PARA VERA HOLTZ DESFILE DE JOAO PIMENTA
– SÃO PAULO FASHION WEEK – 22 MAIO 2023
THEATRO MUNICIPAL – DIREÇAO PAULO BORGES
TEXTO – GERALD THOMAS
“Conduzindo sempre que indo eu achava que era rindo até que NÃO (SOM) até que NÃO (SOM) sempre uma porta sempre uma cerca porra sempre um muro porra (SOM) Eu vou indo sempre indo e sempre rindo até que NAO (SOM) eu sou um SER porra (apesar de aqui não ESTAR porra. Um ser em movimento porra ! Vou do preto ao gris ao Xis e da questão pálida quente ao hálito do tecido até a carne de quem tece, do aipim ao pólipo até o branco insolito passando pelo Mad Max incógnito e todas as correntes S T O P !!!!
(SOM)
Que se contaminem em mim as correntes e influencias e chovam em forma de benção porque a (de)forma de tudo é nada pois ficamos assim tão minimamente simplesmente pingos subterfúgios do bem e do mal, de tudo pois tentamos nos encontrar aqui e acolá através das cores, através daquilo que aparentamos porque nunca nada somos realmente somente somos o que aparentamos ser então ENGULA PORRA esses pingos de de enxames de vermes pois nós eles e eles são como nós. Conduzindo sempre que indo eu achava que era rindo até que NÃO (SOM) até que NÃO (SOM) sempre uma porta sempre uma cerca porra sempre um muro porra (SOM) simplesmente pingos subterfúgios do bem e do mal, de tudo pois tentamos nos encontrar aqui e acolá através das cores do preto ao gris ao Xis e da questão.”
Parte 2
Tendo visto TUDO em RETRO… digo… retroSPECTRUM, tudo no espelho retrovisor como uma marcha que se passa na cabeça como num sonho, como uma estampa (SOM) uma ESTAMPA única, um carimbo único, a marca do osso, [i]é aquilo que nos pega no meio da estrada quando a musa ainda dorme, quando o muso ainda cobre de lágrimas a.. ah não, corta isso, não entra nessa, é parte, faz parte, a dor faz parte desse processo, veja bem, o parto a procissão do passado faz parte e a dor sempre presente porque…Não (SOM) não se explica o GRIS e nem o preto no preto ou o branco no branco. É só olhar pra cima e contemplar o universo e olhar pros teus pés e agradecer o deserto por ter poupado a sola dos teus abençoados pés. Conduzindo sempre que indo eu achava que era rindo até que SIM. Estou livre, sou LIVRE pois a ARTE é assim.
FIM