTE (mais um) caiu em cima de um predio aqui na Primeira Av com rua 91) Tem sido moda esses cranes cairem aqui em NY nesses ultimos meses! Nao sei o que eh, mas eh melhor que o parlamento brasileiro, ah isso eh. Mais "modernista" que a semana de 22!
Gerald
PS: tem mais eh que se enlouquecer e fazer homenagem com tenis e cracha mesmo (o resto do corpo nu, a nao ser por um cocar de indio!) relembrando os modernistas de 22!!! Viu FDR? Quem eh mais retrogrado ai????

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O Carnaval se aproximando

Voces nao sentem? Eu sinto. Pois, maio esta acabando e eu ja sinto uma especie de Carnaval Universal acontecendo. Dificil explicar: eh assim: qualquer um muda as regras de qualquer jogo, Intepreta o que quizer de quaisquer fatos, Escreve-se besteira apos besteira e mesmo assim, existe um clima exuberante no ar. Algo aqui nessas paginas estara mudando logo, Logo. Ontem tive uma longa e triste conversa com a minha nova troupe la no SESC da av Paulista. Rimos um pouco do Ze Celso rasgando a roupa de todos (como sempre) (la, o negocio eh ficar nu, e pronto!) e o Ze nao apoia o Sesc mas precisa dele (!!!) e quanto a minha troupe….nao sei, eh realnente estranho: algo diz que nao estamos nos mesmo registro,
Mas o Carnaval vem ai e quem sabe, com as novas fantasias e a um lindo batuque as coisas nao tomam outro rumo?
Gerald

PS aqui nesse blog, sr Carlos David or David Carlos QUIZER se escreve com Z ! entendeu? Nao gostou? Tem milhoes de outros blog por ai – literalmente (o mundo tem mais blog do que gente ou peixe) que escreve QUISER com S, Mas aqui sera com Z.
Pronto.
Gerald
depois da sessao sesc de hoje, lanco (viu? sem cedilha) mais um mini manifesto a la pato no tucupi)

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Zuenir


"Continuo um otimista", diz Zuenir

Autor nega em debate na Folha que exista melancolia em "1968 – O que Fizemos de Nós" na comparação com livro de 20 anos atrás

Renato Janine Ribeiro diz que protagonistas de 68 dão, hoje, a impressão de que "tudo o que havia para ser feito já foi feito"

DA REPORTAGEM LOCAL

O professor de ética e filosofia política da USP Renato Janine Ribeiro veio com a provocação: "Zuenir, achei seu livro novo um tanto melancólico". Foi a deixa para o jornalista Zuenir Ventura, que acaba de lançar "1968 – O que Fizemos de Nós" (Planeta), rebater: "Continuo um otimista incorrigível".
Foi entre dois extremos de interpretação sobre o ano bissexto que se tornou sinônimo da rebeldia juvenil que transcorreu o debate realizado na última terça no auditório da Folha. Integraram a mesa ainda os jornalistas Roberto D'Ávila e Mário Magalhães (mediador).
Para Zuenir Ventura, ainda é um mistério aquela "sincronia" que fez com que em um mesmo ano, em países diferentes como França, EUA, Tchecoslováquia e Brasil, os jovens deixassem o cabelo crescer, ouvissem as mesmas músicas, desconfiassem de todos com mais de 30. "1968 não desaparece e é lembrado como se fosse uma pessoa porque foi um ano com um caráter, dado pela rebeldia generalizada naquele momento."
Segundo o professor Renato Janine, "a menina poder transar com o namorado na casa dos próprios pais tem a ver com o legado de 1968. Como também tem a ver, claro, a perda do recato -o piercing nos órgãos genitais, por exemplo".
"1968 – O que Fizemos de Nós" é continuação de "1968 -"O Ano que Não Terminou", do mesmo Zuenir, lançado há 20 anos (os dois livros são comercializados juntos, ao preço médio de R$ 75).

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Israel

Gerald, coloca aí um texto pra gente comentar, pô! Qualquer um. "Não quero nem saber de quem é o enterro, quero é chorar"! A gente tamos louco pra cortar, mas você não levanta a bola… Olha, se demorar muito, já vou avisando que vou começar a avacalhar com o Piauí, depois não adianta reclamar!
(O Vampiro de Curitiba)

Eh Vamp, ta dificil. Essa coisa de falar sobre Israel realmente eh muitissimo delicado. Delicadissimo. Hoje, num almoco, fiz, sem querer, obvio, uma das pessoas que mais amo, Mary Ventura, chorar, por causa de palavras mal escolhidas (minhas) sobre essa confusao que da quando se fala na constituicao do Estado de Israel e e os sobreviventes do Holocausto. Abracei a Mary e me expliquei e espero que a coluna do Mauro na revista de Domingo do Globo desse proximo fim de semana coloque finalmente os pingos derradeiros "i".

Tive muitos parentes assassinados em campos de concentracao. Isso nao me da a autoriade e nao me desautoriza a falar em nome de milhoes de pessoas que foram desterradas por causa de um demonio do terror (Hitler). Mas a discussao eh, ainda hoje interessante porque aquela area do mundo ja era muitissimo complicada antes de 48, antes da instalacao de Israel.
O problema do mundo eh que nao nascemos ontem e nem a Historia comecou na semana passada.
Meus sinceros, os mais sinceros SENTIMENTOS e SORRIES se falei algo que tenha machucado alguem.
Gerald

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Altas Horas amanha de noite OTIMO

NAO DEIXEM DE VER!!!!!!!!
Ficou otimo o programa, nao deixem de ver!
LOVE
G

Vamp
Não perco o Altas Horas de hoje por nada. Ahh, a Fabiana estava ótima no programa de ontem na Globo. Muito divertido!
O Vampiro de Curitiba


FINAL DA NOVELA DE MAU GOSTO BRILHANTEMENTE DESCRITA NO ZERO HORA

Evento
Línguas sem fronteiras

Performances de Fernando Arrabal e Gerald Thomas no Fronteiras do Pensamento dividem opiniões e criam polêmica

Imagine uma peça chamada Vaidade sem Fronteiras. O enredo seria mais ou menos assim:

Cena 1

Restaurante classe A de uma grande cidade à beira de um lago que todos chamam de rio, domingo à noite. Reunidos em torno de uma mesa, dois artistas trocam idéias, se vangloriam dos grandes nomes que conheceram em suas andanças pelo mundo. Ao falarem de política internacional, um dos artistas, aquele de cabelos crespos e longos, diz algo como:

– O senhor não considera o general Franco um ditador?

O outro, baixinho e puxando de uma perna, reage com violência. Levanta-se intempestivamente, pega um livro de uma mochila e o joga no interlocutor, gritando algo como:

– Meu pai foi morto pelos franquistas.

Pano rápido.

Cena 2

Sala de conferências de um hotel, segunda-feira à tarde. Barulho de repórteres, máquinas fotográficas pipocando durante uma entrevista coletiva. Perguntado sobre o outro artista, o baixinho assume uma pose blasé e ressentida:

– Não sei, nunca ouvi falar.

Sai de cena o baixinho, entra o crespo. Que define seu colega de maneira acre:

– É um sujeito famoso por apenas uma peça, ainda por cima plagiada.

Pano rápido.

Cena 3

Um grande auditório lotado, segunda-feira à noite. Primeiro, o baixinho faz sua palestra, arrancando risadas ao acariciar um pequeno crocodilo de plástico. Depois, entra o crespo, arrancando vaias da platéia ao atacar minorias, ao proclamar que o teatro morreu.

O final da peça fica em aberto, restando apenas o risco de o crespo e o baixinho se encontrarem em algum aeroporto do mundo.

O que você achou deste roteiro? Original? Chato? Frustrante? Os personagens são canastrões? Ou gênios? Você pagaria para assistir? Você entenderia isso como uma provocação ou uma palhaçada? Uma coisa é certa: o argumento não é original, ele narra de maneira fragmentada como foram os poucos dias que os dramaturgos Fernando Arrabal e Gerald Thomas passaram em Porto Alegre, como palestrantes convidados pelo ciclo Fronteiras do Pensamento, no início desta semana.

Depois de segunda-feira passada à noite, a discussão se transferiu para blogs e páginas de jornais (inclusive neste Cultura), felizmente sem conclusão. Porque assim ganhamos mais tempo para tentar definir as fronteiras entre arte e vida. Tanto Arrabal, dramaturgo reconhecido internacionalmente por textos como Cemitério de Automóveis e O Arquiteto e o Imperador da Assíria, além de filmes como Viva la Muerte, quanto Gerald Thomas, responsável por boa parte da renovação que beneficiou o teatro brasileiro nos anos 80 e 90, em montagens como Eletra Com Creta e Carmen com Filtro, são artistas respeitáveis e reconhecidamente provocadores. Tudo certo para que estrelassem uma discussão pacífica e conseqüente sobre teatro, certo? Nada mais errado.

Thomas e Arrabal têm um traço em comum, que é explosivo – ambos parecem desconhecer fronteiras entre o indivíduo e o artista. As conseqüências disso são imprevisíveis. Por um lado, são artistas que se entregam a uma expressão essencialmente autobiográfica, visceral, que condiciona a transformação de si próprios à transformação do público. E isso é muito bom, e é pura arte. Mas também são artistas que se expõem de maneira deliberada e muitas vezes exagerada, parecendo interpretar personagens de si, prisioneiros de uma imagem pública que eles mesmos ajudaram a construir.

Na noite de segunda-feira, frente ao sisudo público do Fronteiras do Pensamento, eles foram fiéis a si mesmos, agiram de improviso e sem pensar nos resultados. Arrabal, eternamente convencido de que os paradoxos podem ser uma ferramenta da arte conseqüente, atuou como um artista que não tinha nada a dizer de importante. Não foi ele mesmo que disse que provocação e humor se confundem? Thomas, e isso é forçoso anotar, em confessa fase depressiva e de profundo autoquestionamento, apelou para o papel de enfant terrible, vestindo dolorosamente uma persona que talvez o ajudasse a enfrentar um compromisso público quando ele talvez desse a vida para estar só. O pacifista Thomas engatilhou sua metralhadora giratória e mandou bala. Mesmo sendo judeu, e tendo praticamente toda a família morta em campos de extermínio nazistas, criticou o Estado de Israel. Mesmo (ainda) artista, decretou a morte do teatro (e nisso ele não foi nada original).

Um dos efeitos colaterais mais nefastos da performance de Thomas e Arrabal foi atiçar uma acusação que paira sobre os artistas, tachados como pessoas que sobrevivem apenas pela exibição orgulhosa dos próprios egos. Bobagem: até para escrever uma coluna ou um comentário em um jornal é necessário que se exponha o ego – e que este esteja bem vitaminado, senão será destruído pelo primeiro pigarro na platéia.

Um dos melhores efeitos da performance foi a de constatar que a uma obra interessante e brilhante (caso dos dois artistas) não corresponde necessariamente um criador interessante e brilhante (pelo menos, não o tempo todo, pelo menos não com horário e local marcados). Na verdade, a dupla Arrabal/Thomas (xi, capaz de eles brigarem para inverter a ordem dos nomes) interpretou personagens que talvez todos nós quiséssemos interpretar: sarcásticos, irreverentes, infantis, onipotentes. Que inveja, né? Ser ator e interpretar a si mesmo.

Dá vontade de vaiar. Ou aplaudir.
RENATO MENDONÇA

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Contardo Calligaris e Strange Tribe


CONTARDO CALLIGARIS

Solidariedade a Ronaldo e Hemingway

É difícil ser homem, sobretudo
quando a virilidade é imposta
e carregada como bandeira

A ILUSTRAÇÃO da coluna de Ancelmo Gois, no "Globo" da segunda-feira passada, era a fotografia de uma "faixa de solidariedade" a Ronaldo, pendurada perto do túnel Zuzu Angel, no pé da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. A faixa dizia assim: "Ronaldo, a Rocinha acredita na sua inocência, você sempre será nosso Fenômeno".
De que inocência se trata? Afinal, Ronaldo não é acusado de crime nenhum. Segundo a versão inicial dos travestis com quem ele foi para um motel da Barra, ele não teria aceito pagar o combinado e teria encomendado droga para apimentar o encontro. Mas duvido que os autores da faixa pensassem nessas eventuais "culpas" do jogador.
Igual, mesmo se uma parte qualquer da dita versão fosse verídica, por que Ronaldo deixaria de ser o Fenômeno? Isso não deveria depender de sua atuação no campo? O jeito de entender a inscrição do túnel Zuzu Angel parece ser o seguinte: ao levar um travesti para um motel, o jogador teria comprometido sua própria imagem ideal aos olhos dos autores da faixa.
Para eles, o Fenômeno não é só jogador de futebol, ele é também o macho ideal; a fim de continuar acreditando nesse ideal, eles precisam proclamar a "inocência" de Ronaldo, ou seja, por exemplo, acreditar que, se o jogador escolheu um travesti, foi por engano.
Acabo de ler "Strange Tribe" (estranha tribo -uma tradução em português seria bem-vinda), de John Hemingway, neto do escritor Ernest Hemingway. O livro está sendo transformado numa ópera, com libreto do próprio autor e direção de Gerald Thomas (mais informações em www.geraldthomas.blog.uol.com .br).
John Hemingway conta como ele conseguiu se salvar da espécie de maldição que assolou a linhagem dos Hemingway: suicídios (a começar pelo pai de Ernest e pelo próprio Ernest) e psicose maníaco-depressiva. Em Gregory Hemingway, pai de John e filho de Ernest, as oscilações entre depressões profundas e crises maníacas eram complicadas por uma constante incerteza da identidade de gênero.
Gregory se sentia melhor quando se vestia de mulher. Essa fascinação pela identidade feminina não implicava um desejo homossexual. Gregory não parava de se apaixonar por mulheres e de cultuar os traços mais óbvios da masculinidade americana (assim como ela havia sido inventada, aliás, por Ernest, seu pai). Gregory amava caçar búfalos e elefantes na África e viver na natureza selvagem do Estado de Montana (onde, ao mesmo tempo, vestido de mulher, aventurava-se pelos bares).
Já na terceira idade, Gregory quis se tornar mulher. Passou um tempo com o implante de um seio só; aliás, casou-se, pela quarta vez, em 1992, durante essa fase, já transformado parcialmente em mulher (imagem exemplar de uma divisão impossível de ser resolvida).
Em 1995, Gregory completou as cirurgias necessárias para mudar de sexo. Não por isso ele terminou seu casamento.
Ao longo do livro, John Hemingway descobre que a estranha divisão de seu pai já estava em Ernest, o escritor, seu avô. Ernest aparece vestido de menina em fotos de sua infância, e há, na obra do grande escritor, passagens tocantes em que um homem e uma mulher que se amam são tentados por uma inversão de papéis pela qual o homem se tornaria mulher nos braços de sua amada.
Ernest Hemingway fez de sua vida uma espécie de protótipo de hipervirilidade (boxeador, voluntário na Primeira Guerra, correspondente na Guerra da Espanha e na Segunda Guerra Mundial, aficionado por touradas, caçador, bebedor, pescador de alto-mar, sempre apaixonado por mais uma mulher).
Talvez seu show de virilidade fosse uma maneira de conter a fascinação pela feminilidade. Ou talvez sua androginia íntima fosse uma maneira de fugir da mascarada masculina que havia erigido em regra de vida e em ideal literário.
Seja como for, o livro de John Hemingway é uma leitura imperdível para quem queira entender um pouco a complexidade da identidade de gênero. Mas, antes disso, é um extraordinário documento sobre a dificuldade de ser homem, sobretudo quando a identidade masculina se torna uma bandeira ou, como no caso de Gregory, é transmitida e imposta como uma bandeira.
A história dos Hemingway não tem nada a ver com o episódio de Ronaldo. Mas "ser Hemingway" ou ser "um Hemingway" deve ser tão difícil quanto ser "o Fenômeno" da faixa solidária do túnel Zuzu Angel.


OBS: Abriremos uma nova sessão de comentários, no post acima desse, amanhã ou depois, com uma seleção dos melhores comments.

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el mundo espanha – periodico

IF YOU HAVE ANY QUESTIONS ABOUT THE (SO CALLED) INCIDENT BETWEEN ME AND THE GUY, I HOPE TO HAVE A FAIR CHANCE TO RESPOND,
I KNOW THAT YOU HAVE ENTERED MY BLOG (THIS BLOG)
please write to Dryoperacompany@gmail.com.
Gerald Thomas


Qualquer question a my respeto e my background pode ser clarificada com Hugh Hudson en Londres

I SAID, IF YOU HAVE ANY QUESTIONS, PLEASE CONTACT HUGH HUDSON IN LONDON, THANKS, Gerald

Gracias

comentario
Sobre David Coimbra, em ZH um texto dispensável e boboca. Colegas leiam o professor, o grande mestre Donaldo Schuler,sobre um trabalho do Gerald, no site do fronteiras do pensamento. Vamos andar, vamos nas fontes esquecer e lembrar. Garimpar o que nos vale guardar.Boa leitura.
Vera Cardoni

[laura] [Lajeado]
Provocar também é refletir. Pensamento questiona as fronteiras, os limites. Cadê o senso de humor? Foi bizarro? Foi. Mas voltei para casa pensando e rindo. Valeu!

[Lelena]
Carlos de NY, boa parte da platéia é feita de pedantes pouco interessantes, sim. E isso não é novidade porque o Fronteiras é um evento burguês e porto alegrense e Porto Alegre tem o seu lado provinciano. Vejo sentadinhos lá gente que se leu cinco livros na vida, leu muito; mas, sabe como é, pega bem mostrar-se interessada e participante. A situação é bem show off como falou o Thomas. A questão importante é que há uma parte bacana, feita de carne e osso e neurônios, para quem os R$500,00 fazem diferença no bolso e os debates na cabeça, porque nós queremos pensar e ouvir e conversar para novamente pensar. Por isso, lamento o vazio falante do Arrabal e a falta de comunicação do Thomas com o público. E lamento mais ainda a falha do Fronteiras de alterar um acordo sem medir as conseqüências. Parece que todos falharam, principalmente, a organização da coisa.

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Ilustrada – Folha de S Paulo ainda sobre o conflito do sul


Arrabal e Thomas trocam farpas em evento no RS

Em Porto Alegre, dramaturgos fizeram provocações mútuas e ironizaram obras

Rusga entre espanhol e brasileiro mudou planos do Fronteiras do Pensamento, que faria um debate com os dois juntos no palco
EDUARDO SIMÕES
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE

As palestras de Fernando Arrabal e Gerald Thomas, anteontem à noite, no evento Fronteiras do Pensamento, em Porto Alegre, frustraram a platéia. O dramaturgo espanhol Arrabal, por excesso; o diretor e também dramaturgo Thomas, por falta. Após mais de uma hora de fala, em que chegou a fazer o público rir com "causos" de personalidades com quem conviveu, como Pablo Picasso, Arrabal deixou o palco do Salão de Atos da UFRGS sem dar um ponto final à palestra.

Já Thomas apresentou trechos de alguns de seus espetáculos em vídeo e, afirmando que não tinha discurso pronto, propôs responder perguntas do público. Saiu meia hora depois.

"Debates como esse não são frutíferos, portanto, vou dizer boa noite, e o resto é hipocrisia", disse o brasileiro, vaiado pelo público, que pagou mais de R$ 500 pelo pacote de ingressos das palestras ao longo deste ano. A organização do evento havia inicialmente planejado ter Arrabal e Thomas lado a lado no palco e, após a suposta conferência de cada um, haveria meia hora de debate. A programação sofreu mudanças depois de um jantar, na noite do domingo, em que os dois convidados se desentenderam.

As entrevistas coletivas com os dois convidados, que deveriam ter sido feitas em conjunto anteontem à tarde, acabaram sendo separadas. E Arrabal e Thomas não quiseram nem se cruzar em frente ao elevador.

Já na entrevista, questionado pela reportagem da Folha sobre se havia conhecido seu colega de conferência, Arrabal respondeu: "Quem é esse homem? Nunca ouvi falar. Um matemático?". Na entrevista, Arrabal lembrou sua amizade com o dramaturgo irlandês Samuel Beckett (1906-1989).

Beckett, com quem Thomas conviveu e se correspondeu, deveria ter sido ponto de interseção e de partida para as palestras de ambos. Thomas, que na sua curta palestra mostrou nos telões uma foto em que aparece conversando com Beckett, referiu-se a Arrabal como "esse homem de uma peça só e que é imitação de Beckett". "Ele, não me lembro bem o nome dele, acho que "Enrabal", tem ciúme por causa da minha relação de seis anos com o Beckett."

Mesmo sem falar diretamente sobre sua obra no cinema ou teatro, ou ainda a criação do grupo de teatro Pânico e seu envolvimento com o surrealismo, Arrabal chegou a fazer o público rir: "Sou um personagem desconhecido. Mas sabem por que estou aqui? Porque sou o dramaturgo mais representado do mundo. Porque todos os meus colegas já morreram."

Em seguida, Thomas subiu ao palco dizendo que já havia superado um pouco o teatro do ridículo, referindo-se à apresentação de Arrabal. Em outra provocação ao dramaturgo, Thomas disse: "Tinham pedido para eu não falar do Franco [ditador espanhol, durante o regime do qual Arrabal esteve preso]. Por que não?

Sou neto de vítimas do Holocausto e podem falar de Hitler comigo. Tem que brincar com a tragédia da vida."

O jornalista EDUARDO SIMÕES viajou a convite do Fronteiras do Pensamento


COMENTÁRIOS


[fabio] [são paulo]
…afff, maria, mãe de deus..! Gérald..! Queria tá lá em Porto, prá ver o pau comê!..Porto não, é POÁ, né?…rapaiz..!! sê botô prá quebrá, hêim!..a cidade ficô em polvorósa, Gérald.!..não foi só o público, não..!..daqui a pouco o povo vai te chãmá de Gérald aTHÔMIco…!!

[Paulão] [RS]
Olá Vamp Moro a pouco mais de um ano e meio aqui em Porto Alegre. Leio e ouço muito a auto-propaganda gaúcha mas também leio e vou atrás do início das coisas (ex.: sempre que discuto a questão do negro, insisto para uma abordagem histórica e não contextual). Vejo essa coisa que você escreveu "…Um dos motivos pelos quais eu gosto do povo gaucho é sua valentia. O gaucho é conhecido por ser um povo aguerrido, e isso me fascina" como um papo furadésimo. Uma mentira repetida mil vezes vira verdade e essa é uma delas assim como um monte mais que eu ouço por aqui (ex.: "nossa cultura é diferente e melhor" "somos o povo mais receptivo do Brasil" "somos os mais politizados"…e por aí vai). Nenhuma dessas crenças resiste a um olhar mais reflexivo e crítico assim como essa de "povo mais aguerrido e etc". Prá mim o gaúcho é diferente sim, mas nem melhor, nem pior, nem mais aguerrido ou valente do que um nordestino por exemplo…apenas diferente com suas idiossincrasias…como qualquer outro.

do Vamp
Até que o Gerald foi bastante comedido. Eu já estava pressentindo o momento em que ele abaixaria as calças e mostrasse a bunda ao público, hahahahah…. (Gerald, essa foi por você ter me comparado ao homem bomba do blog, nosso querido Carlos.)
O Vampiro de Curitiba

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cade o meu texto sobre

o Calvin Tomkins e o Ahead of the Game e o pessoal do Black (ou sera BLUE) Mountain College e

Duchamp

Rauschemberg

Cage

Jean Tinguely

…que estava aqui antes? e que eu havia escrito….tipo (the Bride Stripped Bare by the Bachelors Even?)….isso do Duchamp, obviamente mas em homenagem a morte de Robert Rauschenberg que eu conectava com o Jasper Johns cuja `greys`eu havia visto no Metroplitan Museum ha pouco e me havia sufocado…e a cama de Raush me pareceu tao pequena (no Moma) que me deixou sem palavras (…)

esse texto estava acima do texto do NY Times que vcs leem embaixo dos jornais do SUL

LOVE
Gerald


Vamp me ajuda a corrigir a diferenca entre o que eu Digo e o que eu penso (a questao de Israel: sua existencia ou nao! SOU JUDEU gente) e isso precisa ser entendido pela plateia de Porto Alegre que ficou FURIOSA comigo quando fiz uns comentarios sobre a existencia do estado de Israel COMO UMA PIADA (a mesma que faco no espetaculo Terra em Transito): as pessoas nao entendem que somos uma CARICATURA em CENA. Nao somos politicos, nao fomos eleitos com dinheiro do POVO. Temos todo o DIREITO de PROVOCAR!!!!!!!!
LOVE
G

É mesmo, o texto sumiu! Nem havia lido ainda… Bom, não tem nada a ver com o texto em questão, mas peço licença para algo que achei interessante: Na página da "Veja" tem um tal de "politicômetro". Você responde a 20 perguntas e o "politicômetro" lhe classifica como de esquerda, direita, liberal, conservador, etc… Interessante. Eu? Claro que fiz o teste: "Direita moderada liberal". Quase uma msitura de McCain com Obama, he, he… Uma Hillary? Credo!
O Vampiro de Curitiba

sim, gerald, o teatro hoje agrada mesmo a classes médias em ascensão (ou em simplesmente começo de existência). mas, e daí? é por isso que vc, criadores sérios, atores e lacaios precisam postar-se como prostitutas prontas ao que der e vier? sim, o papel de todos nós é – até certo ponto – trazer à tona a fragilidade de nossa condição e nossa hipocrisia. mas pela arte, meus caros, pela arte. quando criadores sérios se perdem em egocentrismos é muito mau sinal que passam a todos: que os artistas, nem estes, levam seus dignos trabalhos a sério. que nem fazem merecer a pecha de precursores da mudança. eu mesmo nem acredito nisto, a bem da verdade. mas pelo menos é algo. agora os artistas são imbecis, então? não me venha com essa. eu tive que desagradar amigos, dispensando-os, por eles mesmos desmerecerem o trabalho que desenvolvo e dos que me acompanham. pois é: cada um que vista sua carapuça, então. você é um criador realmente digno, meu caro. mas parece esquecer-se disso e age como NIñO.
Contrera

[Márcio West] [Porto Alegre!]
Bah Gerald, tenho só é que lamentar pela perda do tempo que tivemos contigo aqui. Não pela tua presença ser a perda de tempo criticada por muitos, mas sim por tua presença, teus pensamentos, tuas idéias e tudo mais não foram totalmente expostos. Queria realmente poder sentar contigo e debater o teatro e as visões e as maneiras e tudo…. durante horas e horas, discuções, que saberiamos, nos deixariam no mesmo lugar e como tu mesmo disesse com tanta coisa acontecendo e nós nem sabemos o que queremos fazer com tanto o que pensar. Sei lá, discuções inúteis foram geradas e coisas foram mal aproveitas. O que valeu? Bom… valeu ter ouvido um pouco de tuas loucuras (até que atrapalhacem com elas) valeu de mais poder apartar tua mão e poder manifestar mesmo o quanto curto e admiro teu trabalho e tuas colocações. Espero que tenhamos mais momentos assim. Abraço, até a próxima. MW (o guri que te pego na saída! hehe)

GT: Marcio West, eh o seguinte: eu lamento igual a vc, pois o meu um dos meus melhores publicos de TEATRO eh o dai, de POA. Sobre a FALTA de debate , pergunte aos organizadores do evento ou ao psicotico anao espanhol. Eu fui pra DEBATER e nao solar. NO minimo, como falei ainda hoje de manha pro Gunter, que colocassem um mediador naquele palco giganteco comigo pra que eu nao deparasse com a minha propria imagem projetada o tempo todo. Tenho ego sim, mas nao tanto e nao nesse momento da minha vida.
LOVE
G

do Carlos (que la embaixo provoca o Vamp, mas estou comecando a desconfiar que sao a mesma pessoa…hmmmm os dois sao bracos direitos de Fernando Arrabal e moram no Marrocos!)
Valéria: pois é, todo esse movimento da pop-Art está mais presente no nosso dia a dia do que imaginamos. A pop-Art incomoda, perturba mais do que tudo que veio antes, justamente porque tem essa coisa da massa, do cotidiano, do que está próximo…enfim, o Gerald ainda vai escrever sobre esses caras. Eu conheço só a superfície disso. Sei que o Jasper Johns é um virtuoso, tem uma obra gigantesca. Não creio que fosse o caso do Rauschenberg. E saber que os caras eram uma reação a figuras como Pollock, por exemplo.
Carlos

Eu tb tava lá. Valeu Gerald, vai em frente. Acho que ninguem ta explicandobem a reaçao: ouve as duas coisas, vias e aplausos! Na verdade nos sentimos meio idiotas por estar sentados naquele lugar à espera de naoseioque…quando nos vimos no espelho nos apavoramos…Aquilo (sei la como chamar ao que tu fez) nos fez pensar sobre as milhoes de vezes que repetimos essa situaçao…e a fala do Arrabal, pelamordedeus, alguem me pode explicar o que foi aquilo? ate agora n tou acreditando as risadas que o público dava com piadas de quarta
Lia

ALE, como assim "realmente lamentável" a pergunta sobre arte? A pergunta era sobre a visão de Gerald Thomas sobre arte e que papel ele (e não outra pessoa) vê (ou via) nela. Detalhe, o tema do evento é: "A Arte e a linguagem na cultura contemporânea". Qualquer um podia perguntar, eu perguntei. Você não voltou a política porque não quis. A mulher que fez a terceira e última pergunta também perguntou, não ficou calada. Concordo com Lelena, não gostei da conferência de Arrabal.
juliano | bufao

ISRAEL, SIM OU NAO?

[O Vampiro de Curitiba]
Eu já disse aqui, no caso me referia à Ana Carolina, que sempre bricamos com pessoas das quais gostamos. Um dos motivos pelos quais eu gosto do povo gaucho é sua valentia. O gaucho é conhecido por ser um povo aguerrido, e isso me fascina. Ficaram bravos com o Gerald por ter ele feito comentários sobre o Estado de Israel. Olhem aqui: Gerald teve quase que a totalidade de sua familia morta em campos de concentração. Sim, eram judeus que morreram nas mãos dos nazistas. Gerald é judeu! Eu também! O que Gerald disse em Porto Alegre, assim como diz em sua peça "Terra em Trânsito", é que existe uma minoria de israelenses que quer transformar tudo em "indústria do holocausto", abusando do vitimismo, que acaba provocando apenas mais ódio contra o próprio povo judeu. É o mesmo caso do muçulmano que critica o terrorismo islâmico por entender que isso só aumenta o preconceito contra os muçulmanos. Chega de terrorismo, chega de "indústria do Holocausto"! É isso o que Gerald pensa.
E como o Gerald vai abordar esses assuntos? Fazendo leis? Óbvio que não. Gerald não é um legislador, é um artista. Aborda esses e outros tantos assuntos polêmicos com a arte, com a provocação. O papel do artista, na minha opinião, é justamente este: Fazer com que pensemos. Polemizar, mas não só para fazer barulho, para aparecer, como queria o Arrabal. Polemizar significa fazer com que nossas idéias se choquem com idéias novas. É fazer com que a platéia veja o mesmo objeto mas com visões de vários ângulos. É conflitar o senso comum com a realidade objetiva. É mostrar todos os lados de qualquer coisa. Foi isto que Gerald Thomas fez ao abordar o Estado de Israel. Mesmo sendo judeu. E é por isso que Gerald publica os comentários mais raivosos no seu blog, mesmo que sejam contrários a ele próprio.

[Carlos, El Padre] [NY]
ATENÇÃO: foi interceptada uma mensagem na blogosfera. Trata-se de um caso de ciúmes extremo. Os protagonistas? Reinaldo Azevedo, ao saber da briga entre Gerald Thomas e Fernando Arrabal, descabelou-se todo e saiu pelas ruas gritando: "o Gerald é meu!!". Os blogueiros aqui presentes foram testemunhas do caso de amor entre Gerald e Reinaldo. Uma história que começou com tapas e terminou aos beijos. Pois agora a boca pequena declara que Fernando Arrabal e Gerald Thomas já estavam trocando carícias apaixonadas. Reinaldo Azevedo, ao tomar conhecimento, disse a Gerald que aceitaria até falar bem de Barack Obama em seu famoso blog caso Gerald se dedicasse apenas a ele, Reinaldinho. Gerald, guloso como sempre, deu o veredito final: vai ficar com os dois. E los três "biberam" felices para el siempre!!!!!!!!!

[Mau]
SObre Israel – so fui entender a coisa qdo li "A industria do Holocausto". E lendo Gerald falar sobre isso, parece q to lendo o NOrman Finkelstein sobre as elites judaicas americanas sempre oportunistas – ora pelo esquecimento do holocausto, ora usando nome de Israel pra enriquecer, sempre qdo lhe convem. É um nó sem fim essa coisa…

dp Gerald
Eh OBVIO que terei que escrever algo a respeito. Digo, algo mais profundo do que "sou contra ou sou a favor" pois uma nacao que completou ha pouco 60 anos ….nao pode ser julgada tao facilemente assim. Mas o que eu disse ali naquele palco eh pra ser lido ou ouvido como critica e provocacao de alguem que pega um ponto de fuga e preve reacoes. Nao preve pessoas que levantem e se retirem em covardia. No caso da provovacao, teriamos tido uma discussao interessante: como a da validade dos Kibutz por exemplo. Ou da invalidade do tratamento (eterno) dos palestinos que TODOS os outros povos arabes tambem nao querem em seu own backyard . Teria sido interessante.
Gerald

ainda sobre a repercussao:

de Paulo Faria
Obtusas pela teoria do processo de aprendizado, alguns esperam ter suas idéias e pensamentos solidarizados, sendo parte de conjuntos, incluídos nos contextos de idéias e ideais. São, portando, ovelhas. Prontas para o bom pastor. Não quer crítica¿ Não decepcione. A decepção está no caminho do autoconhecimento, da auto-aceitação e de outros selfknow. Maravilhoso. Maravilhosa decepção. Quantas decepções passam e suportam os pensadores até entender, compreender, acreditar, desacreditar… Aprender. Parece básico saber isso. Quando não se suporta a decepção dá-se um passo atrás, ao passo que, ao confrontá-la somos remetidos a uma condição de desenvolvimento do pensamento para a nossa evolução e, conseqüentemente, para a evolução, harmoniosa ou não, da humanidade. Viva a decepção!
Paulo Faria

Olá pessoas… Bastou ficar fora de circulação por 6 dias e tem uma avalanche de comentários para ler…bacana. Pois é, estive com o GT em Porto Alegre no café da manhã pós-verbal fight. Papo agradável…pena que foi rápido.
Paulão

[KLAUS KURTZ]
I really do think that Mr. Thomaz is great. I admire him for years , he's truly a genius, a fucking genius, indeed , my dear. Well, very likely Porto Alegre is a way too obsolete and conservative for Mr. Thomaz, afterwards, well , he lives in Manhattan. So, about the jews , what's that all about ? Furthermore, jews use to love to play the victim , oh oh poor us , poor us…So, what's the big deal ? Aren't they open to debate ? They're really preposterous… KLAUS KURTZ

do Vamp
Paulão, é que eu tinha que fazer uma média com a gauchada, sacou? Mas vem cá: Eu conhecí algumas gaúchas, conhecí intimamente, se é que você me entende. Êta mulherada brava, tchê!
O Vampiro de Curitiba |

Ciumes (comentario)
Boa aquela foto que mostra Gerald virando a cara para Arrabal. O texto não fala da fofocagem, da ciumeira de Beckett, mas nem precisa, né ?
elida

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REPERCUSSÃO

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Robert Rauschenberg morto e nos?

He died of heart failure, said Arne Glimcher, chairman of PaceWildenstein, the artist's gallery in Manhattan.

Mr. Rauschenberg's work gave new meaning to sculpture. "Canyon," for instance, consisted of a stuffed bald eagle attached to a canvas. "Monogram" was a stuffed Angora goat girdled by a tire atop a painted panel. "Bed" entailed a quilt, sheet and pillow, slathered with paint, as if soaked in blood, framed on the wall. They all became icons of postwar modernism.

Eh isso.
Por hoje basta
Parabens a menina de 24 anos em POA que me entrevistou segundos apos a minha saida do Palco (O SUL? pode ser? ) Materia sincera, honesta, apesar de eu ter sido extremamente agressivo e antipatico com ela: sorry!)
Gerald


POA

Gerald, tuas peças são incríveis. vi várias, mas queria ter conferido TODAS. bom, foi muito legal você falar um pouco sobre política internacional ontem, com foco nos EUA e em Israel. uma pena o cara ter interrompido com a pergunta sobre "o papel da arte". realmente lamentável. cortou todo o clima e, dali em diante, já previ o desastre geral da conferência! shit! mas volte para uma experiência mais legal, ok? Vampiro: Porto Alegre está jogada mesmo, sem $ e liderança política. uma pena. MUDANÇA JÁ! e um abraço para o seu Estado sem identidade!
ALE

Alexandre Vargas: pena nao ter te conhecido. Nao sabia como. Vc nao me procurou: perguntei por vc . Ninguem sabia me informar. Pena mesmo! LOVE G

comentarista acha que eu nao tive respeito
Prezado Sr. Gerald Independente de ser uma palestra, onferência ou debate, acho que as pessoas que estavam lá mereciam mais respeito, coisa que o Sr. não consegui proporcionar. É uma pena de verdade, espero que esta fato fique para sua reflexão e um dia o Sr. possa ter a oportunidade de se desculpar com o povo Gaúcho.
Paulo Ratki

Aliás, no Fronteiras, era tu ou o Artaud!?
Nick Dólar

PS Pessoal do Blog: tive um otimo cafe da manha com o Paulo de Sousa antes do embarque de POA

[Tales]
Não tinha ouvido falar dele. De qualquer modo parece ter sido uma perda irreparável. Gerald, sei que você assinou a petição contra as cotas, mas acho que aqui é um espaço pra gente discutir democraticamente e elevar o debate público. Aproveito pra deixar aqui o site que faz petição para a constitucionalidade das cotas. Quem quiser, fique à votande. http://www.manifestopelascotas.net/

Tales, li o manifesto, mas ele peca em vários aspectos: 1-Ele não diz como se pretende classificar as pessoas em raças. Por autodeclaração? Por análise genética? Dando poder a um grupo de notáveis? 2- Ele não cita nenhuma pesquisa dizendo como os alunos cotistas saíram-se. 3- Ele não cita exemplos númericos e estatísticos sobre resultados bem sucedidos dessa política em outros lugares do mundo. 4- Ele não descontrói os argumentos contrários, coisa que o manifesto dos 113 faz. 5- E diferenciação por raça é incostitucional, pelo menos por enquanto. Vale a pena que deixe de ser? EU NÃO ACHO.
Sandra

[Carlos] [NY]
Gerald, tem como abrir um novo post e comentar o Rauschenberg, Jasper Johns, Cage…?? A salada está total agora: é o pessoal sobre Porto Alegre, o joguinho de outros, daí entrou as cotas novamente…Seria interessante discutir a pop-Art, o que tinha antes e o que veio depoos, mas num post separado. Quem sabe algum artista plástico pudesse entrar e colaborar de verdade com alguma discussão que fosse além dessa grosseria sobre gaúchos, não gaúchos, etc…Enfim, o dia está realmente ensolarado. Finalmente.

Do Gerald
Carlos: ainda nao querido porque o assunto Thomas X Arrabal ainda vai transbordar pelas paginas brasileiras por uns dias/ Rauscheberg, infelizmente, sera um assunto de estudos pra muito mais tempo, porque essa polemicazinha de merda aqui se esgota rapido, se deus quizer: imagina, o anao diz que fez parte do movimento surrealista: pra isso ele teria que ter…..hmm uns 98 anos, ou mais.
LOVE
G

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Desculpe Porto Alegre mas era pra ter sido um DEBATE , lembram?

Se decepcionei. Sei que decepcionei mas eh que eu acho que eu nao cabia ali:

Mas vamos colocar os pingos nos "I". Era pra ter sido um DEBATE. Nao foi. O imbecil do Arrabal, teve um surto psicotico no jantar de ontem porque eu perguntei – no meio de uma conversa sobre DITADORES (Hitler, Stalin, Salazar),….perguntei porque ele omitia Franco ja que ele era Espanhol.

Mas nao era somente isso: el buraco es mas embaixo. Trata-se de Beckett. Eu convivi com Beckett anos e o autor irlandes teve confianca em mim suficiente pra deixar que eu adaptasse seus textos e ate fotos juntas temos. O resto eh papo. Isso o deixou irritado e surtado ontem e….o DEBATE foi cancelado e isso era tudo que o marroquino, sorry, espanhol, queria. Entao virou um solo. Era pra ser DEBATE!!!!!! Viu gente? Nao se esquecam da proposta inicial (apaguei alguns emails me mandando pra putaquepariu) entao: ta explicado narizes empinados? De qualquer forma, fica o pedido de desculpas!

Nao tenho DISCURSO pronto! Nao sou PALESTRANTE de profissao ou de plantao! Pombas, entendam isso, por favor e me perdoem aqueles que queriam mais: mas….mostrei as maos de Beckett e nao senti nenhum entusiasmo, alias, nao senti nenhum entusiasmo entao fiz o que achei o que deveria fazer: me retirar ja que eu estava INCOMODANDO!
Mil desculpas por ter incomodado
LOVE
Gerald

e Viva Dona Eva Sopher por um encontro MARAVILHOSO hoje a tarde! e um TEATRO DESLUMBRANTE!!!!!!

LOVE
Gerald


comentario
Gerald, Parabéns pela palestra e viva a mediocridade do ser humano. É uma pena ver tantas pessoas decepcionadas com a tua apresentação e não estarem dispostas a enfrentar o diferente, o contrário. As pessoas vão a estas palestras para se divertir e ouvir o que já sabem, e não conseguem apreciar o novo, e assim fica impossível mudarmos qualquer coisa na sociedade. Hoje, tive um grande aprendizado contigo. Abraço Felipe Amaral
Felipe Amaral (Porto Alegre)

[juliano] [poa, rs – brasil]
Como aconteceu não decepcionou. Se estiver com qualquer grilo aí… acho que pode relaxar. Tudo bem que só tivemos dois encontros do evento até agora, mas somente você mostrou vida naquele palco.

[Luiza Guedes] [Porto Alegre/ RS/ Brasil]
Algumas pessoas ficaram desapontadas por que queriam e mereciam um debate, uma troca de idéias e impressões a respeito da vida, da arte, do teatro. Eu particularmente fiquei chateada por que perdemos para o ego e para vaidade. Pena…sentimos muito!! desculpas?! jamais..não se sinta culpado por não estar disposto a fazer showzinho, servir-te numa bandeija para te comerem em nobres jantares…incomodando?! quem?! é fato que algumas pessoas se sentiram incomodadas. sentiram-se bobas; sentiram que foram feitas de trouxas…e eu me senti tão bem quando ouvi esses comentários.! incomodar meu bem é o que resta, pior é calar!!! Viva quem ousa incomodar!!!

Carlos] [NY]
PARTE 2:….compositor Pierre Boulez, ícone da música do século XX, com o fantástico Ensemble Intercontemporain. Tudo bem, que detestem a música moderna, mas em nenhum país do mundo, absolutamente nenhum, dezenas e dezenas de pessoas sairiam no intervalo de um concerto desses ou mesmo entre as peças. No final, eram fileiras e mais fileiras de cadeiras vazias. Era o claro e perfeito reflexo da "elite intelectual" brasileira. No Brasil, principalmente no meio acadêmico, fala-se que o nosso modelo de pensamento é o europeu, os filósofos franceses e alemães, a cultura refinada da Europa e coisa e tal. Oras, vamos aos fatos, a elite cultural brasileira é espelho da elite do TEXAS, não mais do que isso. Quem no Brasil aceita uma arte mais experimental, ou uma arte nova, ou diferente?? E vocês, blogueiros, estão de fato abertos a isso?? Tem gente que cita a Semana de 22 como exemplo de arte "contemporânea" brasileira. Tem gente da academia que tem orgasmos falando da semana de 22. (cont!!)

Gauchada, o negócio é o seguinte: O anão psicótico do Arrabal amarelou. Ficou com medo de ser desmascarado pelo Gerald e vazou! Não teve o debate. Mesmo assim o Gerald compareceu para falar a vocês. Agora, se vocês querem alguém para falar aquela demagogia que vocês querem ouvir, deveriam ter contratado um candidato a vereador do PT. Não deveriam ter feito um artista do quilate do Gerald Thomas sair de NY para ir até aí. Por falar nisso, estive de passagem por Porto Alegre recentemente. Não gostei nada do que ví. Uma cidade decadente, suja, maltratada por ter sido governada tantos anos por petistas. Já que vocês não conseguem cuidar da cidade, ao menos tentem salvar suas mentes! Da próxima vez (se tiver próxima vez) aproveitem mais o que pessoas como Gerald Thomas tem a dizer! Vocês é quem deveriam se desculpar! Bah, tchê!
O Vampiro de Curitiba

Tudo bem que Porto Alegre anda um lixo, mas o Vampiro de Curitiba deveria morder sua língua e olhar um pouco mais para sua própria cidade. Há um ano atrás se podia andar tranquilmanete no Centro de Curitiba, hoje corre-se o risco de ser assaltado em pleno Largo da Ordem, fora que somos quase intimidados a comprar drogas na crackolândia, nova condição do centro de Curitiba. Fora que se corre o risco de ser esquartejado dentro de um teatro, como ocorreu no recente Festival de Curitiba, durante apresentação de O Abajur Lilás, quando os espectadores ouviram gritos do lado de foraa, "vamos lá dentro queimar todo mundo". Fora que Curitiba é uma cidade civilizada fake, pois hoje sabemos que o gigantesco cinturão de miséria, que é maior do que de muitas outras capitais brasilerias, fica escondido no centro industrial localizado a 30 minutos do da capital. Não gostei do que vi em Curitiba e não foi o PT (não sou PT) quem promoveu tudo isso.
wagner

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ZERO HORA

FRONTEIRAS DO PENSAMENTO

Em busca de Arrabal e Thomas

Fronteiras do Pensamento reúne hoje dois artistas especialistas em teatro e em polêmica: Fernando Arrabal e Gerald Thomas

As duas atrações de hoje do ciclo Fronteiras do Pensamento Copesul Braskem (inscrições já encerradas) pensam em tudo, menos em fronteiras.

Fernando Arrabal é escritor, dramaturgo, enxadrista, pintor, cineasta, amigo de Dalí, Buñuel e Picasso, sátrapa de patafísica e provocador em tempo integral. No início dos anos 60, foi um dos criadores do Teatro Pânico, assustando/fascinando crítica e público ao propor peças como Cemitério de Automóveis e O Arquiteto e o Imperador da Assíria.

Gerald Thomas é diretor, dramaturgo, blogueiro, ghost writer de Barack Obama e provocador em tempo integral. Trabalhou com Heiner Müller, Samuel Beckett, Philip Glass e Julian Beck, fundador do grupo americano de vanguarda Living Theater. No currículo de Thomas, há montagens revolucionárias e viscerais como Electra com Creta e Um Circo de Rins e Fígados.

Arrabal e Thomas foram escalados pela trajetória de ambos na construção (e destruição) do que se ousa chamar de arte pós-moderna. Mas a dupla não deverá se contentar com isso: é muito mais divertido explorar o labirinto de conhecer a si próprio.

Um artista em trânsito

A idéia era conversar com Gerald Thomas sobre o que faz um artista seguir em frente. Mas Thomas faz questão de ignorar fronteiras e não descarta sequer abandonar a profissão de artista. Foi o que ele reafirmou por telefone na quinta-feira, a partir de São Paulo. No início da semana, ele tinha participado, nos Estados Unidos, do enterro de seu mestre e amigo Hanon Reznikov, um dos líderes do grupo americano de teatro de vanguarda Living Theater. Confira trechos da entrevista:

Zero Hora – O senhor já afirmou que não sabe sequer onde nasceu, e que a única coisa certa é a morte. É ela que o move? A superação dela?

Gerald Thomas – Não sei o que me move. No enterro do Hanon, vi pessoas que não encontrava há 23 anos, desde a morte de Julian (Beck, fundador do Living Theater). E vi que elas estavam lá com os mesmos valores, não precisaram se render pra mídia, chamar a atenção para si próprias, criar blogs, fazer não sei quantas peças por ano em sei lá quantos países, não precisaram ser capa de jornal em sei lá quantas línguas. Provavelmente estão mais em paz com elas mesmas do que eu. Isso me faz pensar em dar uma longa parada, quem sabe nem voltar ao teatro.

ZH – Estes questionamentos não são raros em sua vida, não?

Thomas – Mas este é mais profundo. Aquelas pessoas mudaram o mundo e o teatro. O Living Theater tirou o teatro das salas e colocou na rua, nas prisões, nos hospícios. E o que eu estou fazendo? Fazendo teatro careta, com poltrona. O que eu inventei? Nada. Nada parecido com Julian, com Beckett. Não honrei nem de longe as pessoas que me aceitaram como discípulo.

ZH – E por que eles o escolheram com discípulo?

Thomas – Talvez na esperança de que eu levasse a tocha. Tenho feito esse teatro que faz alguns rirem, outros dizerem que não entenderam nada, outros afirmarem que Eletra com Creta (1986) mudou a vida deles. Mudou porra nenhuma. Não mudou como o Living Teather, como Beckett, como Artaud.

ZH – Seus parâmetros são alguns dos maiores mestres do teatro mundial.

Thomas – Quer que eu nivele por baixo? Que eu coloque Zeca Pagodinho como exemplo?

ZH – Barbara Heliodora analisou seus últimos trabalhos de forma bem diferente: elogiou Terra em Trânsito e criticou Rainha Mentira – Queen Liar, peça que o senhor assume ser inspirada em sua mãe e avó. Segundo Barbara, o senhor deixou o aspecto emocional interferir na atividade de criador. Concorda?

Thomas – Mas, querido, como artista eu devo fazer o quê? Descrever uma banana? Não sou autor social, não vou fazer o novo Hamlet, não discuto o preço do leite no palco. Estou aqui para colocar meu testemunho. Van Gogh se pintou sem orelha, Picasso se pintava com olho embaixo, olho em cima. Somos todos autobiógrafos.


Nenhum lugar e lugar nenhum

O encontro de Fernando Arrabal e Gerald Thomas hoje, no Salão de Atos da UFRGS, reúne uma coleção de simetrias bem ao gosto dos dois. Em primeiro lugar, de onde eles vêm? Arrabal nasceu no Marrocos espanhol, em 1932, mas há mais de 50 anos adotou a França como lar. Thomas é de 1954, diz que não sabe onde nasceu e se define como "100% brasileiro, 100% alemão, 100% americano e, no entanto, criado na Inglaterra". Uma de suas principais peças é Nowhere Man ("homem de nenhum lugar").

A dupla tem Samuel Beckett (1906 – 1989) em comum: Arrabal foi amigo de mesa de bar, conversa e tabuleiro de xadrez do irlandês, enquanto Thomas colaborou com ele no início dos anos 80, dirigindo alguns de seus textos.

Os dois têm vida e obra marcada por dramas familiares. Em 1938, o pai de Arrabal desapareceu depois de fugir da cadeia, onde estava cumprindo pena de prisão perpétua por não apoiar as forças de Franco. A mãe de Arrabal era franquista. Thomas inspirou-se em sua mãe e na avó para criar a atormentada peça Rainha Mentira – Queen Liar.

Os dois divergem no grau de exposição ao público. Enquanto Thomas considera atualmente "sumir" da mídia, Arrabal se diverte até com um vídeo do YouTube que o mostra bêbado em um programa de TV espanhola, em 1989. Divergem também quando o assunto é política. Arrabal, mesmo perseguido e censurado pelo regime de Franco, tem enfado pelos jogos políticos. Thomas integra comitês do candidato Obama, e é da equipe de colaboradores que escreve os discursos do candidato democrata. Confira nesta página o que faz Arrabal e Thomas tão parecidos e tão diferentes.

A próxima etapa do Fronteiras será no dia 26 de maio, reunindo os cineastas Beto Brant (diretor de O Invasor) e José Padilha (de Tropa de Elite).

RENATO MENDONÇA

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estou em Porto Alegre e…

Meus Amigos Argentinos ( de Buenos Aires e Cordoba ) Por favor, manhana telefono para vos.

Tive un desencontro muy desagreable com un “framaturgo“ imbecil (espanol) hoy aqui. Una lastima. Digo Un semi demi dramaturgo, un mini dramarturgo, un almost dramaturgo de una unica quase pieca so. Lastima.

LOVE

Gerald

Esse framaturgo eh o homem de uma peca so: confiram no Zero Hora de hoje: o cretino e eu: Arrabal: o COITADO

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HEMINGWAY – The Opera – Ato 2


Por motivos técnicos os comentários sobre o vídeo serão postados no bloco abaixo.

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HEMINGWAY – The Opera

Beaseada no livro Strange Tribe de John Hemingway, surge uma nova e bela parceria por ai:

Libretto: John Hemingway
Direcao: Gerald Thomas
Direcao de Arte: Thomas Hudson
Musica: (do ato 1) Borut Krisnik

Should any Artistic Directors of any Opera Houses around the world show any interest in "Hemingway" , the opera, please send your emails to Dryoperacompany@gmail.com.
Best
Gerald Thomas

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Mortos e torturados.

Nossa. Esse blog esta parecendo um antro de mortos e torturados! Que horror.
Temos que mudar isso e JA ESTAMOS MUDANDO. Ontem, depois de ver o Nanini (que esta o MAXIMO!) andei pensando…… e agora, embarcando pra POA.. andei pensando…. e, pensando……. daqui a pouco escrevo sobre o debate la em POA com o Arrabal (sera en espanhol, en francais? in English? Auf Deutsch? ) Uma coisa eh certa: nao sairemos dos nossos principios ou pricipados: coelhos que atravessam a rua e fingem nao ver os outros (tadinhos) tao perrrdidos assim como emails mandados com odio nao serao registrados porque nada representam. Temos uma nova vida e um TERCEIRO OLHO. aquele la de baixo e la de tras! Sabem onde ne? O anus! Anus luz alem! e Obama esta LIDERANDO e eh o que realmente importa nesse momento! aMem, hey man!.
LOVE
Gerald


[Felipe Fortuna] [Moscou, Rússia]
"Um antro de mortos e torturados" ou um circo de rins e fígados? Seja como for, agradeço a licença para estar aqui, com você, e lhe mando este abraço. Felipe

do GT:
Eh, Felipe, parece mesmo aquele Instituto Medico Legal (o Felipe escreveu um dos mais lindos poemas para o programa do espetaculo "O Circo de Rins…" que fiz para e com o Marco Nanini em 2005. Esta impresso na 2 pagina do programa do espetaculo.) Alias, pra quem quizer ter um OTIMO momento, veja a entrevista que fiz com o Felipe Fortuna no TV UOL –

aqui do lado no Talk Show – em Londres ainda em 2003.
LOVE
G

Sandra
Gerald, vou dar-lhe um curso rápido de japonês, para você não se sentir tão perdido na Liberdade. Sabe o que está escrito na faixa que o garçom usa amarrada na testa? "SUSHI DO ZÉ" E no kimono, sabe o que está escrito? "LAVAR A SECO". E na parte mais gordinha do hashi? "ESTE LADO PARA CIMA".
Sandra

Do GT: Ja estou me fazendo entender em Portugues mesmo: O Felipe Fortuna (de Moscow) tem me dado umas dicas (em Russo) e as tenho seguido…..Gogol, Tchecov..e tal…tem dado certo Sandra….o Waly tem me dado uma mao…

Sandra: Por que voce me pergunta se alguem da Veja tem me lido? Why?
LOVE
G

del Vamp
[O Vampiro de Curitiba]

E eis que do antro de mortos e torturados surge ele, o Vamp, a própria essência da vida! Nem tudo está perdido! Antro de mortos nada! Esse blog tá é pautando a imprensa. Não só a Veja, mas o que é comentado aqui no dia seguinte esta em toda a mídia. O Gerald não é fraco, não!

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Waly

ONDE ESTÁ WALY?
por Felipe Fortuna

Esta minha foto será vista pelos olhos do invasor?
Como será vista esta minha foto pelos olhos do invasor?
Waly Salomão, "Self-Portrait"


Tiro partido de uma inteligente e sensível interpretação de Silviano Santiago sobre uma foto que flagra Waly Salomão (1943-2003). Seguro de estar diante de "uma visão do homem e de sua obra", o crítico dividiu a foto ao meio, e nela percebeu "dois palcos": num deles, atuava a "boca escancarada" de "um rosto mestiço, de traços excessivos", tudo sintoma de um temperamento e de uma poesia transbordantes; no outro, "a mão argumentativa e o dedo indicador", conjunto característico de quem está denunciando a persistência do tédio no lugar da arte, da rotina no lugar da poesia. Essa análise de Silviano Santiago foi publicada em resenha a Pescados Vivos(2004), quando Waly Salomão já estava morto. Por coincidência, o crítico esteve presente com o mesmo instrumento de corte tanto na estréia quanto na aparição póstuma do poeta baiano. Pois no ensaio "Os Abutres", de 1972 (republicado em Uma Literatura nos Trópicos), demonstrou que Waly Salomão, com Me Segura qu'Eu Vou Dar um Troço (1972), estava afiliado ao método de composição anárquico do Oswald de Andrade de Memórias Sentimentais de João Miramar (1924); enquanto Gramiro de Matos, com Urubu-Rei (1972), "guarda parentesco maior com Macunaíma [1928]", onde o indígena se sobrepõe ao marginal, e o selvagem ao urbano.

Não pretendo expor todas as conseqüências da interpretação acima descrita, muito menos discutir a hipótese de que "Waly sabia que poderia ter sido o sucessor de Drummond", com a qual Silviano Santiago provoca sem querer justificar. O que me interessa, agora, é apossar-me dessa linha abstrata que divide a foto ao meio. Linha quente a cauterizar alguns dos mitos sobre a poesia de Waly Salomão, que devem sua sobrevivência a uma estratégia confusa do poeta (e ele reconhece, em "Persistência do Eu Romântico", que "Poeta mente demais…"). No poema "Desejo & Ecolalia", de Algaravias (1996), quando perguntado sobre o que gostaria de ser quando crescesse, o poeta responde: "-

Poeta polifônico." Inúmeras vezes, em todos os seus livros, Waly Salomão tentaria cumprir o autoproclamado destino – não raro com notas escatológicas ou sexuais, como no verso "Surubas de sensações truncadas", de Tarifa de Embarque (2000). Mas o que se percebe, por fim, é a invencível constância de "dois palcos", de dois pólos, de dois extremos que angustiam a trajetória do poeta.

Num canto da criação está o equilíbrio apolíneo, de todo rejeitado, porque sua harmonia está identificada à conformação e às forças conservadoras; no outro canto está a ação dionisíaca, desinibida e agitada, que o poeta quer trazer não apenas à obra que está escrevendo, mas à vida que vai levando. Ocorre que a dimensão dionisíaca, em sua poesia, nunca é puramente vibrante e espontânea, nunca é autônoma: está sempre em contraponto, como se houvesse uma força maior a seduzir ou medusar o poeta. "Não perder os pés, não entrar pro sanatório – criar condições pra que o delírio seja medida do universo", escreve ele em Me Segura qu'Eu Vou Dar um Troço. O assunto homossexual, em sua poesia, nunca parece liberador ou celebrado de modo vital – ao contrário do que acontece, por exemplo, em Roberto Piva. A linha que divide ao meio permanece, e o poeta não consegue gozar as bacanais que imaginou: o outro lado ainda emite uma melodia encantadora.
Igual e robusta contradição se apresenta no poema "Lausperene", palavra roubada à liturgia católica com a qual Waly Salomão exorciza algumas antologias da "atual poesia nacional" e prega o seu credo:

Belo é quando o seco,
rígido, severo
esplende em flor.
Seu nome: Cabral.
Nome de descobridor.

Os olhos duvidam do que acabaram de ler: o poeta, em versos breves, faz o elogio do nec plus ultra do método e do racionalismo em poesia; e concede beleza à severidade de quem sempre manifestou ojeriza à música. Como se não bastasse, o mesmo Algaravias estampa o poema "Hoje", humoradamente dedicado ao poeta e diplomata Francisco Alvim (tão poeta e diplomata quanto João Cabral de Melo Neto):

O que eu menos quero pro meu dia
polidez, boas-maneiras. (…)
Hoje só quero ritmo. (…)
Está prescrito o protocolo da diplomacia.

Veja-se bem: o contraditório, aqui, não é apenas apregoar o incompatível em estética ou em literatura; é também omitir a experiência diplomática como um sinal bem fundo do poeta pernambucano. Recorde-se, entre outros exemplos, a ironia contida em alguns versos de "Sobre o Sentar-/Estar-no-Mundo", de A Educação pela Pedra (1966):

por afetuoso e diplomata o estofado,
os ferem nós debaixo, senão pregos,
e mesmo a tábua-de-latrina lhes nega
o abaulado amigo, as curvas de afeto.

Chega-se assim à mais dolorosa linha que divide ao meio a poesia de Waly Salomão: a que deixa o poema num palco, e a letra de canção no outro. Muito ainda será escrito sobre os aspectos dessa distinção, sobretudo por excesso de amadorismo. Ao contrário do que se pensa, o poeta baiano seguramente abandonava o musical Orfeu e buscava acolhimento junto a… Apolo, o deus da poesia. Mais e mais se firmava em Waly Salomão a certeza de que o livro – e o poema literário – iriam conter o mel do melhor que estava produzindo e ainda produziria, não fosse a morte prematura: havia como que um ideal de abandonar o caos e a dispersão e organizar as palavras da tribo (Mallarmé em vez de Nietzsche). No afã criador, fazia questão de preservar um princípio: a letra antecedia a música, "numa espécie de altivez do poeta". Nessa fase final, de diligente revisionismo, foi o poeta – e não algum crítico – quem estabeleceu a incontornável separação entre o poema e a letra de canção, até com algum exagero: em entrevista ao jornal Poesia Viva (número 24), chegou mesmo a declarar que a clássica "Vapor Barato" era uma canção com "letra sub-literata". Seja como for, permanecerá forte a tensão de Waly Salomão, poeta que se preparava para ser, uma vez mais, diferente. Era exigente consigo e com o Brasil – e confundia ambos com um só lugar, o seu lugar, onde sempre pareceu difícil encontrá-lo por inteiro.


DEMAIS!!!!
Sandra

[Carlos] [NY]
Gostaria de juntar uns pontos aqui e "desjuntar" outros: seria essa questão do poeta polifônico do Waly Salomão o próprio 'conflito' do artista brasileiro e até da própria sociedade brasileira?? Waly queria separar sem separar, isso é que é polifonia. Letras de música seriam sua forma de atingir aos que jamais o leriam, os que jamais o entenderiam. Seria isso decorrente do nosso complexo oriundo dos idos da catequização? Seria a frustração impregnada do país dos contrastes? Ou tem a ver com a necessidade de comunicação mesmo e com a idéia de "entrar e sair de todas as estruturas" como o monofônico Caetano disse? Parêntesis: Caetano, esse que é um dos maiores publicitários já nascidos no país, somente pode ser comparado ao sujeito que vende cigarro com imagens de pessoas surfando, galopando e respirando felicíssimas os ares limpíssimos do campo. O engodo do uso da poesia concreta em fórmulas musicais de 300 anos atrás é comparável a isso. No caso do "Caê", é medo, não coragem.

Nesse pais de rrrs e sssss é difícil encontrar homem que não se desdobre pra sobreviver. Sobreviver aos assombros escancarados do dia-a-dia e as suas próprias necessidades; desencontradas, as da alma das do peito. E a mente que fica no andar de cima vai dando razão e encontrado brechas, até colori e dança quando cantam as muitas cafuzas daqui, seja qual for a fonia que aprenderam ao longo dos anos. Bom seria se fosse mesmo assim, tudo bem separadinho! Onde é musica é musica, onde é poesia, poesia; Onde é a carne e onde é a alma?
Ana Carolina

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obituario do Hanon Reznikov no NY Times- Mais sobre o Hanon em posts abaixo muito la embaixo…dias e dias atras

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Hemingway, the Opera

Should any Artistic Directors of any Opera Houses around the world show any interest in "Hemingway" , the opera, please send your emails to Dryoperacompany@gmail.com.
Best
Gerald Thomas

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Comecou o Keplao – no Sesc Paulista – existe sim uma OPOSICAO – a ideologia do NAO!

NY – Sao Paulo: Algumas coisas me afetaram profundamente nos ultimos dias. Nao sei se foram as mortes em si, ou ter participado do ritual do enterro do Hanon ( obituario foi publicado no New York Times de hoje, sexta 9)….e dos debates aqui do BLOG…Fato eh que dei um passo atras. Dois ate. Dei uma repensada braba na vida. Dei uma parada pra me olhar no espelho sujo de casa, antes de sair pro JKF airport mais uma vez, depois de um dia quente e caotico em NYC.

Como as pessoas sao! Me sinto numa especie de "transito do especimen of evil", se eh que isso cabe. Onde bateu? Bateu la no Cedar's Park Cemetery em Paramus, olhando o nome do Julian Beck como se nada tivesse acontecendo em volta.

Uma voz me veio desde entao, e que nunca parou: "Hey Gerald" (assim como em "Hey Joe" de Beckett). "Take a deep breath. Look at your life, your logbook, your lifelong experience. Who are you?"

Dor no peito. Uma enorme dor no peito que me segue ate hoje.

Ainda no aeroporto esperando chamarem o voo da JAL, lembrei de ligar pra duas pessoas – as mais preciosas: Judith Malina (agora viuva): me colocaram numa especie de cellular com vivavoz: "I love you Gerald but me MUST have a serious conversation as soon as you return." Sei do que ela fala. Judith tem valores reais. Digo reais de ROYAL de verdadeiros e honestos: nao se vende. Nao se troca: ela vive pr'aquilo.

Muito pouca gente nao se prostituiu com o tempo, nao se trivializou, nao se evaporou pra virar um dandy da midia.
Minha mama, Ellen Stewart. Ela foi o Segundo e ultimo telefonema: "Hi mama. Sorry…..etc". Sim, espero poder ve-la assim que voltar, mesmo que ela nao seja a "menina da vez".

A midia eh uma coisa horrorosa. Levantam as pessoas. Quebram as pessoas. E colocam as pessoas no lixo nas piores horas: a metafora de Endgame eh perfeita: Hamm, Clov, Nagg e Nell. Gente falando lixo dentro de lata de lixo mas que lixo genial!

Sim, ainda existem valores "reais". E nao precisamos nos vender. Por muito ou por pouco. Me enoja o que muito de nos acabam fazendo. A trivia. Senti isso, em pe, la, no meio daquele bando de nameless freaks maravilhosos no enterro do Hanon olhando o tumulo do Julian. De pe, olhos molhados, cantado, mas de pe! O conceito do Julian e da OPOSICAO ao sistema estava ainda la. E nada nesse mundo fara com essas pessoas se venda, com que virem "overnight celebrities" e que fiquem deslumbradas com o sucesso. Ou outras, pelo lado oposto, as amargas, fracassadas, por nao terem ideal algum, se sintam um lixo nada glorioso e vivam no esgoto agourando tudo e todos e rogando praga dia e noite. Um horror!

Hoje, vira-se uma celebriadade e se concede entrevista com propriedade com 2 ou 3 neuronios e menos de 3 gramas de cultura sem ao menos saber conjugar o verbo Kafka. Sao carinhas bonitinhas na TV e no cinema mas, em breve desaparecem ou terao que lidar com seus proprios horrores.

Tenho um tremendo orgulho de ter tido mestres e mestras. Eles e elas sao pessoas que podem estar esquecidas da grande midia porque nao provocam grandes ou pequenos escandalos mas elas e eles sao os pais e as maes da CULTURA que esta ai de PE! Mesmo mortos e enterrados, essas pessoas deixaram um legado enorme, um legado de valor incalculavel. E justamente por ter – mais uma vez – ACORDADO pra ele, passo por um momento de nojo e revolta por ver, rever e ter que ver tanta MEDIOCRIODADE sendo bajulada mundialmente em nome das panelinhas, dos clubinhos, dos issos e daquilos. Chega!

Keplao comeca hoje em Mars Bars!
Comeca em estado de coma! Mas comeca!
Gerald Thomas


[O Vampiro de Curitiba]
Gerald,respire fundo. Olhe para a sua vida, seu diário, a sua experiência ao longo da vida. Mas dê um passo a frente, não a trás!

[fabio] [são paulo]
….ARRASÔÔÔÔUU…!!!!Gérald Thômas!

do GT: amei os comentarios mas cheguei tardissimo do SESC PAULISTA: amanha publico mais comentarios: beijos
LOVE
G

sexta, the day after

[Tales]
Gerald, às vezes se a gente se preocupa demais com a humanidade e a sociedade existentes a gente pira! Mas pira mesmo porque ao nos levantarmos contra ela, ela nos cospe por nos taxarmos de loucos. Nós não precisamos ser heróis dessa vida patética. Isso tudo aqui me lembrou aquele filme do Tarkovsky: Solaris, um intelectual, guardião da cultura, que faz um balanço da vida em meio ao caos e a barbárie do mundo. E aí, eu concluo, que a vida é isso aí que está, got it?

[Valéria] [RJ]
e eu cada vez mais acho que o 'real' é inapreensível, por isso é talvez real, e vem de nossa irrealidade de captar nosso ser, de nossa incapacidade de mistério; a gente quer luz ao meio-dia full time!E nós, um mistério cotidiano neste loucotidiano cheio de vozes, sons, luzes, memórias e imagens q fogem mas q nos engravidam… A dor tb roda a baiana, nos sacode, pra q ñ sei exatamente… Mas ela é a colher que mexe, a saia q borda tb. E mesmo assim ficamos tico-tico no fubá, batendo nas mesmas teclas e afirmando q são outras. É um pega pra capá este jogo da vida! Me perdoem a loucura! Gerald me desarruma por dentro com seus textos, traz chaves q a gente mesmo esconde da gente. A gente quer é estar no corredor… bjim carinhoso em todos.

[Contrera]
a mediocridade muitas vezes somos nós, mas não percebemos. enquanto isso, temos de lutar para evitar entrar nela e quando possível, dela sair.

Por Arthur Geraldo Bonfim de Paula
A tortura, não importa quem a pratique,não importa contra quem está sendo praticada nem qual razão ou suposto motivo , é e precisa ser considerado crime ediondo. Somente quem já foi torturado, não importa em qual circustancia,sabe o que é está manietado,imobilizado,com seu corpo e sua mente sendo pasto de um torturador. Recentemente, o Presidente Busch vetou lei contra torturas,um general frances treinador de torturadores disse à imprensa que "se a tortura salva uma vida, impede um atentado,ela vale a pena". Todo torturador é um bandido e criminoso que se iguala às babaries praticadas pelo nazistas e outros fascistas, contra judeus,comunistas,revolucionarios,ou policiais contra marginais etc. É preciso combater a tortura e aos torturadores de maneira implacavel. No Brasil, se é verdaddeira a pesquisa que diz ser a tortura aceita e aprovada pelas camadas de baixa renda, é porque essa parcela da população é marginalizada,excluida,sem direitos,sem Estado,sem cultura.
arthur de paula , ex preso politico brasileiro

Resposta a uma imbecil (possivelmente de Salvador, que se mete a escrever em ingles, mas ate isso esta errado)
Mas Mila, se fosse assim, você nem estaria comentando aqui, não é?
Sandra

GT: pois eh Sandra: tem umas e outras que so rindo mesmo! Checando as ultimas 100 entradas no blog por locacoes, de fato nao ha registro nenhum da Bahia – tem de Barcelona, Da Hungria, da China, de Uberlandia, de Goias, da Dinamarca, Japao, de Dubai, da Russia, de Munique mas da Bahia nao! Obvio que o tal "viado" eh falso!

[Sandra]
Gerald, nesse caso, encare como aplauso! Mas quem será que você incomodou tanto?
Sandra

GT: Sei la! Isso eh muito comum. Muita gente frustrada por ai. Gente doida! Va saber! Esse mundo de……

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TORTURE TEAM, por PHILIPPE SANDS

A Verdade saira logo logo:

esse livro fara HISTORIA!

TORTURE TEAM

por PHILIPPE SANDS

On December 2, 2002 the U.S. Secretary of Defense, Donald Rumsfeld, signed his name at the bottom of a document that listed eighteen techniques of interrogation–techniques that defied international definitions of torture. The Rumsfeld Memo authorized the controversial interrogation practices that later migrated to Guantanamo, Afghanistan, Abu Ghraib and elsewhere, as part of the policy of extraordinary rendition. From a behind-the-scenes vantage point, Phillipe Sands investigates how the Rumsfeld Memo set the stage for a divergence from the Geneva Convention and the Torture Convention and holds the individual gatekeepers in the Bush administration accountable for their failure to safeguard international law.

The Torture Team delves deep into the Bush administration to reveal:
· How the policy of abuse originated with Donald Rumsfeld, Dick Cheney and George W. Bush, and was promoted by their most senior lawyers
· Personal accounts, through interview, of those most closely involved in the decisions
· How the Joint Chiefs and normal military decision-making processes were circumvented
· How Fox TV's 24 contributed to torture planning
· How interrogation techniques were approved for use
· How the new techniques were used on Mohammed Al Qahtani, alleged to be "the 20thhighjacker"
· How the senior lawyers who crafted the policy of abuse exposed themselves to the risk of war crimes charges

Biography
Philippe Sands is an international lawyer and a professor of law at University College London. He is the author of Lawless World and is frequently a commentator on news and current affairs programs including CNN, MSNBC, and BBC World Service. He has been involved in many leading international cases, including the World Court trial of Slobodan Milosevic and the treatment of British detainees at Guantanamo Bay. He lives in London, England.

Prisoners on the way to Guantanamo Bay in Michael Winterbottom and Mat Whitecross' THE ROAD TO GUANTANAMO. Photo courtesy of Roadside Attractions.
– crédito da foto: www.allmoviephoto.com.

NINGUEM MAIS PODERA DIZER QUE "NAO EXISTIU TORTURA" E QUE….
O QUE OS REPUBLICANOS FAZEM EH ABSOLUTAMENTE CONTRA A CONSTITUICAO.
NUNCA ANTES TAO VIOLENTADA, A CONSTITUICAO AMERICANA…..
VAMOS VER.
GERALD


BLOCO DE COMENTÁRIOS: O DEBATE

Sandra
Gerald, acho que as pessoas sabem que existe tortura. Sabem e aprovam. No Brasil, quanto menor a escolaridade e a renda, mais as pessoas consideram normal a tortura como parte de um inerrogatório policial. Acho que essas pessoas sentem-se desamparadas pela lei, e consideram os métodos civilizados ineficazes.
Sandra

do Gerald: Mesmo? Incomunicados por mais de SEIS anos e sem direito a ADVOGADOS e quebrando todos as CONVENCOES internacionais e MENTINDO na frenrte dos Inqueritos do Senado? Mesmo? Depois 4 sao soltos depois de 4 anos e mandados de volta pra Inglaterra com um tapinha nas costas: traumatizados….."ah…nao achamos nada nao….tenta a vida ai de novo!". Os sujeitos estao a tremer ate agpra, nao dormem, nao comem e tem PESADELOS e ja tentaram o suicidio varias vezes so por serem islamicos> Isso vc considera "eficaz"?
Gerald

do Vamp
Já disse aqui que eu tenho uma certa, digamos, tendência, pela guerra, né? Tem gente que curte futebol. Eu curto as estratégias da guerra. Acho, inclusive, que não existe morte mais digna do que morrer lutando. Isso é uma coisa. Coisa totalmente diferente é a covardia de se espancar alguém algemado. Além de desumano, a tortura é sinônimo de incompetência e burrice. No caso em questão, óbvio que a tortura foi uma prática comum nesse processo todo, disso ninguém tem dúvidas. Mas não acho que seja razoável chamar todos republicanos de torturadores. Seria como culpar o Lula por todas as torturas que acontecem todos os dias nas prisões brasileiras. O McCain, por exemplo, acho que está mais para torturado do que para torturador. Calma, gente, é só a minha opinião… Não vamos nos torturar por isso, certo?
O Vampiro de Curitiba

[Sandra]
Só para enfatizar: EU NÃO APROVO TORTURA!!!!!!!!!!!!!! De novo: EU NÃO APROVO TORTURA!!!!!!!!!!!!! E mais uma vez: NÃO APROVO TORTURA!!!!!!!!!!!!! Pronto, acho que agora me acalmei.

[Ana]
Gerald, a Sandra não acha isso eficaz. Ela acha que a maioria das pessoas acham eficaz. O que acontece é o sujeito nasce, e metem na mão dele uma bíblia, qdo. cada adolescente deveria receber um exemplar da constituição. Ninguém acredita no processo civilizatório da justiça, pq. ninguém conhece a justiça. Ela já se fecha bastante naquele idioma, que parece único. Fora isso, ninguém sabe os seus direitos de verdade. Como confiar em algo (alguém) que vc desconhece? Como as pessoas podem confiar na lei se ela é feita para se contradizer no momento necessário? Acho que lei, justiça, tudo o que diz respeito a DIREITOS deveria ser ensinado desde cedo, nas ESCOLAS ou em CASA mesmo. Quer dizer, o cara é cidadão para pagar impostos, mas não para saber seus direitos… (Ct.)

De Atila Roque (ex-Ibase – ex ACTIONAID)
[Atila Roque] [Brasilia]
Um esclarecimento, Gerald, Sandra e demais. Não é verdade que as pessoas (assim tão genérico) apoiam a tortura no Brasil. E, principalmente, não é verdade que quanto mais pobre e menos educadas maior o apoio a tortura, conforme dito pela Sandra. Na verdade, pesquisa O Globo-Ibope publicada em 09 de março passado mostrou justamente o contrário disso. Apenas 26% da população aprova a tortura. Entre os mais pobre e menos educados 19%. Entre os mais ricos e educados 42%. Portanto, cuidado com afirmações genéricas que reproduzem preconceitos do senso comum que acabam servindo como justificativas para a barbárie. Os dados do Ibope mostram que no caso da aprovação a tortura os mais "bárbaros" são os mais condições (educação e renda) teriam para ser "civilizados". Isso é o mais chocante de tudo para mim. A nossa elite é racista e autoritária. Abraços.
Atila (BR)

[andre luis patricio] [são paulo]
ah,ana.somos mesmos uns romanticos inverterados,pra quer uma constituição,ela é tão simbolica;para ñ dizer inutil, como a biblia,lá na febem os "mulekes"sabem do eca,e dos seus direitos, e de seus deveres nesse crime creme do bolo do poderosos também,braziliam,nesses 40 anos de 68,dos poder para o povo preto,dos direitos,e dos defeitos para alguns,precisamos repensar a nossa tal "cidadania" tão a morfa;os caras roubam ,matam.depois dão entrevistas como popstares "do roubo":veja o paulinho da força farsa sindical,e quem foi para cadeia no caso da dona dorathy,uma romantica,essa senhora,ela foi,o brasil fica,e ficará pior.

[Sandra]
Curioso, Átila. Eu não conhecia essa pesquisa. Eu me basei no livro "A cabeça do brasileiro" do sociólogo Alberto Carlos Almeida, que fez várias pesquisas sobre como o brasileiro vê a corrupção, o racismo, a tortura e sua postura diante de várias situações. E o resultado da pesquisa dele foi totalmente contrário ao daquela que você cita. E o que me chocou foi que a aceitação da tortura como prática em interrogatórios foi muito alta nas camadas mais pobres e menos escolarizadas da população. Interpretei que é porque essas pessoas sofrem nas mãos de bandidos.
Sandra

ATENCAO: SOBRE O ATILA ROQUE: seria interessante (pra quem se interessar) ver a entrevista que fiz com ele ha uns anos quando ele ainda trabalhava no Brasil. Esta disponivel no talk show ai do lado. Depois de mudou pra Washington com familia, cachorro e trabalhou por 4 anos pra ACTIONAID viajando o mundo inteiro (repito, o mundo inteiro, fazendo simposios e congressos justamente a respeito desse assunto: se existe UM expert, eh ele!!!)
Gerald

[Carlos]
Meu post tem a ver com o desentendimento lá embaixo.Estou esclarecendo: 1) não ataquei o blog. Só lamentei que, numericamente, a maioria das mensagens eram escritas pelo nosso amigo Vampiro que apóia McCain e Condoleezza. 2)Respeito a opinião de todos, mas o Vampiro abusa dos absurdos. Caí na provocação. Fui grosso e pedi desculpas, mas não agredi ninguém pessoalmente. 2) o blog é democrático, escreve-se quantas mensagens quiser. Eu só protestei porque considero a dupla McCain/Condoleezza um ultraje a qualquer civilidade e mínimo respeito à vida. McCain é a continuação do que está aí, essa política baseada no medo e sangue. 3) Claro que o Gerald concorda com isso e em momento algum eu o agredi dizendo o contrário. Fui mal-interpretado, mas acontece. 4) Não sou cidadão americano, portanto não voto. Troco idéias com pessoas, é tudo que posso fazer a respeito. 5)Infelizmente esse assunto deveria ser mais estudado pelas pessoas. Muita gente pagou com a vida as atrocidades desse governo.
Carlos

do GT
mais uma vez: TODOS tem direito a opiniao! Nada eh absurdo; teatro do absurdo nao eh absurdo. Opiniao eh isso: opiniao: manipulacao de dados, isso sim eh grave, mas opiniao eh somente opniao e isso TEM QUE SER RESPEITADO.
estou indo la em cima corrigir as infos sobre o Atila
LOVE
G

[Ana, direto no corpo do blog, por razões evidentes]
Atila & demais: não há apoio à tortura, mas ela acontece. Eu conheço a polícia e conheço a justiça. Infelizmente, no Brasil, quando não se tem nível universitário, não se é tratado da mesma forma daquele que tem, o que já consiste num absurdo, pq. nível universitário não aumenta ou diminui o caráter de ninguém, então um curso universitário já é demarcador de territórios. No caso, território de aquisição intelectual. Nenhum policial, ao abordar, e de posse dos documentos de uma pessoa que seja, por exemplo, um advogado, vai agir da mesma forma com que age com uma sem nível universitário. A políica pratica, sim, torturas. Isso acontece em relação às pessoas da camada mais baixa. Claro que há policiais e policiais, mas em sua maioria, a polícia é arbitrária, principalmente quando se trata de entrar em favelas ou nos morros do Rio. Todo mundo na favela é suspeito em potencial. Mas vamos ao que você coloca da classe média-alta. Eu também a conheço pronfundamente, apesar de não fazer parte dela. São pessoas, em sua maioria, formadas, algumas com mais dinheiro do que precisa, mas que não evoluíram no conceito "humanidade". Tudo o que essas pessoas querem é que seus bens, suas famílias, seus patrimônios, estejam a salvo. Pouco importa se pessoas de baixa renda que caminharam para a criminalidade, não tiveram as mesmas oportunidades. Não é assim que a maioria da classe média pensa. Mesmo que para chegar a ser classe média-alta, tenham elas mesmas infringido alguma lei, ou seja, tenham ganho dinheiro por meios ilícitos. A gente não pode confundir o rico e "educado" com quem tem dinheiro e entendimento. Civilização não é ensinada no nível superior. É algo que se aprende em família, que se traz de berço, sendo um berço de ouro, ou de madeira crua. A questão do caráter também não é ensinada em faculdades. De outra forma, crimes de colarinho branco não aconteceriam. O que a elite (além de tudo, com pouca visão) quer, é uma limpeza. O que eu mais escuto das pessoas mais ricas que eu conheço é que "tem que haver pena de morte", "preto não presta", "nordestino", idem, "que nojo desses meninos no farol", "pra quê pobre tem filho?", e assim vai, uma sequência de dissabores dissonantes. Porque é incrível, mas eles todos se esquecem que quem constrói prédios para eles morarem são nordestinos e negros, que os office boys de suas empresas vêm de camadas mais baixas, que as babás que cuidam de seus filhos, idem, assim como empregadas e diaristas. O que acontece, ao meu ver, e me desculpe me meter (pq. o cientista político é você), é que evoluímos – aparentemente – dentro de um processo civilizatório imposto pelas religiões, e pelo estado, mas por dentro, enquanto "camadas sociais", somos todos ovelhas em desgarro. Porque há muito pobre que pensa como essa elite, educada e com renda. Se não houvesse leis, o mundo se tornaria um caos, pq. cada um age de acordo com o seu íntimo, e se por fora há diferenças, por dentro, elas são infinitamente maiores. Então, todo o processo civilizatório está equivocado, pq. obriga a, mas não se faz entender, compreende? O humanismo teria de ser matéria escolar, mas na própria escola há discriminação (gordinho, baixinho, feiinho, magricela, e por aí vai, e isso vem de professores). Se a criança repete o que o adulto faz, podemos afirmar que os adultos vêm fazendo tudo errado, faz tempo. Claro que temos que contar com aquele espírito que já nasce terrível, por si só. Nesse caso, essa criança em específico é a que precisaria de ajuda. Mas não lidamos com a sociedade assim, pq. a nossa sociedade é a sociedade da pressa, do agora, dos lucros, do já. E é em nome desse já, que os 42% de ricos e estudados querem a tortura, a pena de morte, a "limpeza social". Educar dá trabalho, "onera o estado". Só que o estado gasta milhões com outros tipos de falcatruas, que advogados muito bem pagos transformam em questões legais num piscar de olhos. O que eu quero dizer com todo esse palavrório? Não somos HUMANISTAS. Em questão alguma. Somos individualistas, quando vivemos em uma imensa comunidade chamada país, estado. Logo, logo, chamada Terra, globo. No caso da menina assassinada pelo pai e madrasta: pela lei eles vão ser punidos. Mas não só pela lei, mais especificamente no caso da madrasta. Sem curso superior, ela vai ser "currada" pelas companheiras de cela, e isso me foi dito por um policial civil. É essa a ressocialização do nosso sistema penal. É justo? Não acho. Uma vez que a lei já imputou pena, nada do que acontece lá dentro é justo. Mas até isso ajuda a elite. O povão, como se diz, desforra sua dor, e a falta de justiça social nesses casos de clamor público. É a única forma que o povo tem de gritar, pq. contra políticos corruptos, e contra arbitrariedades de todos os tipos, o povão não tem voz. Vide a Marcha pela Democracia em João Pessoa, que terminou como se as pessoas fossem bandidos de alta periculosidade. Com vamos sair dessa? Não sei. Mas sei que é preciso reestruturar valores básicos já. A "lei do já" tem que valer para questões humanistas, e não só para o mercado financeiro, e o crescimento a qualquer custo. Isso só tem trazido desigualdade e confronto. E a vida humana, que é o valor maior, o bem maior, fica a mercê de interesses puramente materialistas, quando não somos apenas matéria, mas consciência e estrutura de pensamento, para não dizer alma, ânima, espírito.

Por ARTHUR GERALDO BONFIM DE PAULA (AMIGO HA MAIS DE 30 ANOS)
A tortura, não importa quem a pratique,não importa contra quem está sendo praticada nem qual razão ou suposto motivo , é e precisa ser considerado crime ediondo. Somente quem já foi torturado, não importa em qual circustancia,sabe o que é está manietado,imobilizado,com seu corpo e sua mente sendo pasto de um torturador. Recentemente, o Presidente Busch vetou lei contra torturas, um general frances treinador de torturadores disse à imprensa que "se a tortura salva uma vida, impede um atentado,ela vale a pena". Todo torturador é um bandido e criminoso que se iguala às babaries praticadas pelo nazistas e outros fascistas, contra judeus, comunistas, revolucionarios, ou policiais contra marginais etc. É preciso combater a tortura e aos torturadores de maneira implacavel. No Brasil, se é verdaddeira a pesquisa que diz ser a tortura aceita e aprovada pelas camadas de baixa renda, é porque essa parcela da população é marginalizada,excluida,sem direitos,sem Estado,sem cultura.
arthur de paula

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Obama VENCE em North Carolina!!!!

"WHY?" Ela berrava com um cara do lado dela ….."WHAT'S HAPPENING?"

"Como ele pode estar ganhando?" Histerica e fingindo um sotaque do sul dos USA, Hillary Clinton tem se provado um tanto histerica.

Esse "ele" eh o Obama. Obama, apesar de algumas pedras em seu caminho, esta ganhando hoje em NC e Indiana. Quer dizer, quero crer que sim.

Pelo menos assim, posso parar de tomar tranquilizantes. E posso parar de bater com a cabeca na parede de tanta besteira dentro do partido auto-destruidor (democrata) . Bem, melhor auto-destruidor do que destruidor do mundo, penso aqui com a janela aberta e as sirens dos Fire Fighters passando no FDR Drive….

Eh…a vontade eh mesmo a de ver Obama sentado no Oval Office. Essa eh a minha unica vontade, unica paixao politica nesse momento. Deus me livre de qualquer outra coisa. Mas pode acontecer.

Dedos crus e cruzados e ralados.

2008 tem sido uma loucura. Muito Jeremiah Wright and Wrongt e muito lobbyista muito Tom Wolfe investigando e intrigado pela Miami que tambem me intriga e me apaixona: "Back to BLOOD'

Citando a reportagem da Ilustrada de hoje, Wolfe diz que "esse desfile de strippers russas que usam codinomes como Natascha A aventura vivida por Wolfe faz parte do material de pesquisa que está reunindo para seu novo livro de ficção, sobre o fenômeno da imigração em Miami, que deve ser lançado em 2009. O sangue do título, explica, se refere à linhagem."Miami é a única cidade do mundo composta, na maioria, por imigrantes recentes, dos últimos 50 anos. Pessoas com idiomas e culturas diferentes, como os cubanos, que hoje governam a cidade", afirmou o autor dos best-sellers "A Fogueira das Vaidades", "Os Eleitos" e "Radical Chique".Apesar de escrever uma ficção, Wolfe não dispensa o trabalho de repórter e foi seis vezes à cidade para descobrir strippers russas e afins."Queria poder votar novamente em Bush", afirma o autor diante da pergunta da Folha sobre quem seria o seu escolhido nas próximas eleições americanas.

EM Bush Wolfe????

Apesar disso, diz que "foi um erro" declarar seu voto no atual presidente George W. Bush."

Entao, Wolfe, what's it going to be , man? Speak up man! Bush? No Bush? Ambushed?

"Entre os atuais candidatos, o escritor não se alinha com nenhum, e diz que a política americana é muito chata."

—-Claro, no meio de las putchas russas, deve ser mesmo: acorda homem, ou melhor, nao acorda nao. You've written the RIGHT STUFF.

"Quando Richard Nixon renunciou [em 1974], nenhum bêbado republicano foi às ruas quebrar um vidro. Ficaram assistindo pela TV", relata Wolfe. "A única vez em que me diverti cobrindo política foi em Cuba, em 1960, quando as pessoas andavam pelas ruas com as veias do pescoço inchadas."

GT: Seja la como for, quem esta com as veias do pescoco inchadas agora sou eu: so irao desinchar mais tarde, Vampiro, se o Obama ganhar de longe longe longe e deixar essa Hillary la pra tras, ou seja, numa lata alegorica de lixo onde Alvin Epstein esta agora, fazendo o papel de Nagg, pai de Hamm, em FIM DE JOGO, de Samuel Beckett.

Por razoes especificas, esse artigo eh copyrighted: Gerald Thomas
Maio 6, 2008


do Vamp
[O Vampiro de Curitiba]
Pois é, Gerald! O que seria do cinza se todos gostassem do lilás, né? Sinceramente, não sei como alguém pode trocar um cara como o McCain, veterano de guerra, equilibrado, centrado, por um Obama da vida…. Você ja imaginou o McCain com a Condoleezza Rice de vice? Amo ela de paixão! Charmosa, inteligente, simpática. Sei lá… vamos ver!

GT – Eu tinha colocado uma resposta sobre os efeitos da tortura sobre uma pessoa. Eh o caso com o (coitado e perigoso) do McCain – um amigo Senador (Republicano) diz que ele eh 10 vezes pior que…..deixa pra la!
depois conversamos. Essa eh uma longa conversa e …..

OBAMA ACABA DE GANHAR NORTH CAROLINA
LOVE
G

Vamp de novo (thanks)
O Vampiro de Curitiba]
Olha, entre a Hillary e o Obama, eu prefiro o Obama. Até gosto dele, me parece um cara simpático. Agora, Gerald, sejamos justos com o Wolfe: Ele disse que votaria novamente em Bush. Ponto. Depois afirmou que errou em ter declarado o voto em Bush, não em ter votado nele. Sejamos justos também com o Gerald Thomas: Que texto gostoso de ler! Parabéns! E não foi pelo "valiosíssimo", não. Quando acho que é preciso, eu desço o cacete. Mas este texto está realmente uma delícia.

da Marina Salomon
desculpa vampiro, respeito pra cacete vc gostar do Mccain mas alguém tem que dizer pra ele que aquela propaganda dele deitado numa maca falando como soldado de guerra nem o Fantástico faz mais… é fake. é horrível. é inacreditável. assim literalmente. faz a gente não acreditar em nada. olha pro sorriso do Obama. é inevitável querer isso o que está ali – pra quem quiser ver – no poder. o duro mesmo é ter que enfrentar o Crivella pela frente no RJ…
Marina S.

Carlos(US)
Aliás, eu entrei aqui pra comentar OUTRA BARBARIDADE. Ou seja, entrei aqui pra perder tempo porque é sempre tudo a mesma merda: o fazendeiro que HAVIA sido condenado a 20 anos por ser o mandante do crime da freira Dorothy Stang AGORA FOI ABSOLVIDO!!! Quer dizer, vá se foder né justiça brasileira!!! Que palhaçada. O assassino sim pegou seus 30 anos. Claro, é pobre tem que se foder mesmo. Mas o fazendeiro mandante do crime???? CLARO QUE VAI SER ABSOLVIDO!!!!!!! Sei lá…Gerald, tem como incluir joguinhos no blog??? Eu tinha começado uma partida de Xadrez, mas é difícil jogar daquele jeito. Coloca uns jogos online no blog. Vale mais a pena do que discutir QUALQUER COISA!!!! E foto de mulher pelada?? Tem como colocar??? Sei lá, qualquer coisa tem mais sentido do que pedir algum tipo de JUSTIÇA. Vampiro: sei que vou me arrepender de ter sido grosso contigo, mesmo num blog. Peço desculpas já. Mas é foda cara…você provoca…provoca pra cacête. McCain e Condoleezza?? É pra pedir pra matar!
Carlos

Gustavo (Florida)
Mais um discurso interessante! Obama com um microfone na mão é um anjo!
Gustavo

[O Vampiro de Curitiba]
Marina Salomom, não ví essa propaganda do McCain. Mas, de qualquer forma, triste mesmo são os nossos candidatos aqui no Brasil. O Rio de Janeiro ao menos terá o Gabeira. O que eu acho interessante nos E.U.A é que são os eleitores que escolhem o candaidato do partido. Bem que essa moda poderia pegar aqui, né?

Carlos(US)
[Carlos] [US]
Quando entro nesse blog e vejo que o número maior de mensagens vem de um sujeito que quer John McCain como presidente e Condoleezza Rice como vice, eu entendo porque a negrada e os pobres vão sempre se foder mesmo nas mãos dessa gente. Cara…é desencorajador. É pra cair fora mesmo. Aliás, estou me retirando aos poucos porque me dá ânsia de VÔMITO frequentar o mesmo espaço de alguém que defende o massacre de inocentes. Aqui nos EUA, não converso com NENHUM republicano, tenho nojo dessa gente. Criei aversão a esses COVARDES e quero que todos se fodam. Quando vejo um brasileiro apoiando os sanguinários, aí primeiro eu dou risada, e depois eu CUSPO.

PERAI CARLOS: OFENSA PESSOAL NAO! NA BOA! VC SABE MUITO BEM QUEM EU DEFENDO! ESTA NO TITULO DESSA MATERIA E DE TANTAS OUTRAS QUE JA ESCREVI. NAO SOMENTE TORCO POR OBAMA COMO TRABALHO PRA CAMPANHA DELE. VC TRABALHA PRA ELE? FORA FICAR PUTO COMO FICA E ENRAIVECIDO E XINGAR TODO MUNDO, VC ACTUALLY TRABALHA (DOA SEU TEMPO UTIL) PRA CAMPANHA DELE? POIS EU DOU.
QUE NEGOCIO EH ESSE? ESSE ESPACO EH COMPLETAMENTE DEMOCRATICO/ DOU ESPACO PRA TODO MUNDO. SE ALGUNS ESTAO MAIS PRESENTES DO QUE OUTROS, NAO FACA DA SUA AUSENCIA UMA ACUSACAO PARA A PRESENCA MAIS ASSIDUA DOS OUTROS!!!! POR FAVOR!!!
GERALD

Otima do Mau Fonseca
Essas discussões ultimas – me lembraram Sartre Versus Camus (parece ate que vivi a época – quem sabe). O Sartre com aquela cara de nerd intelectual e o Camus (rindo da cara do Sartre) em replicas e treplicas – Se houvesse blogs naquele tempo – imaginem. E aí pra irritar mais – entra o Salvador Dali, anti-cotas pra negros defendendo o Mccain so pra irritar o Fabio, Carlos e o Breton tbm (e claro comendo chocolate Lanvin) – De fundo o Wahol tirando fotos com uma polaroid com aquela cara – a dele. Isso é teatro ou opera????
Mau

[Vampiro de Curitiba]
Deixa disso, Carlos! A Marina e a Ana discordaram da minha opinião com charme, com educação. Aliás, aqui no blog eu sou minoria, pra não dizer o único, que apoia o McCain. Não sei o porquê da "negrada se fuder", como você disse. A Condoleezza por acaso é loira? No fundo nós dois, Carlos, temos muito mais em comum do que diferenças. Eu gosto de você, cara! Apenas pensamos de maneira diferente em alguns assuntos. Viva as diferenças!
O Vampiro de Curitiba

Fabio
Gérald…?!Mas também não é justo você dar comida de RAB…! no Carlos, e só ELOGIÁ a ODÉTE RÓITMAN("vampi")..!..O fato do Carlos dá uns cascudos na ODÉTE, é por que ela PROVOCA,ÓRA!..Provocô ,aguenta O CHUMBO!..agóra você INIBI O CARLOS e a ODÉTE vira VEDÉTE do blóg!..e você Carlos não tinha NADA que pedí desculpas porra nenhuma..!teus TEXTOS SÃO OS MELHÓRES DO BLÓG e agóra com a entrada do PAULO,(KRIOULO) melhorÔ MAIS AINDA!..PAU NA ODÉTE..!
fabio

GT: Nao eh isso, Fabio. Eh que o Carlos colocou a coisa assim: "Nao sei nem porque ainda perco meu tempo entrando aqui nesse blog", entende? Sendo assim, na minha opiniao, sugiro que nao entre. Se eh uma merda tao grande e, se o blog o des-satisfaz tanto assim, que se afaste dele: afinal essa eh a liberdade de ir e vir nao?
LOVE
G
Ah, e sobre Oprah Winfrey….nao sei. Nao sou muito de ver TV as 4 da tarde. Prefiro o Situation Room na CNN. A Oprah eh poderosa: O que ela determina que sera o LIVRO do Mes! vende MILHOES! mas…e dai?
Na maior parte, os programas sao sentimentaloides.
G

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o assunto continua! E tem que continuar!

de Claudia Terra
Em resposta a André Luis Patricio:
Estou, pensando sobre aquilo que vc escreveu a sei lá….dois dias Mais que hum século de desvantagem…aí está o começo de tudo. Os negros, mesmo em um momento de dor.."cantam"..seus lamentos, quase que como um flamenco..e destes lamentos saem canções "DIVINAS", como as de Ali Farka Touré, ou qualquer outros blues do deserto africano. Parece que aqui (Brasil), falar de racismo, é quase sempre falar …e falar….e falar …sempre ..sempre das mesmas coisas, das mesmas situações, formando um circulo vicioso, que é passado de geração, em geração,acabando sempre em um mesmo resultado, ou seja….nenhum.. Para se falar em racismo, é preciso ir muito além de cotas e de manifestações cansantivas, querendo, algo a força, ou no berro…é preciso ter conhecimento, cultura, e muita generosidade, é preciso estar despido de qualquer ressentimento,de pré-conceito.Não basta mais, falar de histórias, injustiças, de sistema, de governo…é preciso atitude. É verdade que no Brasil, os negros estão em desvantagem em muitos aspectos, são 120 anos a menos em comparação aos brancos, em um país que ninguem é totalmente branco ou totalmente negro…por sermos totalmente brasileiros,mas é assim…é preciso cessar tanta revolta, é preciso menos fala e mais ação, seja ela coletiva, ou seja ela individual.Agora, ficar neste falso desculpismo de que negros, não tem oportunidades..ora fazendo isto, estaremos negando, todos os esforços dos nossos antepassados,e de grandes nomes de lideres negros,que deram sua vida, anonimos que foram assassinados, para que hoje….eu , voce e qualquer outro negro, possa andar livremente na rua, possa caminhar com outras raças.Sei que temos diretos que nos foram negados, mas sei também que temos deveres que nós mesmos negamos.Toda situação tem dois lados, toda moeda tem duas faces. Visite a história, lá encontrará NEGROS, que viviam em situações extremamente precárias, e se tornaram Sembène Ousmane (cineasta) Aimé Césaire (Luta contra o racismo pela poesia) Cruz e Sousa(poeta 1895) existem inumeros casos.Oque os definiram foram cotas?….foram oportunidades?..foi o blá blá blá do racismo?não!…encontram simplismente uma forma diferente e brilhante de se expressar.
Claudia Terra

[fabio] [são paulo]
Gérald Thômas…!..O único que te CRITICOU POR TER ASSINADO ESSE FAMIGERADO "manifésto" contra as CÓTAS, FUI EU, concórda??!!!..DESDE O COMEÇO DEFENDI AS CÓTAS E dei meu TESTEMUNHO DO QUE É FEITO COM OS NEGROS, EM SÃO PAULO,ok?!Depois apareceu o tal KRIOULLO, que é o PAULO, CÉRTO!…GRAAAAAAAÇAS A DEUS, QUE ELE APARECEU!POis o PAULO, ESTÁ DANDO UM BAÃÃÃÃNHO EM TODO MUNDO AQUI..!..esse POVO que fica VENDENDO PEIXE PÔDRE..!entrando nesse FALSO DEBATE que éssa PÔRRA DE MÍDIA BRANCA, fica jogando no AR..!Sempre fazendo matérias LEVANDO PARA O LADO de que as CÓTAS É O "VERDADEIRO" racismo. Aí, vem a "vampi" dando esses "exemplos" sobre loira burra..!(..ai GEÔVÁ…ME AJUDE.)! vou fazer uma música sobre a "vampi" BUURRA..!Como você "vampi", tem a capacidade de falar tããããañta ,MÉRDA DESSE JEITO, MEU!!!

[O Vampiro de Curitiba]
É, a "Princesa Isabel", ou melhor, a "Escrava Isaura" do blog se enrolou toda, coitada. Isaur, ops!, quero dizer, Fábio, veja no post abaixo a terceira pessoa que aparece de cima para baixo sendo homenageada por contribuir com a igualadade racial. JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES. Este é aquele a quem você se referiu como "macaco de toga".

[Ana]
Me arrependi de palpitar sobre o assunto das cotas. Pq. só se faz as coisas pra inglês ver. Pra quê gastar dinheiro com medalha pra premiar algo que é obrigação? Ou, no mínimo, deveria ser natural. A questão da igualdade racial. Parece que a desigualade só existe para que em dado momento existam pessoas que lutem pela igualdade. Para acabarem levando medalhas pra casa. Já imagino uma estante com porta de vidro. Haja medalha. Nisso, quem fabrica medalhas faturou. Quem desenhou as medalhas, faturou. O cara que vai de quem desenhou até quem fabrica, faturou. O vice-presidente e o presidente do conselho de heráldica, faturaram. E os negros? Até agora nada. Vamos mudar de assunto? Acho que é nisso que eles nos pegam. A gente insiste, insiste, e acaba se distraindo. Não dá, não dá… Fazer o quê? Vamos para o próximo? Problema. Até o dia em que eles ficarem tontos com tantos pedidos, como o personagem do Jim Carrey em "Todo Poderoso", um besteirol sem tamanho. E uma vez tontos, CAIAM.

Vamp!
[O Vampiro de Curitiba]
Que tal falarmos então do Governo Lula? O que vocês acham dessa nova classe que assumiu o poder aqui na Banânia? Os burgueses do capital alheio? Por que eles precisam separar negros de brancos? Pequenos produtores rurais de fazendeiros? Mulheres de homens? Porque é assim que eles agem! Dividem a sociedade para enfraquecê-la. Assim como Chaves dividiu a Venezuela. Assim com Evo Morales dividiu a Bolívia. Esses vermes precisam de vítimas, de fracos, de oprimidos para chamarem de seus. Inventam minorias para dizer-lhes que as apoiam. "Olhem, vocês são coitadinhos, são vítimas desse sistema cruel capitalista, mas nós vamos lhes proteger! Votem em nós! Nós somos como vocês!" O problema é que as "minorias" acordaram e estão dizendo: "Deixem de conversa fiada! Parem de roubar e invistam em educação básica para todos! Não queremos cotas, não queremos bolsa-esmola, queremos educação de qualidade para todos os brasileiros! Vão trabalhar, cambada de vagabundos!"[O Vampiro de Curitiba]
É, a "Princesa Isabel", ou melhor, a "Escrava Isaura" do blog se enrolou toda, coitada. Isaur, ops!, quero dizer, Fábio, veja no post abaixo a terceira pessoa que aparece de cima para baixo sendo homenageada por contribuir com a igualadade racial. JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES. Este é aquele a quem você se referiu como "macaco de toga".

[Sandra]
Paulão, minha família não ganhou terras não!!! Ganhou malária (meus avós) e problemas respiratórios por trabalhar em indústria química desde criança, 12 horas por dia (minha mãe). Vou repetir-lhe as palavras que ouvi do meu pai: "Você quer que tudo se resolva amanhã! Você pode conseguir o que quiser se batalhar, mas leva tempo!" Ele era sábio. Não pode estudar, mas os filhos e os irmãos menores puderam. E eu espero que minha filha vá um pouco além do que eu fui. Leva tempo. Às vezes, leva mais de uma geração, mas o caminho é mais sólido. Atropelar um processo que já estava ocorrendo pode revertê-lo, em vez de acelerá-lo.

VAMOS AGUARDAR OS PROXIMOS ACONTECIMENTOS!
LOVE
GT

FABIO: O VAMP NAO EH ARBITRO MAS EH VALIOSISSIMO CONTRIBUIDOR. SE NAO FOSSE, VC NAO ESTARIA DEBATENDO COM ELE.

[Vampiro de Curitiba]
Gerald, muito obrigado pelo "valiosíssimo". Fábio, fazer o quê? Eu sou assim, valiosíssimo! Esse sou eu!

Fabio (SP)
cara, Claudia Terra..!..Sugiro que você LEIA, OS TEXTOS POSTADOS AQUI, pelo PAULO (ou KRIOULLO).Desde o COMEÇO DESSA DISCUSSÃO. Você terá que ir lá embaixo para pegar os PRIMEIROS TEXTOS DELE,OK?!..é uma AULA PRÁTICA, sobre a realidade NEGRA em nósso amado MAS injusto PAÍS.
fabio

Carlos(US)
Considero as cotas uma medida temporária e espero que seja. Se a sociedade não debater e contestar o ORÇAMENTO e o quanto dele vai pra educação ano após ano, então a conversa é superficial. Pobre e rico, branco ou preto devem ter as mesmas chances de acesso à EDUCAÇÃO e uma educação de qualidade. Infelizmente isso é visto como mero "discurso". As gerações renovam-se a cada 10 anos. As cotas são um mero sistema emergencial que não resolve nada a longo prazo. Se mudanças de base são feitas agora, em 10 anos cria-se uma geração de brasileiros diferente e mais preparada. As classes dominantes não querem isso, no entanto. O que ocorre hoje é a "compra($$$) da condição de "melhores". As universidades públicas paulistas são a prova disso. PERGUNTAS: quais os dados de investimento na Educação do atual governo em comparação ao governo anterior? Alguém sabe?? Mande o link, por favor. À propósito, as cotas deveriam valer pros índios ou eles são irrelevantes no assunto como sempre??
Carlos
ADENDO: não vamos avacalhar as coisas novamente, sugerindo que governos de esquerda criam a historinha das minorias para dividir a sociedade e enfraquecê-la. Parece que enquanto a direita tem as rédeas e o chicote, então não há problema algum em dividir a sociedade, desde que os pobres fiquem ali, sob o sapato das classes dominantes. Quando alguém tenta modificar esse quadro é acusado de divisionismo?? E o Brasil não é a Bolívia nem a Venezuela. Comparar Chavez com Lula é totalmente fantasioso e inverídico, mesmo porque o empresariado brasileiro, assim como todo sistema financeiro parecem estar felicíssimos com Lula. Nunca os bancos faturaram tanto. AGORA (e nos próximos anos) é a hora de ver a verdadeira cara do Brasil. A grana está entrando e vai entrar ainda mais. Agora é a hora de definir as opções do país, se tem alguma coisa a ver com uma sociedade mais justa, ou se é pra chutar o balde e cada um por si. Os governos, sejam quais forem, serão fundamentais nessa decisão.
Carlos

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comentarios continuam

OBRIGADO JORGE SCHWEITZER PELA LINDA HOMENAGEM EM SEU BLOG: taxiemmovimento.com.br


[Paulão]
Sandra,as mulheres eram excluídas do mercado? Concordo…aliás, li um texto escrito por uma juíza contra as cotas que ia pelo mesmo raciocínio no Correio Brasiliense um tempo atrás. Morri de vontade de perguntar prá ela o mesmo que agora vou perguntar para você: e as mulheres negras? Elas conseguiram tudo isso que você coloca? Ou continuam como eram a…um ano atrás, fazendo o mesmo trabalho do homem branco e ganhando em média praticamente 50% a menos? Mes responda Sandra, como andam as conquistas das mulheres negras? Contreiras, gosto do que você escreve embora discorde da idéia geral que o sustenta.
Paulão (RS)

[O Vampiro de Curitiba]
Entrar para Universidade não quer dizer nada, Paulão. A vida continua! Você quer que os empresários sejam obrigados a empregar pessoas que entraram na Universidade através de cotas? Pense bem na merda que estão fazendo! Depois vem esse pessoal, esse mesmo que está incentivando as tais cotas, e dirão: "Ah, eu não sabia! A minha intenção não era essa!" Aí, já era! E vem cá: O PT tem cotas para negros para as vagas de deputados? E para Senadores? Paulão, vou lhe dar um conselho: Quando você encontrar esses idiotas que querem fazer demagogia com pessoas da sua cor, use a famosa frase do Olavo de Carvalho: "Vai tomar no cu!" Um racista? "Vai tomar no cu!" Um Gabriel pensador? "Vai tomar no cu!" É, o assunto racismo não termina, né? Paulão, negativo! Nem vem que não tem! Os alemães que chegaram aqui fugindo da guerra (assim como os italianos, japoneses, poloneses, etc…) não tiveram moleza, não! A minha avó não falava português, minha mãe fala alemão fluentemente, mas eu não pude aprender porque existia muito preconceito contra alemães, devido a guerra e tal. Você sabe o que é alguém não poder ensinar a lingua materna a um filho? O que você pensaria, Paulão, se um burguesinho babaca escrevesse uma música chamada "negra burra"? Pois é! Escreveram uma música chamada "loira burra" e todas as rádios tocaram e tocam. O idiota que a escreveu tá toda hora na mídia, pousando de bom moço. Minhas irmãs são loiras, algumas de minhas filhas são loiras. E aí? Ninguém está falando que não existe racismo no Brasil. Só acho que o Estado não deveria estimular o racismo como vem fazendo com as tais cotas. E depois? Quem vai empregar essas pessoas depois de formadas?
Vamp

[Contrera]
mas não discuto sem sangue, também. lembro-me bem quando vacilei ao questionar as cotas: quando uma doutora negra lembrou que seu pai era motorista de ônibus e sua mãe, empregada, e que nunca ninguém de sua família, ou seja, negra, havia cursado antes universidade. daí ela disse: brancos, poxa, ajudem a fazer com que essas situações não se perpetuem. pois é, eis que ela tinha boa parte da razão. a situação a que famílias como a dela eram relegadas era injusta. ocorre que NÃO SÓ A DELA. e qual o argumento para estas? nenhum. o que importa, nas cotas, é somente lidar com as famílias negras desfavorecidas, mas não necessariamente desfavorecidas, embora sim negras. aí é que a porca torce o rabo. mas, claro, em casos menores. em grande parte dos casos, o país convive com mudança, e cá entre nós, nesta nação inamovível (ou imexível) isso é um belo de um progresso, venhamos e convenhamos. agora, progresso em que direção? sei lá. eu, de minha parte, não consigo ver luz real no fim do túnel.[Contrera]
mas o debate público, e políticas certas ou erradas tomadas a respeito, tem suas grandes vantagens. concordo: todos os argumentos desqualificadores dos estudantes por cotas caíram por terra, e com eles argumentos sem conta a favor da discriminação respectiva. assim como muitas máscaras de alguns defensores das cotas também caíram, dizendo-se (eles) "positivamente racistas". isso não existe. o que existe, nesses casos, é o uso do argumento da raça para fins determinados (políticos, o que, é claro, é algo positivo). vejo, no dia a dia, resultados imensamente positivos. uma mudança repentina de certos ambientes, antes segregados por raça (algo que não se imaginava). e a busca de identidade por juventude que antes poderia ser classificada como perdida – por não ter lugar em que se identificar. há pouco, vi uma garota assim: meio que sem jeito num lugar no qual antes eu não via negros. isso é excelente, ou alguém discorda? por isso gosto tanto da política, ela é dinâmica e causa mudanças.

[Sandra]
Paulão, as mulheres também eram excluídas do mercado de trabalho. Quando comecei a trabalhar, diziam-me que meu marido ganhava para nos sustentar, e que era egoísmo meu tirar o trabalho de um pai de família. Mas as mulheres foram chegando, e a situação foi mudando. Muuuuito lentamente. Se você perguntar a um menino se ele quer entrar por cota, ele vai dizer que sim, pois o foco dele é entrar na faculdade. Natural! Mas, sinceramente, não acredito em remédio doce. Não sei a sua idade, mas se for em torno de 40, deve lembrar-se dos tabelamentos e congelamentos de preços, sempre seguidos pelos shows: estamos prendendo o gerente do Carrefour! Sejam fiscais do Sarney! Tudo em vão. As cotas lembram-me essas soluções rápidas e ineficientes.

[Paulão] [RS]
Vamp, para ficar no seu próprio exemplo, os alemães ganharam as melhores terras e tiveram incentivos extraordinários do governo. Os negro….bem…preciso mesmo falar da questão histórica ou da política higienista brasileira? E trocar negro por pobre também não é a mesma coisa (só no senso comum) porque olhando o nível de emprego, educação e salário entre os pobres você constatará uma grande diferença entre pobre branco e pobre negro. Em resumo, mecanismos muito sutis de exclusão agem tanto no topo da pirâmide quanto na base.

DAQUI A POUCO SELECIONO MAIS

(NAO ENTEDI A DO FABIO!!!!!
[fabio] [são paulo]
É ISSO AÍ, PAULÃO!!!!!!!!..ARRASOU!!!!.. PARABÉNS..!!!!!..VOCÊ HONRA TUA RAÇA, PAULO…!!! ….DE VOLTA COM MINHA BANDEIRA..! NEGROS NAS RECEPÇÕES, NEGROS NO ATENDIMENTO, NEGROS NAS VENDAS,NEGROS NO ADMINISTRATIVO, NEGROS NA PRODUÇÃO, NEGROS NAS CHEFIAS, NEGROS COMO SÓCIOS…..CHEGA DE FAXINA, OFICcE BOY E MOTORISTA! …fóra o macaco de tóga!!!!!!!!

EXEMPLOS, MAS EH DURO SER EDITOR AS 9 DA MANHA!!!!!!
LOVE
G

Vamp!
Que tal falarmos então do Governo Lula? O que vocês acham dessa nova classe que assumiu o poder aqui na Banânia? Os burgueses do capital alheio? Por que eles precisam separar negros de brancos? Pequenos produtores rurais de fazendeiros? Mulheres de homens? Porque é assim que eles agem! Dividem a sociedade para enfraquecê-la. Assim como Chaves dividiu a Venezuela. Assim com Evo Morales dividiu a Bolívia. Esses vermes precisam de vítimas, de fracos, de oprimidos para chamarem de seus. Inventam minorias para dizer-lhes que as apoiam. "Olhem, vocês são coitadinhos, são vítimas desse sistema cruel capitalista, mas nós vamos lhes proteger! Votem em nós! Nós somos como vocês!" O problema é que as "minorias" acordaram e estão dizendo: "Deixem de conversa fiada! Parem de roubar e invistam em educação básica para todos! Não queremos cotas, não queremos bolsa-esmola, queremos educação de qualidade para todos os brasileiros! Vão trabalhar, cambada de vagabundos!"
O Vampiro de Curitiba

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A Marcha da Democracia(?) em João Pessoa

Convite
A Ordem dos Advogados do Brasil, por sua Comissão do Negro e de Assuntos
Antidiscriminatórios, concede o prêmio inédito "Luta pela Igualdade
Racial", aos que contribuíram para a igualdade racial no Brasil, o
prêmio será entregue na data em que se comemora os 120 anos de
abolição da escravatura no Brasil, aos seguintes homenageados:

DR. LUIZ ANTONIO GUIMARÃES MARREY
GILBERTO PASSOS GIL MOREIRA
JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES
DRA. RILMA APARECIDA HEMETÉRIO
DRA. SONIA MARIA PEREIRA NASCIMENTO
PROFESSOR EDUARDO DE OLIVEIRA
DRA. VITÓRIA BRASÍLIA
DR. ERICKSON GAVAZZA MARQUES
DRA. THEODOZINA ROSÁRIO RIBEIRO
PROFESSOR HÉLIO SANTOS
DR. CRISTIANO JORGE SANTOS
ELISA LUCAS RODRIGUES
JOYCE RIBEIRO
PROFESSOR KABENGULÊ MUNANGA
ROBSON MIGUEL
PAULO PAIM
FREI VALNEI
JOSÉ VICENTE
MARGARETH F. C. BARRETO GRACIA
DR. HÉDIO SILVA JUNIOR
GLÓRIA MARIA
EDSON SANTOS
ROMÁRIO DE OLIVEIRA
MOYSÉS DA ROCHA
PADRE ENES DE JESUS
EDSON ARANTES DO NASCIMENTO – PELÉ
PROFESSORA EUNICE PRUDENTE

DR. MARCO ANTONIO ZITO ALVARENGA
Presidente da Comissão do Negro e de
Assuntos Antidiscriminatórios da OAB SP


MARCHA PELA DEMOCRACIA EM JOÃO PESSOA

Tenho 70 anos e quero contar a quem interessar possa tudo o que ví ontem na praia. Eram aproximadamente 17 horas quando chegamos, eu, minha filha e o namorado dela, ao local de onde sairia a Marcha de Democracia. Havia muitos jovens, muitas cores, sorrisos, brincadeiras e palavras de ordem. Era muita a energia que ali estava canalizada. Portavam e exibiam toscos cartazes em cartolinas, com mensagens escritas com pincel atômico. O que queriam aqueles jovens assim irmanados naquele momento, naquele espaço? O que diziam aqueles cartazes e faixas rústicas, algumas, podia-se ver, confeccionadas em casa? O que queriam eles em cima de um pequeno carro de som, bradando num microfone? Por que tanta agitação ontem à tarde? Em dado momento, um jovem aparentando ter 22 anos, explicou no microfone: eles estavam organizados para seguir em caminhada ao longo de toda a orla, em defesa de suas expressões. Queriam eles que fossem respeitadas as suas opiniões, seu direito de ir e vir, queriam falar, dizer. Queriam sorrir, jogar fora mordaças, bradar por liberdade de manifestação. Era um espetáculo bonito de se ver, movimento incisivo, mas ordeiro, pacifico. A marcha deveria seguir acompanhando o carro de som, de Tambau até final de Manaira. Nesse percurso, haveria música, animação de rua, palavras de ordem, tudo dentro da ordem, da lei. No entanto, em dado momento, percebi um tumulto se formando em torno do carro de som. O que seria? Policiais de trânsito e policiais militares anunciaram que o carro não podia prosseguir, alegavam irregularidades burocráticas. Aquilo foi mesmo que jogar água fria na fervura. Mas a turma acatou, mesmo que a contragosto, fazer o que. A turma era gente do bem. Fariam a festa ali mesmo, em volta do carro, os microfones ligados, a música tocando, a multidão dançando no meio da rua. Não haveria a caminhada, mas apenas um protesto. Gentes sentavam no asfalto, encenavam mordaças, alguns iniciavam coros dizendo abaixo a repressão, democracia sim. Mas as autoridades só queriam truculências, tumultos. Policiais desligaram o som do carro, repuxaram fios, danificaram a instalação e fizeram um cinturão em torno do carro de som, como quem diz aqui ninguém encosta mais. Exacerbaram-se os jovens, até então muito calmos. Os policiais disseram vamos levar o carro. Os jovens disseram que não. Um rapaz se deitou na frente do carro para impedir, os policiais arrastaram o corpo do rapaz para que saísse da frente à força. Os policiais extrapolaram em suas posturas e levaram o carro embora. Vi quando os policiais espancaram um moço. Até então, eu tinha permanecido distante, observando e me indignando com tudo que estava acontecendo. Ouvi impropérios, gritos de abaixo a repressão, insultos de lado a lado. De repente, que horror. Tropa de cavalaria invadiu a rua, os cavalos se postaram em posição de atacar. A turma se irmanou mais e entoou ouviram do Ipiranga as margens plácidas, de um povo heróico o brado retumbante, o sol da liberdade em raios fulgidos brilhou no céu da pátria nesse instante. O hino nacional avançou nas vozes afinadas dos manifestantes. Os cavalos ameaçaram pisotear todos. Vi repentinamente quando os animais avançaram na multidão, bombas de efeito moral explodiram. Meninos, rapazes e moças, senhores e senhoras, anciãs e anciãos correram atabalhoados para escapar das patas dos animais. Entrei em pânico, todos entraram em pânico. Algumas pessoas tentaram se proteger entrando nos bares, os cavalos entraram também nos bares, uma multidão correu para a areia da praia, tentando se proteger, os cavalos invadiram a areia galopando atrás da multidão. Eu não via mais nada, sabia apenas que precisava correr muito na areia. Finalmente, senti braços protetores em meus ombros e ouvi alguém me dizendo palavras de conforto. Era minha filha e o namorado dela falando comigo. Alguns rapazes desconhecidos também me cercaram em gestos de proteção. Essas coisas não são fictícias, eu vi tudo. Os canais de televisão estiveram filmando. Meu nome é Dôra Limeira, tenho identidade, cpf e endereço fixo. Pago os impostos em dia, sou professora aposentada.

Dôra Limeira
05 de maio de 2008

OBS: Não confundir com a Marcha da Maconha.


do Vamp
Olha, vou ter que fazer o papel do advogado do diabo. Reparem na observação abaixo do texto. "OBS: Não confundir com a Marcha da Maconha." Pois é! Tem a ver, sim! A "Marcha da Maconha" foi proibida na maioria das cidades onde aconteceria. Juízes acharam que seria apologia ao uso de drogas e tal… Não vou entrar no mérito. Como a marcha da erva foi proibida, os manifestantes resolveram fazer manisfestações em favor da liberdade de expressão. Não acredito que a PM começou a descer o cacete só para quebrar o tédio ou para manter a fama de má. A molecada provoca mesmo. Essa molecada em particular, mais ainda. Eles não estavam com os olhos vermelhos de tanto estudar, isso eu garanto. Depois, sejamos sinceros: Manifestação sem levar porrada da PM não tem graça nenhuma, né? Dona Dôra, não esquenta a cabeça com a molecada, não. Agora eles já têm uma história pra contar para os filhos. E pelamordedeus!, se lhe oferecerem um cigarrinho, a senhora nem pense em fumar, viu?!
O Vampiro de Curitiba

Do Gerald
Depois de perceber que nao pertenco a "nada", a nenhuma tradicao, que nao entendo Hebrew, que me confessei por skype com amigos de todas as cores (nao vejo em preto e branco) e fiquei olhando aquele caixao ali na minha frente……confesso que li esse texto ai em cima e……e……escrevi pra Ana que….que…que…achava ele tao fora do que estamos (pertinentemente) discutindo aqui. Sei la. Devo estar vivendo com desidratacao mesmo olhando o UNIVERSO nos olhos: e ele eh negro! pasmem! Essa questao do racismo me pega, me rasga! Isso acaba comigo caralho! Juro, eu entrego os pontos: nao sei mais o que dizer. Mas sei que eh necessario porque a minha pele eh branca. Putamerda!
GT

da Sandra
Gerald, você sabe o que significa o negro do Universo? É a ausência de cor.
Sandra

Do GT
Lindo isso, mesmo, lindo. Mas poetico, utopico porque aqui na terra ….Nao sei. Nao fui criado dessa maneira. Digo, minha educacao, meus casamentos. Minhas relacoes! Mais uma vez, se eu comecar a contabilizar as pessoas pelas suas cores, vou ter que parar assim como a Alemanha parou em 1939 e mandou parte da minha famiia pro gas! Aprendi desde cedo, subindo a Mangueira como eh o mundo "real"….digamos assim. Real? Ou aqui, nas ruas de NY, nas ruas coloridas de NY ou nas ruas racistas do Tennessee ou nas calcadas molhadas de Londres e em Brixton, em Herne Hill, sul de Londres, passando Brixton, onde a comunidade Jamaicana morava! Sempre me identifiquei mais com eles e porque? PORQUE NAO FACO PARTE DESSE MUNDO!!!!!!
NAO SOU DO MUNDO REAL
SOU DE TEATRO
ME RECUSO A VER
FACO CRER
E ATRAVES DESSE CRER
QUERO MUDAR
E A MUDANCA
E A UNICA ESPERANCA
QUE EH A ULTIMA QUE MORRE (OU QUE DORME)
GT

Do Mau Fonseca
Ontem vi Gerald falando sobre o amor – digo, na TV Cultura, numa reprise do programa Café Filosófico. Enfim, fiquei pensando sobre isso – amor – coisa que é inexistente – mas fazemos de nossas vidas a razão de tudo – o amor. E pelo jeito, já perdemos os trilhos por muito tempo. Não sou fã dos jovens (embora nao seja velho tenho 28) mas pareço um velho (embora minha pele seja ótima e nada de cabelos brancos) mas me sinto um Matusalém (tamanho cansaço que fujo pra Marte). Não quero falar dessas passeatas, nem da falta ou nao de liberdade – so acho que os jovens deveriam ser menos "sociaveis" e passar a ser mais egoistas (consigo-DELES) quem sabe menos muvuca, mais pensamento (mas sem parar ou pausar a vida) porque esse atropelamento sem fim – nao deu resultado. Não dá resultado. Mas, faz parte mesmo da trajetoria, primeiro atropelar e depois contar os mortos. Ia falar outras coisas, mas perdi o rumo (fica pra proxima)
Mau

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enterro de Hanon Reznikov

Tristissimo, la em New Jersey – em Paramus, do lado do tumulo do Julian Beck – onde estive ha 23 anos. Que loucura! Debaixo de um sol fritante, passavamos todos os Steinbergs, Goldenbergs, Gardenbergs Bergs, e variacoes sobre esse tema e, de repente, o choque: o caixao de madeira cru, sem nada com a estrela de David e terra, muita terra – um papelzinho com a reza – o Kaddish.
Ha 23 anos, em 85 era o Julian Beck que era levado pra baixo (ou pra cima) e Alan Guinsberg filmava): hoje, a Judith estava amparada pela Isha e Garrick (filhos) e um bando de nos (filhos dos anos 60) e …sei la.Esses rituais sao um verdadeiro teste de endurance. Reza apos reza e pessoas cujo ego ainda quer aparecer, mesmo numa hora dessas (tornando a vida da Judith ainda mais dificil:ela mal conseguia ficar em pe: "Yes and I want to say a little something…" Incrivel. Olhei pra cima e vi o ceu azul e as barbas de DEUS e pedi socorro!!! estavamos todos desidratando. Mais um ""Yes, and I would like to add that… Hanon was like a…like a…..an inspiration to all of us". Palavras brilhantes nao? Todos so queriam que aquilo fosse o mais rapido possivel, pois haviamos combinado de sair de NY as 11:30 e a cerminonia comecou atrazada (la pelas 2) um calor do cao! Filas de carros……terra e mais terra: e so p Patrick e poucos se lembraram de trazer AGUA! "Deus me de AGUA!!!!! NOS DE AGUA" me lembrei de Moises e o deserto e as …
Nao sei o que dizer: um tremendo no na garganta: muitos falaram: muitos calaram.
Melhor me calar
Gerald

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por Andre Luis Patricio: a favor das cotas

olá, fiquei extremamente de-cep–cio-na-do(EVOCO "OURO DE TOLO", DO RAUL, CANTADA POR ELE,O PELO CAETANO, PONTUADA POR TAMBORINS.COMO A PONTUAR DORES), ñ pelo fato de tu discordar das cotas,mas de aderir no processo do pedido de sua( ação diretA de) iconstitucionalidade,LOGO VC Q CRITICA AS MEIAS-VERDADES TÃO "CARAS"A NÓS; OS BRASILEIROS; ñ creio q será as cotar q dividiram o país,q bom q vc viu o "manda bala";ñ sei se vc sabe há dois dias um rapaz,um morador de uma favela carioca,so por ser"negão","paraiba" foi solto da cadeia, foi provado, q o fato dele está correndo num desses dias de conflitos em uma favela( Q VC Q É DO RIO DEVE CONHECER), ñ era porque era um traficante(temos é q discutir o q é verdadeiramente o tráfico,uma acão criminosa nesse país)mas sim um moraDOR, correndo, para ñ sagrar, nesse temporal, de manda balas,q virou as favelas,as ruas, desse brasil Varonil,há divisão social,ha divisão racial,meu caro,se há tempos ñ existisse um abdias,um milton ,e tantos a bradar os nossos direitos civis,ñ estariamos nem nessa canhestra publicidade,a onde apenas estamos sempre a lustrar,como o nego doidão,a mulata q aqui é a tal,né caetano,e estamos nesse perfil,nessa camisa de força, de sermos certos consumidores,em tais segmentos de consumo,de certo tipo,de certo modo,uma camisa de força, criada por,e para clientes dessas agências,com base em estatisticas duvidosas(e empresários e reitores q afirmam q certo setores da sociedade brasileira,no qUE tange raça(USAREI "ÉTNIA" PARA SER POLITICAMENTE CORRETO) e classe social,têm qi baixo???),então há divisão racial,meu caro,q também é social,porque ñ faço um executivo numa novela??????, porque ñ sou amigo de ninguém da produçção???????,o da direção???????,o porque o casting me diz:vc ñ é perfil(PARTICULAMENTE ACHO ESSA COISA DE PERFIL NAZISTA) ,e no cinema nacional,se ñ faço o marginal???????,o favelado??????,o tal??????;ñ trabalho!!!!!,vc ñ é perfil,ñ sou perfil,ñ sou classe,talvez uma castinha,q quando pinta uma graninha gringa para um produção;ai a gente chama o negão, do falão,há divisão racial,fetichista.lembra?????????????????? quando nos conhecemos, qUE te falei como a policia agia nos arredores do CApão/CINIRA,no ano dos "tais ataques do "PCC",tudo era motivo para mandar balas na "negrada" favelada,o q parecesse,ñ que os brancos pobres estivessem excluidos disso,mas "Os negões"o alvo preferencial da corporação,sim,também herança escravocata,o policiais se comportam como capitões do mato,nisso concordo com o MANO BROWN,sim, também herança colonial,mas qUEM manda -bala ai, qUEM supervisiona ai,achei q quAndo vc me disse algo como :essa coisa de racismo é balela,estava a me provocar,maestria;eu te disse q tinhamos ainda muita dificuldades, por que ñ eramos poder economico, como os judeus,e aindA DISSE Q TINHA MEDO DE DIZER ISTO. E VC ME DISSE:PODE DIZERRRRRRRRRRR,POIS DIGO :O BRASIL REAL É SÓRDIDO,TE CONVIDO, MESTRE, PARA CAMINHAR AO MEU LADO E DESCALÇO PELAS RUAS ESBURACADAS DO CAPÃO,AQUELE ABRÇO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!.

OBS:AQUELA MATÉRIA LINKCADA" DO JORNAL "NACIONAL" NO BLOG,A REPÓRTER FALA O QUE Ñ É VERDADE SOBRE O PROUNI,É PRECISO SABER MELHOR O Q É DE FATO O PROUNI,E ISTO Ñ QUER DIZER Q ELE Ñ MEREÇA CRITICAS!.

andré luis patricio

do Vamp
André Luis Patricio, já que você citou Raul Seixas, eu lhe pergunto: Você já ouviu "Metamorfose Ambulante"? Pois é! Você está com "aquela velha opinião formada sobre tudo". E essa velha opinião não resolveu absolutamente nada até agora. A realidade brasileira nós todos conhecemos, não vivemos num ilha, protegida da realidade. A questão é: Ao Estado separar as pessoas pela cor da pele, ele estará combatendo o racismo ou oficializando-o? Sobre o PROUNI, outra empulhação! O Governo, em vez de fazer como em todo mundo, prender os sonegadores, neste caso os donos das Faculdades devedoras, prefere fazer demagogia e abrir vagas para alunos carentes nestas mesmas Faculdades perdoando, assim, os impostos atrasados. Resumo: Em vez de se punir os devedores, presenteia-os com o fim da dívida. Lá vai o povão estudar em faculdades péssimas geridas por trambiqueiros. E pagos com o dinheiro do contribuinte honesto! O PROUNI é isso! O Governo é esse! O resto é conversa fiada!
O Vampiro de Curitiba

[Paulão] [RS]
Vamp, você disse que "Ao Estado separar as pessoas pela cor da pele, ele estará combatendo o racismo ou oficializando-o?". É sempre bom lembrar que até 10 anos atrás o Brasil era um país sem problemas de racismo, um paraíso. Lembro de uma reportagem de quando Robert Kennedy veio ao Brasil, ao fazer uma palestra na UFRJ ouviu dos estudantes uma vaia e ficaram chamando ele de racista. Ele simplesmente perguntou "gostaria de saber onde estão os negros dessa universidade". Até hoje fazemos a mesma pergunta. Racistas sempre fomos. A questão das costas escancarou o racismo (o que foi ótimo) e mostrou rapidamente a reação da elite. Ou será coincidência que as reações contra as cotas surgem basicamente nos cursos de medicina, engenharias, odontologia, arquitetura….ainda não vi reações as cotas nos cursos de pedagogia, ciências sociais, educação física e etc. São cursos que não interessam aos filhos da elite.(contin…..)
continuando Sandra, os excluem da vivências valorizadas pelas classes dominantes. Bem, o que quero enfatizar é que toda a história de vida do negro o coloca em uma posição extremamente desfavorável na hora de fazer um vestibular feito sob medida para quem teve um outro tipo de experiência. Você também pergunta porque ele tiraria a defasagem durante o curso. Posso rapidamente citar pelo menos duas razóes. A primeira são as pesquisas que mostram que tanto crianças quanto adolescentes e inclusive adultos tirados de um ambiente pouco estimulante, onde náo tem oportunidades para prática e vivências ricas em estímulos e colocados em ambientes de experiências ricas e variadas, mostram um desenvolvimento bem diferenciado. Posso falar também das pesquisas que mostram que o aluno cotista que entrou com nota de corte bem abaixo dos outros, durante o curso se sai tão bem ou melhor que a média dos outros alunos. Em resumo, as duas questões que você evocou não tem fundamento no que se observa. (Paulao RS)

O resto: por enquanto, na tripa dos comentarios

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HEMINGWAY – The Opera – Ato 1

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